[Esse conto pode ser mais adulto e erótico, mas não é vazio, também é da mesma sequência de contos que tô planejando pra me distrair durante esse feriado de Carnaval, assim como eu também já tava planejando alguma história com mais foco direto na sexualidade ou então no sexo, embora misturado com magia e esoterismo]
Numa sociedade bem distante, no meio das cidades divididas entre o Bairro do Fogo ao norte, com casas e prédios vermelhos simples e pequenos de pedra, o Bairro da Água ao oeste com casas e cabanas azuis de madeira com uma tintura única das escamas dos peixes, o Bairro da Terra ao leste com casas baixas e pobres de tijolos com argamassa, e mercearias melhor elaboradas e que vendem aparatos caros com a explicação que é uma demanda local, e o Bairro dos Ventos ao sul no alto da cerra, com casas e um grande observatório de concreto branco, há um templo central em que eles cultuam a dita Deusa Rosa, que é venerada pelo mais puro amor.
Pra alguns, é o desejo pra conquistar os materiais, pra outros, é apreciar a si mesmo, pra poucos, é estar próximo de quem ama e manter o que conquistou, seja físico ou de memória, mas para os adultos, ainda mais da elite, como os ricos, os agentes públicos e os sacerdotes, o amor mais precioso para a Deusa Rosa é o relacionamento mais carnal entre os seguidores da deusa.
Nessa vila, esse amor carnal é válido até mesmo entre os iguais, em muitas dessas cerimônias, cada grupo (que variava de dois a cinco, seja de homens ou mulheres) deve escolher um quarto o mais limpo e organizado para depois fazerem essa atividade considerada sagrada, alguns comem sopas ou bolinhos da raíz gritadora Mandrágora para aumentar o desempenho sexual, outros iluminam pouco os quartos com luzes vermelhas e roxas, ou usam uma poção usando Lúnea, uma flor da noite e da visão noturna, e Flor de Fogo, que é comum para resistência a fogo ou para aumentar a intensidade emocional, dando orgasmos mais longos aos homens e mais altos às mulheres, e outros fazem um sal com pedras mágicas amarelas da terra, azuis da água e brancas da luz.
A terra representa o corpo e a matéria, a água representa o desejo, como elemento para um bom vinho, e a sua conexão ao elemento terra leva ao aumento da fertilidade, e a luz representa o divino, ao darem seus prazeres para agradar a Deusa Rosa, e esse sal, ligado ao Reino de Affequa, podia ser inalado, comido ou misturado com água para formar uma tinta multicolorida, os dando a crer que se tornam mais fortes e mais férteis.
A família Rogvoir, uma das elites, possui, não só a participação desses ritos amorosos, ou a iniciação das jovens moças à idade adulta com a intimidade com seus guerreiros fortes para, com o prazer, despertar um poder espiritual reprimido, também um acesso a um reino astral com grandes servos, como os Gênios, para que deem força física e mística aos homens, e serventia e amor para as tais donzelas.
Tal qual os homens de outras famílias humanas, os Gênios podiam satisfazer os desejos amorosos das mulheres, com beijos ou interações entre os pilares e as cavidades, como o chamado "Pilar da Vida" e o "Templo da Vida".
Com anéis verdes garantidos pela família, eles três podiam participar, como uma chave pra esse reino, mas pensem nessa situação, um homem está apaixonado por outros homens, e uma mulher não era mulher desde sempre, isso deturba o padrão de sexo? Ou há uma ideia maior de sexo e gênero, e essas situações são meras particularidades? O paradigma é a pior das ilusões mundanas, pois mente que a particularidade deles é a única verdade aceita.
Reflitam!