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Homem-Aranha: O Herói de Todos os Públicos

23 de fev. de 2025

Tecnologia e Filosofia: Obrigado, Tropia

Esse blog eu tô escrevendo porque, depois de reassistir a uns vídeos do Tropia, daquela "época de ouro" dele que fazia vídeos sobre física, filosofia e algumas ficções, eu resolvi fazer um blog bem terciário só pra anotar umas coisas que eu vi, seja revendo esses vídeos ou vendo conteúdo de assuntos relacionados.

Quarta Dimensão, Física Quântica e Subespaço
É muito falado sobre a Quarta Dimensão ser, na física de Einstein, a coordenada do tempo, que se completa com o espaço tridimensional que define o nosso universo, e o Tropia mostrou duas coisas, como o Tesseract (o cubo em quatro dimensões, e que a gente já viu muito desse nome em objetos com poder sobre o espaço como na Marvel) e Miegakure (um jogo que o Tropia usou pra ilustrar a explicação dele, e que é tipo o Fez, porém, em vez de 2D com mecânica 3D, o jogo é 3D com mecânicas 4D)

Explicando melhor o Miegakure, ele é como um jogo de plataforma 3D (a versão 2D que teve tanto no vídeo do Tropia quanto no trailer do jogo não é o jogo normal, apenas uma ilustração de como ele funciona), cuja quarta dimensão (nesse caso sendo uma camada adicional do espaço) é usada como mecânica pra, girando entre planos (que embora soe como uma viagem dimensional, ainda é como se fosse tudo num mesmo espaço, porém em dimensões só acessíveis pelo espaço 4D), poder acessar as novas áreas que precisar, isso considerando que essa quarta dimensão não é temporal, e sim hiperespacial (espaço acima das três dimensões).
Porém, ainda há dimensionalidades maiores, como a Teoria das Cordas (que explica o multiverso de forma quântica, como as "cordas" sendo laços energéticos que vibram de forma que define a probabilidade e como estamos presenciando a realidade), que combina a física quântica de Schödinger (em que a realidade só pode ser mensurada se tivermos como observar, sentir ou tendo qualquer forma de perceber ela) com a relação microcosmo-macrocosmo (que se refere como as menores coisas têm relação ou similaridade com as maiores), em que, pra essas tais cordas terem tamanhas vibrações que formariam um multiverso, seriam necessárias 11 dimensões/coordenadas/camadas (9 espaciais, 1 temporal e 1 mental, que explicarei essa depois), tendo assim um Subespaço (em que, embora tendo camadas dimensionais bem baixas, elas são mais numerosas que a base tri/quadridimensional).
A possibilidade de uma quinta dimensão não é tão debatida embora pudesse ser útil pra avançar a interpretação das 11 dimensões da teoria das cordas, mas como eu disse, seria possível ter no mínimo uma dimensão mental, entre os motivos porque a física quântica têm esse conceito de só podermos ter uma certeza sobre a realidade se pudermos sentir e medir o que há nela, o que é considerada a tal dimensão mental por ter o nosso raciocínio e consciência para sobrepor a realidade a ser medida (Schödinger inclusive usou como analogia pra explicar isso o Gato de Schödinger, em que no cenário, o gato estaria colocado em uma caixa isolada, com um frasco de veneno e um medidor, em que esse medidor de ondas e partículas reagir, ele tem 50% de ativar, estourando o frasco no gato, ou não, deixando o gato vivo, o que não teremos a certeza se a caixa estiver fechada e o evento continuar sem entendimento), assim como, na ficção, a Quinta Dimensão já é associada a algo mental, como na DC Comics (em que na Quinta Dimensão os Duendes têm poder sobre a realidade e a magia com base na própria imaginação), na Fundação SCP (em que a Noosfera era considerada, além de um mundo conceitual, também a Quinta Dimensão da realidade) e um pouco da franquia de Sonic (sem falar de powerscaling, é que há lugares específicos em jogos do Sonic, como o Cyberspace do Rubi Fantasma de Sonic Frontiers que são fora de um multiverso normal como o que inclui o Reino dos Sonhos e os mundos como o do Sonic e o da Blaze), sem falar que desde a filosofia platônica e o Budismo havia o conceito de mundo conceitual acima do mundo físico.
Fora isso, só pra concluir esse assunto da quarta dimensão e do subespaço, teve muitos vídeos do Tropia sobre viagem no tempo, incluindo um sobre paradoxos e efeito borboleta, e vou resumir bem e explicar do meu jeito.
  • Paradoxo do Avô: O paradoxo de caso a pessoa mate um pai, avô ou versão passada de si mesmo, colocando a sua existência em risco, muitas das histórias colocam o protagonista se colocando nesse paradoxo para evitar que se concretize, como Marty McFly em De Volta Para o Futuro (bem quando viagem no tempo tava começando a ser moda no cinema dos anos 90).
  • Paradoxo Retrocausal: Um looping temporal de acontecimentos ou da previsão deles, muitas vezes a ver com algo do passado ou presente que só aconteceu por causa de algo no futuro, uma inspiração do Paradoxo de Bootstrap (que começou em Exterminador do Futuro e apareceu em alguns desenhos como Ben 10), em que a viagem ao passado induziu consequências que levaram à situação desse futuro ou com informações que acontecem de forma cíclica na viagem temporal, um exemplo que Tropia citou na época foi:
    • Em um cenário hipotético, pessoa A constrói uma máquina do tempo e viaja ao futuro, e ensina à pessoa B, que adiciona a função de voltar ao passado, e voltando ao passado, a pessoa ensina essa tecnologia de viagem no tempo mas, para evitar problemas maiores, só ensina a pessoa a viajar pro futuro, se revelando que era a mesma pessoa A do começo.
    • Outro exemplo, seria um cenário hipotético em que um robô surgiria do futuro e o bigode austríaco, encontrando durante a Segunda Guerra, usaria como arma para dominar o mundo, e a pergunta seria "quem mandou o robô pro passado?", ainda mais considerando que o robô viajou pro passado, facilitou a guerra pros alemães, e claramente os alemães usariam a viagem no tempo pra enviar um modelo do robô pro futuro depois de aprenderem a montar vários dele, mas ainda assim é só um exemplo absurdo pra indicar como viagens no tempo podem embaralhar a história.
  • Efeito Borboleta: Sabe aquela piada de "viajante no tempo mexe a cadeira" ou a do cara que atirou num príncipe austro-húngaro que deu na origem dos hentais? Basicamente os dois resumem bem como é esse fenômeno, com pequenas causas iniciais tendo resultados absurdos, e o Efeito Borboleta tem esse nome por causa da teoria do caos, ilustrada por um pêndulo com uma ponta que se move de  forma imprevisível, em que a movimentação forma uma borboletinha, e bem, eu lembro de um vídeo de Replai (um canal que parei de assistir por achar meio chata) sobre Efeito Borboleta, e algo que eu concordo é como deturbaram o conceito de efeito borboleta, soando como se fosse "Predestinação 2", como em Life is Strange ou, como a Replai disse umas vezes no vídeo dela, "você não causou nenhum tufão ao mudar as suas escolhas", o que dá pra completar com o fato do quão estúpida é a explicação de Efeito Borboleta como "enquanto uma borboleta bate as asas num lado do mundo, no outro tem furacão", que claramente era pra explicar como as borboletas moveriam os ventos (sendo que isso nem faz sentido porque nem 1 trilhão de borboletas teria força pra isso), mas a cultura pop associou muito disso a "borboletas caóticas que fazem furacão", o que eu lembro de uma piada assim no desenho do Gumball e era até que engraçado.

Predestinação e Demônio de Laplace
Esse é mais curto por envolver menos tópicos, mas se baseia basicamente na Predestinação, que pra muitas civilizações era considerada uma lei da natureza ou até que os deuses seguiam, como se houvessem coisas que aconteciam porque precisavam, o que inspirou conceitos como Moiras, sorte e Astrologia, e demorou pra existir religiões que dissessem sobre Livre Arbítrio, em que nós temos consciência suficiente pra escolher o que podemos fazer, e que as coisas boas e ruins que fazemos dependem de como a gente reage ao que acontece.
  • Moiras e Nornas: Na mitologia grega há as Moiras e na nórdica há as Nornas, os dois grupos envolvem entidades com poder suficiente pra decidir o destino desde os menores animais aos deuses mais fortes, o que é curioso considerando que a Grécia tinha a própria Astrologia (em que acreditavam que as constelações eram deuses, espíritos de entidades e monstros mortos ou algum indício do futuro) e deuses do tempo (além do Cronos, havia também Kairós - um filho de Zeus com uma mãe não especificada, talvez Hera ou Métis por ele não ter tido problemas de família, e que é deus das oportunidades e dos bons momentos, que depois eu explico o que isso significa -, Éon - um filho de Cronos que representava todo o universo, e que foi contra o Cronos, se aliando a Zeus ou até sendo absorvido por ele para dar poder de detê-lo -, as Moiras já citadas - já que o Destino era algo como um tempo divino - e a Nix sendo deusa especificamente da noite, enquanto já havia deuses do sol [Apolo e Hélio], da Lua [Selene, Hécate e Ártemis], da Escuridão [Hades, Érebo e Tártaro, que são em respectivo um deus, uma personificação e um Titã do mundo dos mortos] e do Amanhecer [Éos]).
  • Mecânica Celeste e Simon Laplace: Antigamente o Destino era considerado uma lei da física (tipo em Jojo Stone Ocean), e que segundo os cientistas de até o fim do século XIX, a ciência seria determinista e tudo poderia ser previsto com a matemática (falando assim parece babo de cientista genérico de desenho bobo), e por isso surgiu o conceito de Simon Laplace, Demônio de Laplace, em que seria uma entidade que, com conhecimento suficiente sobre as leis do universo e um bom raciocínio matemático, poderia saber tudo ao redor e também o passado e futuro, o que obviamente deixou de fazer sentido, seja pela Física Einsteiniana desmentir alguns conceitos newtonianos clássicos (como a Relatividade Geral explicar que a gravidade dos planetas pode deformar o espaço-tempo, o que também afetava órbitas de planetas mais próximos, o que eliminou a cogitação de um hipotético planeta chamado Volcano, ou como pra Newton a velocidade da luz era infinita, mas como Einstein indicava, a velocidade da luz é finita e calculável, só é tão elevada que supera os limites de relatividade temporal), assim como a física quântica (que, assim como começou muito dos conceitos atuais de átomos, com prótons, nêutrons, elétrons e fótons, também teve conceitos como a física de Schödinger em que só é possível saber de algo se tiver como observar e analisar, assim como a própria física quântica defendia a probabilidade, em que as coisas têm chances diferentes de acontecer, ou não têm causa única, ou podem ter várias causas e vários efeitos, quebrando a física antiga que dizia que cada ação tinha apenas a chance de um resultado).
  • Corrida Bancária: Isso é um tipo de predestinação artificial que existia desde o Século XIX, que acontecia quando se dizia previsto que um ou mais bancos irão falir, e pra não perderem o dinheiro, todos tiram seus dinheiros, e o banco, sem nada pra depositar, terá que ser fechado, assim concretizando a falência dos bancos afetados.
Outro vídeo que eu tinha visto do Tropia e que se conecta com um outro tópico relacionado a esse, que era um vídeo sobre simulação e como funciona uma, que nesse caso irei comparar com o que vi num vídeo de Epifania Experiência sobre o assunto.
  • No vídeo antigo do Tropia: Há um argumento de que não existiria tecnologia suficiente na Terra pra criar tamanha simulação, dando a entender que não existiríamos numa realidade simulada, depois um segundo argumento em que, mesmo quando existir simulações, as pessoas não teriam interesses pela banalização dela (o que faz sentido, já que jogos VR se tornaram algo normal e hoje em dia até sem hype), pela ética (pelas igrejas antigamente serem contra os avanços tecnológicos, mas diria que um problema ético é justamente a questão de "vale a pena viver num mundo perfeito, mas falso?", como muito visto em Show de Truman, Matrix e muitos episódios de Black Mirror) ou por não dar tempo de chegarmos a esse nível tecnológico (algo como Paradoxo de Fermi, que explicaria que muitas civilizações não teriam tempo de avanços tecnológicos como a viagem espacial), e no terceiro argumento, nós já vivemos numa simulação de uma realidade criada por seres mais elevados e mais complexos (algo bem comum em histórias com níveis de poder multiversais, em que há entidades que existiram antes ou são ainda superiores à realidade quadridimensional, como os Senhores do Tempo em Dr. Who, os Ancestrais em Sonic Frontiers ou qualquer história criacionista com deuses), e o jogo que o Tropia/Aiport usa de exemplo pra mostrar como nós já criamos simulações muito simples, pra exemplificar como seres poderiam nos simular e criar algo além, não tem exatamente um nome, mas deixarei um link (clique aqui).
  • No vídeo do Epifania: Esse vídeo mostra um cenário hipotético em que pesquisadores científicos, terapeutas psicólogos e hackers criariam um mecanismo em que qualquer um, enquanto estiver dormindo em um tanque, possa sonhar com qualquer ambiente em que a pessoa pode imaginar e desejar, e que pra Robert Nozick ninguém iria querer viver numa realidade simulada por alguns motivos que pra época pareciam absolutos, mas pra hoje em dia são só status quo, como "a gente quer ver as experiências reais, não as imaginárias" (o que não faz sentido, porque se esses sonhos são tão vivos, vale a pena presenciá-los, algo como um sonho lúcido só que em HD, e há muitos problemas reais que encaramos mas sentimos que não podemos resolver ou sentimos que são necessários só por status quo), "a gente quer ser realmente ser as pessoas que queremos" (mesmo sem essa máquina maluca de um cenário filosófico e [hipot]ético, que o cara com pelo nos braços e na cara que nunca jogou o jogo de luta usando a mulher bunduda só por não ser mulher, que atire a primeira pedra) e "estaríamos numa realidade criada por humanos, e a vida real seria mais complexa e rica" (sendo que, cara, a realidade é bem sem graça na verdade, qualquer coisa minimamente fora do padrão que acontece, tipo um irmão mais novo quebrar o copo ou uma frase do colega de trabalho que pegou mal já é engraçado ao ponto de ficar marcado na memória, e além disso, há milhares de histórias que foram criadas justamente com base não só no real, mas no imaginário), assim como esse vídeo termina com uma citação de Paradoxo de Teseu, mas em vez de falar do barco de Teseu, o Epifania faz com uma cadeira. O paradoxo é o seguinte:
  • Conforme Teseu voltou a Atenas, o barco dele foi ficando muito podre e perdendo pedaços, e tiveram que trocar por peças novas, porém, o barco inteiro foi transformado num barco novo, até a vela branca (que era pra indicar que Teseu voltou com vida) foi trocada por uma vela preta (que indicava que eles perderam Teseu), o que desesperou Egeu ao ponto dele se matar e Teseu homenagear o pai, seja por culpa ou por carinho, nomeando o mar da Grécia de Mar Egeu, e enfim tem o questionamento de "ainda é o mesmo barco?", e bem, obviamente é o mesmo barco, só teve que ser reformado, afinal, pela lógica ele deixaria de ser o mesmo barco no momento que trocaram a primeira tábua, ou a segunda, ou o convés, ou que algum marinheiro morreu e teve que ser substituído, Tropia também fez um vídeo sobre esse paradoxo (lembro de ter visto uma versão toda bugada porque o Tropia tentou fazer o desafio de "não pode corrigir nada", e a versão normal que ele explicou e editou certo), em que o Tropia até cita sobre como esse paradoxo pode se aplicar à gente, já que física e mentalmente estamos sempre mudando, e não faria sentido nos considerar impostores de nós mesmos, enquanto, no mesmo cenário do mito grego, tenham recuperado as peças do barco antigo, montem o barco do zero, e comparem com o barco novo do Teseu, e então, qual é o verdadeiro? Mas bem, respondendo essa pergunta com outra pergunta, qual desses três abaixo é o Sonic verdadeiro? Então...
[Até escolhi só designs dos jogos pra nenhum engraçadinho falar que alguma das versões não seria a "real" - mesmo se fosse versão de filmes ou quadrinhos, as mídias alternativas ainda são produções reais da Sega, só não daria pra considerar contextos como fangames ou creepypastas -, assim como não dá pra desconsiderar o Sonic DJ porque, além de ser de um trailer promocional do Dreamcast - em que o vídeo é produção legítima e usa modelo do Sonic Adventure de Dreamcast -, o Sonic da Geração Adventure/Advance é um dos mais importantes por ser a geração transitória entre o Clássico e o Moderno, além dos jogos do Sonic serem canônicos atualmente]
Fora isso, o Tropia usou os conceitos de predestinação, efeito borboleta e simulação da realidade pra explicar um filme interativo de Black Mirror, que será melhor vocês verem o vídeo porque a explicação também é longa demais e preciso passar pro próximo tópico (clique aqui)

Multiverso
Esse vai ser menor por envolver um tópico e o resto que pudesse também se enquadrar eu já falei antes, mas tem a ver com o vídeo do Tropia associando o multiverso a bolhas de espuma no banho, especificamente ele associa como universos se colapsariam com:
  • Gravidade: Com a gravidade puxando a matéria pra baixo ou pra dentro, o excesso dessa gravidade causaria um Big Crunch (quando o universo implode).
  • Energia escura: Que por algum motivo ele chama de "Dark Matter" pra parecer estiloso (na época eu achava ridículo mas hoje em dia eu acho engraçado), mas é a energia que expande o universo, e cujo excesso esticaria o universo a um Big Rip.
É um conceito bem simples (as "bolhas" podem implodir e não formarem direito, ou inflarem até estourar), mas a ideia nessa parte não é só recapitular, mas expandir esse conceito. Recentemente eu vi sobre o Multiverso, ainda mais a teoria de Brian Geene que explica o conceito de multiverso em forma de camadas.
  1. Nível 1: A expansão do nosso universo, seja do centro até as suas bordas ou então as divisórias do universo, como os Pontos Cardeais, ou Quadrantes (algo como a cosmologia de Dragon Ball Z da imagem acima).
  2. Nível 2: Linhas do tempo ou universos paralelos, em que mesmo tendo todos uma mesma lógica natural, há os habitantes que são versões espelhadas de nós tendo escolhas, resultados e destinos diferentes. Muitas histórias param nesse nível, seja por histórias de "e se", personagens vendo futuros e presentes alternativos ou histórias de viagem no tempo.
  3. Nível 3: Na interpretação de vários mundos, teria mais do que universos com presentes e futuros diferentes, mas também com lógicas cada vez mais diferentes. Muitas vezes a gente sofre o Efeito Mandela que, embora possa ocorrer por meras memórias falsas (às vezes a gente sendo criança e entendendo tudo errado, e depois descobrindo que era uma mentira depois de adulto, como o "Espelho espelho meu" na Branca de Neve ou o 11/09 interrompendo Dragon Ball na Globo), ainda pode ser interpretado como algo quântico (às vezes, a gente pode tar percebendo a realidade como uma, e depois de um tempo, começamos a passar pra outra com poucas diferenças, assim como a realidade só tá definida quando podemos perceber ela).
  4. Nível 4: O Conjunto Final, ou Hiperverso em muitas histórias, é uma camada no multiverso em que os universos são abstratos, matemáticos, como se fossem vários planos conceituais platônicos, ou se cada lei da física, da biologia, da entropia ou do poder tivessem seus próprios universos da onde eles surgiriam.
Minhas histórias geralmente têm multiversos muito simples, ou no máximo param no nível 3 sendo Megaversos (quando é um conjunto de multiversos), só o Projeto Dream que foi praticamente meu Magnum Opus (que era tão grandioso que precisei dum blog só pra essa história) que cheguei a criar um tipo de multiverso com a Matriz Espacial (níveis 1 e 2), Matriz Dimensional (nível 3), e o plano da Quarta Dimensão (que diferente da quarta dimensão em si, é como um plano puramente temporal em que habitam deuses verdadeiros) e a Matriz Dimensional Ômega (nível 4), e falando no Projeto Dream, o mesmo tem um multiverso 20D justamente por ter o espaço normal 3D, o tempo como quarta dimensão, a probabilidade e número de realidade como quinta dimensão, dimensões espirituais, e também o subespaço que mede as camadas das dimensões e também as dimensões dentro dos planos existenciais de cada universo (e olha que abandonei essa palhaçada de powerscaling e power freak há muito tempo, e foquei mais nas aventuras e estilos de combate e ação que nos níveis de poder, e isso tudo é pelo tamanho da cosmologia dessa história), assim como eu planejei que a Matéria Escura fosse a matéria do espaço (por isso o Wanderley Ororo pode criar armas de matéria escura usando o poder de controlar espaço) e a Energia Escura a energia do tempo (em que eu tava planejando elaborar melhor os poderes temporais de alguns personagens que são expressos com auras coloridas, geralmente verdes por ser a "cor do tempo" em Projeto Dream), e também tem o Éter como tanto um mundo das ideias quanto como um reino dos deuses, que são espiritualmente tridimensionais enquanto os mortais são espacialmente tridimensionais e espiritualmente unidimensionais.

Paradoxos Verbais, Manipulação e Gato Radioativo
Tropia também fez vídeos sobre filosofia e aproveitarei pra falar isso só pra terminar com chave de ouro, assim como o Tropia foi um dos primeiros vídeos que eu aprendi sobre filosofia e psicologia, isso antes de canais como Hamlet ARL (que os vídeos dele sobre Rick and Morty, além de ótimos, foram uma porta de entrada pra mim pra esse canal), mas como esse blog já tá longo demais a essa altura, vou resumir esses tópicos.
Os paradoxos que Tropia já citou (não incluindo paradoxos temporais) incluíam:
  • Paradoxo de Russel: Quando é possível juntar itens e conceitos num lugar só, é um conjunto, q não vai poder incluir a si mesmo por conjuntos não serem necessariamente o que se incluem, porém, e se o conjunto for? Por exemplo, um conjunto de cães (uma matilha) não é um cão por si só, mas um conjunto de caixas pode também incluir uma caixa que possa guardar todas elas, o que não é esperado, e por isso o conjunto é considerado um tipo separado, e se juntarmos todos os conjuntos anormais (que incluem a si mesmos por serem o item que incluem), é mais um conjunto anormal (inception), mas não dá pra fazer isso com um conjunto de conjuntos normais (que não se autoincluem), porque, se for um conjunto anormal, então ele não tá sendo um conjunto normal, mas se for um conjunto normal ele não pode se incluir, o Paradoxo do Barbeiro (em que, numa vila hipotética em que os homens escolhem se barbear ou barbear com o barbeiro, que só barbeia quem não sabe se barbear, quem faria a barba do barbeiro? Esse paradoxo é mais para facilitar o Paradoxo do Russel que pra dar um problema a resolver, afinal, se o barbeiro sabe barbear outros barbeiros, ele mesmo pode se barbear, ou alguém que sabe barbear pode barbear ele, é algo como a piada do Pagliacci de Watchmen).
"Um homem vai ao médico e diz estar deprimido, pra ele a vida parece dura e cruel, e o médico diz: Recomendo que visite o palhaço Pagliacci, o espetáculo dele vai te animar. Mas o homem, triste, diz: Mas, doutor, eu sou o Pagliacci" (uma frase do Comediante, e que até me lembra um vídeo do Viralquest sobre histórias de terror curtas, e apesar disso ter sido uma piada do Comediante, essa parábola é triste e assustadora demais pra uma piada)
  • Paradoxo do Mentiroso: O paradoxo em que, ao mentiroso estar falando que está mentindo em sua frase, ele pode acabar se autoanulando (como a frase "Essa afirmação é falsa", ou "Esse tá mentindo >"/"< Esse diz a verdade", ou Epiménides, um cretense, dizendo "todos os cretentes são mentirosos", ou o Pinóquio falando que seu nariz vai crescer), muitas das vezes, o máximo que dá pra usar no paradoxo é usar a interpretação de texto, e indicar com que intenção a pessoa diz quando está falando sobre mentiras (o próprio exemplo do Tropia é, se o Pinóquio diz que o nariz dele vai crescer, só cresceria se o Pinóquio soubesse que fosse uma mentira), falando assim parece até coisa de advogado.
  • Paradoxo da Forca: Só pra não irritar o Tropia (que odeia o Paradoxo do Crocodilo e analogia com Sítio do Pica-Pau Amarelo), vou falar um paradoxo parecido mas sem falar de crocodilos (mesmo que eu goste de jacarés e crocodilos), em que: Imagina você estar sendo condenado a uma execução, e só deixarão você escapar com uma condição: Em que, se você acertar, você será livre, senão já sabe, e eles perguntam se eles irão te levar à pena de morte (por exemplo, à forca), e você responde que, sim, você irá, porém, como você acertou, você não será enforcado, mas se você não será enforcado, supostamente você errou, e pra não haver injustiças e violações de acordo, eles simplesmente te libertam.
Tropia ensina um pouco sobre manipulação nesse vídeo, e resumindo muito, o Tropia mostra o cenário hipotético em que:
  1. Pessoa A diz à Pessoa B que alguém misterioso a tratou mal, e a Pessoa B se irrita;
  2. Pessoa A depois diz à Pessoa C que alguém misterioso também a tratou mal, irritando Pesso C;
  3. Com isso, Pessoas B e C, mesmo sem se conhecer, estão irritadas uma com a outra por Pessoa A dizer a um sobre a suspeita de outro ser ruim.
Tropia também usa de exemplo a frase de Cassiopeia do LoL ("Muitas guerras começam com um sussurro"), e depois contextualiza sobre como a Alemanha invadiu a Polônia em 1945 por acreditarem que a Polônia que planejava invadir a Alemanha por culpa do Hitler cheiradasso de metanfetamina, e se você assistiu Auto da Compadecida, talvez já entenda disso com base no João Grilo e no tanto de brigas que eles causaram por mentiras que eles usam pra virar todos contra todos, ou mentiras pra esconder mais mentiras.
Com os inscritos do Tropia não acreditaram muito que isso fosse tão efetivo, e com isso, o Tropia/Aiport fez um vídeo (que aliás, só de ver a introdução dá pra ver que foi feito muito de má vontade) sobre gatos potencialmente emitirem uma radiação própria que poderia matar humanos (eu não tô brincando, o vídeo nem existe mais mas há um depoimento do Tropia sobre), e que de tantas fontes falsas minimamente arquitetadas, ficou muito acreditado, e geral ficou com medo de gatos, eu até fiquei tipo "é, beleza, não tenho gato em casa então tô salvo", mas revendo hoje em dia... eu sinto que tinha escapado da tal manipulação (que o Tropia não teria feito se ele explicasse sobre Auto da Compadecida no vídeo de Manipulação), mas bem, algo que vale a pena explicar sobre comunicar e ter poder sobre pessoas, como as 48 Leis do Poder (que eu citei acima no tópico de multiverso e vocês nem entenderam, acharam que eu tava falando de poderzinho), cujas mais importantes que vocês podem aprender, e que aprendi, são:
  • Lei 1: Não ofusque o mestre - Qualquer autoridade acima de você, mesmo que você não bajule, você a respeita e tenta conquistar parceria.
  • Lei 3: Oculte suas intenções - Sejam boas ou ruins, muito do que você realmente quer fazer, se você deixar muito óbvio pode estragar muitos planos seus.
  • Lei 5: Defenda a sua reputação - Mantenha a sua imagem e a sua autoridade boas, e evite que você seja visto como um problema.
  • Lei 7: Faça as pessoas trabalharem por você, e ganhe crédito delas - Mesmo créditos pequenos, como o de você ensinar a pessoa a fazer (o clássico "se você der um peixe pra pessoa, ela tem comida por um dia, mas se ensinar a pescar ela tem comida pra sempre") ou de servir as tarefas (afinal, é literalmente a função do chefe, que é de organizar as tarefas e, desde que os chefes tenham essa noção que, se não fossem os trabalhadores, ele não teria elas feitas, seria melhor), ainda são coisas válidas e bem-vindas.
  • Lei 10: Evite o infeliz ou azarado - O pessimismo é contagioso, busque evitar pessoas assim, ou tire esse pessimismo das pessoas, Nietzche diz sobre o abismo olhar pra quem o olha, mas não diz sobre olhar pras pessoas ao redor de quem o olha também.
  • Lei 15: Esmague seus inimigos - Mesmo que não seja pra matar o seu inimigo, o subjugue para que ele não possa revidar. Um exemplo recente foi de quando eu fiz um desenho engraçadinho de Jesus com uma água viva (piada com a "água viva" que na Bíblia é realmente uma água muito limpa, corrente e natural), mas alguém conseguiu ver ofensa nisso, e além de argumentar, eu o expus e as pessoas concordaram comigo como ele foi ridículo, eu poderia falar o caso do Wooloo, mas esse é bem mais recente.
  • Lei 18: Não se isole - Criar meios de fugir, se esconder ou se proteger dos outros pode te fazer perder a diferença que você faz na vida das pessoas.
  • Lei 21: Se faz de bobo pra conhecer os bobos - Algo parecido com a Ironia Socrática, de você não se parecer o "sabe-tudo" e no fim você pegar os tolos e desinformados de surpresa, seja os refutando, ensinando ou subjugando.
  • Lei 34: Aja como um rei - Busque criar uma sensação de confiança e força, pra que as pessoas tenham motivos pra te seguirem.
  • Lei 48: Assuma uma forma fluida - Sempre se adapte, não se limite a um único caminho, atitude ou linha de raciocínio, as pessoas não são iguais, muito menos os ambientes.
E bem, depois de tudo isso, boa noite a todos, e talvez eu veja vocês depois de terminar meu TCC.

Até mais!