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Homem-Aranha: O Herói de Todos os Públicos

4 de mar. de 2025

Era Uma Vez, Branca de Neve

[Aproveitei um tempo livre pra fazer mais esse conto aqui, e por mais que o live action da Branca de Neve tenha sido ruim, seja por contratarem uma atriz extremamente militante pra cagar regra sobre um filme infantil de contos de fadas, e sobre um ator anão trair o movimento e falar que anão não pode atuar anão, eu sinto que podia ter sido ainda pior, e assim como Pinóquio, a Branca de Neve do filme animado antigo também me marcou, e lembro de ter feito uma história baseada mas extremamente diferente, mas esse aqui é mais diretamente baseado na Branca de Neve]
[Essa história obviamente vai ter muitos elementos originais, que não tem nem na Disney, nem outros desenhos e live actions, nem nos contos dos Grimm, e incluir elementos mitológicos e históricos]

Era uma vez um reino na Alemanha, em que havia um pequeno grupo de anões que seguia um rei muito bondoso, seja pelo trabalho braçal pelas belas joias, ou pelo seu chefe, o Mestre, ser um grande herborista e astrônomo, que pôde ajudar a filha do rei após o nascimento com a sua medicina e ao saber de seu futuro promissor, porém, a rainha não sobreviveu, e o rei, procurando uma nova pretendente para acompanhar seu reinado e cuidar da princesa, chamou a nobre Emília Antonieta, porém, depois de convencer três dos anões a conseguirem alguns cogumelos para o que ela prometia ser uma poção que ela planejava, se dizendo ser tão interessada na alquimia quanto o Mestre.
Misturando num caldeirão com os anões, ela fez um forte veneno que poderia matar o rei em menos de uma hora, e então, depois de tamanha traição, a rainha Emília acusou os anões, e então, por mais cruel que fosse o regicídio, os anões eram muito valiosos, e como punição que podiam, os exilaram, e só sete restaram, e foram condenados a trabalharem mais pesado nas minas, não tendo tempo para trabalhos mais delicados como a medicina, que a própria rainha tomou os cuidados, e as joias das minas eram tão preciosas que a rainha tomava o máximo que podia delas, nem precisando cobrar os impostos dos plebeus.
Emília Antonieta, uma vez por dia, consultava o Espelho Mágico, um espelho modelado, esculpido e polido das pratas mais puras do pai dos sete anões, Durin VII, como presente ao próprio rei, com um feitiço que o pudesse dizer a verdade nos reflexos, e a Rainha Má, Emília, sempre perguntava: "Mágico espelho meu, escravo da parede do castelo, há alguém mais bela do que eu? De alma e corpo tão belo?", o Espelho Mágico muitas vezes dizia que era a Emília a mais bela, porém, quando a princesa Branca de Neve, filha de Carlos de Neve VIII, se tornou adulta, o Espelho começou a dizer que era a Branca de Neve, "suas pernas são como rabanetes, seu busto é suave mas cheio, seu cabelo é vermelho como as maçãs anglas, e a pele é branca como neve do Inverno, a alma dela também é limpa como a de um anjo".
Emília perguntava mais vezes, em mais dias, ao saber que a resposta mudava, podia ser temporário, e Emília já havia cuidado de sua enteada por muito tempo, pois era a única herdeira dela, e ela não iria fazer mal a alguém novo demais pro mundo, porém, se vendo destronada no que ela via como sua única virtude, a Rainha Má estava se irritando, e estressando, mas ainda querendo se livrar dela, contrata uma tríade de mercenários: Sumaco, o magro de ossos, Balício, o gordo de açúcar, e Peçanha, o fedido descalço, eles foram enviados para abater a Branca de Neve, e poderão ir embora com dez dos diamantes mais lapidados em troca sem serem vistos.
Porém, quando o Sumaco, o Balício e o Peçanha iriam pegar a Branca de Neve despercebida, que por sua vez ela estava lendo um livro e cantando com pombas brancas limpinhas, os três se atrapalham todos, o Sumaco tenta explicar o plano com os outros dois, mas os dois eram estúpidos e entenderam tudo errado, o Balício tenta resolver do próprio jeito, indo pegar a Branca de Neve numa rede, mas ele pega três das pombas por engano (duas brancas e uma vermelha), que voam em direção dele e furam um olho dele, depois, cagam no Sumaco e no Peçanha, que nem tinha tomado uma atitude, porém, no dia seguinte, Sumaco tenta fazer uma armadilha, com uma arapuca perto de um pequeno caminho que a Branca de Neve passava, que seria acionada num fio, a Branca de Neve andava no vale cantando, mas nenhum passo dela tocou no fio, o Peçanha tenta alcançar ela, mas pisando no fio, pedras caíam, e o esmagavam, ele tenta sair mas estava todo acabado, e o Balício, não gostando daquilo, no dia seguinte, tenta avisar Branca de Neve, os dois conversam ao lado de um poço, e dizem.
"Branca de Neve, você precisa sair daqui"
"Oh, céus, mas por que?"
"A Rainha Má, ela quer você morta, meus irmãos tão tentando ajudar nisso, mas não pude seguir com eles, não posso fazer nada, eu... eu..."
Balício é atropelado por um porco, que aparentava proteger a Branca de Neve, mas o Balício, desesperado, pega uma adaga fina de aço, e corta a barriga do porco, ele pede pra Branca de Neve ir embora, e então, os outros dois têm uma ideia: Tirar o coração daquele porco e levar para a Rainha Má.
Com o coração numa caixa e acreditando ser o da Branca de Neve, mas descobrindo com o Espelho Mágico que não era, ela se enfurece, tenta procurar a Branca de Neve, mas ela já desapareceu, ela tenta achar os mercenários, mas eles foram embora com os diamantes, Branca de Neve corria na floresta, mas se perdendo, se encontrava numa clareira rodeada de cervos, pássaros, esquilos e tartarugas, que a resgatam e deixam mais próxima de uma casa aparentemente menor que as casas normais daquele reino, e então, dois anões gêmeos, que eram ditos fracos demais pra trabalhar e ficavam na casa cuidando dela, a socorrem, aqueles eram Atchim (alérgico, de nariz sensível, limpa a casa pra ficar impecável e longe das poeiras que o atormentam, e o faria fazer espirros que bagunçariam tudo) e Soneca (que dorme muito, tenta ajudar com a jardinagem e o cuidado dos quartos, mas era demorado pois ele nunca tinha energia).
Os outros cinco estavam minerando nas cavernas e extraindo joias e ouro aos montes, eles tinham uma certa força, mesmo que seu maior destaque era a magia, o Zangado (temperamental, impulsivo, de certa forma protetor e de guarda alta) explodia pedras pra abrir caminho, Feliz (otimista, esperançoso, irmão mais novo do Zangado) e Dengoso (delicado, gentil e amigo dos outros) não tinham como usar suas magias nesse trabalho, Dunga (o mais novo, e que pela situação nunca aprendeu a falar) não aprendeu a sua magia, e Mestre (o líder deles e inteligente) extraía água e algumas ervas para que eles pudessem durar mais um pouco no trabalho, e só precisassem sair à noite.
Falando em noite, chegam eles na casa, e estranham uma moça duas vezes o tamanho deles, ao lado de esquilos e passarinhos arrumando partes da casa, com ela e o Atchim varrendo o chão e os animais lavando os móveis e a louça, e o Soneca, indo tentar explicar, acaba caindo de sono na escada, Zangado foi tirar satisfação.
"Atchim, o que você pensa que tá fazendo? Com esses bichos do mato aqui na cozinha e uma humana conosco? E se a rainha souber"
"Não se preocupa, com todos aqui na casa o trabalho ficou muito mais eficiente, e não se preocupa, ainda temos açúcar e morangos por mais essa semana"
Mestre ficava curioso com aquela situação, e chama Branca de Neve pra conversar com ele no quarto, e com isso, eles se veem que tinham um pouco mais em comum, ao saber que a Rainha Má também tinha ido atrás dela por uma armadilha, mas não sabiam como ir atrás dela, os anões haviam se espalhado, e boa parte dos utensílios mágicos do Mestre ficaram no castelo, mas Branca de Neve diz que, enquanto eles procuravam uma solução, ela podia ajudar eles.
A Branca de Neve se juntou a eles na casa, e até construíram uma cama própria pra ela em um espaço mais livre, e no meio das decorações, estátuas de madeira de uns patronos dos anões tinham pequenos rubis, diamantes e minérios de ouro, a Branca de Neve sabia do valor delas, e o Dengoso avisava que era o que eles mantinham escondido pra ter um mínimo para pagarem outras contas, pois a Rainha Má não entregava comida ou proteção a eles, mas entre as ajudas da Branca de Neve, além dos serviços em casa, eram:
Dunga ficou esses dias em casa, com a Branca de Neve aprendendo algumas palavras até o Dunga conseguir falar elas por si só, e pra facilitar, ela ensinou ele a cantar também, sua voz estava boa e também encantava os animais ao redor da casa. O Feliz e o Dengoso tinham um certo medo da floresta, mas a Branca de Neve os acompanhava, seja para eles irem com os outros para as minas, ou para buscarem folhas para um projeto que o Mestre tinha perdido depois da morte de Carlos de Neve.
Projeto esse era meramente uns remédios que o Mestre fazia pro povo, mas que foram proibidos durante o reinado da Rainha Má, e com menos trabalho em casa, era uma corrida contra o tempo, eles juntaram mentas, hortelãs, mel das abelhas e ervas helênicas e ctônicas para poder tirar as alergias do Atchim, e trocando o mel por camomila e as ervas ctônicas por etéreas, restaurar o sono do Soneca, e o Zangado, embora bem velho e experiente, fumava muito o seu cachimbo, e tirar o cachimbo poderia piorar pra mente dele, então, em vez de parar o cachimbo de uma vez, eles recomendavam que ele só fumasse com menos frequência.
Depois de um tempo, Zangado mascava umas ervas rosa e violeta que o Mestre e a Branca de Neve acharam com ajuda dos sapos, e se sentia mais aliviado de mente e coração, porém, a Rainha Má estava de saco cheio, e se disfarçou, matando a velha empregada do castelo e vestindo a carne dela como um corpo temporário, e então, com a mesma receita de cogumelos, ela pinta um dos lados de uma maçã com o mesmo veneno, que deixava um pouquinho mais murcho e verde, mas ainda comestível, e então, ela vai à mesma floresta, e à mesma casa, quando os anões, indo todos à mina minerar, confiaram que a Branca de Neve poderia cuidar da casa com apenas a ajuda dos bichos, ela recebe a visita da "Empregada Maria".
Branca de Neve se sentia feliz em ver a "Maria", mas a empregada, fingindo desinteresse, afirma que a Rainha Má estava com saudades e tentava entregar aquela maçã como um voto de confiança, mas a Branca de Neve, sabendo que ela provava as comidas do seu pai e da sua madrasta, a mandava morder a maçã para testar.
"Pois morda, mesmo que só um dos lados, é da sua lealdade que você protegesse o meu pai e aquela madrasta imunda dessas armadilhas"
"Ora, pois eu aceito a sua ordem... Filhinha"
A bruxa morde a maçã com desgosto, mas acertava o lado saudável e engolia, e a maçã, rindo confiante, mordia a maçã e comia o resto dela, só sobrando o fruto em que ficavam as sementes e o cabo, mas a Branca de Neve se sentia mal, e caía, a Rainha Má, ainda disfarçada, ia embora, rindo sadicamente, e ãs toupeiras, que estavam de vigia, cavam em direção das minas e avisam os anões, que, chocados com o ocorrido, mas furiosos com tamanho sacrilégio, largavam as picaretas, e forjavam espadas e armaduras com os minérios de hematita que acharam nas cavernas e a Rainha Má tanto ignorou, e armados e protegidos, montados nos cervos como seus cavalos, avançavam contra a Rainha, mesmo disfarçada, ainda reconhecida pelos animais.
Atchim com os ventos e Mestre com as chuvas faziam uma forte tempestade que atrapalhava a Rainha Má, Feliz cria uma ponte com luzes de múltiplas cores para dar um atalho a eles, Dengoso fazia as árvores se moverem e vinhas e gramas criarem barreiras para atrapalhar o caminho, a Rainha Má ainda tentava correr, rasgando a carne do seu antigo disfarce, e pegando um pássaro no meio da chuva, e o mordia e devorava inteiro, absorvendo suas asas e tentando voar, Dunga comandava os animais para impedirem ela, e um falcão voava para rasgar o rosto da rainha, Soneca segurava a Rainha Má, rendida e no chão, para que ela ficasse paralisada e dormente, e Zangado, descendo primeiro de seu cervo maior, avançava até a rainha, e com sua espada, cortava o pescoço da rainha, fazendo a cabeça dela cair com um rosto horrorizado, enquanto o Zangado, irritado, emitia uma chama explosiva que desintegrava o resto do corpo da Rainha Má, e em seguida, segurando a cabeça dela, declarava:
"Meus irmãos, meus primos e meu primogênito, depois de anos dessa tirania, essa rainha vagabunda está agora morta!"
Os anões comemoravam a morte da Rainha Emília naquela noite, mas no dia seguinte, preparavam um enterro para a Branca, que por não ter familiares por perto, só restava ficar entre os anões, porém, o príncipe Encantado de Castela, um primo distante da Branca de Neve, sobrinho da mulher de Carlos de Neve, Diana de Castela, esteve a cavalo para visitar seu reino ao lado de seus vassalos, soldados e escudeiros, porém, todos estavam sem entender aquele enterro, aqueles seres tão mágicos, tão tristes, e o Encantado se voluntaria pra ajudar eles, e o Mestre só dizia.
"Você conhece a Branca de Neve?"
"Sim, eu conheço, ela é uma prima minha dessas terras"
"Ela... não tá mais entre nós, e não pudemos anunciar tão bem"
"E-espera, talvez esteja falando muito cedo, possa ter uma solução"
Feliz dizia que dessa vez não havia solução pra morte, e que a Branca de Neve agora pode estar no Céu e cantando com os anjos, Dengoso dizia que ela podia estar tomando mel e comendo carne de javalis celestiais no Valhalla, o que eles interrompem e tapeiam, pois o Encantado não entenderia, o Encantado, pensativo, reconhece o Mestre, e o diz sobre eles poderem resgatar os artefatos do castelo do reino.
Os vassalos ajudam a carregar o caixão, e levar a um lugar seguro na vila, os plebeus estavam chocados, os nobres, vendo de longe, estavam extremamente tristes, e o Mestre diz que precisavam reunir outros anões que também o ajudavam, e com isso, a notícia da morte definitiva de Emília Antonieta e a possível morte da Branca de Neve, e os anões voltavam ao reino, e investigando tudo, era descoberto os planos da Rainha, ainda mais quando o príncipe Encantado perguntava ao Espelho Mágico, e em dois dias, Mestre havia feito uma poção nova, juntando todas as bondades do reino, para assim ressuscitar a Branca de Neve, e que o Encantado decidia passar para ela.
O ritual envolvia passar essa poção com cuidado na pele da princesa, que está inteiramente despida e numa banheira, e quando sobrar os últimos mililitros, ele tinha que colocar na boca da Branca de Neve, que então, acordando como se fosse de um sono, estava envergonhada de ser vista assim pelo seu parente, mas o Encantado dizia que estava tudo bem, ainda mais de terem ela de volta, e então, eles se beijam.
Branca de Neve e Encantado de Castela se arrumavam para, no dia seguinte, se casarem em uma festa muito incrível, com o Dengoso declarando eles mulher e marido, e o Dunga levando eles de volta ao castelo com a carroça dos anões, antes velha e decaída, guiada por um burro velho e doente, agora de madeiras firmes e nobres, guiada por um dos cavalos mais novos do Encantado, e aquele viveu feliz para sempre.

Fim!