[Eu planejava essa história meio baseado numa personagem que ganhei de um webamigo que era uma freira coruja, mas em vez de usar diretamente essa personagem, que tô usando pra outros tipos de arte e pra uma história bem mais mínima e simples, que só mostrei pra poucos webamigos, vou reutilizar a ideia de freiras corujas pra essa história a seguir]
Numa floresta amena e fértil, fica escondido um tipo de orfanato com um caminho de pedras de diferentes tamanhos e cores que ligam a um longo campo rural, depois a uma vila média, depois a um tipo de quartel protegido com barricadas e cruzes que não conseguimos saber o porquê, e o orfanato é relativamente longo, de 32 x 25 m², com longos corredores que se conectam aos dormitórios dos órfãos, aos banheiros, refeitórios, e entre 26 x 17 m² desses 32 x 25 do orfanato, junto de um centro de adoração aos Arbrestes (um tipo de deuses da natureza e da vida em forma de árvores conscientes que estariam adormecidas numa floresta sob a Terra) ao ar livre, um tipo de enfermaria em que os órfãos e alguns soldados são cuidados, e fora do orfanato havendo uma fazenda de gansos, galinhas e cabras que, junto das verduras e do arroz, são comida periodicamente para todos dali.
Quem lidera esse orfanato é um grupo de mulheres meio coruja, celestiais e comandadas pelos Arbrestes a guiar os humanos, entre elas, essas que estão cuidando dos órfãos, os treinam e ensinam aulas, os fazendo não precisarem de uma escola, enquanto a rotina tinha que ser a mais levada a sério possível.Havia muitos órfãos e órfãs bons na igreja, muitos aparentavam ter certo potencial matemático ou artístico, e tinham a chance de serem adotados, mas aqueles rebeldes eram punidos seriamente, os que agrediam seus próximos apanhavam de palmatória até se desculparem, os que atormentavam os animais ou falavam palavrões e ofensas eram forçados a comerem pimentas fortes até se desculparem, e aqueles que ofendiam as corujas ou a fé nos Arbrestes eram forçados a se ajoelharem sem roupa sobre grãos de milho, era doloroso, e havia aqueles que deixavam de fazer o mal, não por verem o valor no bem, mas pelo medo da punição.
Enquanto as órfãs que se tornam mulheres são contratadas para serem freiras ou fazendeiras da instituição, os órfãos que se tornam homens são enviados ao exército, e eram vários porque, seja pela burocracia que impedia as adoções ou pelas famílias preferindo terem filhos próprios, era mais raro adotarem os garotos, e enfim, eles iam para a guerra contra os Medores (uma raça de criaturas que estão invadindo o centro da Terra e deturbando os Arbrestes, assim deteriorando a vida na Terra). Porém, um dos ex-órfãos e ex-soldados que voltou despedaçado, estava Marcelo Coru, que tem esse sobrenome como todos os membros do orfanato, e estava sem um braço, sem um olho, e com um pouco da sua alma vazando junto de seu sangue."Oh, Marcelo, tu voltaste depois de tanto tempo! Digas, o que aconteceu depois desses anos?"
"Mãe, depois de tudo o que eu vi, me diga, esses Arbrestes ainda estão vivos?"
Aquela resposta fazia a Madre Youna desmaiar, as outras freiras corujas estavam assustadas, e o Marcelo não quis admitir aquele questionamento de novo, ele sentia que odiava elas, mesmo sendo em sua infância o mais amado por elas e que as moças até mesmo impediam de adotar ele, porque não aguentariam ver ele longe delas a menos que pela regra de entregar aos soldados, que também elas acreditavam que o tornariam mais forte, másculo e independente, e o Marcelo, chorando muito, ia embora sem contar muito.
Fim!