Um homem de cabelos grisalhos de estresse extremo, porém ainda arrumados, e sobretudo azul, está trabalhando na marinha italiana, chamado Giovanni Caldini Novacrono, ou também conhecido como Jan-Caldini, e ele esteve pesquisando a tecnologia da viagem no tempo desde 3488, tudo falho até 3503, em que ele construiu uma máquina do tempo funcional e viajou para o ano onde supostamente Jesus Cristo teria nascido, porém, devido à falta de precisão da máquina, ele chegou a quanto o mesmo tinha 11 anos, e com um disfarce improvisado, incluindo usar um vestido branco, uma barba postiça e desarrumar o cabelo, para parecer alguém velho, e então, à procura de Jesus, ele acha a casa dele em Israel e, com o que ele conhecia de hebraico, ele conseguia conversar com Maria e José, seus pais, porém, com a tal previsão que Jan falou, sobre a futura morte de Jesus, os pais do mesmo expulsaram o protagonista da casa visitada, e então, sem escolhas, ele resolve avançar mais no tempo, até o ano 340 d.C, e estuda as guerras do Império Romano/Bizantino contra a civilização nórdica, porém, depois de uma semana no passado ele volta ao ano de 3503, porém, por proporções temporais e para evitar paradoxo, pouco mais de uma semana depois do dia da viagem, ele estranha o fato sobre não ter alteração nenhuma ao redor de sua máquina do tempo, no caso, no prédio onde ele mora. Então Giovanni foi ver o que tinha de mudado, pesquisando a Bíblia e os livros de história que ele anotou, e ele vê várias diferenças que, apesar de não mudarem o futuro onde ele está, mudaram todo o passado da Idade Média, reduzindo muitas penas de morte entre os possíveis bruxos mas ainda tendo centenas de guerras até a Constantinopla cair em 914 por um ataque simultâneo entre os vikings e os muçulmanos contra o Império Bizantino, criando uma idade das trevas dominada pelo Islamismo na Europa, e muito preocupado, Jan-Giovanni pesquisa sobre esse tal passado, pra ver sobre como estão o Islã e o Cristianismo no mundo, descobrindo que, por coincidência ou não, teve uma rebelião em massa, similar a uma cruzada, do ano de 1306 a 1453, ano que deveria realmente cair a Constantinopla. E viajando mais vezes pelas épocas do tempo, descobrindo mais mistérios nunca descobertos pela ciência e tendo aventuras das mais complexas, como uma luta contra os franceses na Guerra dos Cem Anos, uma expedição até as Terras Brasileiras antes dos primeiros europeus as invadirem e saquearem, e até vendo o Caso Roswell, sobre uma suposta chegada alienígena à Terra, e com isso ele conhece muito mais sobre o que o governo americano tanto esconde, mas havia algo que Jan demorou para perceber, que é: a cada viagem no tempo, seu corpo muda, mesmo que em detalhes minúsculos, como uma adaptação à mudança da causalidade da linha do tempo, como um viajante do tempo, e possuindo um grande risco dele desaparecer por completo de todo o universo, como se nunca tivesse existido e, com a falta dele na linha do tempo, todos os paradoxos temporais teriam de se desfazer de uma só vez, reiniciando o universo de uma forma jamais vista, coisa que só depois de dois meses de viagem que ele pôde descobrir, e assim formando mais teorias sobre viagem no tempo, do que estudos inúteis sobre um passado que deixou de existir, e pesquisando bem sobre isso, ele descobre a existência de muito mais linhas do tempo do que só a onde ele habita, e que inclusive todas se entrelaçam de uma forma completamente abstrata e impossível de se interpretar, que para uma pessoa comum pareceria com uma grande, longa e oca esfera oval, mas poderia ser diferente se as pessoas tivessem a capacidade de ver objetos hiperdimensionais. Passou-se um ano inteiro, sem viagens para o passado, apenas estudos e teorias sobre o que ele já experienciou até que, em 3505, ele fez a primeira modificação em seu corpo usando tecnologia temporal, assim ele próprio poderia manipular o tempo sem ferramentas.
Após completar o seu livro, "O tempo não é uma mar de rosas, é tudo espinhos", que fala um conto baseado em suas aventuras, porém de forma mais fantasiosa, ele finalmente volta às suas viagem temporais, dessa vez para ver se tem algum tesouro entre as linhas temporais, com o intuito de guardá-lo e ostentá-lo futuramente, afinal, ele se sente na necessidade de ganhar um prêmio material por tal descoberta, ao invés de só palavras, então, para o caso de qualquer coisa, ele marca um ponto na linha do tempo, onde ele irá voltar de forma mais segura e mais rápida de forma instantânea como um literal teleporte ou buraco de minhoca, e então, com uma nave temporal que ele construiu, ele vai à sua jornada. Um vazio sem cor, nem branco, nem preto, em uma coloração incompreensível para uma pessoa devido àquilo não ter a mesma concepção de luz e escuridão que a de um universo observável, e no fim desse túnel niilista e puramente espacial, ele finalmente encontra uma coisa, uma coisa que, por estar muito longe, mas ao mesmo tempo parecer perto, não se sabia se era esse tal tesouro que ele queria, uma cidade fora do tempo ou uma entidade adormecida, mas é claro, como a mente dele já está se deteriorando e que ele ainda quer uma recompensa material, ele finalmente alcança essa coisa, era uma moeda dourada, algo muito estranho demais para estar especificamente no centro do multiverso, mas ele a pega de qualquer jeito, mas não é só uma moeda qualquer, era a representação de toda a luz nas linhas do tempo a uma escala infinita, coisa que ele só começa a descobrir em mais duas horas de volta da viagem, mas então ele cai em uma outra linha do tempo, então, para evitar ter mais de 5 horas de viagem, ele resolve usar logo a viagem direta ao ponto marcado por ele no tempo, e ele consegue chegar em casa, embora com a nave quebrando tudo e ele levando um dia inteiro e sem descanso para limpar tudo e tirar a nave daí. Agora nos últimos dias de sua sanidade, em 7 de Agosto, ele simplesmente deixa tudo que ele descobriu, inventou e encontrou, e tira sua própria vida, sabendo que não tinha mais esperanças. E esse é o fim do homem que mais explorou o conceito de tempo em seu mundo.
Fim
