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Homem-Aranha: O Herói de Todos os Públicos

22 de abr. de 2025

Nossos sonhos são muito estranhos

Olá, recentemente eu consegui dormir muito bem porque teve dois feriados logo seguidos de um fim de semana, nos primeiros dias dormi tarde, mas mesmo no segundo dia teve um momento que eu acordei cedo só pra ir pro banheiro escovar os dentes e mijar, e com o tempo consegui dormir e acordar mais cedo, ao ponto de hoje eu conseguir trabalhar melhor por ter perdido a insônia. No Domingo eu e minha família fomos comer uns lanches na Barra Bonita, o o milk-shake de Nutella acompanhando aquele X-Calabresa foi ótimo.
Não memorizei os sonhos mais recentes, mas tem sonhos bem estranhos que eu tive que, além de eu não esquecer, também usei como inspiração pro Projeto Dream, como:
  • Um sonho que não lembro muito bem se foi em 2016 ou 2017 porque só sei que foi no fim do meu Fundamental 2, mas tinha um sonho que se passava numa cidade de prédios descoloridos, e com uma personagem de cabelo azul aparentemente tendo um cotidiano, que aquela personagem eu usei como base pra Tifanny Scarlet (ou Tifanny Durant nas versões antigas) e a cidade branca foi mais ou menos como eu visualizava e desenhava as cidades de Projeto Dream (especificamente quando eram HQs em papel, e eram tão malfeitas que eu lembro que depois de um tempo eu joguei fora, me arrependo um pouco porque virou basicamente uma obra perdida de uma séria tão importante)
  • Já tive múltiplos sonhos com banheiros (e obviamente eu nunca usava, mas ao mesmo tempo eu explorava esses lugares, e eram como backrooms, e esses sonhos inspiraram os banheiros da base de Muramasa, que são basicamente uma dimensão de bolso) ou com ruas e ladeiras (a maioria dessas ruas eu não aproveitei ou pude aproveitar pra desenhar ou escrever algo baseado, mas tinha um que usei como base pra um dos sonhos que Orla tem nesse episódio)
[O sonho era tipo isso mas com as casas e os morros tridimensionais, e as casas bem mais quadradas]
  • Teve um sonho em que o Dragondorf em algum tipo de desafio contra algum vilão fica com a aura prateada em vez de dourada, o que me inspirou a, quando a magia dourada dele fica mais fraca, ela fica prateada, algo que acontece quando Charles o enfraquece na saga do Oculush.
  • Já tive também vários sonhos em que parecia que eu tava tendo uma vida normal, mas às vezes a casa tava totalmente diferente, às vezes futurista, ou parecia a mesma mas numa iluminação nada a ver, tinha um sonho em que eu supostamente atrasei pra escola (e que eu acordei preocupado e era ainda de manhã), e teve um sonho em que eu raspava a barba, e deu uma sensação estranha quando eu raspei no dia que acordei desse sonho porque parecia que realizei uma previsão ou o próprio sonho.
  • Obviamente sonhos não inventam rostos e corpos inteiros, e claramente a gente não reconhece a maioria dos "NPCs" dos sonhos porque a mente cria de forma genérica ou mista que a gente acaba não ligando, mas lembro de um sonho antigo, em que eu ia pra casa da minha avó, que no sonho era toda azul por fora e estava de noite, e eu tava discutindo com alguém que parecia a Tia Nastácia porque a mesma tava falando que eu não tinha família, e lembro que o sonho muda, e eu tava usando um tipo de computador antigo (daqueles brancos/beges com monitor de CRT) passando o que parecia ser a foto de uma ilha com um coqueiro, ao som de uma canção do Donald e Pateta (especificamente do curta No Sail, que não sei se traduziram o nome na época que dublaram, mas era um curta da Disney distribuída pela Abril Vídeo, que eu conheci por VHS), se esse foi o mais específico é porque é um dos sonhos que eu mais lembro detalhes, ainda mais que eu lembro desse curta inclusive por esse sonho.
Acho que, dos sonhos que eu lembro mais inteiros e mais recentemente, tinha um que eu taria num tipo de fazenda que, atrás de um trator, tinha uma instalação em que tinha tanto um restaurante com paredes brancas com a metade de baixo vermelha, chão avermelhado e móveis pretos, e junto tinha um tipo de frigorífico que tinha carcaças de bois e também latas de Coca-Cola normal e Zero. Isso de uma sala com paredes brancas e etc., eu lembro que sonhei com algo parecido, era uma casa com paredes brancas com a metade de madeira, chão de madeira, não parecia ter um teto, quando olhava pra cima era só escuro, e as portas levavam a algumas salas muito parecidas ou quando era diferente eram mais estranhas, o que me baseei pro Espaço Cebola, lar dos oniões em Projeto Dream.

Eu falei de sonhos, e bem, tem algo sobre a Vertigo, que inclui HQs como Sandman (que entre seus temas inclui sonhos), em que há algo bem tosco da DC ter feito a Vertigo, que é de "mostrar que HQs não são só pra crianças", o que além de trair os próprios leitores, falando que quem ainda tinha HQs como Superman ou Mulher Maravilha tavam lendo "gibis infantis" pra enaltecer só HQs específicas como "de adulto", também foi um marketing velado só pra parecer que "só a DC faz HQ pra adultos", o que vendo isso hoje em dia é bem bobo, e tirando o Sandman que tem uma arte boa, o autor (Neil Gaiman) tá sendo preso por estupro e boa parte do que teve na Vertigo, como a lore dos Perpétuos ou da personagem trans Wanda, foi descontinuado junto com o selo, o que parando pra pensar nada dá pra ser pior que os Novos 52, que além de tentar imitar e surfar no hype do Snyderverso, tentaram ser "realistas e sombrios", mas além de ter ficado ruim e com personagens nerfados demais, também eles tentaram inventar moda respondendo perguntas que não existiam com retcons retardados.
O Lobo era um personagem fdp justamente por ele ser uma paródia, crítica e disrupção do padrão de personagens idealizados, mesmo os da própria DC, tanto que HQ's solo dele eram de fato paródias de humor negro forte por isso, e a graça era isso. O Lobo femboy dos Novos 52 que a DC tentou empurrar que seria o "verdadeiro Lobo", além de genérico, ele vira exatamente o tipo de personagem que o Lobo era contra, ou pior porque pelo menos personagens como o Superman têm personalidade e motivações pra serem bons e gentis.
Geral tava pouco se fudendo pro poder do Verde, Cinza, Vermelho, Azul Macaxeira do Norte... e o Mutano não combinava nem um pouco com isso de "poder do Vermelho" (que era tipo o Verde do Monstro do Pântano mas, em vez de plantas, é pra bichos), afinal o poder dele era como o Omnitrix do Ben 10, mas em vez de virar aliens ele virava animais, e em vez de ser por uma tecnologia foi por poderes depois de ser curado da Síndrome do Macaco Verde, e o Mutano vermelho, além de não combinar física e mentalmente com a versão gostável do personagem, também era só um personagem pra DC falar "hahahaha olha como esse universo é de macho onde não existe felicidade hahaha", o que deu miseravelmente errado.
Uma HQ que menos gosto da Vertigo é o Livros de Magia, isso porque:
  • O livro inspirou JK Rowling a fazer Harry Potter (e diferente do meu irmão e de uns primos eu não gosto do Harry Potter, não ao ponto de odiar, mas eu de fato não gosto principalmente porque Harry Potter é pra magos e bruxos o que Crepúsculo é pra vampiros, e o efeito borboleta dos envolvimentos da Rowling são ainda piores, e Harry Potter só foi tão gostado justamente pelo hype de ter uma história de adolescentes, só é gostado no Brasil porque tirou essa demonização chata da magia, mas não como se tivesse feito isso sozinho, e só é gostado hoje em dia por memória afetiva e porque a Rowling é uma covarde, seja falando preconceitos a céu aberto pra depois fazer retcon, sei lá, que o Ron é trans ou que ela vai criar o novo bruxo brasileiro Bananilson Farofa da Silva mestre em quatribol)
  • O sistema de magia dessa HQ é um lixo, tudo acontece "porque sim" (ou no caso, "porque foi magia", que numa história que nunca explica essa porra não tem diferença), eles sempre pintam a magia como misteriosa, incompreensível e onipresente, mas existe um limite entre a magia ser misteriosa ou aberta a interpretações, e você usar "magia é incompreensível" como justificativa pra magia gerar um monte de Deus ex Machina (e tem artefatos que os personagens ganham que nunca é explicado até o momento que convenientemente os personagens precisam de uma solução e sobrou mais nada)
  • Essa história não só esquece, mas parece até apagar o que tanto conecta a Vertigo à DC, mesmo que tenha o Morfeu que interagiu com personagens da DC padrão, e às vezes aparece a Zatanna, não há tantos outros personagens que fazem diferença pra cosmologia da DC ou então pra magia desse multiverso, como a Mulher Maravilha, o Senhor Destino e a Ravena.
  • Alguns personagens aparentam explicarem muito mal a magia, e alguns outros abordam o Tim Hunter de forma bem estranha, como o Vingador Fantasma e outros magos abordando ele sozinho numa rua (sério, se não fossem "antiheróis mágicos uiuiui edgy", esse moleque taria morto), ou um goblin roubando um item mágico e tentando culpar o Tim só pra tentar escravizar (tipo, esse goblin aprendeu com os do Goblin Slayer!? tudo bem que era pra ser um personagem filho da puta, mas mesmo que essa escravidão seja, sei lá, forçar o cara a lavar a louça e as cuecas freadas do goblin todos os dias, por que o cara escolheu logo uma criança?), ou a Titânia entregando a chave dimensional pra ele e depois se aproveitando da regra de não ir embora do Reino Mágico sem realizar essas dívidas mágicas, pra do nada a HQ lembrar que o Tim tinha um ovo e convenientemente esse ovo ter valor equivalente à chave dimensional dessa Maria Mucilon do Inferno.
Sobre o que falei do goblin e da Titania, claramente não tinha intenções obscenas reais, mas de novo, é bizarro um goblin do nada colocar um item mágico no bolso de um garoto só pra incriminar e colocar nessa situação, afinal não dá pra dizer que é uma lição de não confiar em estranhos já que não foi planejado como uma HQ infantojuvenil, assim como a Titania dar um item mágico à força pra esse pré-Harry Potter só pra dar essa suposta tensão, além de ser quebrado com um Deus ex Machina pelo personagem ter um equivalente a um bitcoin mágico, também tira o peso ritualístico, alquímico (troca equivalente) ou até mesmo econômico (afinal, aqui nessas Fairlands as trocas mágicas são claramente como um escambo de produtos mágicos, e é estranho como... a bitcoin mágica tava no meio de um espelho que serviu pra nada e uma corrente que se estica, só pro pré-Harry Potter não ficar com a Maria Mucilon do Inferno, afinal, se ela deu como um presente, não faz sentido ela exigir um valor tão grande, no máximo pedir pra devolver; o engraçado é que no universo DC as Fairlands são mesmo um terreno que o Lúcifer alugou pras fadas e outros bichos, é estranho eu ver toda uma socioeconomia num mundinho mágico paralelo a uma história de super-heróis kkkkkkkkkkkkk).
Eu tô chamando de Deus ex Machina porque temos as seguintes diferenças:
  • Plot twists têm no mínimo algumas pistas prévias (como foreshadowings, armas de Chekhov ou meramente sendo desenvolvido de forma que parece desconectada) antes do momento que muda a interpretação da história.
  • Retcons mudam de uma vez algo que já foi colocado de forma diferente em arcos anteriores, algo que só é ruim quando malfeito ou feito em excesso, exemplos bons incluem Dragon Ball, como quando a partir do Z é revelado que o Goku é um Saiyajin e o Piccolo é um Namekuseijin, enquanto no clássico falava como se fossem seres terrestres.
  • Deus ex Machina tem esse nome por causa de teatros gregos em que os atores dos deuses eram erguidos em um tipo de guindaste pra simular que eles estão voando. A analogia é basicamente essa: Como se um deus chegasse do céu pra interferir, mesmo metaforicamente e narrativamente, com itens e informações aparecendo sem justificativa ou desenvolvimento.
Aproveitando que falei de histórias que não gosto, e de mecânicas narrativas, eu realmente não ia falar de The Non-Racoon em nenhum post meu porque praticamente todo mundo no Youtube destrinchou sobre o quão zoada é essa animação, ou até mesmo as polêmicas do Luster Flix, e enquanto eu pesquisava isso eu achei uma página do IMDB, e... no dia que tô escrevendo isso The Non Raccoon tem nota 3/10, e a Branca de Neve desse ano tem 1,6/10, e esse eu realmente não vou falar porque além de todo mundo ter falado mal do filme e da atriz não tenho o que adicionar.
Sobre o que geral fala e que eu concordei, mas que eu gostaria de adicionar, é:
  • A animação do corpo dos personagens é muito travada, parece stop motion (não lembro que vídeo era, mas era alguém mostrando como fez uma cena lá, e... o jeito que a animadora fez a animação foi apresentado igual àqueles vídeos de time lapse de gente mexendo o boneco do stop motion peça por peça), já a animação da boca parece se mexer de mais, o que é estranho de mais, eu lembro que eu via animações do Roger van der Weide de Sonic, principalmente do Sonic Riders, e a animação da boca dos personagens era a parte mais esquisita e também desincronizada, lembro que uma vez eu tive que treinar com uma fonoaudióloga pra voltar a articular a boca, porque por culpa dessas animações quando criança eu comecei a falar muitas vezes sem mexer a boca e isso era um inferno pra me escutarem.
  • O Luster dubla mal, canta mal, tem uma voz bem feia, o microfone dele parece call do Discord e é bizarro ele tentar "se identificar como americano" com um sotaque carioca tão irritante, o Cartunizando já foi criticado por parar de ter sotaque nordestino, que falando nisso teve gente falando "nossa como assim você desistiu do sotaque nordestino que vem de uma cultua tão linda?" (que infelizmente não vou lembrar quem falou isso e eu parafraseei, mas sim, com certeza é síndrome de vira-lata não ter orgulho de ter nascido em Xique Xique Bahia! /j)
  • A história é rasa e vaga de mais, porque o Luster ficou focando demais em mastigar sapato, com um monte de diálogos expositivos repetitivos, piadas forçadas entre os personagens e uma inconsistência na personalidade dos personagens (tanto que pelo que há a entender, o protagonista é bonzinho mesmo com personagens masculinos que o tratam mal gratuitamente - e a mãe dele que é """imperadora"""/imperatriz já matou gente por aparentemente infinitamente menos, mesmo que nunca seja explicado o porquê também - enquanto a personagem que o trata bem ele trata mal, só porque o protagonista seria gay, o que aliás lembra Yaois ruins, como se não bastasse a anatomia ruim agora temos personagens homoafetivos com personalidade zoada)
Por isso, o que tenho a dizer das enrolações desse primeiro episódio é:
  • Regra dos 3 episódios: Digamos que cada série ou anime tem no mínimo 3 episódios pra apresentar o que a história tem de bom ou o que ela tem pra contar, se os primeiros episódios são bons então vale a pena continuar. Não, fanboy de One Piece, quem não gosta do anime não precisa nem assistir à desgraça do anime, e se no episódio 38476587346 fica bom, então que comece assistindo no 38476587346, e não ser forçado a assistir 38476587345 episódios ruins.
  • Regra dos 9 minutos: No caso de um filme ou de um episódio piloto, os primeiros 9 minutos apresentados devem ser usados pra desenvolver os personagens, e se a narração é tão pobre, que seja mais sucinto nas explicações, mas ainda contando informações chave para o entendimento principal, use das imagens aproveitando que é uma animação pra adicionar o que quiser pra significar à narração ou se completar, e a partir daí desenvolve pra extender.
  • Couro de Sapato: Ouvi falar do canal Jurandir Gouveia, e resumindo muito, se trata de que filmes muito enrolados e chatos, com cenas mais longas que o normal, vão ter muitas cenas de personagens andando, e a analogia vem justamente do som dos calçados batendo no chão. Por isso falei que o uso desse tipo de enrolação, chamando de "mastigar sapato".
Outras duas mecânicas narrativas que vale a pena mencionar são MacGuffins e Diálogos de Lore:
  • MacGuffins são elementos, itens, conceitos ou até pessoas que justificam a história. Hitchcock iniciou essa mecânica explicando em uma alegoria, de dois personagens achando um item em um trem, e um deles diz ao outro que aquilo era um MacGuffin, que supostamente captura leões nas Highlands, porém, meio que a punchline do Hitchcock é por não existirem leões naturalmente na Escócia, ainda mais vagando nas Highlands (que aliás, é daí que vem o nome Highlander).
Link da foto do leão: Clique aqui (foi difícil achar um mais a ver com o que eu tava procurando)
  • Já um Diálogo de Lore seria, em suma, um diálogo expositivo curto demais, em que as informações são expostas à toa ou de graça, mas diferente de um diálogo expositivo normal soa bem incompleto. Tem isso em filmes do Seagal, com as frases de seus protagonistas parecendo biscoito da sorte e sendo pior que conselho de bêbado, ou secundários o bajulando ou falando que ele é um mestre da SWAT, ou teria salvado alguém importante, etc., e embora tenha em Rick n Morty, claramente quando tem lá é pra trollar o expectador, o fazendo ver episódios anteriores achando que perdeu algo, ou pra dar brecha a teorias aleatórias, ou aproveitando o estilo antológico como se cada episódio tivesse sua cronologia.
Pode ser estranho ter começado falando de sonhos, e depois sobre animações ruins e mecânicas narrativas relevantes, mas a forma que ligou os pontos faz sentido, a coragem não é a falta do medo mas um antítodo desse, e a ordem não é uma ausência do caos, mas o controle organizado sobre ele, o ato de dar sentido a algo que simplesmente existiu e aconteceu sem intenção ou propósito, assim como houve uma ordem ao combinar tantos outros assuntos num liga-pontos simples, e assim como outros blogs de Explicação e Diário foi bom pra não ter que pesar essas memórias na minha cabeça à toa, e ver o progresso mental acelera o desenvolvimento do cérebro e o aprendizado de diferentes formas, porque pensamentos nunca serão permanentes, mas escrever eles pode marcar como eles são mais desejados, os dando uma ordem e sentido.

Até mais!