Blog do dia

Filhos do Sol em outras realidades

4 de jun. de 2021

Hard life, T1E01

Japão, 22/08/2004, a vida difícil de Akio...
 Um jovem de 19 anos, chamado Akio Yamada, de 1,79m de altura, cabelos maiores que a média e olhos ricos em olheiras, que completou o colégio faz pouco tempo, está desempregado, se sustentando com estágios e estudando muito até que ele conseguisse chance de realizar seu sonho de trabalhar em programação, e possivelmente conhecer grandes nomes que ele conheceu durante sua infância, até que ele começa a vivenciar fenômenos sobrenaturais como um ataque de um monstro gigante na cidade onde ele mora, fantasmas que visitavam sua casa e até mesmo criaturas aparentemente anômalas, como uma raposa dourada de 3 caudas, cachorros falantes e até um homem lobo que ele conheceu quando foi a um restaurante no dia anterior, e esperando que tivesse um momento de paz, ele resolve visitar seu amigo Hiroshi, que... estava desaparecido.
 Aquilo não fazia sentido para Akio, já que Hiroshi era um verdadeiro hikikomori, aquele tipo de pessoa que não sai nem do próprio quarto, e falando em quarto o protagonista resolve ver lá no quarto e percebe um gato rachado andando em pé, e como o cagaço falou mais alto o Akio preferiu sair correndo e liga para a polícia, e agora com a polícia ali presente pra entender o que aconteceu tudo fica ainda mais confuso, porque o gato, além de andar em pé, falava que nem gente.
Akio: Espera aí. Hiroshi? Mano, tu foi amaldiçoado?
Hiroshi: Mas é claro que não, menino estúpido. Eu estou praticando a técnica gatocinese.
Akio: Cara, isso deve ser um sonho e eu tô delirando, não é possível...
Hiroshi: Não, não é um sonho, é ci-ên-ci-a.
Akio: Cala a boca, eu só queria ter uma vida normal, o que cê fez.
Hiroshi: A ciência explica que é humanamente possível se transformar em um gato a níveis atômicos, e...
Akio: A ciência explica é uma waruguchi, cê inventou essa porra toda e tá se achando um gênio, sabendo que essa porra tá mais pra uma fala de terraplanista e-
Hiroshi: Cale a boca, menino estúpido, isso são fatos científicos e históricos da humanidade, prendam ele, cavalheir-
 Os policiais, já de saco cheio, pegam o Hiroshi em forma de gato e o levam embora, e Akio agora precisa ir para sua casa já que ele perdeu um tempão com uma investigação muito idiota e precisa logo visitar o site em que ele estava fazendo seus cursos para completar o certificado que precisa, e vendo melhor, ele descobre uma espécie de coelho amaldiçoado, um coelho de aura ultravioleta com partes roxas e pretas que devora qualquer coisa, e nesse caso o bicho está devorando a perna de um Dragonite de pelúcia e, movido pelo ódio, Akio espanca esse coelho com uma vassoura e o joga pra longe, mas o coelho continuava inteiro, e vai pra frente do Akio, mas de repente aparecem várias correntes, voando de diferentes direções, se cruzando e amarrando o coelho, o pulverizando de uma só vez.
Akio: Q-quem mais tá aqui? Eu só quero paz!
???(aparentemente uma voz suave): Oh, desculpe, você deve ser só uma pessoa comum...
Akio: Antes de conversarmos, vamos arrumar o apartamento antes que o pessoal fique bravo?
???: Vamos.
 Depois da conversa, eles arrumam toda a casa, consertam o que foi quebrado e até se conhecem melhor, descobrindo que a tal pessoa é uma mulher feiticeira chamada Dona Andrômeda, guerreira francesa e vinda para o Japão para cumprir um favor de assassinar um criminoso temido pela Interpol, Akio se preocupa, mas pensa em ajudá-lo.
Akio: Você não pode ir sozinha?
Andrômeda: Por eu ser mulher?
Akio: Não, eu nem pensei nisso, você é mais forte que eu. O que eu quis dizer é que... se ele é temido por uma força policial, em um mundo onde tem coisas consideradas anormais e inexplicáveis, não vale a pena ir sozinha.
Andrômeda: Ah, claro. E bem... Você já pensou em usar magia?
Akio: Não, por que?
Andrômeda: É que a gente viu que essas cidades no Japão têm muitos yokais atacando as pessoas, então vai ser difícil lutar contra essas coisas só com armas comuns, ainda mais aqui onde não é permitido o uso de armas, você tentou matar um yokai com uma vassoura.
Akio: Hahahah, é, eu tô precisando de ajuda mesmo, talvez eu me mude para uma outra cidade mais segura então.
Andrômeda: Sim, claro, mas... me sinto tão sozinha, eu preciso de um discípulo para me acompanhar.
Akio: Bem, você vai me ajudar financeiramente? Como eu vou me sustentar? Eu tenho risco de morrer também?
Andrômeda: Hã? Eu não sei o que dizer, eu só tive essa ideia porque... eu preciso de amigos!
 Andrômeda chora para Akio, e até dá um abraço a ele, a fim de se confortar, já que ela se sentia muito vazia e sozinha com suas aventuras, mas Akio se solta dela.
Akio: Moça, não precisa disso, moça.
Andrômeda: Desculpa! Eu me empolguei... Ok, o que acha?
Akio: Bem, eu aceito, já que eu tô sempre me encontrando com esses bichos, eu realmente tô precisando me defender.
 Então eles marcam um encontro no dia seguinte e ela vai embora para continuar sua jornada, enquanto Akio finalmente termina seu curso que precisava realizar. Após isso, no dia seguinte, ele encontra Dona Andrômeda em uma estrada próxima de uma floresta, vendo algumas raposas andando entre as árvores e arbustos, e pássaros voando e cantando no ar. Akio pergunta a ela como será o treinamento, e então ela faz a seguinte pergunta:
Andrômeda: Você já treinou alguma coisa fisicamente?
Akio: É... não.
Andrômeda: Pois é, é o que vamos precisar, e depois, iremos também treinar a alma, já que é daí que vêm os poderes.
Akio: Sim, aliás... por que essa floresta?
Andrômeda: Eu só vim aqui para te mostrar melhor sobre a natureza do local, a técnica mais básica que aprendi da magia é a percepção, sentir o ambiente ao redor, sentir a vida natural, não por tato ou audição, mas sim pela alma, tudo que tem matéria, tem energia, incluindo a magia, uma força universal, então, aquele que manipular a energia de forma sobrenatural se torna um mago.
Akio: Okay... E como eu posso usar a magia pra bater nesses bi-
 Do nada, Andrômeda desfere um soco em direção de Akio com sua mão direita, que o mesmo bloqueia muito rápido, e Andrômeda se impressiona por ele ter bloqueado um golpe de mais de 60 m/s, embora Akio sentia uma dor muito grande devido ao reforço mágico.
Andrômeda: Percebi, você não é só um idiota que "pensa com os músculos", você ainda é rápido.
Akio: Sim, mas, o que tinha a ver com esse golpe?
Andrômeda: Eu te testei, já que muitos iniciantes que só pensam em usar a magia para o ataque, acabam apanhando de seus mestres, porque vale mais a pena a técnica que o poder bruto, afinal, não adianta você só ser poderoso se alguém consegue te atacar de dentro pra fora.
Akio: Moça, acho melhor não perder temp-
Andrômeda: Não é perder tempo, para treinar você tem que entender!
 Indo para outro quarteirão da cidade, dessa vez uma região bem limpa e vazia da cidade, com paredes e chão brancos, uma cerca de arame quebrada numa área próxima de uma rua, e com várias pichações em cantos aleatórios dessa área, agora sim era o local perfeito para o treinamento, e então Akio começa seu treinamento logo com uma seção torturante de 200 abdominais, 30 flexões e 70 agachamentos, em todos os dias, e em uma semana, Akio estava todo dolorido mesmo com Andrômeda tratando suas feridas musculares com suas magias de cura, não só por ele não se acostumar mas também por ele ser obrigado a continuar e aumentar essas seções diariamente. Então, agora que ele estava fisicamente melhor, agora sim ele estava pronto para o teste, que nesse caso é com um cálice de barro cheio de água até a boca. Akio reconhece uma história que tem algo parecido mas não tem tempo de comentar.
Andrômeda: Antes que volte a falar sobre animes, vamos ver se você está apto para mover esse volume de água com o poder da mente.
Akio: Oh... E como isso funciona mesmo?
Andrômeda: Você não leva jeito mesmo, hein... Como eu falei uns dias antes, o que talvez explica por que não deu para lembrar, você precisa concentrar toda a sua vontade contra o copo, porém sem mover partes do seu corpo em direção dele, como se a sua alma que estivesse o tocando ao invés de seu corpo.
Akio: ... Oh.
Andrômeda: Em frente!
 Então Akio se concentra, mas como ele não estava treinado e não tinha muita fé, o máximo que acontece é umas pequenas ondas no copo, o que nesse caso impressiona Andrômeda, porque não tinha nenhuma influência no ar, na mesa ou então de algum movimento mais específico do garoto, então ela já percebe que ele tem um potencial mágico.
Andrômeda: Você conseguiu mover a água com o poder da mente, apenas umas ondas em uma semana, quando eu estava no treinamento, só meu colega mais forte conseguia mover a água, e a diferença do feito dele pro seu ainda é muito alta.
Akio: Eh, isso é ruim?
Andrômeda: Claro que não, você tá começando.
 Logo depois disso, eles continuavam o treinamento, já que aquilo não era o suficiente, mas agora com o potencial mágico, Andrômeda ainda precisava de alguma forma do Akio treinar melhor a sua mente e alma para poder usar magias, e ela tem uma ideia, no décimo dia do treinamento, em que ela põe o Akio para aplicar aquela "magia de ar" que ele fez antes, só que testando proporções maiores, para que ele tenha a capacidade de emitir a magia para fora, mas estava muito difícil, até que no décimo terceiro dia ele consegue uma onda de ar cortante tão afiada que, com um rebatimento da Dona Andrômeda, partiu parte da construção da área onde eles estavam.
Akio: Ca-ram-ba!
Andrômeda: Perfeito. Você fez isso com vontade mesmo, se você não aplicasse sua raiva pelo treinamento contra mim, eu não precisaria refletir o ataque.
Akio: Como assim?
Andrômeda: Quanto maior a emoção, mais potente é o ataque, e quanto maior a coordenação, mais preciso é o ataque. Inclusive, eu já me livrei de parte das minhas emoções, eu mal sinto medo, raiva ou nojo, você foi o único capaz de me fazer chorar de emoção, porque eu me sentia de fato sozinha.
Akio: Ok, isso parece coisa de história malfeita, mas vamos.
Andrômeda: Cara, acho as coisas que você fala estupidamente engraçadas.
Akio: Você mal parece ver graça nelas.
Andrômeda: Eu rio mais por dentro que por fora.
Akio: Vamos sair e se aventurar?
Andrômeda: Sim, já tenho um escudeiro bom mesmo.

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