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Homem-Aranha: O Herói de Todos os Públicos

18 de jan. de 2025

Sentimentos Que Pouco Compreendi

Eu ultimamente vi que um ex-webamigo que eu discuti ao ponto de eu chutar o balde e, na primeira vez, criar uma tirinha que criticava o comportamento imaturo dele...
... e na segunda vez eu ter que expor as reações que ele tava fazendo por ele ter sido palhaço comigo, negando as minhas ajudas e ainda tentando achar culpa em mim por eu ter sido mais insistente em ensinar e motivar a melhorar suas habilidades de desenho e roteiro, teve uma nova conta (que jajá eu explico um pouco mais abaixo, primeiro preciso explicar a situação da conta anterior).
Antes de tudo, esse "e se não cria história" é porque no dia eu tava falando sobre todo mundo ter buscado ajuda ou referências e dicas pra aprenderem a desenhar ao invés de "aprenderem sozinho" - o que é mentalmente impossível, porque o aprendizado se baseia em informações que observamos ou praticamos -, e ele tava se lamentando sobre ele ter medo de ser mal falado só porque "não tem habilidade", e esse Nicolas é um webamigo meu que também tentou ajudar e não conseguiu.
Esse "desculpa por não fazer a Mona Lisa" é um exagero muito desproporcional, não só pela situação que eu quis que ele melhorasse sua habilidade de desenho, mas também por eu mesmo não ser um artista de tão alto nível (mesmo eu tendo sido reconhecido no trabalho ao ponto do meu patrão atual pedir um desenho pra eu fazer e ele moldurar num quadro, mas aí é outra história), assim como o "arte é uma desgraça" é um último prego no caixão como insulto a qualquer artista, já que é uma frase pronta que adultos mal-sucedidos e amargurados falam pra quem tem um mínimo potencial artístico, pra arrastarem essas pessoas pra não quererem mais se dedicar.
"Coitadolândia" eu não falei diretamente, lembro que o Nicolas falou um pouco sobre mas também nem tanto, assim como ele mostra, pelo menos nesses prints do ano passado, não querer admitir de jeito nenhum que essa falta de habilidade é culpa dele (por não ir atrás) e não da natureza (porque a arte não é um poder mágico, afinal, que poder bosta, é só saber desenhar no papel, eu queria cuspir fogo) e nem das outras pessoas (que "roubaram esse poder místico de desenhar" dele), assim como eu mostrei que o outro webamigo (Gabriel) melhorou uns meses de incompetência de desenhar em pouco mais de uma semana de treinamento e ele até mostrou um desenho de uma personagem de um projeto que estamos fazendo juntos (eu tô mais ajudando e dando ideias, mas o dono real é ele).
Esse desenho foi de ontem, não tá colorido e nem digitalizado, mas comparando com o passado dele, foi ótimo.
Enquanto isso, esse era o desenho do Wooloo (o webamigo que eu briguei) na época (de Junho, enquanto a discussão era de Agosto e o traço dele não tinha mudado), e como eu disse, ele tá em uma conta nova e, pelo que vi, ele mesmo admite que não quis mais usar esse nome (ou era o que deu a entender), e assim como a intenção é só relembrar essa experiência, e comparar com alguns elementos da minha carreira e vida, e o que eu também vi sobre e que combina com esse post, eu não quero que ataquem ele, ele já deve ter aprendido a lição e se arrependido há muito tempo. A questão é:
  • Como eu disse em o Patinho Feio de Grafite e Catarse Cinza (duas postagens minhas; link nos nomes), outros artistas me julgavam de forma desproporcional ao que eu era capaz de aprender, entender ou sequer competir, teve gente me mandando """melhorar""" (sem explicar como, ou com dicas que não funcionavam pra mim, ou com o câncer que é o realismo na arte) o meu traço e que acabava matando muita amizade porque do nada eles decidiam que eram professores de arte de 1930, e resumindo minha reação a esse pessoal de antes...
  • E como eu falei sobre o webamigo Gabriel, ele tinha um traço antes bem pior (em questão gráfica e de forma) que o Wooloo que eu disse antes (e que tive pouco desenho pra mostrar por ele desenhar pouco e o pouco que ele desenhou ter sido perdido) e ainda assim não se remoeu pro "ain vocês aprenderam sozinhos", "ain vocês nasceram com dom", "ain arte não dá futuro" ou "ain e se eu sofrer bullying", porque algo que se deve pôr acima da segurança é a disciplina, porque há uma diferença quilométrica entre planejar evitar riscos, e não fazer nada pelo medinho de falhar.
  • Também como no blog sobre como desfoder a vida, houveram pessoas que me mistificaram e mistificaram outros amigos meus, incluindo esse Wooloo, que achava mais fácil e confortável ficar falando que os outros tinham dons mágicos em vez de se dedicar (e parando pra pensar, isso piora o que eu falo sobre considerar desenhar um "dom" como um tipo de ofensa, porque desmerece e mente sobre a disciplina da pessoa até o resultado), assim como arte não é só pra trabalhos grandes, podendo servir de passa-tempo como é meu caso na maioria das vezes (recebo tão pouca encomenda de commissions que meus desenhos são baratos justamente pra aumentar a demanda).
Agora como um assunto transitório, considerando que também irei falar sobre sentimentos (seja sentimentos que eu já tive e não esqueço mesmo de muito tempo, ou o que pesquisei sobre sentimentos), é que uma webamiga minha (que vamos chamar só de Miwa) está se sentindo mal por causa de um ex que, mesmo que ela saiba que o ex fez coisa errada na relação (ela não especificou, mas ir atrás demais disso seria sacanagem) ela ainda tenta ir atrás e conversar sobre, e eu alertei ela que isso vai dar muito errado.
Vocês devem ter visto antes sobre, mas a minha personagem Isabella foi baseada numa crush que tive na época do fundamental 2, tanto que era pra ela se casar com o Naej nas HQ's piloto (o que eliminei antes de chegar nessa parte, e em versões atuais o padrão é o Naej com a Tifanny e a Isabella com a Julie R/Julia R), porém, como eu era uma criança sem a menor consciência dos meus limites mentais e que foi manipulado por um bando de moleque da mesma idade que não sabia deixar os outros em paz, eu tentei forçar a barra e tentar ficar com ela, e hoje em dia essa antiga crush me bloqueou de todas as redes sociais, e hoje em dia a personagem Isabella eu distancio muito de ideias antigas como a ligação com o Naej (que era pra ser tipo uma paródia de mim mesmo, inclusive na altura) ou qualquer similaridade física (inclusive os óculos, que surgiram pra essa associação da miopia dela à cegueira de cobras, foi um detalhe que deixei mais destacável conforme evoluí o Projeto Dream), e eu até avisei a tal Miwa que ela não poderia ir atrás justamente de alguém que ela perdeu por motivos de relacionamento e não tinha mais como voltar.

Assim como, ultimamente, eu estive falando sobre eu ter descoberto ter autismo e tar superando a depressão, e achei num grupo sobre ateísmo (que eu vejo publicações no Reddit por boa parte do conteúdo ser contra extremistas religiosos) um vídeo de um religioso falando que doenças e transtornos como depressão, autismo, ansiedade e TDAH serem mentiras criadas pela Indústria Farmacêutica, o que obviamente é uma mentira que o próprio religioso tá falando só porque esse tal Pastor Rodrigo falou e fez vídeos suficientes sobre, e isso é extremamente perigoso.
Assim como homofobia e racismo estão perdendo cada vez mais a justificativa religiosa, em que antes a religião usava esses preconceitos com a justificativa de que a Bíblia disse (o que por si só é uma falácia de apelo à autoridade e também um agravante a crimes de ódio), também perde a credibilidade de imediato quando se usa um pastor como referência pra falar que condições mentais não existem, assim como no mesmo vídeo fala que esses transtornos "não têm causas conhecidas", sendo que as causas são sempre cerebrais, químicas (dependendo do caso, a depressão pode ser causada por algum dano químico no cérebro, como café em copo de isopor que faz mal pro cérebro) e psicológicas (seja no autismo e TDAH que são um padrão diferente comportamental, ou a depressão que em sua maioria é por tristeza crônica, traumas ou outras dificuldades envolvendo ficar feliz), inclusive depois de descobrir que tive depressão, e depois autismo, eu de cara vi como vídeos como esse que tentam falar que doenças mentais não existem são uma das piores coisas que alguém pode falar, assim como vi que, em meados de 2020 em que a Pandemia tava no auge (que não só o Coronga, mas depressão e ansiedade aumentaram muito), ficou extinta a palhaçada de criarem lendas urbanas de Baleia Azul e Momo porque era uma falta de respeito colocar culpa em monstrinhos que não existem ao invés de ajudar as pessoas.

Agora falando sobre algo diferente, teve um vídeo do André (não lembro se era como André Young ou Andrezito) sobre tipos de sentimentos raros ou com nomes pouco falados, ou com nomes que só se fala em cantos específicos, esse vídeo não saía da minha cabeça mesmo que foi deletado, então eu tentei pesquisar por mim mesmo.
  • Sonder: Sentir e imaginar como pessoas ao redor (mesmo desconhecidas, existindo ou passando pelo ambiente que você tá vendo) tem toda uma vida própria, que não são como meros NPC's, palavra que usei de inspiração pro spin-off Mutasonder de Projeto Dream.
  • Ópia: Sabe quando você olha pra alguém familiar mas não sabe se é a pessoa que você lembra ou alguém só parecido? Essa é a ópia, por essa ambiguidade se tá reconhecendo ou confundindo com alguém.
  • Monacopse: Sensação de estar fora do lugar em que realmente tá, um exemplo que posso explicar é como a gente se sente fora do lugar quando tem uma roda de amigos inteira conversando mas você não tá conseguindo participar, o que é bem comum, só não é inevitável.
  • Énouement: Algo como, quando você já avançou muito na vida, mas nem dá pra olhar pra trás, ou quando dá a gente só sente que esses momentos passados acabaram e nunca mais vão voltar. Eu assisti ao filme Viagem de Chihiro na minha adolescência e percebi como o final desse livro e outras histórias (principalmente filmes infantis) exploram essa ideia de "presenturo" (presente + futuro), de que pra gente avançar, não podemos voltar atrás só pra olhar algo que passou e se apegar, porque isso ainda irá atrapalhar a nossa vida, assim como eu espero que a Miwa entenda.
[Por isso que eu digo, quando se olha pro futuro sem fazer nada no presente, ficamos presos no passado]
  • Velhiceira: Não é (só) uma emoção, mas a consequência de um ato, especificamente de comprar materiais antigos em uma loja, como livros numa biblioteca. Eu viajei pra Bauru uma vez em Novembro de 2023, e mesmo uma biblioteca que eu, meu irmão dois amigos fomos juntos tenha sido muito claustrofóbica e difícil de passar entre as salas, era uma biblioteca bem bonita, seja pelos móveis de madeira, ou pela iluminação meio amarelada ou porque, além dos livros e revistas, também  tinha uns materiais como engradados de cerveja e máquinas de escrever, o que aumenta a nostalgia porque ver isso pessoalmente é raro.
  • Rubastose: Aquela sensação estranha quando a gente começa a sentir o nosso próprio coração batendo, seja quando tá batendo muito devagar, muito forte ou com muita força por diferentes motivos.
  • Kenopsia: Vazio, especificamente o vazio emocional quando se vê algo perdido, muitas vezes lugares abandonados, que inspirou a ideia de espaços liminares e uma trend cringe de "o vazio de..." (que o canal Espantalho, do Eu Hipe com aquela garota que não sei se é namorada ou só webamiga dele, de ver essa sensação de solidão em tudo que é desenho pra parecer "cult") que até o próprio Eu Hipe criticou (não sei se foi por uma autocrítica irônica ou porque até ele tava enjoado disso).
  • Afasteza: Uma vontade não explicada de querer se afastar de todos, mesmo amigos, o que inclusive eu percebi o tal Wooloo fazendo, e até mesmo pude impedir outro webamigo meu (que não falarei o nome por não ser o foco exato) de fazer isso, e que, assim como eu falei que tem essa sensação do Énouement em Viagem de Chihiro, vi em filmes infantis e juvenis também arcos que o protagonista se sente muito mal (seja ódio ou desespero) e se sente obrigado a afastar dos outros, como o Sonic em Sonic 3 que (Spoiler) ignora os conselhos de Knuckles e toma a Esmeralda Mestra pra dar uma surra no Shadow ou o Alex em Madagascar 1 que, quando fica louco e se arrepende de morder o Martin, resolve ficar longe dele e dos lêmures e ficar mais perto das fossas.}
  • Jouska: Simplesmente conversar com os próprios cenários hipotéticos, algo que pode soar estranho mas, se souber o que estiver falando sobre consigo mesmo, ou numa situação confortável, como um banho ou sozinho no quarto, pode ser meditativo.
  • Crisalismo: Resumindo muito, meramente o conforto de estar seguro em algum lugar fechado, como a própria casa.
  • Vemödalen: Também chamado de Tristeza da Torre Eiffel, é uma decepção quando tira foto ou no mínimo registra qualquer outra coisa de algo que todo mundo já fez antes.
  • Ma (間): Essa sensação tem um nome que significa "vazio", não no mesmo sentido da Kenopsia de que "não sobrou nada", mas sim algo como "espaço não ocupado", o que Hayao Miyazaki usou como maior base para momentos de respiro que tem nos filmes da Ghibli, de quando os personagens estão fazendo nada, esperando ou fazendo algo muito simples, como se fossem checkpoints no filme, em que não tão fazendo nada, não por ser uma cena à toa, mas apenas um descanso, não só pros personagens que têm momentos calmos, mas pro público se acalmar e se preparar pra ação seguinte, o mais próximo que eu lembro disso é em vídeos sobre histórias pesadas (de terror ou casos criminais), em que o youtuber coloca uns segundos de clipes de cães e gatos fofos como um "detox emocional".
  • Elipsismo: A tristeza de como não sabemos como será o nosso futuro (seja a curto ou longo prazo), referente a Elipses de filmes, em que há cortes na história pra pular momentos desnecessários (quase o oposto do Ma, exceto que o Ma não é à toa, por mais que seja um enchimento), o que inclusive eu cito sobre como resolver isso no blog sobre como desfoder a vida que falei antes.
  • Kuebiko: O cansaço ou até preocupação depois de um ato de violência sem sentido, o que eu já senti algumas vezes quando eu era um adolescente muito mais impulsivo e já cheguei a bater nas pessoas quando minha raiva era crítica, e mesmo eu tendo raiva, e sabendo como a raiva é importante (porque é uma irritação ou explosão emocional, e temos direito de expressar o que sentimos), hoje em dia não chego mais nesse nível e sei que não é necessário.
  • Laqueísmo: Vontade de ser atingido por um desastre, como sofrer um acidente, ser encharcado por uma tempestade ou até perder tudo que é material num incêndio, algo que eu nunca vi em experiências minhas e nem de amigos, mas já vi algo assim em Clube da Luta, que o narrador (que na verdade era o Tyler Durden verdadeiro, mas não falam isso pra não dar spoiler ou pelo meme da regra nº 1) acaba tacando fogo no próprio apartamento pra começar a se livrar da vida vazia.
"Sem dor, sem sacrifício, nós não teríamos nada", "Essa é a sua mão, essa é a sua dor, essa é a sua mão queimando", "Só depois de perdemos tudo é que estamos livres pra fazer qualquer coisa", diz o Tyler Durden imaginário quando tava mostrando ao narrador como ele tá num mundo sem esperança, e também sobre como muito do que a gente dá valor tem esse risco de perder.
  • Eros: Amor segundo Platão, que se refere pela busca e pelo desejo de algo que ainda não tem, ou pela satisfação em apreciar (amor platônico), um amor que é necessário conhecer, por mais que hoje soe invisível num mundo tão material.
    • Ludus: Outro tipo de amor menos falado, que Platão também cita, o amor lúdico relacionado ao jogo de seduções ou meramente de interações (brincadeiras) entre as pessoas.
    • Philautia: Algo como amor próprio ou autoestima, aquele amor para si mesmo, de se valorizar, valorizar o seu corpo, saúdes física e mental e a própria beleza.
  • Filia: Amor segundo Aristóteles, a satisfação em conquistar algo, seja um objeto ou uma boa relação, o que mesmo sendo bem precioso de se conquistar, está mais difícil de achar num mundo onde sempre que estamos na ânsia de querer algo, a gente não sente aquela mesma sensação (boa) quando conseguimos. Valorize o que ou quem você tem disponível.
    • Pragma: Amor que se desenvolve a longo prazo, em suma uma boa relação de tolerância e compromissos que duram longo tempo.
    • Storge: Amor familiar, natural e instintivo, bem simples e conhecido, incluindo a fraternidade.
  • Ágape: Amor segundo Jesus, incondicional, para todas as pessoas, feito pra ser o maior dogma cristão, de unir e redimir as pessoas, e que embora seja um princípio importante na Bíblia, é difícil achar nas pessoas religiosas que são levadas pela ganância de dinheiro e fiéis, e por isso digo que, mesmo que eu diga os conselhos cristãos, isso não é uma pregação da religião em si, mas das mensagens mais benéficas e necessárias que posso oferecer.
  • Exulância: Desistência de explicar algo porque a segunda pessoa não consegue entender, geralmente uma experiência muito pessoal, algo que eu sinto muitas das vezes quando eu explico uma filosofia minha ou uma ideia que tenho pra histórias como o Projeto Dream.
  • Adronite: Frustração por demorar pra conhecer alguém de verdade, algo que eu sinto que sofro ultimamente porque tá difícil ter novas amizades na internet, principalmente porque ninguém usa Messenger ou Whatsapp pra conversar (o que pra mim é hipocrisia, os caras têm rede social pra não conversar), e tá mais fácil ter as amizades pessoalmente no trabalho e faculdade.
  • Rückkerhrunruhe: Resumido como Retornismo, se resume a qualquer sensação que vem quando chega de volta em casa.
  • Nodus Tollens: Uma sensação que ocorre quando a vida que nos passou antes não faz mais sentido, algo que eu não achei exemplo melhor além de uma certa redenção do Toddyn, seja quando ele resolveu mostrar o rosto e explicar o porquê de demorar tanto pra se mostrar, ou o vídeo mais recente dele sobre como ele deixou de ser ateu (link no texto com cor).
[Mesmo que o Toddyn tenha cometido umas atitudes ruins, o doxxing que ele sofreu foi, além de desnecessário, completamente desconectado do que ele fez antes]
  • Unismo: Aquela sensação de estar preso a um único corpo, espaço e tempo, talvez um oposto total do Sonder, e também um certo nível de ansiedade, elipsismo e monacopse, como se nada ao redor se aplicasse tão bem à gente, e embora eu tenha planejado um episódio que tratasse dessa sensação, eu não vou contar nem dicas desse episódio porque eu tô planejando, tanto quanto esse episódio, alguma carta de autor sobre o porquê de eu ter parado de escrever tanta história de multiverso, porque também vai se conectar.
  • Liberose: O ato de se importar menos com as coisas, mas não algo como um edgy tipo "foda-se Deus e o mundo", mas sim algo estoico, de não se preocupar se ganhar pouco e perder muito, e evitar exageros econômicos e emocionais.
  • Alschmerz: Cansaço com as próprias falhas e problemas, podendo levar a resolver elas (como o Toddyn) ou se lamentar por elas (como o Wooloo).
  • Schadenfreude: Alegria e riso à custa da desgraça alheia, algo bem comum no humor antigo, principalmente no pastelão ou quando era comum assistir TV e tinha desde antigamente o Vídeo Cacetada no Domingão do Faustão, conheci esse nome por causa do Team Fortress 2 que tem um taunt com esse nome.
  • Ohrwurm: Aquele momento que uma música não sai da nossa cabeça, o que praticamente acontece com a gente um monte de vezes e tem uma piada sobre isso em Divertida Mente 1, e eu passei por algo parecido depois de assistir Sonic 3 também, especificamente com a música Live and Learn do Sonic Adventure 2.
  • Kummerspeck: "Bacon do estresse" numa tradução mais literal, e se refere a momentos em que a gente come pra aliviar alguma emoção ruim, algo que também acontece com frequência e até vi o meu irmão passar por isso.
Eu anotei um monte de nomes de emoções diferentes no final, e pude conectar com experiências que eu falei sobre sensações e memórias estranhas que eu tava passando e era difícil ignorar e impossível esquecer, assim como o Projeto Dream está tendo um hiato, não pra dar tempo de criar ideias novas, mas porque as ideias que eu tava pensando eram melhores pra anotar aqui, e eu precisava expressar isso pra desocupar espaço.

Até mais!

16 de jan. de 2025

Covil das Creepypastas: Slender

[Lembrando: Isso não é uma reescrita fiel às creepypastas referidas, mas sim um tipo de universo compartilhado refazendo elas com base nas minhas habilidades e no que é mais viável atualmente]

Capítulo 1: A Cantiga de Zalgo.
Zalgo, aquele que espera por trás das paredes
Zalgo, aquele que sussurra no porão
Zalgo, aquele que tece redes na escuridão
Zalgo, se o bem diz sim, Zalgo diz não
Zalgo, se é luz na forma do bem, na de Zalgo é sombra
Sete bocas, seis vozes, e a voz que trará o fim
Aramaico, copta, cuneiforme, frâncico, grego e latim
Zalgo, por que mataste Am Dhaegar, Zalgo, por que destruíste o seu mundo?
Não destrua o nosso, não venha enfim

Zalgo, um deus remanescente de Nezperdia, era o mais puro caos que nasceu no reino que habitou antes de, amargurado, irritado com o amor de Am Dhaegar e a pressão dos Nezperdianos, convocou guerreiros a partir de mortos que ficavam presos na escuridão do reino, e a partir das ruínas de Nezperdia, o pouco da luz e da matéria se espalhou na entropia, se tornando os planetas e estrelas, e o porão de cristais Nezperdianos do castelo então se tornou o seu Palácio de Vidro, num reino escondido na adimensionalidade.

No meio dos monstros que Zalgo criou depois da decomposição do mundo, apelidada então de Big Bang, muitos foram à Terra pois, havendo humanos ansiosos e movidos por crenças instintivas, era mais fácil de "brincar" com eles, enviando seres como desafios, ou alterando a realidade pra afetar os avanços da humanidade, e então, um dos mais bem-sucedidos era o Rastelo, "The Rake".

Capítulo 2: Os Rastelos.
 Os Rastelos são como bichos-papões, eles não se parecem com nenhum animal na natureza, e nunca houve contato com esses seres para descobrir que são sequer algo físico, a pele é pálida como se fosse luz lunar, os olhos de escuridão pura se destacam naquela forma, isso quando eles são vistos. Esses seres podem enganar e hipnotizar as suas vítimas, fazendo barulhos com as garras na cama, ou fazendo os móveis se mexerem, para antes de devorar suas vítimas, atormentá-las, pois a adrenalina melhora as condições da carne, e uma mente desestabilizada é mais fácil de mastigar.
 Ruas, esgotos e casas velhas são abrigo comum dos Rastelos, levando humanos a começarem um extermínio desses seres em 2004, que durou de 20 de Fevereiro a 4 de Abril, 40% da população desses seres e 11% da mortalidade no estado de Wyoming foram reduzidas por causa desse evento, balas de chumbo não eram suficientes devido à alta resistência física, porém, balas especiais forjadas em prata, que acreditava-se que abateriam outros demônios noturnos, podiam atravessar e derreter a pele daqueles seres, e em meados dos anos 2010, esses seres, embora não extintos, deixaram de ser um problema.

Capítulo 3: Ted e Tim.
 Os irmãos Ted e Tim Wright, no ano 2001, souberam que uma prima mais nova esteve desaparecida desde a última semana, e procurando voluntariamente resolver o caso, acharam que ela estaria em uma caverna que eles costumaram explorar antes, porém, visitando ela, estava mais úmida e fria que o normal, e tinha uma abertura nunca antes vista, que era fina e esteira, Ted tentou furar aquela abertura para que ficasse maior, mas aquilo levou dias, e não podiam ficar muito tempo lá antes de voltarem pra casa, e Tim, que estava fazendo uma faculdade na cidade, buscou gravar a situação em que estavam para poder usar como seu TCC.
 O VHS que ele estava usando era péssimo, a câmera muito velha, e o lugar sendo escuro piorava, por mais que Ted tenha tentado ajudar carregando uma lanterna, e mesmo que se via possível entrar no furo da caverna, a risada fina, similar à de uma criança, dava uma mistura de alívio em saber que estavam mais próximos de terminar o pesadelo, e a preocupação em descobrir que tinha alguém vulnerável em um espaço que só ficou disponível minerando, Ted insistiu que Tim entrasse, porque tendo a câmera nas mãos podia registrar a cena, mas Tim preferia que o Ted, sendo mais baixinho, entrasse no lugar e coubesse mais.
 No entanto, quando Ted aceitava, rochas caíam próximas da entrada, Tim tentava correr para fora, mas tropeça e tem seu braço direito preso por uma das rochas, ele tentava tirar dali, mas ele falava pro Ted "fazer sua parte", entrando no túnel estreito, cinzento e escuro, enquanto Tim, sem se sentir tão esperançoso, se gravava com a câmera velha de seus pais, e narrava.
"Oi, aqui é o Timothy Wright, 17 anos, eu e meu irmão Theodore tentamos achar nossa prima, que está desaparecida faz dois meses, se a gente não sobreviver, eu espero que pelo menos ela consiga, porque se perderem nós três é prova de que não há uma força boa e onipotente nesse mundo, Betty é só uma criança, ela não merecia isso que aconteceu"
 Ted tenta entrar na caverna, passando pelo túnel, seu peito rasgava junto com sua camiseta, ele chorava, não de dor, mas de desespero, e quando ele caía em um ponto, ele ficava preso, e a risada misteriosa agora ria sadicamente, enquanto Tim sumia, como se fosse dissolvido na escuridão.

Capítulo 4: Jack
 O Operador habita a floresta, o Operador habita a escuridão, o Operador é um dos primogênitos de Zalgo após a formação atual do universo, e diferente daqueles que habitam ambientes na Terra, o Operador transita entre a Terra e a Arca Negra, captura os mais novos pois eles já têm a mente modelável pra seguirem suas ordens, e basta conceder seu sangue pra torná-las em seus seguidores, já os mais velhos ele precisa necessariamente atormentar até que eles desistem e cedem às suas ordens, assim como Jack Sem Olhos.
 Jack era um mero adolescente afro-americano que sofria bullying nos anos de 1974 a 1979, seja nas ruas pela sua etnia ou nas escolas por nunca se destacar nem em força e nem em inteligência, e no ano de 1987, aos 19 anos, foi capturado por um grupo de integrantes da Ku Klux Klan como um sacrifício, e nesse dia, o massacre não veio contra o agora adulto Jack, mas sim contra aqueles que tentaram lhe fazer mal uma última vez. Aquela criatura que devastou tudo não se importava com os humanos, não por se sentir superior a eles, mas sim porque, sabendo da magnitude do universo, desde os maiores buracos negros às menores ondas quânticas, não fazia sentido seres de uma mesma espécie perseguirem seus subgrupos por associarem diferenças visuais a inferioridade evolutiva, e deu uma chance a Jack em troca de trabalhar pra ele até seus últimos anos de existência.
 A Arca Negra, segundo Jack e Tim, era como um reflexo da Terra que nunca viu a luz do Sol, a arquitetura era composta por uma madeira negra conhecida apenas como Endebônio (algo como Ébano do Fim), e os olhos dos habitantes, que trabalhavam como espiões do Operador quando saíam da Arca, brilhavam como lanternas de um peixe-diabo, e quando Jack questionou ao Operador o que eram os sussurros do fundo da Arca Negra, ele só respondeu:

"É o máximo que humanos conseguem falar após a morte, e você estará livre desse tormento sob o meu paletó"

Capítulo 5: Para a Arca.
 Um homem de cerca de 35 anos entra num bar chamado Jackie Wine, um tipo de bar especial que teve recentemente, assim como alguns relatos de desaparecimentos na cidade, e consultando o dono do bar, ele aceita preparar um coquetel especial pra ele, chamado Entrada, que se mostrava amarelado, de cheiro amargo agridoce, e que refletia brilhos azuis e vermelhos do bar, o tal "Jackie", de pele azul que ele dizia ser meramente maquiagem, um terno sob medida e acompanhado de pessoas pálidas que operam como garçons e assistentes, ainda parecia suspeito por aquele homem, um policial enviado pra consultar o bar, ele inicialmente achava que houvesse algo de errado naquela Entrada, mas estranhamente, além do homem não sofrer nada além do amargor de uma bebida normal, ele queria mais bebida, porém, Jackie só oferecia vinhos comuns, pois o coquetel era apenas servido no começo do atendimento.
 Mentindo que a missão vai ser adiada porque faltavam provas, o policial tenta ir ao Jackie Wine mais uma vez à noite, e quando ele voltava a tomar a Entrada e os vinhos, noite após noite, um dia ele foi abordado por seus superiores, e avisado que, se esse bar for realmente suspeito, eles deverão invadir logo sem disfarces ou espionagem, e assim quando tentaram invadir no dia seguinte, à noite no mesmo horário que o policial visitava, não havia nada, pelo contrário, era tudo mais escuro e preenchido com aparelhos metálicos assustadores, e quando eles tentaram sair pra fugir da Arca Negra, onde pararam, eles só se viam num lugar de fora da sala específica, mas na mesma dimensão, enquanto os tais atendentes de Jackie os cercavam, carregando Rastelos como um equivalente deles a cães ferozes, e então, a carne era devorada, e a forma era dissolvida.
 Depois do policial saber do desaparecimento de 10 membros de sua antiga equipe policial, ele se demitiu e se viu dessolado, sem esperanças, e Jack Sem Olhos, uma última vez, entrega uma garrafa do seu whisky de maior qualidade, que o homem bebe como se fosse água, ele não se sentia bem, ainda mais depois de beber de barriga vazia, mas Jack se oferece pra avisar uma última coisa.
Jack: Você se mostrou um dos meus melhores clientes até agora, mas quem sabe você não deveria trair seus companheiros desse jeito, quantas vidas você acha que vão sumir desse jeito?
Policial: E-eu não sei, por que você se importou de dar essa garrafa como uma cortesia? É misericórdia? Consideração de amizade?
Jack: Não, na verdade, você ainda tem uma lição pra aprender.
 Quando Jack mostrava seu rosto que, no lugar de olhos, havia uma escuridão que aparentava sugar a visão daquele pobre policial, o mesmo homem "acordava", se enxergando numa banheira cheia de água gelada e blocos de gelo de diferentes tamanhos, e ao seu lado, um cheque protegido num saco plástico, e o seu celular, e quando ele foi ver a fonte das dores na sua barriga, ele via um lado com um corte muito bem costurado, e quando arriscou cutucar, sentia algo faltando, o Jackie vendeu um dos rins como punição, enquanto o deu um cheque do preço como segunda chance.

Fim?

1 de jan. de 2025

Criação de personagem e seus estereótipos

Antes de tudo, eu não planejo nenhum especial de ano novo assim como não foi possível nenhum especial de Natal, mas como eu disse no mesmo blog que falei sobre ensinamentos de vida, foi um ano muito difícil, só não é o pior ano da minha vida e talvez tenha sido o pior ano de alguns poucos ou só em algumas perspectivas, mas embora se o ano vai ser bom ou não seja algo fora do nosso controle, ainda mais num mundo pessimista, o que se espera é realmente tar devidamente preparado pro ano a seguir.

Mas uns assuntos que eu pensei era:
  • Falar sobre machismo, racismo e homofobia, e como aos poucos isso foi reduzido na minha vida e no que eu escrevi (meio estranho, mas explico melhor abaixo).
  • Falar sobre criação de personagens, e como eu iria conectar pra criar personagens negros, femininas ou LGBT+ sem os estereótipos ou sem criar uma péssima imagem pra própria obra.
Introdução
Começando pela primeira ideia de assunto que eu falei que faz parte desse blog, eu lembro de ter falado em um blog pouco falado em Projeto Dream sobre umas curiosidades dessa história, e que incluiu um tipo de mini Iceberg do Projeto Dream, e que tô aceitando que, se tiver uma comunidade maior, claramente o Iceberg possa ficar maior, mas pra quem não quiser clicar no link do nome colorido, tenho esse print do que eu quero dizer, e como eu admito que muitos dos comentários mais absurdos de Projeto Dream, ainda mais os da versão 2019-2021 que eram muito edgy, eu não me orgulho obviamente.
Falando em edgies, e por sua vez as piadas sensíveis como as citadas no print, eu divido em duas categorias (que pra quem não entender os títulos abaixo, tem uma referência a tipos de colesterol):
  • Edgy HDL: Aquele tipo de edgy que é diverdido por ser ou soar absurdo mas ser leve ou no mínimo fácil de entender que a ideia é ser edgy. Resumindo, exemplos incluem Devil May Cry, Brutal Legends e até mesmo personagens como o Deadpool, o Batman e algumas versões do Shadow.
  • Edgy LDL: Aquele tipo de edgy que é vergonhoso, justamente porque quem pratica essa variação edgy são aqueles que acham que tão arrasando com algum estilo mais "marginal" (assim como edgy significa por estar na borda ou margem da sociedade) mas acaba saindo muito ruim, como o jogo Hatred (um jogo polonês em que o protagonista é um assassino cruel e sua meta é matar todo mundo, e esse jogo é bem pesado e até mesmo sem propósito), Jack (uma HQ furry sobre morte, anjos e demônios que trata muitos assuntos violentos de forma muito bizarra, esse vídeo pode resumir melhor), o Monark do Flow Podcast e Monark Talk, redpills e o Yanderedev.
Sobre Personagens (meus e dos outros)
Como vocês podem ver, tem mais exemplos LDL do que HDL de gente e conteúdo edgy, ainda mais atualmente, e o Yanderedev dá pra considerar ele edgy por causa justamente do fetiche dele por Yanderes (que hoje em dia eu odeio, não só por ser uma desculpa pra ter violência/gore e alguma waifu psicopata, mas por se conectar com o Yanderedev que coincidentemente também gosta de mulheres muito submissas e odeia mulheres com maior liberdade sexual ou meramente com independências) e de umas apologias nojentas que não irei falar por ter menos a ver com o assunto.
Mas voltando ao assunto, com o tempo deixei de adicionar ofensas raciais, de gênero e de sexualidade (mesmo que antes só existissem entre discussões dos personagens) nas minhas histórias, seja porque eticamente como leitor eu tenho que ser responsável com o contexto desse tipo de palavreado, ou porque obviamente é necessário uma variedade melhor de como os personagens podem chamar ou ofender uns aos outros, seja pra motivos de humor ou de tensão nessas cenas, além disso, um respeito pelos diferentes tipos de grupos dos meus personagens é necessário considerando como minha história é extremamente inclusiva e diversificada.
Tanto que atualmente, o que era pra ser apenas um MacGuffin inesperado pra aventuras novas em Projeto Dream, o Clube do Livro Larapink, se tornou um dos grupo mais participativos das temporadas atuais, assim como aos poucos teve uma participação de personagens negros, asiáticos e até inumanos e semihumanos na minha história, como os mutantes de Deming, que inicialmente era pra reutilizar umas ideias de humanos com poderes (diferentes dos elfos e eugenéticos) num contexto de uma sociedade desse tipo de super-humanos, e que com base numas coincidências eu criei essas referências ao autismo.
[Nem parece que esse desenho tem personagens com cabelo ou roupa diferente pra ficar mais colorido, magina]
Fora isso, como eu expliquei acima, eu busquei tratar os personagens da forma que precisassem, seja pela dignidade que merecem ou com um bom roteiro, antes eu citava "tratar como pessoas normais" (porque seja pra eu e vocês, ou entre os personagens, eles são mesmo normais), mas evitei falar desse jeito porque soava como se eles não fossem "normais" (mesmo os personagens de grupos reais), por isso eu comecei a mudar os termos e só falar sobre "tratar bem os personagens" (e os grupos que integram), e talvez eu ter me ocupado em aventuras mais "tradicionais" (em comparação com outras aventuras de Projeto Dream, que eram mais diversificadas entre os episódios e com mais personagens novos) justamente por ter feito muitos personagens e o que restava era desenvolver o que eu criei, mesmo que alguns tivessem que terminar (tanto que dá pra dizer que, entre as temporadas 17 e 18, dá pra chamar de Controle Populacional, por ter muitos dos personagens que eu criei antes morrendo, a maioria na saga do Pahapayar e do Ivan ou na Guerra da D.R.V.G., e mesmo tendo materiais como magias de ressurreição e Programa Fênix, como já tinha personagens de mais, era necessário que alguns não voltassem).

Personagens negros, femininas e LGBT+
Com o tempo teve realmente mais personagens negros com destaque (inclusive os meus favoritos disso foram os Irmãos Boltagon, a Meluisa e o Gohan Carlton), um número exageradamente maior de personagens femininas, e uma variedade de personagens gays, lésbicas, bissexuais e de algumas variações trans.
Sobre personagens negros é bem óbvio: Pela identidade visual e por traços culturais que adicionassem à personalidade de alguns personagens (muitos deles eu me baseei no Hip Hop, na comédia e nos esportes como o Basquete, que embora não sejam só das pessoas negras também tem os mais famosos sendo a maioria dessa etnia, tanto que Michael Boltagon é baseado em Michael Jordan e Michael Jackson, e Oprah Boltagon é baseada em Oprah Winfrey, e o sobrenome baseado em Usain Bolt) e também pelo carisma de alguns famosos (atores como Terry Crews, Marlon Wayans e Samuel L Jackson, cantores como Michael Jackson, 2Pac, Notorious B.I.G. e MC Sapão, ou esportistas como Michael Jordan, Mike Tyson e Usain Bolt) e personagens (como Afro Samurai, Muhammad Avdol, Killer Bee, Pantera Negra, Super Choque, Lanterna Verde John Steuard, o pai do Chris, Michael Kyle, etc.).
Já sobre as personagens femininas tem umas justificativas que eu tive que elaborar, inclusive com o tempo, mas atualmente já tão bem completas: A maioria delas é muito diversificada justamente pela diferença de gênero ser muito mínima perante a outros detalhes como fisionomia, moda e personalidade, e a sexualização eu comecei a adicionar nas minhas personagens adultas apenas por gostar dessa estética e por meu interesse por mulheres ser mais sexual e romântico, o que me leva a focar mais no corpo e na sexualidade dessas personagens, e como isso não é uma regra, até quando elas vestem roupas normais têm sua identidade (como a Isabella Dermurer), e considerando a beleza, força, coragem e inteligência das personagens, somado com as mulheres usarem roupas mais curtas com o tempo, essa sexualização serve como símbolo de empoderamento.
Mas falando na sexualização feminina, obviamente quando feito num bom contexto, ou numa obra com o público alvo associado ou se a mídia não depende só dela, ela pode ser até mesmo um forte adicional estético pras personagens, como em Stellar Blade, com a personagem Eve que, por mais que insistam que a personagem é "sem carisma" (só porque ela é menos expressiva e os gráficos são realistas, sendo que justamente pelo traço ser realista ela não vai ter rostos exagerados e o carisma não se limita a apenas expressividade facial, mas também a beleza, a forma que os personagens falam - apesar que não pareça ser algo de destaque dela dela - e beleza) ou "vazia" (só porque o jogo é muito pornográfico e a história não soe destacar muito, mas muito jogo que tende a focar muito em "história" acaba sendo esquecível por ter pouca identidade ou até mesmo pouca gameplay e jogabilidade), sendo que, além de outros jogos que tentaram ter uma "história" como a militância tanto fala falharem miseravelmente (como a franquia Far Cry, que praticamente tá morrendo por repetir demais o estilo de história "revolucionário" que existe desde o Far Cry 3), o John Carmack (um dos desenvolvedores de Doom) uma vez recusou uma bíblia que contaria toda a história de Doom (sendo mais específico, alguns jogos tinha "bíblias", que incluíam além do manual algumas histórias que o jogo tem/teria, e a tal bíblia do jogo tava enorme) e dessa história ficou tão conhecida a frase:
"História num videogame é como história num filme pornô: É esperado que tenha mas não é tão importante"
Já que o foco era justamente criar um jogo, mesmo que compacto, ainda com uma jogabilidade rápida e dinâmica e com gráficos muito avançados pra época em som e imagem (por isso o Doom rota em tudo), e criar um livro inteiro pra contar uma história tão complexa iria atrapalhar a concentração no jogo em si (e talvez por isso jogos com mistério ou com história muito implícita são tão bons, porque os detalhes maiores das histórias deles só são revelados quando se analisa com atenção ou quando liga os pontos disponíveis ao jogar).
Por isso (calma que o que eu vou falar nesse e no próximo parágrafo se conectam) os jogos "woke" (falando assim pelo modo de dizer da palavra) acabam praticamente morrendo muito rápido, porque o foco deles em tanto criar alguma história complicada quanto em criar personagens tão diversificados, esses jogos (e até filmes e séries) falham e até entram em falência por se perderem nas suas pregações e, em vez de serem convincentes ou terem esse lado de entreterem o máximo de gente possível, e por isso se tornam ruins por serem irritantes.
Usando de exemplo o Concord, que já é unânime que é uma merda, sendo tão ruim que faliu em 11 dias com um pico abaixo de 700 jogadores e a empresa autora (Firewalk) fechou após a falência do jogo, o mesmo até tentou apelar pra ser "disruptivo ou subversivo", mas os defeitos fatais são:
  1. Os designs são horríveis (nessa foto acima, tem uma concept art muito bem-desenhada recusada do lado esquerdo e o design final da Emari no lado direito parecendo o boneco da Mechelin)
  2. A ideia deles era contraditória (o jogo era pra ser um Hero Shooter realista, sendo que Hero Shooter é feito pra, como o nome disse, parecer que é composto por heróis, seja pela ação e classes mais caricadas como Team Fortress 2 ou um jogo que mistura armas, habilidades e ficção científica como Overwatch e Paladins, além da ideia de ser "realista" deixou o jogo muito morto)
  3. Como eu disse, o foco excessivo em tentar militar pelos grupos minoritários e falhar em ser sequer um jogo (o jogo era tão desbalanceado e sem desafio que jogadores platinarem o jogo quando ele tava no ar, e a falta de beleza e identidade do jogo já não atraiu ninguém), sendo que as pessoas interessadas na militância nem ao menos gostam de videogames (o que pra quem tá a mais tempo falando de jogos, como eu, já nem é de hoje até ouvir gente falando que a Nintendo era "machista" só pelo clichê da Princesa Peach em apuros na franquia do Mario, ignorando os momentos de empoderamento dela, ou o empoderamento total de personagens como Samus e Zelda).

LGBT's e minha sexualidade
Curiosamente eu demorei muito pra desenvolver personagens de grupos LGBT+, em parte por ter sido criado numa família conservadora (lembro até hoje de uma vez que quando eu contei pro meu pai sobre o casal de Isabella e Julie, o meu pai falou algo como "você não quer fazer um casal de homem e mulher pra manter a tradição?", o que obviamente recusei a ideia porque não fazia sentido e não tinha a menor ligação um casal lésbico de personagens e algo como "destruir a tradição", parece aquelas conspirações que o pessoal mais velho falava que a Disney planejava destruir as famílias tradicionais só porque algumas famílias de personagens não tinham mãe ou/nem pai), mas naturalmente eu tive ideias de casais "LG" como a Isabella e Julie, justamente por terem mais química que Isabella e Naej (que era pra ser uma ideia inicial, mas eu já tava desistindo dessa ideia quando a garota que usei de inspiração pra Isabella tava começando a me odiar, então mudar os casais já era o suficiente pra desassociar a Isabella daquela garota).
Falando nas personagens LGBT, e como eu também falei antes sobre o Clube do Livro Larapink, eu já estive planejando criar a Jane Scarlet Albakar como uma personagem lésbica, e às vezes eu criava pequenas histórias dela tendo alguma namorada diferente, as outras não tiveram muita participação porque eu não planejei grande coisa pra elas, e meio que ficou como se esses namoros da Jane fossem mesmo namoros curtos de adolescente, com exceção da Aline Suna, que eu criei com um melhor planejamento, inclusive pra se conectar ou conectar Jane às Larapink, e embora eu tenha muitos planos pra essa Aline, não vou dar spoiler porque eu ainda tô começando a melhorar a habilidade de cumprir minhas palavras.

Como eu desenvolvo meus personagens (num geral)
Só pra concluir mesmo, vou falar sobre uns padrões que uso, principalmente no tempo atual, pra criar os personagens de Projeto Dream.
  • Inspiração: Eu misturo inspirações (em momentos em que estou quando vou desenhar ou escrever o personagem) e referências (elementos de imagem, história e personalidade de diferentes bases antes de criar o personagem final) de diferentes lugares.
  • Design: O design é variado, o padrão geralmente em baseio no conceito do personagem junto do que as minhas histórias já têm a oferecer.
  • Poderes e Personalidade: Embora eu não limite os poderes a personalidade dos personagens, eu crio poderes pra serem uma identidade pros personagens tanto quanto a personalidade (identidade mental e rotineira) dos mesmos.
  • Camadas por Antítese: Eu crio os personagens com as primeiras camadas de personalidade e história que serão os estereótipos (no bom sentido, apenas a parte que será mais marcante) com as próximas subvertendo as anteriores (com momentos dos personagens tendo personalidade oposta ou inclinada longe da base original), com isso eu evito criar uma personalidade tão misturada ou vaga que soa que o personagem não tem uma, ao mesmo tempo que tão unilateral que se torne unidimensional/flanderizada.
  • Punchline: Meus personagens em sua maioria têm algumas características usadas como base pra punchline das piadas mais a ver com eles.
  • Expandir e Estender: Eu uso como ideia, não só pra novos personagens, mas pra história toda, a ideia de Expandir (criar ideias novas e diversificar o que posso oferecer na minha narração) e Estender (continuar, completar, implementar ou atualizar o que as ideias já colocadas também podem fazer ou ter).
  • Ironia da Vida: Muitas vezes alguns personagens começam em algum ponto da narração que faz parte deles, e conforme eu vou desenvolvendo, pode variar desde os desafios e problemas sendo vencidos a até mesmo o personagem se tornando o que ele aparentava sendo contra.
Bem, a primeira publicação desse ano foi bem mais simples que parece, e espero vocês no outro blog.

Até mais!