[Depois do sucesso do conto de Pinóquio e Branca de Neve, eu resolvi fazer esse da Cinderella e planejo pelo menos um da Bela e a Fera, fora isso, nada a declarar além disso, e garanto que também será bom mesmo que seja mais curto]
Era uma vez, no Norte da França, uma bela jovem gentil chamada Ella Blucoeur, porém, cujos pais foram mortos misteriosamente, e a amante do próprio pai, chamada Amélie Durand, junta com suas filhas bastardas, resolvem tomar conta da casa da agora órfã Ella, e por um tempo, parecia seguir normalmente, porém, Ella começou a limpar bem mais a casa para a sua família nova quando voltava da sua escola, e embora a irmã Iana Durand desprezava a Ella e até sujava mais ainda a casa, andando de sapatos sujos no chão recém-lavado, fingindo limpar enquanto esconde poeira debaixo dos tapetes caros de herança da mãe da Ella, ou deixando migalhas do que comia para que aparecessem ratos que se escondiam nas paredes, a outra irmã, Selene, ajudava o máximo que podia, embora ainda tivesse medo dos ratos e mal conseguia lidar com as poeiras, a madrasta só fingia que nada estava acontecendo, porém, terá um baile durante a noite seguinte, que terá uma bela Lua de Colheita.
Mas, dos vestidos que tinha, mesmo tendo dois vestidos, tinha quatro mulheres na casa, e a Amélie, pensando no que fazer, até pede ajuda pra Ella escolher quais usarão, e Ella, se importando com as irmãs novas, dá os vestidos pras duas, e diz pra elas poderem ir, a madrasta Amélie achava estranho, mas aceitava, e elas três, com Amélie tendo seu próprio vestido, ia com as irmãs naquela noite, enquanto Ella limpava a casa, e só tinha os ratos para com quem conversar, no entanto, das cinzas grossas, antes cinzentas da madeira queimada da lareira, agora amarelas como girassóis de verão, se levantava uma fada de cabelos, roupas e asas amarelas, que dizia a Ella que foi madrinha da mãe dela, e podia resolver aquilo, e pedia para ela e os ratos saírem da casa para a magia acontecer, e com um canto de palavras mágicas que só a fada entendia, a maior abóbora do campo virava uma carruagem, um casal de esquilos vira um cavalo e uma égua, alguns dos ratos ganham formas humanas para acompanhar e servir à Ella na viagem, a casa já estava limpa, com cada poeira e cinzas sendo acumulada sobre as mãos da fada que, enquanto a roupa velha dela virava um vestido de gala azul como safira, a fada com a própria força transformava aquele pó em diamante, e depois remodelava em sapatilhas que encaixavam perfeitamente nos pés da Cinderella, era encantador.Porém, a Fada Madrinha não terá muito tempo, pois ela terá que ir embora à Meia Noite, junto com sua magia, como no casamento da mãe dela, e então, Ella, com pseudônimo Cinderella para o baile, vai ao baile com aquela carruagem, com seus companheiros meio ratos, guiada pelo casal de cavalos, e então, Cinderella ganha a oportunidade de dançar com o Freudrich, um filho do rei que começou aquele baile, e que estava indeciso com quem dançar pois, entre as feias, tinha Iana e Selene, e entre as bonitas, todas pareciam iguais demais, e parecia que ele já dançou com todas mas não teve interesse suficiente, e então, Cinderella e Freudrich dançam alegremente, a Iana estava brava, a Selene estava feliz, e Amélie não entendia, mas nem a Cinderella teve muito tempo, e dizia que tinha que ir embora, com ela e seus companheiros animais tendo que ir embora antes que tudo se desfizesse, o vestido voltava a ser um vestido vagabundo de faxineira, a carruagem se desintegrava em uma abóbora rachada, e o rato cocheiro e o rato bagageiro jogam Cinderella para se segurar nos cavalos, mas enquanto os servos voltavam a serem ratos, os cavalos voltavam a serem esquilos, e Cinderella, apressada, volta pra casa, deixando os sapatos para trás, que saíram dos pés devido ao acidente.
Os sapatos não eram transmutações, mas remodelações, do diamante que a Fada Madrinha coletou sem uma magia prévia, tal qual a carruagem de abóbora, e por isso se mantiveram, e a Amélie e suas filhas, sem entender, acharam os sapatos depois de restos da abóbora, achavam que a tal princesa havia morrido, e levaram os sapatos embora. Iana tentou calçar, mas eram apertados demais e espetavam suas unhas recentemente encravadas, e Selene caçou também, mas eram grandes demais, até se soltavam fácil, restou Cinderella, que calçou e, com medo de alguma repressão, contou como foi, a madrasta Amélie, curiosa com aquilo, a diz uma coisa.
"Mas por que fugiu?"
"Como eu disse, eram mágicos, mas também condicionados a desaparecerem à Meia Noite, nem sei como eles continuam intactos"
"Bem, talvez seja um sinal?"
"Mas que sinal?"
"Cinderella, o príncipe gostou de você, não só por ser bonita, mas por se destacar entre as demais, se você quer mudar de vida, basta pedi-lo em casamento"
Cinderella, entendendo da madrasta, tira um tempo criando um vestido novo, levemente parecido com o que usou na última noite, porém, o vestido saiu levemente feio, desarrumado, até do tamanho errado, mas arrumando e recosturando, ela foi corrigindo o vestido, não era nem um pouco perto da perfeição daquela noite, mas devia ser útil, e com o vestido e os sapatos, ela veio ao castelo onde estava Freudrich, e pediu ele em casamento. A madrasta Amélie foi a madrinha e a Selene foi a dama de honra, e Iana, vendo que perdeu muita coisa, buscou se desculpar com a Cinderella, e não sendo perdoada, ficou de castigo por um mês, a Selene pôde namorar um sapateiro da cidade, e a Iana continuou morando com a mãe e ajudando na casa, até namorar um carpinteiro que pôde ajudar ela a mudar de vida, mas Cinderella e Freudrich viveram felizes do jeito que estavam.
Fim!