Assim como, como eu disse, o jogo parecia sujo demais pra algo que era pra ser futurista, lembrando que isso não anula qualquer ideia de uma história futurista suja, inclusive tô usando esse parágrafo como uma errata antes do próximo assunto, em que como um Hero Shooter tem um estilo mais estilizado, liso e como se fossem heróis mesmo, obviamente vão ter um design mais polido, e quando é algo mais sujo terá seu contexto (como o TF2 que eu falei que se passa num passado com muita guerra, e o Paladins mesmo sendo futurista tem um tom mais rústico e um pouco arenoso, e o Overwatch é até muito limpo, meu irmão até comparou com a frase do Bob Esponja, "tudo no futuro é cromado", do episódio SB-129)Por isso hoje em dia, desde o século passado, começaram a dividir as estéticas e sistemas tecnológicos de ficções no estilo "punk", como o Cyberpunk.
- O Cyberpunk americano tem mais base em empresas corruptas, tecnologias avançadas, embora a desigualdade torne o uso dela injusto, e a presença de hackers e gangues tentando sobreviver ao sistema, muitos lembram do jogo Cyberpunk 2077 (incluindo a versão antiga, Cyberpunk 2020, e o anime Edgerunners; e não sei se falei antes, mas odeio esse jogo porque sempre que tento falar do gênero Cyberpunk o pessoal acha imediatamente que vou falar desse jogo, mesmo que eu nem quero saber do jogo) mas tudo começou com Neuromancer.
- Já o Cyberpunk japonês tem uma estrutura mais puxada ao terror, seja com horrores das tecnologias avançando e a ética sendo ignorada, incluindo tecnologia bélica, como Akira e Ghost in the Shell, ou até mesmo a tecnologia deformando as pessoas, como em Tetsuo the Iron Man (que aliás, usei como inspiração pro universo IMX de Projeto Dream).
- Por fim o Cyberpunk chinês tem como maiores bases a tecnologia, embora também vigiando e monitorando os civis, ainda sendo usada de forma estratégica pelos personagens. Um exemplo mais famoso é o Problema dos Três Corpos, que resumindo muito, é um livro em que os protagonistas descobrem o povo Trisolariano (Trisolaris é um sistema de 3 estrelas nessa história, em que o fluxo dessas estrelas nesse sistema deixa tudo inabitável, nem é pelos três sóis e sim pela órbita que fica bagunçada por essas estrelas), e a humanidade tem que se proteger da invasão desses seres.
- Steampunk: Sistema tecnológico com base na Inglaterra Vitoriana, com máquinas a vapor ou engrenagens, um sistema bem conhecido por jogos e histórias com temática medieval com um pouco mais de futurismo (ou retrofuturismo), como alguns jogos de Final Fantasy, e Monstros SA tem mais ou menos isso com as pilhas de grito e riso (que as vozes entram e saem da pilha como um gás), mas um livro bem icônico desse estilo se chama Nas Fronteiras do Universo (inglês: His Dark Materials), que muitos lembram por causa do filme A Bússola de Ouro, que claramente fracassou por ter sido feito só pra entrar na onda de Harry Potter assim como foi com Percy Jackson e Eragon, mas fracassou por entre os motivos não ter adaptado nem metade do que o primeiro livro ou o conceito dessa história representavam, mas teve uma série que adaptou melhor.
- Silkpunk: Em suma, um steampunk oriental, com base em tecnologias antigas, dessa vez da época feudal chinesa e japonesa, como além da seda, também papéis, outros tecidos animais, bambu e também madeira, e pode soar mais bonitinho justamente porque foi um gênero retrofuturista feito pra ser bonito, às vezes mágico.
- Vocês talvez possam ver muito disso em animes, seja de forma pura como em filmes da Ghibli como Viagem de Chihiro e Princesa Momonoke, ou mista com outros estilos, como Dragon Ball (que desde o clássico misturava arquiteturas tradicionais japonesas com desde veículos modernos a até mesmo algo um tanto nanotecnológico, como as cápsulas da Corporação Cápsula), Naruto (que também mistura com mundo moderno, tendo rádios, TV's e até a Vila da Chuva sendo mais dieselpunk, e meio por isso Naruto é um anime criticado por ser inconsistente, afinal os caras têm rádio mas usam falcão pra se comunicar) e One Piece (que mistura com oceanpunk, um estilo tecnológico de quaisquer tecnologias marítimas, e há ilhas mais steampunk ou cyberpunk).
- Decopunk e Dieselpunk: Decopunk é um estilo de ficção científica mais estético que sobre a tecnologia, tanto que pode mesmo ser misto com tecnologias de outra tecnologia "punk", como Metropolis de 1927 que é considerado o primeiro filme Cyberpunk sendo também Decopunk, e Bioshock é Dieselpunk (estilo tecnológico com base em combustíveis fósseis, o mais notório sendo o Diesel ou a Gasolina, como na franquia Mad Max), mas o Bioshock Infinite é mais Steampunk, mas a franquia em si é Decopunk, um estilo de ficção científica focado na Arte Deco, um estilo artístico formulado nos anos 20 a 30, seja baseado em Metropolis, em artes cubistas do Picasso ou na ideia do futurismo com base nesse padrão mais linear e abstrato, ainda compondo pinturas e arquitetura. Anões de RPG's são associados a esse estilo Deco também.
Só pra concluir essa parte, dá pra citar mais estilos punk e mais estéticas visuais e gráficas:
- Atompunk: Estilo de ficção tecnológica que compila o que os anos 60 e 70 viam como futuro utópico, como carros voadores, arquiteturas curvadas que aliás lembram a arquitetura de Oscar Niemeyer, materiais que combinam peças brancas com coloridas, incluindo trajes e naves espaciais estilizados, e o mais importante: A energia nuclear, que aliás é um estilo conhecido por causa de Fallout e Os Jetsons. Em Projeto Dream, os Crônopos têm o design que combina Atompunk com Steampunk, pra representarem um paradoxo temporal.
- Essa estética também pode ser considerada "mãe" de outros estilos, como:
- Frutiger Aqua: Pelo que entendi o nome não é oficial, pois se trata de artes Frutiger Aero porém aquáticas, o que pode incluir golfinhos, peixes coloridos, água do mar ou de piscinas (pelo que vi raramente tem essa estética com rios) e aquários (inclusive tenho memórias de quando eu tinha medo do escuro e um abajur que eu tinha era dessa vibe com peixes circulando quando o abajur era ligado).
- Metalheart: Um estilo metálico e pontudo, que dá pra comparar a ambientes de jogos de PS1, como Metal Gear Solid e Final Fantasy 7, ou ao PS2, à Bayonetta e ao filme Enigma do Horizonte. Diria que lembra muito o Linkin Park por causa dessa estética metálica e obscura, mas ainda energética, e me lembra o Playstation 2 por parecer com a abertura de quando liga o jogo ou o menu quando abre sem jogo, como pra ver os arquivos do Memory Card
- Frutiger Metro: Ligado ao Windows 7, Nintendo Wii, MP3, os primeiros iPhones, e... posso tar maluco, mas me lembra muito aquela capa do The Best Electrosummer 2009 e àqueles vídeos de Xbox 720 e outros consoles doidos, mesmo que esse segundo mistura com Metalheart (link nos textos com cor), a priori diria que animes como Lucky Star e Suzumiya Haruhi também se encaixam bem, e musicalmente a série de DVDs piratas Clipes Animados, do Rozenildo Negrão, combinam ainda mais, não pela parte visual das animações mas pelo estilo das músicas.
- DORFic: Que lembra um pouco o app Powerpoint (que aliás, tô precisando usar muito na faculdade e você que tá lendo se pá vai usar mais até que eu) e às tecnologias e a casa do Vector de Meu Malvado Favorito, por causa da presença forte de branco, laranja e vermelho, junto de uma estética mais lisa e minimalista, ainda sem perder detalhes ou a beleza. Associam essa estética aos irmãos Kagamine (Len ♂ e Rin ♀) de Vocaloid, mas eu associaria ainda mais à Kasane Teto. O "DORF" do nome vem de "Daylight, Orange, Red, Futurism", e "ic" vem de "Graphic Design". Adicionei junto o Diler & Associados, uma das marcas que participou da produção daquele filme em que a Turma da Mônica viaja no tempo, mas diria que a Miravista (embora misturada com Metalheart) e a Labocine Digital combinam tanto quanto (sim, eu destravei uma memória da minha infância e da de muitos que podem estar lendo só pra terem um exemplo ainda mais próximo).
- Vectorflourish e Technozen: Duas estéticas que aparentam não terem muito a ver mas irei falar juntas por serem bem mais rápido de falar sobre. Vectorfluorish, ou Vectorgarden, é uma estética que combina linhas e espirais abstratas com flores e até mesmo mulheres bonitas, e o Technozen é um estilo baseado em aparelhos eletrônicos dos anos 2000, de estruturas brancas lisas/sólidas e, quando tem telas e elas tão ligadas, têm painéis simples similares ao Frutiger Metro. O Nintendo Wii, Wii U e DS têm a ver com essa estética, e aliás muitos cenários Technozen têm essa mistura de branco e verde (branco dos aparelhos, verde por muitos dos jogos de Wii e Wii U usarem essa cor em seus ambientes).
- Espécies de alienígenas, monstros de fantasia ou até animais feitos pra serem inofensivos ou então aliados a humanos têm a estética mais atrativa, sejam eles mais bonitos, mais adoráveis, ou mesmo que pareçam perigosos, também pareçam fortes ou importantes, e as cores mais vibrantes podem indicar também essa moral.
- Busquei misturar alguns exemplos associáveis a esse arquétipo, incluindo uns de espécies alternativas junto com humanos, ou que já interagiram com humanos, no caso dos animais da segunda foto, mesmo sendo carnívoros perigosos, têm simbolismos positivos como coragem, força e liderança, ou o fato de serem carnívoros, que têm a importância de controle populacional de outros animais. Outro detalhe (que liga com o que falei dos estilos de tecnologia) é que a civilização dessas espécies "boazinhas" na ficção usa a tecnologia de forma mais cotidiana ou até mesmo harmônica, causando dano mínimo ou nenhum dano ao redor, e mesmo os de tecnologia mais bélica e avançada, ainda tem uma cultura que justifica o uso dela (ex: os Tetramandos, que são avançados em tecnologia e têm uma forte cultura com base no combate).
- Já espécies de aliens, monstros e animais que são perigosos – quando são realmente malignos ou só selvagens e hostis –, eles são feitos pra terem um design agressivo, monstruoso, alguns que ainda soem mais naturais também têm uma fisiologia mais preparada pra atacar, como garras, presas, espinhos e, dependendo das ilustrações, chifres também.
- As cores geralmente são mais mortas, mais fracas, e quando são vibrantes, elas podem significar algo ruim (como vermelho representar fogo ou raiva, verde representar radiação, roxo ou rosa representar toxinas ou o azul representar tempestade), assim como eu falei que os animais carnívoros podem ter simbolismos bons mesmo podendo ser perigosos pra ter de tudo pra devorar gente como eu e você, animais herbívoros também podem ser usados como símbolos malignos.
- Os exemplos mais comuns são os bodes, carneiros, vacas e macacos são usados como inspiração para o design de demônios, ou morcegos (animais a maioria frutívoros) que são a base principal de vampiros, além dos gorilas que são uma base mais comum pros orcs de histórias de fantasia mágica, e falando nos orcs, em Senhor dos Anéis os elfos e hobbits têm tecnologias mais orgânicas por serem algo baseado no Tolkien ter vivido melhor nos campos, enquanto os humanos, anões e orcs que são espécies guerreiras e são mais bélicos, os orcs são mais monstruosos e com armamentos mais feios pra representar essa demonização da industrialização desenfreada.
- A Hope (canto superior esquerdo) é mais confiante, sociável e alegre, o que representei aqui com ela mais redondinha (sem ser necessariamente gorda, só o design que é redondo) e baixinha.
- O Slash (canto superior direito) é mais sério, bravo e o principal atacante do grupo, o que busquei deixar detalhes dele mais pontudos.
- O Chad (canto inferior esquerdo) é extrovertido, xavecador e ainda assim bom amigo, o que ilustrei mais quadrado e musculoso, o que é comum em personagens mais amigáveis mas protetores.
- A Takara (canto inferior direito) é educada, inteligente e não luta, o que combinando com ela ser uma elfa (e elfos já serem mais magros e delicados), fiz ela mais fina e alta.
- H. R. Giger foi um pintor suíço que fez diferentes pinturas de uma estética que ele chamou de Biomecânico (hoje em dia tendo o nome alternativo Biopunk), e a arte dele mistura body horror com uma mistura de máquinas com seres vivos, seja ciborgues monstruosos ou até mesmo máquinas feitas de carne, e esse estilo do Giger deu muito certo, ficando mais conhecido nos cinemas por causa de filmes como Alien (1979) e A Experiência (1995).
- E sim, qualquer simbolismo relacionado a putaria alienígena é 100% proposital, seja pela reprodução (como se fosse parte do processo dessas máquinas ou dos seres orgânicos) ou pelo erotismo e tabu, e entre os símbolos com esses nomes, também o Giger compilou diferentes pinturas dele, seja do álbum Biomecânico ou de capas que ele fez pra álbuns de bandas, para ilustrar o que mais combinava, segundo ele, com arquétipos do Tarot.
- Tanto que esse Tarot foi criado fundamentalmente para representar o esoterismo nas artes Biomecânicas, especialmente sobre como esses horrores e infecções na arte do Giger, que por sinal se tornaram um símbolo de como a arte dele "infectou" a arte e estética da época até hoje (afinal, hoje em dia tem até crossover de Alien com a Marvel, ou então a referência ao Alien do Giger em mídias consideradas nada a ver como em Conker's Bad Fur Day e Planeta 51, ou então uma das fases de Earthbound que é puro Biopunk)
- Pois é, esse filme não é um delírio coletivo, e aliás, enquanto tava pesquisando o nome, descobri que esse Alien no jogo do Conker se chama Heinrich.
Aproveitando que falei de Earthbound, falam de uma teoria que a turma do Ness teria abortado o Giygas nessa viagem ao passado, seja pela Devil's Machine parecer uma bolsa d'água, a forma abstrata do Giygas ter uma forma de embrião e também a estética dessa fase, mas creio que não seria necessariamente isso, considerando que a "cabeça" desde o começo dessa forma abstrata já ter um design como o Giygas invertido, e a forma de embrião pode ter a ver com logo o Giygas estar regredindo fisicamente até não ter mais uma forma física. E assim como eu disse, o design do Giygas demonstra o quão ameaçador e terrível ele pode ser, com as cores vermelha e preta formando esses desenhos, e com tantos significados e vários deles se ligam ao que o ele se tornou, seja uma forma parecida com a do Mother 1, ou nele ter se tornado um mal condensado, ou como eu disse sobre a regressão temporal.Já na subversão em que algo que pareça extremamente assustador ou perigoso, mas não tem intenções malignas, um exemplo que lembrei foi o Frank em Donnie Darko: Ele é um fantasma de um cara coberto numa fantasia de coelho monstruoso, que só se manifesta para o Donnie, que é esquizofrênico, e sempre em lugares escuros, tem uma voz assustadora nessa forma espiritual, ele claramente é bem monstruoso e assustador, mas além de aliado do Donnie, também é guia dele principalmente para seus poderes psíquicos.
- Pode parecer que o blog não vai acabar nunca (inclusive pra mim enquanto eu tô escrevendo), mas vai valer a pena. A cosmologia de Donnie Darko é interessante por causa de como o filme usa viagem no tempo e multiverso para representar destinos ou até mesmo ciclos de vida, como:
- Pequenas variações na Quarta Dimensão formam um universo tangente, um universo paralelo temporário que pode ser destruído naturalmente, esses universos duram 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos, pelo que eu vi (ainda mais na análise de Pipocando) tem a ver com o calendário lunar, e quando um material (normalmente metálico, que segundo esse universo é um material que pode acessar o tempo) é duplicado ou teleportado nesse universo, é apelidado de "Artefato", e se não for devolvido ao universo original, a destruição do universo vai "puxar" o universo normal.
- O Donnie é o escolhido, ou Receptor, que tem os poderes necessários para tornar o retorno do Artefato possível, como poderes psíquicos (como a telepatia que pode ver espíritos, poder de prever o futuro a partir dos "tentáculos" que mostram o destino das pessoas, ou projeção de energia), portais (seja para ir a outros lugares ou controlando a água, outro elemento temporal, para retornar o Artefato), super força, hidrocinese e pirocinese (poder esse que facilitou Donnie de queimar a casa de Jim Cunningham).
- Falando no Jim Cunningham, é incrível como ele é feito pra ser um personagem insuportável, como o vídeo dele sobre medo e amor que simplifica de mais as emoções (algo que Donnie critica), ou ele ser bajulado por uma professora mais amargurada e conservadora (que aliás culpa a professora mais boazinha de incentivar Donnie Darko a inundar a escola), ou ele tentar falar sobre um personagem que teria tomado todas as escolhas erradas (aparentemente tentando ensinar valores morais ou bons costumes), e o Donnie Darko o acusando de ser um "anticristo do caralho", o que vira um foreshadowing, porque quando Donnie Darko queima a casa do Jim Cunningham, é encontrado na casa do mesmo um "calabouço de pornografia infantil", o que parando pra pensar fica pesado a ideia de alguém que se dizia a favor dos bons costumes na verdade é alguém que faz chamar de monstro ser ofensivo pros monstros.
- Rolandinho no vídeo da teoria dele dizia que o Frank ser visível só pro Donnie era pelo Donnie ser esquizofrênico porque, supostamente, senão daria pra outras pessoas verem, mas o que ele não considerou foi justamente o Frank ser um morto manipulado, e mortos não precisam ser necessariamente físicos, então o Donnie, sendo um Receptor, veria fantasmas com ou sem a esquizofrenia.
Mas bem, mais uma vez eu gastei um dia inteiro pra um blog que poucas gentes vão ler, mas ironicamente, quem sabe o que importa não sejam as visualizações, afinal não sou de fato famoso, e sim o que importa é eu tar fazendo o que eu gosto, e podendo anotar pra que essas coisas não fiquem só na minha mente.
Até mais!