[Não era pra essa e nem mais duas das que terão a seguir serem escritas nessa mesma sequência, mas essa história por exemplo é uma releitura de um conto de fadas que eu gosto que é o Pinóquio, apesare da versão antiga da Disney ter me marcado muito, eu odeio completamente o Carlo Collodi e a versão edgy tenebrosa dele, não assisti à versão do Del Toro por mais bonitinha que seja, e outras nem tenho o que declarar]
Era uma vez, em uma região de Toscana, na Itália, uma árvore falante que fofocava e resmungava para as pessoas da cidade, até que, furiosos, os lenhadores derrubaram a árvore a machadadas, a árvore aparentava morrer, mas Gepeto, embora não tão rico, ainda muito amável e popular na cidade, comprou muito daquela madeira para, nela, esculpir algumas bonecas artesanais para a própria filha, mas então, Gepeto encontrou na árvore o que parecia um coração com textura de uma maçã ou bolota, e então, achando que a filha precisaria de um boneco masculino para acompanhar, ele colocou aquele coração no último boneco que esculpiu, e então, enchendo com uma borracha da seiva da madeira, e selando numa tábua do tronco, a madeira parecia voltar a viver, e essa madeira foi chamada de...
"Eu... Eu voltei?"
"O que?"
"Desculpa, acho que eu tinha uma outra vida e... nossa, meu corpo ainda é madeira, mas sabe, você me salvou, qual é o seu nome?"
"Sou o Gepeto, mas pode me chamar de Pai, e você, eu acho melhor te chamar de Pinóquio"
"Pinóquio? Obrigado, pai"
Depois de um tempo, Pinóquio, por um tempo, ficou amigo da filha de Gepeto, chamada Giulia, e brincava como se fosse um tipo de mini teatro que deixava ela feliz quando ela estava em casa, porém, nessa época e em um evento que Pinóquio e Gepeto se sentiam tristes de lembrar, Giulia faleceu de Varíola, e foi enterrada num funeral com a família deles, e algo que só Pinóquio conseguiu ver era o espírito de uma mulher escura com asas de borboleta levando a alma de Giulia para o Céu.
Depois disso, Pinoquio estava triste demais, e Gepeto, com o dinheiro que conseguiu com a carpintaria, que por sua vez lucrou muito com a fama de "o homem que animou madeira", comprou roupinhas para Pinóquio, e uma enciclopédia nova para que Pinóquio estudasse e pudesse ir a uma escola, quem sabe ele poderia se renovar e ter amigos novos, mas Pinóquio, seja malvisto por ser um menino de madeira, e julgado como uma aberração, se sentia pior por tudo não parecer o mesmo, e então, ouvindo falar de um circo que estava chegando à cidade, ele resolve visitar lá e, então, um grilo vestido e maquiado de palhaço convida Pinóquio para ele dançar ao lado dele e das bailarinas, os jovens e os adultos estavam impressionados com aquilo, e no dia seguinte, mesmo com as pessoas querendo ver mais "o garoto de madeira e Consciência, o palhaço", o Pinóquio não voltou, ele estava de castigo por Gepeto por ter se colocado em risco com desconhecidos, e por não ter contado sobre quando não voltou pra casa tão cedo.
Mas quando Pinóquio voltando pra casa depois de ainda poder ir pra escola, uma raposa pirófaga (que faz pirofagia, de engolir e cuspir fogo) e um gato engolidor de espadas, vendo a oportunidade, o tentam a participar do circo mais uma vez.
"Ei, você gostaria de ir ao circo de novo?"
"Mas o meu pai escondeu o bilhete, não posso ir hoje!"
"Não se preocupa, você pode ir de graça, e será uma atração!"
Com isso, Pinóquio visita o circo de novo, e enquanto participava de um teatro bobo com o grilo Consciência, se assustava e corria ao ver, na imagem de uma das bailarinas, a imagem daquela mesma imagem mística que viu naquela vez que perdeu a Giulia, e mesmo fugindo do circo, não foi pra casa, mas pra floresta, onde ele se sentia confortável também, como se fosse as suas origens, ou o colo de uma mãe, mas então, o gato e a raposa o encontram e, mesmo com Pinóquio tentando se justificar, e seu nariz crescendo e mostrando como não conseguia disfarçar, castigando por ter atrapalhado o próprio show do circo, o espancam, o furam, o pregam numa árvore, e o penduram, eles achavam que ele sufocaria daquele jeito, mas o garoto era de madeira, e só estava se assustando com a situação.Gepeto, preocupado ao ver que Pinóquio não estava voltando de novo, e então, ia ao circo gritando "Cadê o meu Pinóquio!? Cadê o meu Pinóquio!?", o que o Consciência ouvia e estranhava, e então, chamando a sua namorada Mable, ele ia atrás resgatar o Pinóquio, e então, o encontram pendurado na árvore, enquanto o gato e a raposa só saíam ao verem que seriam vistos, mas eles foram vistos, e a Mable, mostrando sua verdadeira face, desfigurou os dois, os revertendo à forma original deles, de um gato e de uma raposa.
"Pinocchito, o que aconteceu!?"
"Esses canalhas me violaram de todas as formas que puderam, e tentaram me matar, me tirem daqui!"
"Não se preocupa, eu consigo!"
Consciência tira Pinóquio de cima da árvore e leva de volta ao Gepeto, e resolve deixar de trabalhar no circo pra cuidar do Pinóquio, e depois de recuperado, e de uns dias estudando normalmente, Pinóquio não viu mais o circo, mas viu um pequeno bar que estava vendendo refrigerantes para os pequenos e cervejas para os grandes, e tendo uma pequena mesada, ele tirava uns dias bebendo aquele refrigerante depois de sair da escola, porém, algo estranho acontecia: Os refrigerantes, à base de vinho, tinham um álcool e era usado para um esquema em que as crianças, ficando bêbadas, "desapareciam misteriosamente", o que ninguém estava associando aos refrigerantes, parecia uma loucura, e o misterioso (ao menos para os trabalhadores do bar) era como o Pinóquio, mesmo bebendo já 3 litros disso durante a semana, não sofria nada, ele conversava com os outros por lá umas histórias que obviamente eram brincadeira, mas seu nariz aparentava crescer.
Consciência estava naquele bar pela cerveja, mas depois de ver que seu novo amigo estava gostando daqueles refrigerantes, comprava refrigerante pra tomar junto também, porém, em um dia desses, o Consciência se sentia estranho e os trabalhadores, vendo a oportunidade, tentavam levar ele embora, o que o Pinóquio percebe de estranho e tenta resgatar o amigo antes que fosse tarde, porém, os dois param em uma jaula estranha, enquanto ambos viam dali um grupo de burros falantes.
Os dois estavam assustados, mas aparentemente, os burros não falavam, mas choravam, o Pinóquio tentava conversar com eles, que admitiam terem visto o Pinóquio ou até eram colegas dele da escola, e então, Pinóquio e Consciência tiram um tempo pra conversar, e trocando ideias, veem que havia uma maldição naqueles refrigerantes, em que depois de beberem por uns dias eles viravam aqueles animais, e então, todos eram mandados a sair da jaula por algum tipo de capataz, que a chicotadas, expulsava os burrinhos, o Pinóquio e o Consciência, que em vez de um burro, estava se transformando numa maria-fedida.
"Espera, o que tá acontecendo com você?"
"Eu sou um grilo, garoto, eles tavam virando uns mamíferos de muito baixo nível, e eu, tô virando um inseto verde de baixo nível, estamos lascados!"
"Ah, não, eu não quero virar um cedro!"
O capataz, então, chicoteia mais ainda, para os dois saírem, mas ao bater demais no Consciência em forma de maria-fedida, aquilo começava a feder, o que fazia os burros e o capataz desmaiar, e o Pinóquio tenta ao menos socorrer o amigo, enquanto, não precisando respirar, e só comendo e bebendo para absorver os produtos e crescer, ele não sentia cheiro nenhum, e ele até tentava se recuperar ao lado do Consciência, o Pinóquio, cansado, dorme, o chefe daquele bar e daquele esquema, que o Pinóquio só sabia que se chamava Hanz, levava os dois enquanto dormiam para o Oniryu, um dragão marinho que conduz o navio burreiro em que estavam, devorar eles.
Ambos acordavam deslizando para a garganta do dragão, o Pinóquio tenta segurar com a mão direita o Consciência e evitar que ele caísse, enquanto com a mão esquerda segurava a úvula de Oniryu.
"Espera, você ainda tentou me salvar?"
"Sim, é que... Você sabe, você pode ser bem mais velho que eu, mas você foi um dos poucos que simpatizou comigo fora da minha família"
"Então isso quer dizer que..."
"Sim, Consciência, você foi o meu melhor amigo, desde o dia que perdi a minha irmã"
"Irmã?... Sabe, Pinóquio, eu não sou tão velho quanto acha, eu posso ser muito mais novo que você acha"
"O que!?"
"Sim, sabe a fada Mable que me salvou? Eu era só um grilo qualquer, e lembro de quando morri ter visto uma luz azul me resgatando"
"Espera, essas luzes azuis significam AAAAAAAAA"
Com uma tosse forte, Pinóquio e Consciência caíam, mas Pinóquio usa seu nariz para se pendurar e cravar no fim do esôfago do dragão, pouco antes deles chegarem no ácido, ou pelo que parecia, uma piscina de fogo, o Consciência se sentia extremamente mal, não fisicamente como um enjoo, mas emocionalmente, de ter deixado o Pinóquio naquela situação por sua vulnerabilidade, mas então, Consciência diz o que faltava.
"Pinóquio... A Mable me ressuscitou, ela violou uma regra das fadas de não levar as almas de volta ao corpo, e como reparação, viveu comigo todo esse tempo... Cuida da Mable por mim"
"Consciência, não!"
Consciência se solta do Pinóquio, e era digerido pelo fogo, e o dragão, se sentindo mal, vomita uma forte chama, que empurrava Pinóquio com tanta força, e quebrava ele tão intensamente, que só a sua cabeça voltava à Toscana, e ainda com o seu nariz se partindo até o tamanho inicial, Mable e Gepeto, que estavam o procurando, o acham, e quando lhe perguntavam o que aconteceu... Pinóquio apenas diz.
"O Consciência, ele... se sacrificou por mim"
Mesmo ele só dizendo aquilo pra omitir o pior, seu nariz não cresceu, aquilo só crescia quando Pinóquio mentia, e mesmo omitir sendo pior que mentir, não seguia essa maldição que Pinóquio seguia, e o Pinóquio sabia que no fundo era verdade. Gepeto construiu um novo corpo para Pinóquio mas, sem o coração de fruta, ele não teria muito tempo de vida, e Mable, a fim de dar uma última chance ao tal último amigo do Consciência, transforma aquele corpo de madeira do Pinóquio que, sem mais madeira mágica, era apenas carvalho genérico, em um corpo humano, que Pinóquio só percebia, depois de acordar no dia seguinte.Mable dizia ter ido embora, e dito aos dois que agora eles teriam que encarar a vida e os próprios erros, e aprender com eles, Gepeto tinha um filho vivo depois de muito tempo, e Pinóquio podia sentir como é ser um garoto vivo, e eles viveram felizes por muito tempo.
Fim!