Blog do dia

Filhos do Sol em outras realidades

20 de jun. de 2024

Coisas Específicas, Monstros e Horror

Esse vai ser um outro blog em que eu vou metralhar vocês com curiosidades bestas sobre cultura e espécies ao redor do mundo porque, além d'eu ter foco nesses assuntos, também faltava algumas coisas pra eu falar já que não tava cabendo.

Primeiro vou falar sobre um esporte bem específico e que é bastante jogado na América do Norte mas aqui no Brasil você talvez só tenha ouvido falar em aulas de educação física, que é o Lacrosse, é um esporte que funciona de forma similar ao Hóquei, mas em vez de um disco é uma bolinha, e em vez de tacos é usada uma rede chamada de Crosser, e as arenas, como são em terra com grama, não se diferem de campos de futebol normal. Esse esporte é mais conhecido no Norte por causa dos nativos dessas terras que jogavam, e que isso foi herdado com o tempo nos EUA e Canadá. Só pra terem noção do quanto o esporte mudou, os nativos jogavam em campos de centenas de metros a quilômetros só de comprimento (se pá por isso o Sandman em JJBA SBR é tão rápido, o cara era craque em Lacrosse). E pra terminar, "Lacrosse" vem de "La Crosse", um tipo de bastão usado por bispos, mas que depois de um tempo se tornou o nome da rede e desse esporte, mas há nomes alternativos como "Baggataway" e "Tewaarathon", que combinavam palavras nativas e inglesas.

Outro esporte interessante, mas dessa vez menos conhecido e que é praticado na Europa, especificamente nas Ilhas Canárias - que curiosamente, esse nome é baseado nos Cães-Canários, uma cruza espanhola de cachorros -, que é o Salto do Pastor, que por sua vez tem esse nome baseado numa prática que pastores de cabras tinham que aprender pra poder guiar cabras em terrenos tão irregulares e íngremes, mas depois de um tempo, os pastores foram precisando cada vez menos guiar as cabras a pé, e a prática foi reutilizada como uma prática esportiva canária.
Acho bem bonitinhos cachorros grandes, e sobre o que ilustrar sobre esse tal Salto do Pastor foi meio difícil pra eu selecionar as fotos, mas escolhi essa pela vibe de print de filme do Michael Bay ou do Zack Snyder. Outra curiosidade que dá pra falar também, aproveitando que falei sobre América do Norte e cachorros, é o Cachorro Quente, especificamente porque, embora tenha sido um sanduíche inventado por alemães, e popularizado dos séculos XIX a XX por causa de imigrantes que sabiam dessa receita, o nome exato tem algo mais a ver com os Estados Unidos, e eu já achei umas três versões disso, claramente porque teorias foram criadas, afinal, quem ia se importar naquela época de saber como o nome mudou/surgiu? Enfim, as teorias eram:
  • Em uma, o cachorro-quente antes era "Dachshund", ou "Hot Dachshund", mas depois de um tempo, vendedores de cachorros-quentes em estádios (que nem você vê aos montes em sitcons e desenhos) chamavam de "Hot Dog" porque era mais rápido e fácil de falar.
  • Em outra, havia rumores no século XIX de que o cachorro-quente era feito de carne de cachorro, o que não faz sentido, há muita piada de pastel de frango no Brasil e nem por isso chamamos de "pastel de pombo" ou "pombel".
  • Na terceira, é que o cartunista Tad Dorgan fez uma charge humorística de um cachorro-salsicha (ou Dachshund) como se fosse literalmente (não só um comparativo) um cachorro-salsicha.
Falando em pastel, o pastel pode ter duas origens, igualmente a ver sobre imigrantes asiáticos: Uma é chinesa, com os Rolinhos-Primavera, que na China esses são um tipo de pão recheado com vegetais, queijo, e a carne que, no Brasil, ficou mais popular, aí pode ter inspirado o pastel quadrado/retangular; Já a segunda é japonesa, em que imigrantes do Japão, seja refugiados ou disfarçados depois da Segunda Guerra, que faziam Guiozas, uma guloseima também à base de massa e também com recheios variáveis, esse é a base do pastel redondo ou em forma de meia-lua.
Aí algo legal que o Japão trouxe pro Brasil além de mangás, Karatê, Jiu-Jitsu e Judo (duas dessas artes marciais são melhor dominadas pelos brasileiros, mas tiveram origens japonesas).

Agora um assunto bem fora desses assuntos de curiosidades do mundo, e mais a ver com uma experiência pessoal, que é de um desafio que tive que fazer numa aula de 2 de Maio desse ano, em que a professora estava ensinando a diferença entre empatia e simpatia:
  1. Empatia: Sentir as emoções e sensações do próximo.
  2. Simpatia: Simplesmente gostar ou apresentar boas opiniões sobre o próximo.
  3. Por sua vez, gostar de algo ou alguém nem sempre quer dizer que a pessoa entende.
Aí o desafio em específico era de ir à sala do TI da faculdade, pedir o papel pra sala e levar pra sala de aula. No meu caso foi pra ir de cadeira-de-rodas (curiosamente a professora me selecionou pra essa situação porque julgou que eu era bem forte) pra sala, e voltar com a mesma, e a subida era muito difícil porque demorei pra entender que não era pra eu rodar as rodas da cadeira, e sim um suporte que tem junto das rodas, que era mais leve e menos doloroso (e mais limpo também, de tanto girar a roda pelo pneu minha mão ficou preta de tão suja), mas depois de lavar a mão e usar a cadeira de rodas o desafio saiu certinho. Curiosamente a cadeira não caber na porta do TI a professora até usou de exemplo pra explicar uma das dificuldades que um cadeirante pode ter.

Ok, voltando às curiosidades mundiais. Eu vou usar como base um desenho que eu fiz que era tunando uns designs de Supernatural que eu achei ridículos, e usarei a auto-análise dos desenhos como base pra falar sobre algumas das criaturas. O que quer que eu já tenha falado antes eu vou só explicar o porquê dos redesigns.
  • Vampiro: Eu adicionei as presas mais expostas (tipo a Porfiria, mas com dentes afiados), unhas pontudas e um cabelo claro, que se esse desenho fosse colorido eu adicionaria vermelho ou branco (ambos cabelos relacionados a vampiros.
  • Lobisomem: Eu só criei a transformação mais lupina, porque eu achava até mesmo ofensivo pra caracterização dos lobisomens de Supernatural a transformação deles serem apenas "humanos feios", algo tipo o Dentes-de-Sabre. "Ah, mas não ia ter dinheiro pra CGI", vocês já ouviram falar de maquiagem e figurino? Ou pra fã de Supernatural efeito prático é coisa das cavernas?
  • Metamorfo: Eu separei a forma humana como parte do poder dele, de se passar por humanos e trocar de peles pra mudar a forma, de uma forma monstruosa (baseada em Analog Horrors) que seria a forma sem pele. Metamorfos (Shapeshifters) pelo que entendi são baseados em Doppelgangers, um tipo de entidade maligna que se passaria pela pessoa que representa, e que se a pessoa de verdade encontrá-la, ela morre ou é amaldiçoada.
  • Fúria: Achei de boa o detalhe de serem monstros humanos com lâminas ósseas, mas pra deixar mais estranho, só precisei desenhar com os olhos pretos. Fúria pode se referir tanto a um tipo de fantasma puto após a morte, como também tem em World of Darkness, quanto à versão romana das Erínias, que são entidades que punem vingativos (Alecto), infiéis (Megera; inclusive daí a origem do nome "megera" pra definir mulheres com muito rancor e ciúme) e assassinos (Tisífone), então sim, os olhos pretos ainda têm um simbolismo de vazio e ódio.
  • Vetala: Pelo que eu vi é tipo um vampiro-dragão da mitologia hindu, que pode ser tanto espíritos que possuem corpos quanto os próprios corpos ressuscitados em forma de monstro, o que ocorreria, segundo a lenda, se não houver um funeral digno pra pessoa. Eu adicionei partes de cobra mais aparentes que o que tinha em Supernatural (de novo, na série os monstros só parecem pessoas feias ou que ficam feias quando tão mais fortes) e um tipo de pinta na testa, baseada no Bindi, um símbolo comum em mulheres casadas, um pontinho vermelho feito de um pó de açafrão chamado Kum Kum. O vestido eu tentei me basear na moda indiana mas saiu muito simples.
  • Castiel: O anjo co-protagonista da série, e só pra dar mais detalhes de anjo, mas ainda mantendo a parte simples, eu só adicionei asas com adornos e um sigilo na camisa, considerando que sigilos são os símbolos usados pra evocar anjos, gênios ou demônios.
  • Wendigo: Pode parecer que eu me baseei em Analog Horror de novo, mas na verdade o jeito do rosto eu me baseei em algumas ilustrações do Slender Man, e junto adicionei os chifres de alce. Wendigo é um monstro do folclore nativo-americano, das tribos algonquinas, geralmente descrito como um monstro meio alce e meio humano, que só se alimenta de carne humana.
  • Skinwalker: Achei sem graça esse monstro no Supernatural ser só humanos transformados em cachorros, afinal, na mitologia Navajo original, Skinwalkers eram bruxas malignas que extraíam poder dos animais dos quais vestiam sua pele, o que com o tempo foi interpretado como um poder de mudar de forma, como naqueles vídeos do Youtube e Tik Tok sobre animais andando de forma bípede, como vídeos estranhos de ursos andando em pé ou esses vídeos de um cachorro de três patas andando em pé que me deram arrepios, que eu vi a partir do Knuppy, o que me fez adicionar apenas o fato de que o Skinwalker "melhorado" do diagrama pode andar em pé, o que numa série com foco em terror de monstros ficaria bem medonho com a ambientação certa.
  • Ōkami: Vindo de Inari Ōkami, um kami japonês das raposas, do arroz e da fertilidade, que tem como avatar uma raposa branca, e eu achei desrespeitoso uma entidade tão foda da mitologia Tao japonesa ser só um monstro genérico em forma de mulher feia. Por isso adicionei detalhes tipo uma Kemonomimi (algo como uma personagem metade furry e metade humana), com olhos grandes, cabelo humano, um corpo esguio e mais leve que o do lobisomem transformado, e sem cauda, o que inclusive me levou a adicionar a cauda no lobisomem do redesign pra ficar ainda menos repetitivo.
  • Gênio: Não tive muito do que adicionar nos Djinn porque eles já têm um design muito incrível, então eu só fiz ele musculoso. Os Djinn mais legais são os com maior porte físico, mesmo se for músculo ou gordura. O poder dos Djinn na mitologia árabe é a de tanto serem fortes pra serviços manuais quanto controlar magia pra criar recursos pra seus chefes, e eles são na mitologia árabe o que os anjos são pros abraâmicos e o que os daemons são pra gregos e romanos, ou talvez o que os elfos são pros nórdicos e as fadas são pros celtas, mas acho que tô indo muito longe, e o poder de realizar desejo vem do livro de Aladdin nas Mil e Uma Noites, embora que no livro tenha dois gênios (um mais fraco pra serviços manuais e um mais forte que realizava desejos, mas eram desejos infinitos), o Gênio do filme da Disney podia realizar só três desejos, o que pra falar a verdade foi um nerf interessante e até teve um impacto no conceito de Djinns (tô especificando que são Djinns porque há mais categorias de Gênios, como os Ifrits - gênios demoníacos de fogo, sendo o líder deles o Iblis, uma contraparte islâmica de Lúcifer - e Ghouls - gênios malignos que se alimentam de carne humana e que inspirou o conceito de Tokyo Ghoul). Os Djinn de Supernatural não controlam a realidade pelo que eu saiba, mas seria interessante haver algo como contratos/pactos (realizar desejos com um custo).
  • Dragão: Eu desenhei eles de forma bem animal e similar ao dragão medieval, afinal, além de desrespeitoso que nem fizeram com a Ōkami, também é um roteiro preguiçoso pior que o que teve no filme do Flash que teve ano passado, porque usaram a ideia dos dragões mudarem de forma como desculpa pra eles terem forma humana, o que pra mim é pros dragões de Supernatural o que a pele que brilha no sol é pros vampiros de Crepúsculo. Fiz um design com e sem asas, pra indicar que o máximo que teriam como poder de mudar de forma é o pra criar e retrair asas, e se desse pra adicionar mais coisas, daria pra desde fazer o mesmo com as garras (assim como leões e tigres, que são ambos base pras patas de dragão de várias histórias) ou mudar de cor (assim como os camaleões, aproveitando que dragões são baseados em répteis)
[Curiosidade louca: Dragões-de-Komodo já foram considerados uma lenda por muito tempo, sempre descritos como "feras similares a dragões" que habitavam a ilha de Komodo, na Indonésia, até o animal começar a ser catalogado em 1910, esse animal raramente ataca humanos, embora seja bem venenoso]
  • Fênix: Eu mantive o design humano por um motivo experimental que era de testar a forma humana ainda com um estilo de Fênix: Extravagante, elegante, com tema aviário, como ilustrei no Olho de Horus no rosto (assim como a Fênix grega é tanto baseada na Benu da mitologia egípcia quanto uma entidade egípcia por si só), e se esse desenho fosse colorido, eu iria encher de cores, com um terno arco-íris como eu já fiz pro Turbalani e a Luna Pleine em Projeto Dream, a capa amarela e azul como a cauda de pavão, e um cabelo ruivo similar a um padrão de fogo. De quebra vou falar do Elias Flinch (uma fênix cowboy do passado) já aqui: Eu já gostei do estilo dele no original, então só adaptei pro redesign das Fênixes do diagrama.
  • Caim: Eu só adicionei um terno a ele, mas sobre a faca, eu fiz como uma faca asteca com lâmina de obsidiana, pra adicionar simbolismos da própria obsidiana, já que por ser um mineral vulcânico, é associado ao fogo, um elemento considerado primordial pra natureza e pra humanidade, diferente do design vazio como uma faca de prata que aparece na série, ou uma faca de mandíbula como é normalmente reconstruída. Obsidiana é um tipo de pedra especial, enquanto Caim é sempre descrito como alguém que matou Abel com uma pedra, tanto que na mesma Bíblia diz que Caim morreu com uma pedra caindo sobre ele, como se o que ele tivesse feito virasse contra ele.
  • Leviatã: Eu misturei várias coisas pra forma verdadeira desse ser, como lesmas (considerando que Leviatãs perdem força quando materiais alcalinos caem na pele deles) e polvos (baseado numa citação de que o Cthulhu é um ou tem a ver com Leviatãs), e mesmo que não pareça assustador no meu traço, ia ser muito maneiro se fosse feito um figurino disso, ou fizessem num traço mais sério e dark.
  • Jefferson Starship: São os monstros de elite criados por Eva pra deter os Winchester, fundindo vampiros e fúrias, nesse caso eu adicionei, além das presas, unhas e orelhas dos vampiros e as lâminas e olhos das fúrias, também asas de morcego e focinho, como se os detalhes dos dois monstros ficassem mais intensos, além de lembrar asas de dragão e cara de lobisomem.
[Não culpando a produção da CW, mas hoje em dia eu acho mais engraçado que assustador esse design de humano com a boca no lugar do rosto, lembra o Teethineer do Badwater Videos 2009, Monstros S.A tinha razão, tá cada vez mais difícil assustar as pessoas, e Universidade Monstros também, depois que a gente cresce a gente perde um monte de medo]

"Ah, mas o que é assustador de verdade pra você, Jean?"
Distorções da forma humana, ainda mais quando mistura muito detalhes escuros e sombrios com contraste de cores elevado, e esse contraste de design muito simples mas os poucos detalhes são muito destacados. Esse lance da entidade na foto olhar tão diretamente pra tela aumenta o fator horror, é bem desconfortável ficar olhando olho no olho, o que é mais comum em autistas no caso de humanos, mas em animais é quase uma regra eles não se olharem nos olhos, é como um sinal de desafio.
O body horror não precisa de gore ou violência, muita distorção física pode ser até melhor, como ocorre muito quando as entidades nas obras do Boisvert_ e aqueles poderes de braços gigantes.
Não só a simplicidade em contraste com o valor dos detalhes, e o uso de cores escuras e sem saturação, mas esse aspecto abstrato, parecendo entidades etéreas e invulneráveis, ou intangíveis. A Nictofobia (medo do escuro) é bem comum e até mesmo associada ao próprio medo do desconhecido e a monstros, o que dá a impressão de que esses seres se aproveitassem do próprio ambiente que se alojam, seja se escondendo em móveis ou em áreas pouco iluminadas.
Espaços Liminares: Fotos de lugares transitórios (assim como a liminaridade representa situações intermediárias), que você não vai tar lá por muito tempo, como salas de espera, salas de aula ou de escritório, banheiros e instalações como escolas, armazéns e supermercados, ou até mesmo ruas, porém, além de inabitados (o que deixa estranho por serem lugares de criação humana), adicionados com elementos que adicionem desconforto, como má qualidade, elementos fóbicos como escuridão, ou abstratos como olhos de frente pra tela e colagens, ou em casos raros algumas entidades, de preferência que sejam como o que eu falei: Claramente distorcidos ou então algo que pareçam, além de monstros fortes, algo que não dê pra vencer, no máximo fugir, por um motivo que completa alguns desses tópicos que eu citei. Conseguem ser assustadores na medida certa, eles dão uma ambientação boa pro horror e não dependem de chocar o expectador.
Mais sobre Body Horror: Como dito antes, não é necessário usar gore pra fazer "terror", afinal, gore não é exatamente assustador, é mais nojento e chocante, o que mais dá medo no gore, por ser desconfortável, é o fato de que alguém morreu ou se feriu muito gravemente, e o problema disso é a insensibilidade das pessoas que gostam desse tipo de situação. Body Horror é sempre o horror pela distorção corporal, como eu mostrei pelas entidades esticadas, abstratas ou vagamente humanas, no caso de monstros, a distorção de humanos ou animais acaba deixando eles medonhos, como o Seth (foto acima), do Uncanny Project da Molly Brown, conhecida como "Deadlymelodic".
Vilões bem-feitos: Algo que deixa os vilões gostáveis em qualquer história é se tem motivos pra sentir motivos negativos, seja medo, raiva ou dúvida (terceira opção se você souber criar motivações solidamente definidas sem necessariamente passar pano pro personagem), e um vilão que me dava medo na infância era o Doutor Octopus no Homem-Aranha 2 de 2004 (esse filme é uns 4 meses mais novo que eu e isso é... interessante), que não me dava medo só porque ele era bem maligno ou tinha um plano muito perigoso, mas também pelo que é construído no filme, como os tentáculos dele que são pesados e me davam na época a sensação de que, se ele apertasse, mesmo com pouca força, o Homem-Aranha, ele seria esmagado por aquilo, ou o chip inibidor perdendo controle dos tentáculos (o que também deixa triste pelo fato do personagem estar fazendo aquilo irracionalmente, corrompido), ou o Octopus ter colocado tanta gente em risco e, diferente do Venom que só enfrentou os heróis, e o Duende Verde que matava direto as pessoas, esse usava as pessoas como um tipo de arma, as colocando em perigo pra chantagear o Homem-Aranha, o colocando num dilema entre salvar as pessoas ou deter o Octopus, como a lendária cena do trem.

Mas falando um resumo melhor, há uma trindade que define melhor o que pode, não só me assustar, mas assustar qualquer um: O mistério, o desconforto e a sensação de ser real são muito importantes pra criar um terror bem-feito. É sempre importante induzir o medo do desconhecido e a curiosidade pra procurar a razão do próprio medo, criar uma ambientação ou suspense, indicando pouca segurança perante à fonte do medo, e deixar a produção imersiva, seja criando um realismo pra dar a ideia de que a entidade ou a ambientação possa existir, ou se não for uma produção em imagens (em textos ou em áudio), controlar bem o que tá narrando, descrevendo e tematizando, pra dar uma sensação enervante e paranoica, o terror literal, composto por monstros e gritos, é insuficiente quando não tem terror psicológico, o medo que entra diretamente na cabeça humana.

Nem eu esperava que terminasse com um tipo de tutorial de como criar produções de terror, mas é isso aí, às vezes só basta deixar as coisas acontecerem normalmente.

Até mais!