Blog do dia

Homem-Aranha: O Herói de Todos os Públicos

25 de jun. de 2025

O Templo do Arroz e os Frangos de Ouro

[Usarei essa história, um pequeno autodesafio de fazer um Dark Fantasy curto, para fazer reboot de uma história que eu acabei abandonando - Detalhe triste: Era uma história bem fraca que eu abandonei no primeiro episódio]

 Numa terra distante da Sumarta, um mero soldado entre os outros no exército sumartano, mais alto e mais forte que os outros, de um cabelo preto com alguns fios grisalhos e uma barba volumosa um pouco danificada, terminou de retornar de uma guerra ao lado de seus companheiros, alguns maiores, outros mais musculosos, outros pelo menos mais jovens e que poderiam continuar o exército se sobrevivessem, eles estavam em guerra contra um grupo de entidades que eles não sabiam o que seriam, mas para Sumarta eram nitidamente inimigos.
 Os Fomorianos, como eram chamadas aquelas entidades, tinham um corpo similar ao de humano, aparentemente, o porte físico, as cores e algumas partes corporais variam com o que poderiam ser castas ou subespécies, afinal, numa época dessas mesmo a biologia dos materiais terrestres era algo bem iniciante e primitivo.
 O general de cabelo comprido e barba danificada, chamado Foroman, esteve dedicado a destruir as tropas daquelas criaturas, ainda mais que a sua primeira esposa foi levada embora por aquelas coisas, e ele acredita que ela está morta, logo, usa como motivação para enfrentar eles com menos medo. Fomorianos aqui vieram de além do céu, mas usam cavernas como entrada para bases sob o seu solo, e com isso criaram grandes templos, calabouços, e inventos para não precisarem levar mais um ano para voltarem para a sua galáxia de origem.
 Foroman, depois de três meses treinando e repousando, enquanto caça feras para comer suas carnes e vender seu couro, ossos e chifres para artesãos, é chamado por um ancião da Sumarta por um presságio ao Leste, e convidado para ir visitar um grande templo de madeira, similar a um grande Minka, com paredes de madeira, portas de papel, um telhado e os rodapés de pedras, telhas e tijolos, no centro de um enorme campo de arroz, por isso, sendo chamado Templo do Arroz, e que, por aparentar ser inofensivo, não precisaria de tanta mão de obra para ir até lá em segurança.
 Porém, mesmo chegando em uma rota segura na Rota da Seda, e alcançando esse templo sem danos, ele sentia uma presença estranha, chegando dentro do templo, mesmo chamando para ser atendido, não era respondido, mesmo entrando no templo, onde tinha mesas, bancos e um altar de pedra em nome do chamado Deus-Elefante, uma figura antropomórfica, forte, com o rosto de um elefante furioso, e na cabeça dele, havia uma pedra que misturava o que um dia foram pedras-coração dos até então ditos como Fomorianos, Foroman chega à estátua e, quando tira dela a joia, o chão ao redor se desestabiliza, e quando o chão se quebra e Foroman cai num grande rio.
 Se levantando, nadando naquela caverna, ele alcança uma passagem, com um chão de azulejos brancos com tinturas e gravuras azuis belas, com passagem a um belo palácio, com pilares coríntios e paredes de tijolos de pedra à vista, no mesmo padrão de branco com desenhos azuis, ainda abstratos, com algumas galinhas de penas e crista douradas, mordendo o chão com seu bico, tirando sementes e insetos que lhe foram deixados. Foroman não entendia, não faz sentido os Fomorianos construírem tudo aquilo debaixo do solo, Foroman pensava, e conforme ele andava entre os corredores extensos, ele via circuitos que levavam ao que ele não compreendia, mas não se passavam de computadores criados pelos Fomorianos para comunicar, contar e também anotarem informações e curtirem pequenos entretenimentos, como eram alguns com telas, e nessas salas, tinha Fomorianos maiores, e com corpo mais longe do que seria humano, Foroman estava com medo, ele nunca conseguiria deter um daqueles, só podia se esconder, até achar uma fuga.
 No caminho, ele também encontra um laboratório daqueles seres, por onde havia frascos e recipientes para múltiplas substâncias, materiais de diferentes tamanhos, cores e nomes num idioma de cunhas, que embora Foroman entenda por parecer com o idioma Malesh, de Alta Barca, não tinha letras e gramática iguais, e por isso, ele não sabia o que cada material era, e quando ele olha para trás, haviam pessoas e animais de diferentes tipos, conservados em cápsulas com um fluido verde, talvez para adormecer e nutrir eles, entre eles, a primeira esposa de Foroman, que Foroman, desesperado, gritava seu nome, e com seu machado, quebrava o vidro, e soltava a sua ex-esposa que começa a recuperar consciência.
 Fomorianos foram enviados para interferir, mas Foroman levava a mulher e o seu machado enquanto fugia, ele cortava a cabeça de alguns dos seres, ou acertava a pedra-coração em pontos vitais deles, e quando acha um lugar com elevador, três criaturas, chamadas Dracos de Valinácio, semelhantes a vermes ou serpentes do comprimento de uma anaconda e com a cabeça similar à de um inseto, iam em direção dele, e pra lutar contra eles com mais facilidade, Foroman larga a mulher, Liryan, e cortando os Dracos, degola o primeiro em um golpe liso e preciso, foi mordido por um enquanto dava um corte de tirar o pedaço do terceiro.
 Liryan pega o segundo pela cauda, inutilmente porque estava sem força, embora ainda aparentava ter energia, talvez pelo mesmo fluido que deixava ela mais jovem e recuperada, e quando aquela fera se soltava de Foroman para ir atacar Liryan, Foroman reage, e cortando a garganta do terceiro, se impulsiona para virar mais e, pulando agressivamente, golpeia a nuca do Draco de Valinácio, o matando na hora.
Foroman: Você não deveria ter feito isso, não iria sobreviver.
Liryan: Por favor, me desculpe, eu não poderia fazer a minha vida custar a sua!
Foroman: Eu não quero destruir os seus sonhos, mas... eu tenho filhos com uma outra mulher, e o nosso filho de antes, morreu numa guerra contra os valinácios.
Liryan: Por favor, não me diga isso!
Foroman: Não podemos perder tempo, tem algo muito pior esperando por nós.
 Os dois sobem o elevador que estavam tão perto, e esperavam, enquanto a cápsula, num sistema hidráulico que a levantava, e os levava de volta à superfície, eles olhavam um ao outro, e refletiam sobre o perigo que estiveram sofrendo até pararem naquela plataforma misteriosa, e quando chegam ao topo, eles saem para onde era na verdade o próprio Templo de Arroz, e com pelo menos uma daquelas galinhas douradas, talvez perdida, talvez parou ali por engano, mas enfim, Foroman pega aquela galinha, e Liryan pega o ninho com ovos dourados dela, e eles vão de volta à Sumarta.

Fim!

24 de jun. de 2025

Chronos Inc, capítulo 1

INTRODUÇÃO DA EMPRESA
A incorporação Chronos existe desde por volta do século XVI, e o uso de seus métodos de assegurar e catalogar os mistérios considerados como mágicos, ao invés de meramente combatê-los, a partir do Ordo Stella Alchemiae no Sacro Império Romano-Germânico. Atualmente, a Chronos é independente da Igreja Católica e está sediada na Itália, embora tenha bases espalhadas mundialmente.

GESTÃO DE ANORMALIDADES
A instituição é responsável por capturar, pesquisar e extrair energia e recursos úteis de entidades, elementos e equipamentos místicos. A Alquimia, antiga ciência esotérica, é a área necessária para interpretar de forma racional as propriedades sobrenaturais.

Pode envolver pesquisadores, guardas, forças especiais, também operários comuns que envolvem faxina, zeladoria, vigias menores na instituição, compradores e cuidadores de alguns tipos de anormalidades.

  • Compradores: Assim são chamados os acionistas, agentes de marketing e também diplomatas entre países, ou gente que sabe de comércio sobrenatural. Esse cargo é muito desejado pois, agora que a Alquimia é uma fonte de muitos materiais comercializáveis, em um mercado de alta demanda, é um trabalho que ganha muito, de US$ 13.500 a US$ 133.900 por ano no Primeiro Mundo, com direito a vale-alimentação e vale-transporte.

CLASSIFICAÇÃO DOS PESQUISADORES

  • A: Nível mais alto, que pesquisa entidades mais perigosas ou poderosas, podem usar artefatos mais avançados ou catalogar fenômenos sobrenaturais.
  • B: Intermediário, que pesquisa entidades e elementos neutros ou pouco hostis, usam artefatos para defesa ou para auxiliar pesquisa.
  • C: Intermediário, mas que pesquisa entidades e elementos mais inofensivos ou podem certificar relíquias sobrenaturais, seja de ferramentas de trabalho ou comercializadas para humanos.
  • D: Baixo nível, que precisam verificar seguranças para próximos experimentos ou para o ambiente de trabalho.
  • E: Estagiários, pesquisadores iniciantes ou então auxiliares das outras classes, em casos extremos os bucha-de-canhão.

CLASSIFICAÇÃO DAS ANORMALIDADES
ORIGEM
  • M: Monstro; seres conscientes, embora não sapiens, podendo ser animais, plantas ou familiares (seres energéticos com consciência similar).
  • P: Pessoa; entidades sapiens ou então humanoides, alguns mais inofensivos são livres dentro das instituições ou também trabalham.
  • A: Arma/Artefato; objetos inanimados místicos, seja materiais químicos, metais, energia, produtos mágicos, edificações ou armas e vestimentas, alguns podem ser dados ou criados por tais entidades.
  • L: Lei; podendo ser fenômenos na natureza causados pelo sobrenatural, como maldições, anormalidades na realidade, lugares ou constantes universais explicáveis pela Alquimia.
PERIGO
  • In: Inofensivo; não irá causar dano ou causa pouco dano.
  • Nt: Neutro; tem emoções e pode estar disposto a ferir quem parecer perigoso.
  • Sg: Sangue; agressivo e causa dano físico.
  • Cr: Cérebro; agressivo e causa dano psíquico ou espiritual.
  • N: Nêmesis; perigo máximo, classificado "divino" ou "demoníaco" por tanto poder.
  • Fl: Flamel; classificação para artefatos usados ou monstros contratados para defesa.
Logo em seguida dos dígitos referentes às classes de origem e perigo, um número de série é declarado para anotá-los separadamente.

RELATÓRIOS
P-Sg-001 - As Belas Damas de Dionísio: Um conjunto de estátuas humanoides bem belas, esculpidas por Dionísio de Tebas na Grécia Antiga no século IV a.C, têm poderes telecinéticos e são muito violentas, mas quando bem cuidadas, podem presentear com P-Sg-001-L (uma bênção de sorte) e P-Sg-001-A (uma faixa branca com desenhos azuis ao estilo Chinoiserie, que protege de ameaças mágicas).
  • Métodos de cuidado: Faxina diária, geralmente um pesquisador classe E junto com uma equipe de limpeza são mais que o suficiente, em caso de reação negativa, que leva à violência contra os operários, um guarda será acionado usando Taumossupressor (um fluido usado para bloquear ou diminuir atividade alquímica) para bloquear o poder telecinético, enquanto uma caixa de música é tocada para acalmar as entidades.
A-Fl-073 - Gotas de Sangue do Deus do Fogo: São cristais vermelhos usados para projetar fogo, como iluminação ou para cozinhar, e que a Chronos Inc usa como um tipo de arma que pode incapacitar alguns perigos mágicos e exterminar pragas. Não há local exato de origem desses artefatos, pois são feitos com energia de deuses do fogo, disponíveis em quaisquer lugares no mundo, tendo relatos em Creta, Arábia, Roma, Egito e Havaí, sendo esse último onde puderam catalogar um uso mais atual e cotidiano.
  • Método de cuidado: A maioria das Gotas de Sangue de Deus do Fogo têm fogo suficiente para esquentar comida, seja em potência ou alcance, impossível de usar como arma sem algum cabo que resista ao fogo e seu calor. Também tais artefatos são restaurados com base em fé, por isso sendo abundante em regiões humildes e menos industrializadas, onde o ambiente cultural é maior.
P-In-444 - Condenada por Inocência: Um fantasma de uma jovem garota, encontrada na França e vinda de Amélie Bellarosa II, decapitada no ano 1408 d.C., por falsas acusações de bruxaria, um médium descendente dessa família, anônimo, investigou esse caso e pôde comprovar sua inocência, conversando com o espírito e descobrindo documentos do templo em que o julgamento aconteceu, por sua vez, a fantasma de Amélie desaparecendo depois da investigação conforme a conclusão foi por uma histeria coletiva causada pela Inquisição.
  • Método de cuidado: Atualmente indisponível. Quando estava no plano físico, a fantasma era completamente inofensiva, com medo dos adultos, e gentil com membros da família do médium que auxiliou a pesquisa.
M-Nt-017 - Homo Lunalupum Arcadia: Encontrados em regiões da França, Inglaterra, Sibéria e Brasil, são como humanos de dia, e a cada 4 semanas, cada um com um ciclo próprio de mesma duração com base em quando é lua cheia onde nasceram, se transformam numa forma meio lobo, muitas vezes selvagens, mas devido a cuidados, eles ficaram menos agressivos, e muitos dos lobisomens da instituição são devolvidos a suas famílias como reabilitados, no entanto, os que ainda ficam nas instituições também operam na Chronos Inc, alguns podem criar a seus pesquisadores M-Nt-017-A (um tipo de colete com pelos raspados ou caídos da forma lobo, sendo uma roupa à prova de balas e cortes, alguns melhor manufaturados, por lobisomens militares ou lobismulheres costureiras, eram mais resistentes e também com a camada de pele tingida em corantes).
  • M-Nt-017-Sg: Como são registrados os Homo Lunalupum Arcadia, ou lobisomens, em sua forma transformada, o corpo é em média 50% mais alto, porém 30% mais magro, os músculos eram 90% mais densos, junto de um couro e pelos mais duros, nas garras dos pés (ou patas traseiras), tinham o dedão lateral como polegar, o mindinho lateral como uma espora, as mãos (ou patas dianteiras) tinham as proporções dos dedos como um Aye-Aye, porém no tamanho e escala de uma mão também maior que a de um humano. O rosto era como um babuíno, parecia humanoide, mas peludo e de focinho longo e pressas na boca como um lobo. Uivavam instintivamente à Lua, teorias indicam que é um canto ou preze por ela. Podem babar, e quando mordem alguém com a saliva espumante, é passado um vírus mágico, que se não tratado a tempo, pode tornar a pessoa um novo lobisomem.
  • Métodos de cuidado: Na forma humana eles podem vagar na instalação durante as primeiras duas semanas do ciclo, já a partir da terceira, um medicamento psicoativo comum é iniciado, e a partir da quarta, um pesquisador classe B, se não formado como um psicólogo ou um psiquiatra, ambos devem estar junto com o pesquisador e o lobisomem paciente, consultando gatilhos de estresse, traumas familiares e também diagnosticar um meio de controlar e acalmar quando transformado. Na quarta, o lobisomem fica cada vez mais lupino, menos racional, e deve ser levado para seu quarto (também chamado de jaula por alguns), e então, um operário adestrador é enviado para cuidar do lobisomem transformado durante esses dias até a metamorfose terminar e acabar, e depois, o adestrador é dispensado. Dependendo da reabilitação, a longo prazo o lobisomem pode andar na instalação sem perigo, e para evitar que torne as mordidas infecciosas, o lobisomem toma um anticolinérgico para diminuir a saliva, e os operários tomam, entre as vacinas, uma contra o vírus mágico, chamado Lupivírus.
A-Cr-066 - Oh Grande Odin: Um pergaminho escrito à mão, com runas que aparentam hesitar um poema místico, quem lê recebe um aumento nas capacidades sensoriais, porém, não é considerado uma ferramenta benéfica porque aos poucos o conhecimento do pergaminho traz azar. Foi encontrado nas ruínas de uma tribo Viking na Dinamarca, e traduzido para podermos decifrar sua magia antiga, um conjunto de poemas em nome de Odin, deus nórdico da sabedoria, pai da humanidade e da magia.
  • Métodos de cuidado: O pergaminho é cuidado por dois seguranças comuns enquanto a sala é limpada e verificada semanalmente por uma equipe de limpeza e um pesquisador classe C ou D, se houver danos nas letras do pergaminho, é necessário tinta azul para recuperar o efeito mágico do pergaminho, se disponível, Azul de Manganês, aparentemente devido à forte ligação da cor azul aos nórdicos, aos ventos e à sabedoria. Aparentemente, deixar outros livros ou então outros documentos informativos deixa a magia do pergaminho mais forte e com menos riscos, por isso, o pergaminho não é colocado em uma sala qualquer ou em apenas uma caixa, mas numa estande especial de uma das bibliotecas europeias da Chronos Inc. 
M-Sg-109 - Pragas do Abismo: Uma raça de gafanhotos negros ou cinzentos, com listras amarelas e abdômen de vespa, capazes de comerem tudo que é orgânico, é um tipo de perigo que deve ser exterminado.
  • Métodos de cuidado: Normalmente são previstos quando o céu aparenta ficar mais escuro mesmo longe de anoitecer, e mais cinzento mesmo sem nuvens, ou o vento ficar gelado mesmo no Verão. Uma equipe da Chronos Inc deve ser enviada imediatamente, e os soldados irão exterminar as pragas antes que elas cheguem nas plantações. Antes o nome era Pragas de Abadom, mas teve que ser mudado, não por medos e desesperos populares, mas por esse nome deixar esses insetos mais fortes e rápidos, aparentemente as anormalidades extraíam força a partir dos nomes que damos a elas mesmas.
P-InFl-022 - Sauros de Agartha: Grande raça de pessoas-lagarto descobertas na China, e que se voluntariaram a aliar à Chronos Inc desde que nenhum de seus indivíduos esteja em perigo, há artefatos como P-InFl-022-A1 (um tipo de lança vermelha altamente cortante e afiada, que pode empurrar os ventos), P-InFl-022-A2 (um tipo de poção do sangue mágico desses seres, curativa e que fortalece), P-InFl-022-A3 (um anel de ferro que torna o portador imune a veneno).
L-Sg-000-1 - Maldição de Yesh: Uma maldição alquímica em que criaturas, monstros e usuários de alquimia podem pegar fogo quando sob o sol, uma maldição comum após um uso inadequado de magia, catalogado com nome baseado em Levi Yesh, um bruxo da Nova Zelândia, embora descendente de britânicos cujos estudos que envolviam plantas resultaram em múltiplas descobertas, como:
  • Luxpedali Argentus: Uma flor prateada cujas pétalas, que podem ser extraídas e processadas num corante comum para tinturas encantadas, e a seiva é tóxica, porém útil para uma tinta violeta antibacteriana, muito usadas na região do Oceano Índico.
  • Luxpedali Ignisars: Um tipo de cipó cheio de flores avermelhadas, com tom degradê amarelo suave nas bordas, sua seiva é comum para xaropes e licores com efeito psicoativo leve, que induz desde euforia momentânea a visões do futuro, o mel de quando a flor é polinizada deixou abelhas produtoras maiores e mais fortes, e consumir ela periodicamente aumenta a força da pessoa, para algumas tribos é comum dar esse mel nos primeiros anos da criança quando ela desmama, e as sementes das frutas desse cipó são usadas para fazer um óleo altamente inflamável e volátil, embora possa ser consumida para dar resistência a fogo, óleo chamado Fogo Selvagem de Ignisars.
  • Luxpedali Duocapita: Uma flor azul, com variações locais brancas ou pretas dependendo da quantidade de cobre na terra plantada (quanto maior, mais escura ou vibrante a cor), que aparentemente também é uma boa flor para abelhas, e que produzem um mel único, azulado de cor vibrante e bela, um alimento de luxo, e que esse mel foi muito importado por países europeus, e alquimistas já o misturaram com mandrágoras, meimendro e/ou cereja-do-inferno beladona, plantas anestésicas e afrodisíacas populares, e que foram úteis para um tipo de poção curativa mais forte, porém, devido ao processo demorado para misturar e ferver os ingredientes, e de importar esse mel, porque são flores que não crescem em qualquer bioma e, por serem mágicas, são muito fiscalizadas pelos compradores, essas poções são mais caras e raramente são feitas fora da Europa ou Austrália.
M-N-788 - Novo Bran dos Andes: Seu nome é referente a Bran o Abençoado de lendas celtas pré-arturianas, que foi decapitado pois não sobreviveria ao veneno que sofria e sua cabeça era guardiã da Bretanha antes do Rei Arthur declarar sua Terra como protegida por Deus. Já a entidade aqui analisada era um gigante adormecido, camuflado na Cordilheira dos Andes, com a cabeça separada do corpo, talvez decapitado após um evento passado e só lembrado pelos incas no Machupicchu, e mesmo quando levaram a cabeça embora, a consciência do gigante foi capaz de emitir ondas gravitacionais capazes de tremer a Terra, talvez acordado por haver muita energia mágica num mesmo ambiente, e mesmo quando foi possível uma conversa com essa cabeça de gigante, ele mesmo prometeu que o fim estaria próximo.
  • "Húbris, quando a arrogância é o motivo da sua queda, húbris, o motivo dos mortais caírem e morrerem com falhas que para quem os comete parecem nada. Os Céus vos defenderam, mas vós não vereis o avanço do vosso mundo e do vosso reino, mesmo que destruam a minha carne, e virem a força dos monstros contra eles mesmos, nós só retornaremos mais fortes, eu posso ser o último de minha ordem, mas não sou o único capaz de vos impedir, a Morte é a última a ter seu fim, porque a Morte é sempre o fim, até mesmo do próprio tempo"
  • M-N-788-A - Arca de Magnus: Para impedirem que o corpo também reaja a outra influência mágica, o desfizeram em milhares de partes, a carne era tão dura que, junta dos ossos, foi feito concreto para uma única instalação, foi feita uma grande instalação para proteger todo o DNA da Terra, para reiniciar a vida caso ela acabe num Apocalipse. Os músculos eram mais duros que titânio, os ossos eram como pedra de verdade, o sangue foi extraído para fazer um combustível mágico para várias cidades na América Latina a fim de drenar essa entidade em forma de uma contribuição, e o concreto da carne e ossos desse ser foi suficiente para que a arquitetura tenha mais de 10 andares, e sobrasse concreto para restaurar patrimônios antigos, como na Grécia e Roma, os olhos eram tão grandes e únicos que, mesmo que a Merkokulos (uma organização comercial de anormalidades sapientes que use olhos como moedas e tesouros) estivesse interessado por eles em troca de uma frota inteira de sua equipe trabalhando para a Chronos Inc, a empresa diz que não teria como comprarem de tão inestimável que seria o valor, e esses olhos são parte da decoração do andar térreo que, mesmo não sendo o maior andar, tinha cerca de 52.600 m² de área, contando muros que contornam a edificação, e embora tenha também a forma de um castelo, com os andares superiores relativamente menores, tinha uma paleta mais futurista, com cores branco, verde e vermelho em sua obra.

2 de jun. de 2025

A Relatividade do Terror

Olá, e sem enrolação, tem algo que vi nuns vídeos de Half Life 2, sobre como o Stalker antes era pra ser, como na esquerda, uma figura ameaçadora, sofrendo uma eternidade de torturas dos Combine, mas ainda tentando lutar pra sobreviver, com um grito bem ameaçador também, talvez ele seria pra Half-Life 2 o que o Regenerator foi pro Resident Evil 4 (que aliás foi lançado logo um ano depois de HL2), mas a Valve descartou essa ideia justamente porque essa ideia anterior seria vista mais como "maneira" que assustadora (matar uma criatura extremamente ágil, e provavelmente acabar o sofrimento desse ser como foi com os zumbis de Ravenholm, e talvez evitaram repetir o mesmo tema também), e preferiram um terror mais sutil, mas mais pessoal, como na foto da direita, que o corpo não é "gore", mas tão ferrado quanto, com a mesma origem, e com uma função de um tipo de escravos (como os Servidores de Warhammer 40k).
O que aliás me lembra aquela polêmica de Urbanspook, que claro, vou resumir porque já destrincharam isso:
  1. Os episódios parecem apresentação de slide e o áudio é bem nada a ver;
  2. A série foi inteira feita só pra marketing de desenhos do Urbanspook (o que soa errado, porque logo o personagem que fez o "Fucktoy Cory" acaba soando como o self-insert do autor);
  3. O Urbanspook é homofóbico, capacitista (usando autismo como ofensa), tenta bancar de "mais louco que todos nós" (falando que não tem limites pessoais, enquanto além da existência do... Cory - não vou repetir o outro nome! -, também esse imbecil fica usando como meme, porque é superdescolado usar um equivalente às artes do Shadman só que muito pior, pra ilustrar """gente fresca e woke"""/j);
  4. Tem relato que ele já fez animações tão gore e erradas quanto, mas como não sei a história toda não consigo afirmar;
  5. A fandom dessa série, como o subreddit de Urbanspook, só existe pra puxar saco do autor, o que é extremamente perigoso, porque uma coisa é não ser bom com críticas (e o Urbanspook parece o Chris Chan respondendo trolls, pqp, além disso, contra argumentar ou evitar ataques, e avaliar críticas válidas e construtivas e usar como base do que melhorar é fácil de fazer, ainda mais com o tempo), outra é só receber gente falando bem mesmo das coisas erradas que tá fazendo, o que ironicamente é o que fez a série cair junto com a fandom, ninguém quer mais saber dela e tudo o que tô falando é só um desabafo porque essas avaliações não saíam da minha memória.
  6. Além disso, o autor até tenta assustar, mas ele fazendo a história parece o que tanto criticaram no JC The Hyena quanto fez Sonic.exe, com narração explícita, apelo expositivo demais, tenta falar que é "A Coisa Mais Assustadora" o tempo todo, e o gore que esse autor faz dá mais raiva que gore normal (gore já me faz ter raiva da humanidade, mas esse gore me faz ter raiva da humanidade e de tamanha ruindade narrativa, a polícia da série parece polícia da Noruega de tão inútil), as narrações me dão apatia (seja porque as mortes e plot twists não têm peso, ou porque tudo de "novidade" da história é desinteressante), e os barulhos dão dor (até suspeitei que tivesse algo a ver com o capacitismo do Urbanspook, já que autistas têm uma sensibilidade sonora maior, e os jumpscares são de estourar os ouvidos).
Chega a ser bizarro como a maioria esmagadora dos vídeos que tanto mostram o quão ruim é o Urbanspook e o quão estúpidas são as atitudes dele, são logo em posts do subreddit feito pra apoiar a série e o autor.

O que tanto falaram sobre o Cory pode ser repetitivo demais, mas é justamente o defeito mais gritante, porque foi logo com um personagem de 11 ANOS, e que o autor fica tratando como se assassinato e outras paradas contra crianças são terríveis justamente por serem feitos contra crianças (é óbvio? Sim, mas se esses crimes são tão comuns, ao ponto de ter mídia tratando com desrespeito, é porque tem gente que não faz a mais remota ideia do caso). Bem como o Core disse sobre o Analog Horror do pintor, "Parece o BanBan dos Analog Horror".

Eu já tinha feito antes uns blogs que eu explico sobre como um terror *bom* é feito, e resumindo, temos:
  • Ambientação: O mundo tem que ter no mínimo seus elementos centrais e principais pré-estabelecidos, preparando terreno para onde os personagens estão e também os elementos (não necessariamente monstros, mas a fonte do medo em geral) que estarão carregando o medo do desconhecido.
  • Imersão: A sensação de que a história é real ou pode ser real deixa mais desconfortável, e pode variar, como o medo de algo acontecer com você que tá vendo esse terror, ou como o elemento do medo está agindo nos personagens feitos pra você ter empatia.
  • Mistério: Medo do desconhecido, às vezes uma história sobrenatural em que você não sabe a procedência e explicação (como qualquer história de terror mística ou mitológica, no Brasil tinha Setealém antes da moda de Backrooms, esse medo de parar em uma dimensão alternativa onde estar sozinho deixa de ser um medo, e vira uma esperança), mas sabe que é assustador, ou um assassino cruel que você não sabe uma motivação convincente, e espera que os personagens bons fujam ou então o vilão morra (como os assassinos de filmes Slash que envelheceram mal mas ainda entretêm, ou os assassinos do filme Funny Games, apesar que nesse filme os vilões vencem).
 Lovecraft já disse uma vez que o medo é o sentimento mais ancestral, e o medo mais ancestral é o do desconhecido, assim como, quando algo já descrito como "terrível", ou detalhado de forma que fica terrível, quando há detalhes faltando ou a história não elabora os detalhes que faltam, tudo parece mais assustador.

 Falando no Analog Horror terrível do pintor, outra coisa que também vi falarem tanto que isso não sai da minha mente é aquilo que, englobando de forma genérica, chamo de "comédia feminina", que envolve aqueles tipos de comédia duvidosa comum em comunidades femininas, que envolve o seguinte:
  • Stand ups falando sobre sexo, genitais e vida sexual - Por que esse é ruim? Ele é comum pra reduzir homens e criar um falso empoderamento feminino, o que não seria tão preocupante se não fosse reflexo de um humor machista que fazia da mesma forma porém em sentido oposto (reduzindo mulher e aumentando homem), o que fica ruim porque, pagando da mesma moeda e justificar insistentemente, isso só faz soar que esse humor duvidoso era certo também no polo machista, em suma, sendo uma questão de oprimida virando opressora, inclusive falando mal de homens e moços que têm nada a ver com o machismo que causou isso.
  • Regina George - Como uma personagem se tornou uma literalmente eu feminina? Claramente por muitas mulheres e moças verem na figura de uma patricinha debochada, com uns momentos de valentona, não como um tipo de personagem inconveniente pra ser superada, mesmo só precisando fazer isso moralmente, mas como um tipo de empoderamento ou símbolo de elegância e liderança (o que perde o sentido, considerando que amigos não tem líder no sentido "o líder pisa nos colegas", e sim "o líder apoia e organiza os colegas", e que assim como comparei com o meme de "literalmente eu", o conceito de machos alfa e até fêmeas alfa também funcionam assim: Liderança não é força e brutalidade, e sim coordenação e empatia, o que fãs da Regina George não entendem por ver, como é retratado no grupo dessa personagem e em outros trios de patricinhas, aquelas ao lado da líder nunca têm uma personalidade própria), e já vi um vídeo do Caramelo Animation falando algo interessante, de que uma pessoa com personalidade da Regina George, na vida real, seria o alvo de bullying.
  • NewMFX - Resumindo muito porque essa parte já tá longa... é pornô escatológico, e que muita gente não sabe que é um contexto bem pesado e até mesmo cruel de memes como "Eu sou uma rata, senhora" (que mesmo sendo um meme que chegou a saturar, é engraçadinho sem contexto, mas com o contexto fica esquisito e nojento), e pelo que vi num vídeo do Arttur, as pessoas dessa comunidade chamam as membras desses vídeos de "chocoqueens" (um termo que já diz muito dessa comunidade que romantiza e eufemiza coisas como coprofilia.
 Tudo que já é ruim é porque tem chance de ficar pior, e chega a ser curioso como mesmo conteúdos por tanto tempo tão detestados só são criados ou continuados porque sempre vai sobrar alguém que acha que será uma boa ideia, e a ideia já ruim fica ainda pior, isso vale pra produzir algo, ou pra publicar e assistir a conteúdos danosos (NSFL), ou até mesmo ideologias políticas (que não serão assunto aqui nesse post).

Por eu ter falado de putaria... Que tal concluir falando um pouco sobre a psicanálise de Freud e um pouco de mitologia grega?
Freud é considerado pai da Psicanálise, e muito do conceito de "freudiano" ser associado a psicologia sexual ou até mesmo incesto por ter a ver justamente com a maioria do que Freud pesquisou ter a ver com intimidade e complicações familiares. O Complexo de Édipo, por exemplo, não se trata só de incesto mãe-filho como o conto mitológico, ou sobre o filho querer namorar quem parece com a mãe, mas sim com como o filho, especificamente o filho masculino, tem uma tendência instintiva ou institucional a rivalizar com o próprio pai (algo tipo concorrência por quem receberá afeto da mãe do filho ou esposa do pai), e o amor pela mãe pode incluir amor meramente fraterno, e que essa interação é instintiva, só precisa ser controlada pra não se tornar um fetiche.

Fetiches podem ter diferentes motivos, e Freud desenvolveu o termo traduzindo "feitiço" (do português) pra francês ("fétiche"), e esse termo também é válido pra artefatos de adoração (admito que no conto de Akinaduba eu usei esse termo pra um artefato mágico propositalmente pra uma piada de duplo sentido homossexual - feliz mês do orgulho), e a comparação ao fetiche sexual vem justamente de algo que parece ser indiferente ou até mesmo repulsivo, mas pra pessoas específicas pode ser fonte de atração.

 Atração por pessoas coxudas ou bundudas (como é ilustrado em artes antigas, com esculturas de mulheres até mesmo gordinhas, como Vênus de Willendorf) pode ter a ver com mulheres bem alimentadas, logo, que irão sustentar melhor um filho futuramente, esses detalhes parecem indiferentes ou até mesmo pragmáticos demais, mas pra quem tem atração por interesse romântico ou sexual, é um atrativo amoroso. Peitos grandes podem ser pela lactação, seja pros filhos ou, assim como Freud trata a oralidade e o consumo do leite como a primeira intimidade que a pessoa fará na vida, a pessoa possa ter essa vontade de mamar os peitos de uma mulher.
 Pra interesses nos homens? Músculos são um fetiche comum pela presença de alguém forte ser necessária, e no caso de humanos, a maioria dos que vão ocupar esse cargo vão ser homens inevitavelmente, assim como partes íntimas, grandes podem ter a ver com força e dominação (seja pelos motivos mais óbvios e físicos, mas também biologicamente, a testosterona e a saúde genital masculina podem aumentar o tamanho dessas partes), antigamente gregos consideravam partes grandes coisa de pessoas selvagens ou até de monstros, o que aos poucos foi criticado junto com a libertinagem dos gregos (aqueles papos de "homossexualidade" na Grécia na verdade são frutos desse povo ver relações homoafetivas como prazer sexual, e fruto do machismo e misoginia ao tratarem mulheres como inferiores - desde aquela frase "tão macho que pegam outros machos", a também como os homens na arte grega eram sempre representados pelados justamente pra mostrar mais do corpo masculino, e muitas lendas e mitos condenando ou vilanizando muito mulheres, assim como são muito comuns histórias da deusa Hera sendo retratada de forma bem sádica e desproporcional às amantes do Zeus).
 A atração por femboys eu não diria que dependem dessa misoginia libertina da Grécia Antiga, e nem com eunucos, mas sim porque há certa representação estética e de elegância de formas que hoje em dia são femininas, mas antigamente eram apenas classe, e por esses padrões de moda serem a maioria europeus, é quase inevitável imaginar femboys brancos ou no máximo asiáticos (enquanto no Japão também tem a androginia como símbolo de beleza, embora mais "proposital", intencionada pra isso), enquanto homens negros são associados a masculinidade e força justamente por terem mais culturas africanas em que o homem forte que é o símbolo nobre, antigamente representados como "selvagens", mas hoje em dia algo muito apreciado, em partes um arquétipo de guerreiros e atletas ideais, e eu diria que desde romance a conteúdos adultos de mulheres claras com homens escuros não tem a ver com racismo e objetificação, mas com a superação do racismo, e o amor entre grupos físicos tão diferentes.
 Fetiches por dor, sofrimento e até por fezes que nem falei antes, pode ter a ver com esse desejo em se submeter a alguém em posição maior (Masoquismo vem de Leopold Von Sacher-Masoch, que escrevia livros de um tipo de persona dele sendo humilhado por uma mulher que o lidera e domina), e o fetiche por pés, segundo Freud, pode ser pelo pé ser fálico e uma opção pra uma pessoa com os desejos fálicos reprimidos, mas pensando bem, pode ser pelos fés bem macios e lisos serem algo comum em pessoas já bonitas, com os pés protegidos e cuidados.

 Freud também catalogou um tipo de "fenômeno" chamado Medusenhaup.
Sabe a lenda de Medusa, que dependendo da história era uma entre as górgonas (uma raça de entidades femininas belas) que foram amaldiçoadas por blasfemar Atena, e dependendo da interpretação a Medusa não era imortal porque a Atena se relacionou com Poseidon (e por Poseidon e Atena se odiarem, Atena amaldiçoou mais ainda por vingança), e que em outra versão a Medusa foi abusada por Poseidon, e Atena, não querendo admitir uma interação com o tio que ela odeia e vendo aquilo como traição, a amaldiçoou?
 Perseu degolou Medusa pra usar a cabeça dela como arma contra um rei que tava assediando a mãe dele, e essa estátua de Luciano Garbati inverte isso pra representar a subversão do machismo estrutural e da injustiça a vítimas de abuso.
 Então, Freud comparou a visão petrificante com um choque de realidade, e Perseu decapitando Medusa com um tipo de "castração" que o jovem sentia ao descobrir que mulheres não têm as mesmas genitais que os homens, o que parece idiota, mas numa época em que não existiam "livros pornô", nem revistas, fotos, filmes, vídeos, e a sociedade era tão distanciada dos impulsos sexuais e ensinada a odiá-los, que Freud chamava de "complexo de castração", isso era praticamente um evento canônico masculino, já que na época jovens não tinham tanto acesso a artes sexuais, e isso durou mesmo umas décadas depois.
 Freud também desenvolveu, com base no conceito de Consciente, Inconsciente Pessoal e Inconsciente Coletivo do Carl Jung, o conceito de Ego, ID e Superego, que praticamente as duas teorias psicológicas se completam, como:
  • Consciente: Camada em que controlamos nossos pensamentos e atitudes, a parte racional que era apenas a superfície da mente humana. Freud chama a parte puramente racional de Ego.
  • Subconsciente ou Preconsciente: Camada intermediária entre racional e irraccional, como o Superego, que envolve as morais que a pessoa pode tanto construir culturalmente quanto carregar emocionalmente, ou também conhecimentos que se aprende inconscientemente, mas podem ser usados conscientemente, como a experiência e conhecimento.
  • Inconsciente Pessoal: Pra Freud, é o ID, ou Identidade, que envolve instintos, emoções, memórias e impulsos, são elementos mentais extremamente complexos de controlar, mas ainda assim compreensíveis.
  • Inconsciente Coletivo: Pra Carl Jung, essa camada seria algo também inconsciente, mas que não se limita a pensamentos e instintos pessoais, mas sim carrega arquétipos que todos têm acesso. Pra Jung, as camadas inconscientes, como as ideias pessoais e os arquétipos, são necessários para a Imaginação Ativa, um método criativo de criar ideias diretamente da própria cabeça, sem referência externa.

Escrevi isso aqui por puro tédio e meio que como um desabafo pra reclamar desse tipo de coisa que eu vi, que pra uns pode não ser grande coisa, mas é pra esmagadora maioria e podem até deturbar arquétipos e conceitos normais, que nós podemos criar pessoalmente ou coletivamente, e é necessário termos uma certa ética pra controlarmos o que iremos falar, expressar ou propagar, já que mesmo que palavras não nos machucam, elas podem motivar atitudes que irão nos machucar.

Até mais!

31 de mai. de 2025

Delírios Espaciais, Mãos Decepadas e Agrofeira

Esse blog eu já tava planejando fazer por conectar algo que um webamigo meu admitiu ter passado, com o que eu também passei, com algum tipo de "delírio coletivo" em forma de vídeo, mas depois da ideia original abaixo, vai ter mais uns assuntos que também tive interesse ou no mínimo ouvi falar sobre:

Space Marine no Deserto
 Meu webamigo relatou ter visto uma série de vídeos que narravam histórias dos Space Marines de Warhammer 40k, e algo que ele lembrou e contou pra mim era a seguinte história: Os Space Marines estavam num tipo de planeta deserto tentando escoltar e sobreviver nessa região, mas um em específico ficou afastado por uma tempestade de areia e, se abrigando num templo, acabou encontrando nele um tipo de ruína.
"Ao entrar ele viu estátuas gigantescas, que parecia outros "Super Marines" mas a diferença é que o capacetes deles estavam quebrados, ao andar pelo templo ele não conseguia compreender cada passo mais ele sentia que ele estava sendo observado por alguém, uma hora ele foi andando e quando ele olhou para trás ele viu a figura de um homem que parecia um dos seus companheiros, mas a parte do visor dele estava escura invés de um capacete, era um círculo de vidro que parecia sido tomado por uma areia intensa ele carregava uma espada, e ficou parado na frente dele por alguns segundos."
"Vendo aquela figura o Space Marine não conseguia fazer nada, ele estava parado ele foi biologicamente feito para não sentir medo, mas mesmo assim ele não conseguia responder contra a presença daquele ser, após alguns segundos ele adormeceu depois disso ele acordou no meio do deserto, ele foi resgatado por alguns companheiros que o encontraram."
"Ele tentou explicar, mas eles não acreditaram e eles foram embora do planeta pois não havia recursos e nem formas de cultivar algo nele. Basicamente esse Space Marine ficou traumatizado com esse evento, como se isso tivesse acontecido e ele não soubesse o real sentido, isso é tão estranho."
Space Marines são uma classe de super soldados acima da guarda real convencional, são fortes pra umas unidades enfrentarem exércitos de Xenos (como são chamados os inimigos alienígenas), e são extremamente modificados, desde coração, pulmão e estômago extra pra sobreviver melhor, até uma medula especial que deixa as costas deles à prova de balas (mesmo sem armadura) e órgãos alterados pra verem no escuro, aguentarem som de alta frequência e não sofrerem tontura e nem problemas de privação de sono, e um símbolo de Warhammer 40k, sendo pro Imperium do Homem o que os Stormtroopers jamais seriam pra República e Império de Star Wars.

Stop Motion e Mãos Amputadas
 Em contraparte dele ter se sentido bem depois de eu acreditar no relato dele de uma "lost media", eu também contei pra ele o que eu tinha presenciado quando criança na época que eu tava começando a conhecer o Youtube, em que um dos poucos vídeos que eu vi na época e ainda lembro como eram, mas tenho dúvidas se o vídeo sequer ainda exista, tinha o seguinte:
 Uma animação stop motion de Homem-Aranha enfrentando o Duende Verde, ao som da abertura da animação dos anos 60, até aí normal... até ter, entre os últimos segundos do vídeo, uma MÃO DECEPADA E COM SANGUE (e nem lembro se a mão tinha uma luva de Homem-Aranha ou não, porque faz uma década que eu tinha visto esse vídeo), e depois desse vídeo, tinha entre aquela faixa vertical de próximos vídeos pra ver, o que parecia também uma mão decepada mas na thumbnail.
 No vídeo que vi em seguida, parecia um tutorial normal de montar, pelo que há a entender, uma mão de papelão, ou um vídeo de um cara montando uma mão de papelão (só lembro que era de papelão porque tinha um trecho do cara cortando um papel pouco antes de montar o resto), e quando a mão parecia mais inteira... não foi tão jumpscare quando o que falei no Stop Motion, mas é tão desconfortável quanto, ainda mais que o vídeo era em inglês e eu tava entendendo porra nenhuma, em que tinha a mão se mexendo, com o pulso sangrando e parecendo algo rasgado (não aquela amputação reta certinho), e com os dedos se mexendo (lembro que na posição era tipo mexer os dedos batendo na mesa enquanto espera algo) enquanto aos poucos a sala escurecia.
 Senti esse paralelo com o meu webamigo, que se sentia no paralelo com o Space Marine do vídeo que ele viu, de ver algo extremamente bizarro e até mesmo gore, mas não conseguir explicar de forma tão convincente, e isso acabar parecendo só um delírio.

 Dia 31/05, Sábado de manhã, eu fui visitar na Fatec, era pra eu ir no Logday, mas eu me perdi e fui ver a feirinha agro com meu pai, e a gente foi ver muita coisas, como:
Tratores, uma maquete de logística, mel e derivados (hidromel, própolis e também variações de mel, como de laranjeira, flores silvestres, cipó de uva e eucalipto - o de laranjeira tinha um pouco de gosto de laranja, o de flores silvestres era um pouco mais amargo e o mais viscoso, o de cipó de uva era bem docinho e o segundo mais viscoso dos que tinha, e o de eucalipto era o mais "líquido" e com o gosto de mel de sempre), sistema de atomização de inseticida, fungicida e herbicida (em que tinha estruturas pra deixar as gotas menores e mais pulverizadas, ou maiores e mais "gotosas" por assim dizer - como se não fosse só ar gelado -, tinha até um nível em que tavam tão diluídas em ar induzido que nem dava pra sentir as gotas), em que também tinha um tipo de simulador dessas atomizações/pulverizações, e que se saísse dessa câmara contaria como uma deriva (quando o fluido sai do campo desejado), e insetos:
  • Sejam eles "maus"/pragas, como besouro serra-pau pra madeiras, maria-fedida pra leguminosas e cereais, e bicudo-do-algodão pra algodão;
  • Ou "bons" que caçam esses animais, como as joaninhas que caçam pulgões/ácaros (incluindo aqueles que as formigas usam de "vaca" pra ordenhar fluido doce que eles soltam do corpo).
  • Tem também as larvas "em conserva" em um álcool bem concentrado.
 Também uns materiais tão interessantes quanto, como cata-ventos, heliômetro (esse material que parece o SCP-804, é um material que recebe a luz do sol e o ângulo em que o material reflete em um papel com as métricas cujo ângulo mede a intensidade; não é mais tão usado quanto o piranômetro, que não tirei foto mas é um aparelho com uma resistência elétrica, e que a intensidade solar é medida pelo tanto que o calor tá afetando essa resistência), um pluviômetro que também não tirei foto, mas que media a intensidade da chuva com base na batida de uma plataforma que mede as gotas (tipo um metrônomo de chuva) e essas ervas nativas que um senhorzinho tava apresentando também nessa feira.
Posso ter errado o caminho pra uma das apresentações, mas teve um acerto enorme considerando o tanto de novidades que eu acabei de ver logo no Agronegócio, com coisas que não vai ser fácil de falarem na Logística (que aliás, é estranho como depois que eu me registrei nessa faculdade e avançar nela, essa palavra ficou ONIPRESENTE na minha vida, porque a logística envolve muita estratégia e movimentação tecnológicas), no máximo dos veículos usados na área, ainda assim foi incrível.

Esses dois assuntos realmente podem não ter a ver, e não têm mesmo, eu vi que se só falasse sobre "delírio coletivo" esse post seria curto demais, e o que teve hoje foi legal demais pra eu só "guardar na memória" e acabar perdendo ela, assim como eu falei do que eu tinha presenciado no Youtube quando criança, e o que meu webamigo presenciou e contou pra mim.

Até mais!

24 de mai. de 2025

Necronomicon, Flamingos Rosa e G-Man

Há quanto tempo! Praticamente um mês sem mexer nesse blog, que eu uso geralmente como um tipo de diário pra anotações minhas, porque de histórias ficcionais eu tô com foco total em Projeto Dream, e o episódio mais recente vou deixar um link: Clique aqui <

Falando em Projeto Dream, a saga mais recente tem algumas inspirações em HP Lovecraft, com um pouco de DC Comics (especificamente DC vs Vampires, que lembra um pouco Zumbis Marvel, porém em vez de personagens da Marvel num apocalipse zumbi, são personagens da DC num apocalipse de vampiros), Half-Life e Portal (que aliás, eu tive esse hiperfoco bem recentemente, porque tavam falando o suficiente de Half Life 3 pra eu voltar a ver sobre a franquia), e um pouco de Alien vs Predador (não coincidentemente a ver com as artes de HR Giger).

Daatobek é o livro maligno do Projeto Dream e um MacGuffin mais atual, em que o Zaraad al Metri consegue esse livro e o usa como fonte de seu poder e dos monstros, alguns ligados à Poora (uma deusa maligna e do sangue, inspirada no Yaldabaoth de SCP Foundation, numa época que os deuses dessas webhistórias eram algo underground), outros à Umbra da Depressão (que, por enquanto, só está sendo citada e é uma fonte de alguns dos seres e também algo sob acesso desse livro). O nome é uma mistura de Duat (reino dos mortos), Maat (deusa da justiça e cuja pena é usada pra medir o peso da alma dos mortos) e Sobek (deus da água, do Nilo e dos crocodilos), tudo da mitologia egípcia, e tive ideias de premissas iniciais em que esse livro seria uma mistura do Necronomicon com uma metáfora a vício em pornografia.
Zaraad é um bruxo árabe, e a Arábia é um lugar extremamente autoritário e com regras rígidas demais, desde reprimir a estética e atividade das mulheres a decapitar homens só por serem gays ou acusados de serem gays, o que se completa com um livro de conhecimento proibido no Oriente Médio. A pirocinese representa a raiva, a hidrocinese representa a masturbação, e as invocações de diferentes tipos podem representar fetiches, assim como as raças mais associadas a esse livro são vampiros, um tipo de criatura, ainda que selvagem, ainda ligada ao sangue que pode representar tanto a violência quanto os desejos dependentes do corpo.
Isso também se completa com o que eu digo sobre o simbolismo da sexualização e encorpamento das minhas personagens, que tem a ver com a liberdade de vestimenta delas e a valorização do corpo e beleza natural, seja interna ou externa, assim como elas têm poderes naturalmente saindo delas, seja evolutivamente, modificadas ou com magia de Ego. O Marshall tem outro simbolismo que não daria pra associar como o mesmo, no máximo relacionado a ambos, sendo ele um personagem feito comicamente pra ser feio e esquecível, mas conforme desenvolvi e encerrei a vida de Summer (irmã dele), teve as horas dele brilhar, e mostrar que ele era mais que só um mutante feio e terrível, e que ele e a Bonnie se completam como almas gêmeas justamente por ambos terem jornadas difíceis por serem "bonitos só por dentro" (palavra bonita pra serem feios), assim como o Cara de Rato e a Teta de Vaca são um contraponto deles: Humanos extremamente feios por dentro E por fora).

Falando nesses vilões, o Língua de Cobra, Sovaco de Bode, Cara de Rato e Teta de Vaca foram feitos baseados em classes de RPG e arquétipos de vilões de filmes antigos:
  • Língua de Cobra é baseado em vilões serial killers, traidores manipuladores, e até mesmo no Gríma Língua de Cobra de Senhor dos Anéis, além de eu tentar colocar muito provisoriamente ele sendo uma metáfora a como o Império Japonês tratava a China, por ele ser um assassino japonês temido na China.
  • Sovaco de Bode é baseado em vilões fortes e burros, extremamente bruto, ignorante, e como ele não parecia "feio o suficiente", eu adicionei como detalhes ele feder e ser muito ofensivo (e por ele ser um personagem brasileiro isso se completa com como brasileiros são extremamente preconceituosos mesmo sendo uma minoria também menosprezada), um pouco baseado em horrorcows (um "nível" dos lolcows - um tipo de gente esquisita e esculachada na internet - que chega a um ponto que as pessoas querem ver preso).
  • Cara de Rato é baseado em vilões feiticeiros, ou aquele arquétipo de servos deformados de um vilão maior (como o servo do Dr. Frankenstein, Igor, atuado por Marty Feldman), ou uma versão maligna de um mordomo de um personagem rico, assim como os crimes desse personagem têm a ver com manipulação, invasão de propriedade e indução de suicídio, sendo assim o seu maior poder não uma magia poderosa mas sim a sua maldade, seja em seus crimes ou com aqueles que ele se envolveu.
  • Teta de Vaca é baseada em Karens (um estereótipo norte-americano de mulheres velhas insuportáveis e caga-regras), femme-fatales (embora essa seja feia demais pra ideia), e assim como cada um do grupo era um tipo de "classe de RPG" (Takeshi sendo o ladino, Pedro sendo o bárbaro e Maurits sendo o bruxo), Teta de Vaca (Karen) seria uma atiradora, também me baseei um pouco em Hagsploitation (um gênero de filmes de terror sobre atrizes velhas enlouquecendo com seu passado) e a Divine (aquela drag queen que fez Pink Flamingos - sim, aquele filme em que ela faz relação com um personagem filho dela e come sujeira que um cachorro largou durante a gravação do filme -, e é inspiração da Ursula de Pequena Sereia).
De bônus, o Zefrier foi baseado no Wyald de Berserk, sendo ele um personagem feito pra ser tão nojento e odiável quanto os outros quatro, e tanto o design quanto as atitudes, além do nome ser uma mistura de Zephyr/Zefir (um nome referente a entidades mágicas do vento, com base no deus grego Zéfiro) com Lucier (uma versão de Lúcifer do Eric/"Arco-Íris Idiota" que eu falei uma vez, por esse cara que antes era meu webamigo ter feito muitas histórias edgy e por um tempo, quando a gente era amigo, se gabar da história dele ser "melhor"/mais pesada que o Projeto Dream da época).
Me pergunto se o Projeto Dream será visto como um tipo de Divina Comédia, já que além disso que falei do Eric, também na sétima temporada eu fiz muitos vilões baseados em gente que eram webamigos meus mas depois me cancelaram injustamente (mas essa sétima temporada passou, assim como esse cancelamento, nem faz sentido contar isso com detalhes).

Como eu falei, o Projeto Dream tá tendo muitos personagens morrendo, sendo aposentados ou perdendo algo que antes importava pra eles, e sendo alterados pra sempre, isso por causa do Controle Populacional, que teve entre as temporadas 17 e 18 e tem uma segunda vez entre as temporadas 19 e 20 agora.
Esses Controles Populacionais têm a ver com o que dá pra chamar de Necessidade do Roteiro (que ao contrário de uma Conveniência do Roteiro, isso não é algo que ocorre por pressa ou preguiça, e sim por realmente uma atividade fluida narrativa e pra movimentar a história), porque o Projeto Dream é uma história extremamente cheia de personagens (e já passei berrenque porque alguns mal tinham espaço na história sem spin-offs e derivados) e por ter tido muitas ressurreições (apesar que acho babaquice porque uns reclamavam só dessa história ter ressurreição), assim como usei pra dar espaço pra mudar alguns personagens sobreviventes ou até ter esses novos personagens com menos problemas.
Outra Necessidade do Roteiro foi justamente o Muramasa e seu grupo interferirem na primeira base do Zaraad (esse episódio), em que isso pôde retornar até certo ponto a atividade do Muramasa e outros monstros, assim como cumprir a parte da aliança entre John Parker e os monstros.

Uma vez eu fiz um episódio de Projeto Dream em que as Luna visitam uma faculdade batattiana (esse aqui), baseado em uma experiência minha em que um maestro espanhol visitou a Fatec em que eu estudei, e falar isso de novo me lembra esse vídeo que eu tenho do Dailysingingcontent (não achei link do vídeo no Instagram, mas é uma versão menor do vídeo nesse link aqui <)

Vibraslap e Flexatone podem ser parecidos, mas o Vibraslap tem esse arame maior, e a batida é mais grave (em partes parece aqueles sons de cobras), também surgiu na América do Sul baseadas em instrumentos africanos de mandíbulas de animais, já o Flexatone é mais fino e fica ainda mais agudo conforme a tocada segue até terminar, é usado pra sons como aquele "tiririririm" da música icônica de GTA San Andreas, ou aqueles sons de "!!" de animes da Toei como One Piece e Dragon Ball, esse instrumento surgiu entre 1922 na Grã Bretânia e 1924 em que ficou comum nos Estados Unidos.
Esse instrumento de guizos que eu vi no vídeo pelo que vi parece em parte o bandeiro se ele fosse um bastão em vez de um disco, já que é um chocalho que pode tocar sendo mexido ou batido, pelo que vi esse chocalho de guizos tem tanto na África quanto no Oriente. Tem também o Guiro, ou Reco Reco, que tem a base e o bastão, em que é feito esse som de algo vibrando, tanto que, embora tenha surgido na África e tenha também na América do Sul, já vi vídeos de indianos usando para tirar minhocas do solo, pelas minhocas sentirem as vibrações (lá ele rs) como se fosse chuva. As claves são baquetas de tocar batendo entre elas, o nome vem do espanhol significando "chaves", e elas são um instrumento cubano comum na Salsa.
Stylophone é um instrumento eletrônico manuseado por uma caneta (tipo um Nintendo DS), foi inventado em 1967 por Brian Jarvis, com notas que lembram música de Megaman de NES, e parece com o Theremin, inventado em 1920 por Léon Theremin, e que por sua vez, o cabo vertical é manuseado mexendo as mãos perto, definindo o volume, e o cabo horizontal é manuseado mexendo as mãos também perto, definindo a frequência (quanto mais perto, mais grave). Mas algo que achei bonitinho é esse Omnichord da Suzuki, que as teclas controlam diferentes sons que simulam outros instrumentos, e essa parte que a mão esquerda da foto tá passando é como a tela do Stylophone, mas que ao passar, não só tocar, pode fazer um tipo de riff de guitarra ou gliss de piano/teclado, o som disso no Omnichord tem muita vibe de "level up".
Aproveitando que falei de level up e NES, olha essas fotos de como era o Link nos jogo de NES de Zelda 2 numa TV de tubo. Dizem que os jogos de SNES, N64 e PS1 ficavam mais "realistas" pelo granulado que os tubos de raios catódicos fazem mesmo que sem querer, emitindo pontos nas cores que precisa pra formar imagem, o que pelo visto vale desde a geração 8-bits.
Pra completar, tem esse instrumento chamado Mega Marvin, usado para trilhas sonoras de muitos filmes de terror antigos e novos, usando uma plataforma de metal, molas e fios, para criar diferentes sons enervantes e pesados, tem > esse vídeo aqui < pra caso queiram ter uma melhor noção.

Falando em terror, e completando com o que falei de eu ter um hiperfoco em Half-Life, tem algo que eu vi na franquia de Half-Life que, por não ter em Lost, o fez tão esquecido, como:
  • Em Lost, os mistérios dessa série não são explicados apropriadamente, como os números 4 8 15 16 23 42, os sussurros, a névoa e pessoas como Mark e Jacob, em que tudo é ignorado, mal explicado ou respondido como "porque sim" ou "está além da compreensão", o que tira a credibilidade do mistério e faz parecer que a história não quer se contar, matando o interesse.
    • Já vi compararem aquele gato alienígena de Rick n Morty com como Lost trata as coisas, num momento, ele vive falando "não pensa demais", "não faça perguntas", "gatos falantes são só pra se divertir", ou "vamos pra Flórida, lá eles não fazem perguntas", pra depois, quando o gato quer saber das coisas dos humanos, ninguém quer ele e até o expulsam do barco.
    • Também há referências nesse gato a múltiplas coisas: o que o Rick e o Jerry viram, que não é mostrado mas tem voz de bebê chorando, pode ser referência ao Florida Man que acusou o gato dele de baixar CP no computador dele, como se o gato tivesse visto aquilo, ou o Jerry citando que o gato ficava no mesmo lugar que as fotos dos pais dele, que pode se referência aos Gatos de Ulthar que mataram um casal de idosos numa vingança, assim como o Rick também acha sacanagem qualquer maltrato a idosos, ou o gato preso numa caixa de energia e dando uma resposta "codescedente" (conveniente demais) sendo um Gato de Schödinger, e há até uma teoria engraçada de que Rick e Jerry viram na mente do gato o final de Game of Thrones (pelo mesmo episódio ter uma trama principal sobre dragões, incesto e magia), apesar que teorias mais sérias comparam ao Inferno de Enigma do Horizonte (que é só comparação, porque em Rick n Morty tem Diabo e Inferno e eles são menos abstratos ou assustadores que aquilo) e a Sala 39 de 1984.
    • Autores já admitiram que o gato falante do episódio foi feito pra não ser tão pensado, só algo engraçado ou insano do episódio, o que completa com o que digo com os Diálogos de Lore (diálogos expositivos muito vagos) que são terríveis em muitas histórias, mas em Rick n Morty fica bom porque faz um worldbuilding que praticamente trolla os expectadores, os fazendo investigar coisas nada a ver.

  • Mas e Half-Life? Esse jogo tem uma história bem boa e detalhada, ela só não é algo que se taca na sua cara com os personagens falando letra por letra, com detalhes que são explicados pelos cenários, inimigos, companions reagindo e também pequenos relatos dos personagens, e o G-Man, o mais misterioso dos personagens, meio que se conecta com esses pontos e com o protagonista (Gordon Freeman), ainda assim muito em aberto, até mais que o Nihilanth, chefão final do Half-Life 1, que tinha frases que insinuavam mensagens dele ao jogador, como:
    • "The last, I am the last" (muitos interpretam que ele seria o último de sua espécie, mas pra mim, ele taria se dizendo a última esperança, já que muitos o conectam como um fugitivo dos Combine que usou Xen como um esconderijo, e os portais pra Terra pra tentar ir até lá antes dos Combine, assim como, além dos Vortigaunts se parecerem com o Nihilanth, ou vice-versa, e terem filhotes de Nihilanth como inimigos ligados a ele).
    • "Their slaves, we are their slaves" (que muita gente interpreta como diretamente escravos dos Combine, assim como os braceletes do Nihilanth, acreditados a serem algo de controle dele sobre os Vortigaunts alienígenas, mas pra alguns é porque ele também foi algemado por inimigos, e o design dele seria como uma versão da raça dele dos Stalkers, que em Half-Life 2 são um tipo de prisioneiros modificados e escravizados).
  • Tudo se completa, os mistérios são resolvíveis, os sem solução ainda têm chance pra interpretações e a espera de continuações (apesar que Half-Life 3 demorar tanto virou até meme).
Fora isso, o máximo que posso concluir é que o Projeto Dream vai ter, de certa forma, uns mistérios novos pra quem for ler também ter umas ideias próprias, não só saber o que estou anotando ou contando, assim como o que eu falei uma vez (dos mutantes de Deming terem DNA próximo do de diferentes seres no universo pelas mutações) tá deixando de ser algo a interpretações pra também ser algo canônico, porque terá algo que fará mais sentido usando essa afirmação como base, no entanto não irei dar spoilers, assim como não dei do desfecho de Zaraad ou sobre a Umbra da Escuridão.

Até mais!

26 de abr. de 2025

Silkpunk, Decopunk e Aliens Feios

Uma vez falei sobre Concord e como um design horroroso ferrou a imagem física e emocional do jogo, assim como os gráficos ultra-realistas, além de terem distorcido a ideia de ser um jogo Hero Shooter, também agravou os designs feios, e fui repetindo esse assunto por um tempo com uns webamigos, e quando falei sobre aliens pra um desses webamigos, ele falou sobre como os aliens de Concord parecem mais com aliens malignos que com aliens benignos, e considerando o jeito desse jogo é bem claro que no papel eles queriam ser inclusivos até com os aliens.

Assim como, como eu disse, o jogo parecia sujo demais pra algo que era pra ser futurista, lembrando que isso não anula qualquer ideia de uma história futurista suja, inclusive tô usando esse parágrafo como uma errata antes do próximo assunto, em que como um Hero Shooter tem um estilo mais estilizado, liso e como se fossem heróis mesmo, obviamente vão ter um design mais polido, e quando é algo mais sujo terá seu contexto (como o TF2 que eu falei que se passa num passado com muita guerra, e o Paladins mesmo sendo futurista tem um tom mais rústico e um pouco arenoso, e o Overwatch é até muito limpo, meu irmão até comparou com a frase do Bob Esponja, "tudo no futuro é cromado", do episódio SB-129)
Por isso hoje em dia, desde o século passado, começaram a dividir as estéticas e sistemas tecnológicos de ficções no estilo "punk", como o Cyberpunk.
  • O Cyberpunk americano tem mais base em empresas corruptas, tecnologias avançadas, embora a desigualdade torne o uso dela injusto, e a presença de hackers e gangues tentando sobreviver ao sistema, muitos lembram do jogo Cyberpunk 2077 (incluindo a versão antiga, Cyberpunk 2020, e o anime Edgerunners; e não sei se falei antes, mas odeio esse jogo porque sempre que tento falar do gênero Cyberpunk o pessoal acha imediatamente que vou falar desse jogo, mesmo que eu nem quero saber do jogo) mas tudo começou com Neuromancer.
  • Já o Cyberpunk japonês tem uma estrutura mais puxada ao terror, seja com horrores das tecnologias avançando e a ética sendo ignorada, incluindo tecnologia bélica, como Akira e Ghost in the Shell, ou até mesmo a tecnologia deformando as pessoas, como em Tetsuo the Iron Man (que aliás, usei como inspiração pro universo IMX de Projeto Dream).
  • Por fim o Cyberpunk chinês tem como maiores bases a tecnologia, embora também vigiando e monitorando os civis, ainda sendo usada de forma estratégica pelos personagens. Um exemplo mais famoso é o Problema dos Três Corpos, que resumindo muito, é um livro em que os protagonistas descobrem o povo Trisolariano (Trisolaris é um sistema de 3 estrelas nessa história, em que o fluxo dessas estrelas nesse sistema deixa tudo inabitável, nem é pelos três sóis e sim pela órbita que fica bagunçada por essas estrelas), e a humanidade tem que se proteger da invasão desses seres.
Apesar do sufixo punk significar algo contra o sistema, assim como cada um desses 3 estilos tem uma forma diferente de mostrar problemas no sistema social ou tecnológico, o mesmo sufixo é usado para outros estilos de tecnologias, como se o punk não fosse do movimento punk necessariamente, mas por ter algo a ver com o cyberpunk, como:
  • Steampunk: Sistema tecnológico com base na Inglaterra Vitoriana, com máquinas a vapor ou engrenagens, um sistema bem conhecido por jogos e histórias com temática medieval com um pouco mais de futurismo (ou retrofuturismo), como alguns jogos de Final Fantasy, e Monstros SA tem mais ou menos isso com as pilhas de grito e riso (que as vozes entram e saem da pilha como um gás), mas um livro bem icônico desse estilo se chama Nas Fronteiras do Universo (inglês: His Dark Materials), que muitos lembram por causa do filme A Bússola de Ouro, que claramente fracassou por ter sido feito só pra entrar na onda de Harry Potter assim como foi com Percy Jackson e Eragon, mas fracassou por entre os motivos não ter adaptado nem metade do que o primeiro livro ou o conceito dessa história representavam, mas teve uma série que adaptou melhor.
  • Silkpunk: Em suma, um steampunk oriental, com base em tecnologias antigas, dessa vez da época feudal chinesa e japonesa, como além da seda, também papéis, outros tecidos animais, bambu e também madeira, e pode soar mais bonitinho justamente porque foi um gênero retrofuturista feito pra ser bonito, às vezes mágico.
    • Vocês talvez possam ver muito disso em animes, seja de forma pura como em filmes da Ghibli como Viagem de Chihiro e Princesa Momonoke, ou mista com outros estilos, como Dragon Ball (que desde o clássico misturava arquiteturas tradicionais japonesas com desde veículos modernos a até mesmo algo um tanto nanotecnológico, como as cápsulas da Corporação Cápsula), Naruto (que também mistura com mundo moderno, tendo rádios, TV's e até a Vila da Chuva sendo mais dieselpunk, e meio por isso Naruto é um anime criticado por ser inconsistente, afinal os caras têm rádio mas usam falcão pra se comunicar) e One Piece (que mistura com oceanpunk, um estilo tecnológico de quaisquer tecnologias marítimas, e há ilhas mais steampunk ou cyberpunk).
  • Decopunk e Dieselpunk: Decopunk é um estilo de ficção científica mais estético que sobre a tecnologia, tanto que pode mesmo ser misto com tecnologias de outra tecnologia "punk", como Metropolis de 1927 que é considerado o primeiro filme Cyberpunk sendo também Decopunk, e Bioshock é Dieselpunk (estilo tecnológico com base em combustíveis fósseis, o mais notório sendo o Diesel ou a Gasolina, como na franquia Mad Max), mas o Bioshock Infinite é mais Steampunk, mas a franquia em si é Decopunk, um estilo de ficção científica focado na Arte Deco, um estilo artístico formulado nos anos 20 a 30, seja baseado em Metropolis, em artes cubistas do Picasso ou na ideia do futurismo com base nesse padrão mais linear e abstrato, ainda compondo pinturas e arquitetura. Anões de RPG's são associados a esse estilo Deco também.
Biopunk: Um estilo de ficção científica também útil para o terror, por ter a ver com o HR Giger que contei no mesmo blog que eu falei como contexto e introdução aqui, mas dessa vez terá mais liga para os próximos assuntos. Biopunk aparenta ser uma "versão maligna" do Silkpunk e do Cyberpunk, considerando o jeito biomecânico desse estilo de ficção científica, com diferenças como, quando o Silkpunk é orgânico, é com materiais mais delicados, bem-modelados ou rústicos, já quando o Biopunk é orgânico, é bem monstruoso e com bem mais ênfase na carne e nos ossos, e algumas tecnologias biomecânicas do Biopunk lembram estruturas Cyberpunk por terem a ver com tecnologias avançadas, porém digamos que infecciosas.
Coloquei no meio o Death Stranding porque esse bebê em específico lembra um pouco essa estética, e vou aproveitar pra falar um pouco do estilo Strand de jogos, em que diferente do que Toddyn tentava falar se achando foda, não é só um Walking Simulator como era o LSD Dream Emulator ou o Yumme Nikki, porque Death Stranding tem objetivo mais explícito e um enredo mais claro e próprio, do protagonista Sam sobrevivendo a esse mundo invadido pelo Death Stranding que seria um fenômeno que trouxe o apocalipse desse universo, enquanto trabalha como porter (um tipo de entregador também dessa história), e a física e biologia do jogo é bem mais detalhada que de um jogo "só pra andar e apreciar", teve um carinho da equipe junto com o bom planejamento do Kojima.
Só pra concluir essa parte, dá pra citar mais estilos punk e mais estéticas visuais e gráficas:
  • Atompunk: Estilo de ficção tecnológica que compila o que os anos 60 e 70 viam como futuro utópico, como carros voadores, arquiteturas curvadas que aliás lembram a arquitetura de Oscar Niemeyer, materiais que combinam peças brancas com coloridas, incluindo trajes e naves espaciais estilizados, e o mais importante: A energia nuclear, que aliás é um estilo conhecido por causa de Fallout e Os Jetsons. Em Projeto Dream, os Crônopos têm o design que combina Atompunk com Steampunk, pra representarem um paradoxo temporal.
Frutiger Aero: Tinha uma época que Dreamcore (espaço liminar de sonhos e paraíso) e Weirdcore (espaço liminar e monstros de pesadelos e alucinações) eram muito falados, mas depois que acabaram saturando parece que a nova moda passou a ser o Frutiger Aero, como apelidaram com base na fonte Frutiger e no software Windows Aero, em que o máximo que consigo descrever é que é um estilo de arte bem detalhado, futurista e ainda assim bem limpo e colorido.
  • Essa estética também pode ser considerada "mãe" de outros estilos, como:
  • Frutiger Aqua: Pelo que entendi o nome não é oficial, pois se trata de artes Frutiger Aero porém aquáticas, o que pode incluir golfinhos, peixes coloridos, água do mar ou de piscinas (pelo que vi raramente tem essa estética com rios) e aquários (inclusive tenho memórias de quando eu tinha medo do escuro e um abajur que eu tinha era dessa vibe com peixes circulando quando o abajur era ligado).
  • Metalheart: Um estilo metálico e pontudo, que dá pra comparar a ambientes de jogos de PS1, como Metal Gear Solid e Final Fantasy 7, ou ao PS2, à Bayonetta e ao filme Enigma do Horizonte. Diria que lembra muito o Linkin Park por causa dessa estética metálica e obscura, mas ainda energética, e me lembra o Playstation 2 por parecer com a abertura de quando liga o jogo ou o menu quando abre sem jogo, como pra ver os arquivos do Memory Card
  • Frutiger Metro: Ligado ao Windows 7, Nintendo Wii, MP3, os primeiros iPhones, e... posso tar maluco, mas me lembra muito aquela capa do The Best Electrosummer 2009 e àqueles vídeos de Xbox 720 e outros consoles doidos, mesmo que esse segundo mistura com Metalheart (link nos textos com cor), a priori diria que animes como Lucky Star e Suzumiya Haruhi também se encaixam bem, e musicalmente a série de DVDs piratas Clipes Animados, do Rozenildo Negrão, combinam ainda mais, não pela parte visual das animações mas pelo estilo das músicas.
  • DORFic: Que lembra um pouco o app Powerpoint (que aliás, tô precisando usar muito na faculdade e você que tá lendo se pá vai usar mais até que eu) e às tecnologias e a casa do Vector de Meu Malvado Favorito, por causa da presença forte de branco, laranja e vermelho, junto de uma estética mais lisa e minimalista, ainda sem perder detalhes ou a beleza. Associam essa estética aos irmãos Kagamine (Len ♂ e Rin ♀) de Vocaloid, mas eu associaria ainda mais à Kasane Teto. O "DORF" do nome vem de "Daylight, Orange, Red, Futurism", e "ic" vem de "Graphic Design". Adicionei junto o Diler & Associados, uma das marcas que participou da produção daquele filme em que a Turma da Mônica viaja no tempo, mas diria que a Miravista (embora misturada com Metalheart) e a Labocine Digital combinam tanto quanto (sim, eu destravei uma memória da minha infância e da de muitos que podem estar lendo só pra terem um exemplo ainda mais próximo).
  • Vectorflourish e Technozen: Duas estéticas que aparentam não terem muito a ver mas irei falar juntas por serem bem mais rápido de falar sobre. Vectorfluorish, ou Vectorgarden, é uma estética que combina linhas e espirais abstratas com flores e até mesmo mulheres bonitas, e o Technozen é um estilo baseado em aparelhos eletrônicos dos anos 2000, de estruturas brancas lisas/sólidas e, quando tem telas e elas tão ligadas, têm painéis simples similares ao Frutiger Metro. O Nintendo Wii, Wii U e DS têm a ver com essa estética, e aliás muitos cenários Technozen têm essa mistura de branco e verde (branco dos aparelhos, verde por muitos dos jogos de Wii e Wii U usarem essa cor em seus ambientes).
Acho que já tô mais pronto pra falar um pouco sobre alienígenas e sobre como a estética é uma ótima chave para definir a moral e personalidade de personalidades, como por exemplo:
  • Espécies de alienígenas, monstros de fantasia ou até animais feitos pra serem inofensivos ou então aliados a humanos têm a estética mais atrativa, sejam eles mais bonitos, mais adoráveis, ou mesmo que pareçam perigosos, também pareçam fortes ou importantes, e as cores mais vibrantes podem indicar também essa moral.
  • Busquei misturar alguns exemplos associáveis a esse arquétipo, incluindo uns de espécies alternativas junto com humanos, ou que já interagiram com humanos, no caso dos animais da segunda foto, mesmo sendo carnívoros perigosos, têm simbolismos positivos como coragem, força e liderança, ou o fato de serem carnívoros, que têm a importância de controle populacional de outros animais. Outro detalhe (que liga com o que falei dos estilos de tecnologia) é que a civilização dessas espécies "boazinhas" na ficção usa a tecnologia de forma mais cotidiana ou até mesmo harmônica, causando dano mínimo ou nenhum dano ao redor, e mesmo os de tecnologia mais bélica e avançada, ainda tem uma cultura que justifica o uso dela (ex: os Tetramandos, que são avançados em tecnologia e têm uma forte cultura com base no combate).
  • Já espécies de aliens, monstros e animais que são perigosos – quando são realmente malignos ou só selvagens e hostis –, eles são feitos pra terem um design agressivo, monstruoso, alguns que ainda soem mais naturais também têm uma fisiologia mais preparada pra atacar, como garras, presas, espinhos e, dependendo das ilustrações, chifres também.
  • As cores geralmente são mais mortas, mais fracas, e quando são vibrantes, elas podem significar algo ruim (como vermelho representar fogo ou raiva, verde representar radiação, roxo ou rosa representar toxinas ou o azul representar tempestade), assim como eu falei que os animais carnívoros podem ter simbolismos bons mesmo podendo ser perigosos pra ter de tudo pra devorar gente como eu e você, animais herbívoros também podem ser usados como símbolos malignos.
  • Os exemplos mais comuns são os bodes, carneiros, vacas e macacos são usados como inspiração para o design de demônios, ou morcegos (animais a maioria frutívoros) que são a base principal de vampiros, além dos gorilas que são uma base mais comum pros orcs de histórias de fantasia mágica, e falando nos orcs, em Senhor dos Anéis os elfos e hobbits têm tecnologias mais orgânicas por serem algo baseado no Tolkien ter vivido melhor nos campos, enquanto os humanos, anões e orcs que são espécies guerreiras e são mais bélicos, os orcs são mais monstruosos e com armamentos mais feios pra representar essa demonização da industrialização desenfreada.
Assim como eu falei de como os estilos de tecnologia e cultura fazem diferença em como as civilizações se comportam, as cores e o formato dos personagens podem indicar a personalidade, mesmo que só sinalizar isso, um exemplo que tenho aqui é um desenho que fiz pro meu webamigo Gabriel.
  • A Hope (canto superior esquerdo) é mais confiante, sociável e alegre, o que representei aqui com ela mais redondinha (sem ser necessariamente gorda, só o design que é redondo) e baixinha.
  • O Slash (canto superior direito) é mais sério, bravo e o principal atacante do grupo, o que busquei deixar detalhes dele mais pontudos.
  • O Chad (canto inferior esquerdo) é extrovertido, xavecador e ainda assim bom amigo, o que ilustrei mais quadrado e musculoso, o que é comum em personagens mais amigáveis mas protetores.
  • A Takara (canto inferior direito) é educada, inteligente e não luta, o que combinando com ela ser uma elfa (e elfos já serem mais magros e delicados), fiz ela mais fina e alta.
Inclusive é irônico eu ter falado de todo um conjunto de ficções científicas e estéticas de internet, pra conectar com como a gente associa o visual dos personagens à personalidade deles, e estender não só um, mas praticamente dois assuntos de um blog de umas semanas atrás, assim como enquanto eu estive fazendo esse post eu achei isso aqui.
No caso o segundo assunto que eu tinha revivido era justamente de como aliens (ou qualquer outra raça) é ilustrada na ficção, como no caso do Biopunk e Cyberpunk que são mais comuns em histórias distópicas, o que junto com a escolha inconsciente de design se completa com o que falei sobre HR Giger, e dá pra concluir recapitulando e até mesmo adicionando algumas informações adicionais.
  • H. R. Giger foi um pintor suíço que fez diferentes pinturas de uma estética que ele chamou de Biomecânico (hoje em dia tendo o nome alternativo Biopunk), e a arte dele mistura body horror com uma mistura de máquinas com seres vivos, seja ciborgues monstruosos ou até mesmo máquinas feitas de carne, e esse estilo do Giger deu muito certo, ficando mais conhecido nos cinemas por causa de filmes como Alien (1979) e A Experiência (1995).
  • E sim, qualquer simbolismo relacionado a putaria alienígena é 100% proposital, seja pela reprodução (como se fosse parte do processo dessas máquinas ou dos seres orgânicos) ou pelo erotismo e tabu, e entre os símbolos com esses nomes, também o Giger compilou diferentes pinturas dele, seja do álbum Biomecânico ou de capas que ele fez pra álbuns de bandas, para ilustrar o que mais combinava, segundo ele, com arquétipos do Tarot.
  • Tanto que esse Tarot foi criado fundamentalmente para representar o esoterismo nas artes Biomecânicas, especialmente sobre como esses horrores e infecções na arte do Giger, que por sinal se tornaram um símbolo de como a arte dele "infectou" a arte e estética da época até hoje (afinal, hoje em dia tem até crossover de Alien com a Marvel, ou então a referência ao Alien do Giger em mídias consideradas nada a ver como em Conker's Bad Fur Day e Planeta 51, ou então uma das fases de Earthbound que é puro Biopunk)
    • Pois é, esse filme não é um delírio coletivo, e aliás, enquanto tava pesquisando o nome, descobri que esse Alien no jogo do Conker se chama Heinrich.

Aproveitando que falei de Earthbound, falam de uma teoria que a turma do Ness teria abortado o Giygas nessa viagem ao passado, seja pela Devil's Machine parecer uma bolsa d'água, a forma abstrata do Giygas ter uma forma de embrião e também a estética dessa fase, mas creio que não seria necessariamente isso, considerando que a "cabeça" desde o começo dessa forma abstrata já ter um design como o Giygas invertido, e a forma de embrião pode ter a ver com logo o Giygas estar regredindo fisicamente até não ter mais uma forma física. E assim como eu disse, o design do Giygas demonstra o quão ameaçador e terrível ele pode ser, com as cores vermelha e preta formando esses desenhos, e com tantos significados e vários deles se ligam ao que o ele se tornou, seja uma forma parecida com a do Mother 1, ou nele ter se tornado um mal condensado, ou como eu disse sobre a regressão temporal.
Já na subversão em que algo que pareça extremamente assustador ou perigoso, mas não tem intenções malignas, um exemplo que lembrei foi o Frank em Donnie Darko: Ele é um fantasma de um cara coberto numa fantasia de coelho monstruoso, que só se manifesta para o Donnie, que é esquizofrênico, e sempre em lugares escuros, tem uma voz assustadora nessa forma espiritual, ele claramente é bem monstruoso e assustador, mas além de aliado do Donnie, também é guia dele principalmente para seus poderes psíquicos.
  • Pode parecer que o blog não vai acabar nunca (inclusive pra mim enquanto eu tô escrevendo), mas vai valer a pena. A cosmologia de Donnie Darko é interessante por causa de como o filme usa viagem no tempo e multiverso para representar destinos ou até mesmo ciclos de vida, como:
  • Pequenas variações na Quarta Dimensão formam um universo tangente, um universo paralelo temporário que pode ser destruído naturalmente, esses universos duram 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos, pelo que eu vi (ainda mais na análise de Pipocando) tem a ver com o calendário lunar, e quando um material (normalmente metálico, que segundo esse universo é um material que pode acessar o tempo) é duplicado ou teleportado nesse universo, é apelidado de "Artefato", e se não for devolvido ao universo original, a destruição do universo vai "puxar" o universo normal.
  • O Donnie é o escolhido, ou Receptor, que tem os poderes necessários para tornar o retorno do Artefato possível, como poderes psíquicos (como a telepatia que pode ver espíritos, poder de prever o futuro a partir dos "tentáculos" que mostram o destino das pessoas, ou projeção de energia), portais (seja para ir a outros lugares ou controlando a água, outro elemento temporal, para retornar o Artefato), super força, hidrocinese e pirocinese (poder esse que facilitou Donnie de queimar a casa de Jim Cunningham).
    • Falando no Jim Cunningham, é incrível como ele é feito pra ser um personagem insuportável, como o vídeo dele sobre medo e amor que simplifica de mais as emoções (algo que Donnie critica), ou ele ser bajulado por uma professora mais amargurada e conservadora (que aliás culpa a professora mais boazinha de incentivar Donnie Darko a inundar a escola), ou ele tentar falar sobre um personagem que teria tomado todas as escolhas erradas (aparentemente tentando ensinar valores morais ou bons costumes), e o Donnie Darko o acusando de ser um "anticristo do caralho", o que vira um foreshadowing, porque quando Donnie Darko queima a casa do Jim Cunningham, é encontrado na casa do mesmo um "calabouço de pornografia infantil", o que parando pra pensar fica pesado a ideia de alguém que se dizia a favor dos bons costumes na verdade é alguém que faz chamar de monstro ser ofensivo pros monstros.
  • Rolandinho no vídeo da teoria dele dizia que o Frank ser visível só pro Donnie era pelo Donnie ser esquizofrênico porque, supostamente, senão daria pra outras pessoas verem, mas o que ele não considerou foi justamente o Frank ser um morto manipulado, e mortos não precisam ser necessariamente físicos, então o Donnie, sendo um Receptor, veria fantasmas com ou sem a esquizofrenia.

Mas bem, mais uma vez eu gastei um dia inteiro pra um blog que poucas gentes vão ler, mas ironicamente, quem sabe o que importa não sejam as visualizações, afinal não sou de fato famoso, e sim o que importa é eu tar fazendo o que eu gosto, e podendo anotar pra que essas coisas não fiquem só na minha mente.

Até mais!