Muita gente acha que a estética neon do Vaporwave veio do Cyberpunk, o que pra falar a verdade é uma puta burrice considerando que do que o Vaporwave teria supostamente em comum com o Cyberpunk é só o neon e as letras japonesas (muita gente cisma que o Blade Runner antigo é melhor, mas o Blade Runner num geral parecem mais Vaporwave que Cyberpunk), de resto, tem nada de Cyberpunk, pelo contrário, a estética retro dos anos 90 chegava a romantizar ou exagerar os avanços tecnológicos da época (um filme do Seagal tem uma cena de um personagem falando "1 Gigabyte deve resolver", antes de quebrar um sistema, o que mostra como antes o pessoal não fazia ideia nem de como internet e RAM funcionavam, afinal, antigamente 8 Megabytes era algo exagerado, e na cena nitidamente o personagem fala do Gigabyte como se fosse uma ferramenta).[Esse vídeo é maravilhoso kkkkkkkkkkkk Aliás, quem assiste ao Freaking Pause Pra TV do Colônia Contra Ataca talvez também conheça como esses filmes representam muito mal personagens usando "aparelhos do futuro" e na prática todo mundo parece retro gamer]
O Vaporwave, na prática, combina múltiplas estéticas que envolvem retrofuturismo (Neon, Glitch, Windows 98, computadores e as roupas coloridas) e artes relaxantes visuais (como cores pastéis, como rosa e roxo, animes da época ou dos anos 80 que seguiram populares depois, talvez daí letras japonesas e não do Blade Runner, assim como estátuas gregas que não duvido que tem um certo teor de Pop Art, já que além de simbolizar nostalgia e elegância, também o Pop Art que envolve colagens de coisas velhas teve muito sucesso nesse século) e também músicas estimulantes (calmas como música de elevador ou músicas acústicas que, junto do estilo de anime antigo e VHS, forma o lo-fi hip hop, ou frenéticas como o synthwave). Esse estilo aliás eu me baseei pra ideias principalmente iniciais do planeta Stereo em Projeto Dream, incluindo os Tamafones, que são baseados em Tamagotchis e a interface dos Tamafones originais é como do Windows 98. Frutiger Aero, por outro lado, é 100% otimista, com fotos e ambientes coloridos, de cores vibrantes, diferente do Vaporwave em que as cores eram mais suaves, geralmente tendo visuais com base em cidades limpas, o Windows Aero (que inclui o Vista e o 7) e celulares da época, e há muitos visuais de gramas, água e auroras, um visual extremamente dinâmico, que hoje em dia é associado a um "futuro feliz que nos prometeram" (e não cumpriram), muita gente destrinchou, entre eles eu vi um vídeo do Caramelo Animation e um do JJ Omega sobre, assim como vi e ajudei a editarem uma página da Fandom sobre estéticas que era sobre o Frutiger Aero. O Frutiger Aero, em suma, não foi só uma inovação estética que envelheceu tão bem que querem de volta desde quando acabou, como também tinha essa estratégia de deixar os computadores e celulares mais atraentes e intuitivos (marketing e adaptabilidade do público) pras pessoas usarem, o Skeumorfismo que forma esse realismo digital ajudou muito nessa estratégia.
No vídeo do Caramelo e Arttur diz que o Wii U ter fracassado afetou muito a imagem do Frutiger Aero, mas há coisas que dá pra considerar passos maiores do fim do Frutiger Aero, como o Windows 8 que adicionou um minimalismo extremo e tentou fazer o Windows de computador funcionar como em Windowsphone mas na prática fudeu a usabilidade do aparelho, ao ponto de ter o Windows 8.1 tirando os defeitos (e bugs também), ou a Apple fazendo aparelhos mais minimalistas, assim como o iPhone aos poucos foi regredindo desde o iPhone X, com só um orifício pra carregador (forçando a comprarem adaptadores ou airpods que foram uma ideia tão vagabunda que criaram fio pra essa merda que era pra ser sem fio) ou a palhaçada de vender celular e carregador separadamente, com a desculpa que é pra diminuir emissões de carbono (como se fosse menos poluente comprar um celular e jogar fora depois de descarregar em minutos porque as baterias de iPhone sempre foram uma piada, ou comprar mais caixas, com mais papel e plástico e jogar papel e plástico a mais fora, é tipo aquele meme do Agronegócio usar 70% da água do Brasil mas a pressão de economizá-la ser só pros civis). O Wii U, aliás, fracassou justamente porque a Nintendo ficou inventando moda de mais, com um controle que ninguém sabia se era acessório ou videogame separado, assim como o controle era vital pro console, mas não era vendido separadamente, a bateria é curta e é horrível de jogar enquanto carrega, assim como a biblioteca de jogos varia entre tentar usar o gamepad e ficar muito ruim, ou nem tentar usar o gamepad a não ser alternar entre jogar na TV ou na tela do Wii U. De resto, como diz o Sr. Wilson mais uma vez, é hipocrisia da Nintendo essa ideia de fazer um videogame de você jogar de um canto e seus amigos verem do outro, enquanto na exata mesma época tava tendo crise de strikes no Youtube por causa de vídeos de jogos da Nintendo.[Vendo esse videogame bater um total de 13 anos hoje é surreal, assustador]
Falando em tecnologia, empresa filha da puta e assustador, tem uma série que ficou muito no hype que foi Ruptura, acho que justamente pela série se resumir a "o vazio da escala 6x1" (apesar que, considerando os trabalhos nos EUA e a crítica ainda mais intensa dessa série, é 7x0), por causa de espaços liminares estranhos (desculpa o pleonasmo), a iluminação fria indicando que não há luz natural por perto, e a mistura estranha de móveis nas salas, junto do foco da história: uma cirurgia que divide a pessoa entre uma personalidade com vida normal e outra que só trabalha na Lumon, até o Refinamento de Macrodados da série é obviamente feito pra ser mais misterioso e indicar o quanto essa empresa aliena seus operários, com um trabalho bem abstrato, e querer deduzir o que isso significaria, como diagnosticar algoritmos ou reprogramar emoções, são só formas de tentar explicar algo feito pra ser inexplicável. Algo não tão diferente por exemplo das Três Ostras do filme O Demolidor (no caso Demolition Man, estrelado pelo Stallone), de uma cena do personagem do Stallone reclamando dos banheiros em San Angeles não terem papel higiênico (ao ponto de preferir receber umas multas pra limpar a bunda), e realmente era uma piada sobre "ain, olha como o futuro é estranho", mas curiosamente tem gente que realmente foi teorizar sobre o que poderia ser, a teoria mais certa que eu vi é que as ostras seriam botões (uma é pra bidê, outra é pra sabonete líquido, a terceira é pra secador de mão, daí que não precisam de papel), então meio que a piada muda de "nossa, como eles limpam a bunda?" pra "kkkkkkk Stallone é boomer e não sabe apertar os botões", o que me lembra esse meme que resume muitos autores de ficção científica. Reparei como eu ironicamente sou como o do lado esquerdo do meme, mas nem é por eu tentar levar a sério de mais as tecnologias ficcionais da minha história (afinal, eu simplifico muita coisa, mesmo quando cito as peças, eu não explico com exatidão o que compõe elas ou onde se coloca, só falo quais são usadas, assim como a maioria dessas tecnologias que eu vou desenhar pras minhas histórias são fictícias então não posso tratar como se, sei lá, um motor espacial que cria os Portões de Partida, ou uma máquina de campos de Higgs fosse possível em realidade), mas ao menos assim é melhor pra uma ficção científica que algo tipo "WOOOOU ELE FEZ UM MODEM WI-FI COM PALITOS DE DENTE!!!", afinal, há um limite entre tecnologia e magia. Qual exatamente? Sobre como os materiais ou até seres são tratados, por exemplo:
- Numa ficção científica, se tiver lobisomem, ele pode ser uma subespécie humana ou uma doença viral mutagênica, já numa fantasia mágica o lobisomem pode ser mais simples: humanos amaldiçoados por alguma magia lunar maligna, seja porque uma bruxa o amaldiçoou como punição ou porque o homem escolheu se autoamaldiçoar por poder.
- Numa ficção científica, os portais geralmente são buracos de minhoca (um tipo de liga-ponto gravitacional pra interligar pontos no espaço), já numa fantasia mágica podem ser simplesmente anéis de energia mágica interligados por algum poder do vazio.
- Numa ficção científica, poderes podem surgir de aparelhos complexos com múltiplas funções ou mutações humanas ou espécies próprias com poderes vindos de uma função evolutiva, já na fantasia, a magia já fonte dos poderes, e quando há algo mais biológico, é por alquimia, e em tecnologias, é algo também fantasioso como steampunk (incluindo usar substâncias mágicas como combustível).
- Numa ficção científica, há um monte de teorias quânticas pra explicar a existência do multiverso como algo natural da física, como o Multiverso Acolchoado de Brian Geene que eu expliquei num vídeo sobre o Tropia, já numa ficção científica, uma entidade pode ter criado as realidades, seja por algum desejo próprio ou para alguma utilidade na existência.
- Agora algo mais a ver com o que falei acima, essa piada de "construir um roteador com palitos de dente" é transmutação, simplesmente transmutação, não teria genialidade que tornaria isso viável, diferente do assunto de que "tecnologia avançada o suficiente é indistinguível de magia" (Arthur C Clarke), em que algo que podia ser simplesmente sobranatural ainda tem explicação lógica.
Até mais!
























