Blog do dia

Filhos do Sol em outras realidades

3 de fev. de 2024

Covil das Creepypastas: Jeff

[Posso ter deixado de fazer as histórias menores daqui por causa do Projeto Dream, e ficado um tempo usando esse blog como um tipo de diário, mas eu tive umas ideias que não saíam da cabeça]
[Serão 2 Creepypastas que irei reescrever por não gostar delas, seja as originais, ou o conteúdo fan made que veio depois, terá uma terceira que é exceção à regra, mas quando chegar nela, eu explicarei melhor]

> Capítulo 1: A chegada de Jeff.
 Jeffrey Weston era um adolescente inconsequente, triste e introvertido, porém, quando tinha certos surtos, ele era muito agressivo e não tinha filtros, e era difícil para seus pais cuidarem, e seu irmão tinha medo de ficar perto dele, embora fosse o único da casa que Jeffrey parecia no mínimo se importar. Saindo do Colorado, a família Weston se alojou numa cidade no interior de Wyoming, e diferente de onde eles moravam inicialmente, lá em Wyoming era um lugar seco e muito nublado, e pelo inverno, estava nevando muito, e Jeffrey, com seus problemas de saúde, engripava fácil.
 Passam-se uns dias, e Jeffrey, no novo colegial em que estudava, era ridicularizado e humilhado, porém, explosivo como sempre, Jeffrey pulava, arranhava e mordia os valentões, pra alguns, ele parecia um herói, para outros, o diabo na Terra, afinal, se até quem dava medo nos alunos tinha medo do J. Weston, imagina como era para nerds, patricinhas, atletas e esquisitões das salas. Um psicólogo foi contratado para investigar como poderiam acalmar o Jeffrey, ou ao menos saber por que ele era tão problemático.
 Porém, nesse meio tempo, os valentões conseguiram isolar Jeffrey em um beco, sabendo que ele ia entre a casa e a escola a pé, eles o nocautearam e, inconsciente, o maquiaram como um palhaço com tintas velhas, tóxicas e tão ardentes na pele humana que fizeram Jeffrey acordar só com a dor.

> Capítulo 2: O laudo.
 O psicólogo entrou em contato com a família Weston, e ele descobriu alguns transtornos que Jeffrey passara, que envolviam, segundo o psicólogo, um transtorno autista, podia não ser a fonte daqueles surtos, mas se os pais de Jeffrey soubessem, eles poderiam ter tratado a tempo, e prevenir parte dos problemas. Todo o ódio que Jeffrey passava por aqueles caras de 30 a 50% mais altos que ele estava se transformando em medo, enquanto os mesmos não foram descobertos, foi tão rápido pro Jeffrey que ele nem tinha tempo de saber eram as mesmas pessoas que ele agrediu anteriormente, e uma paranoia crescia em seus olhos, assim como a dor na pele, e a tremedeira em suas mãos, abanando como asas de um pássaro que tentava voar sem sucesso.

 Mesmo com a tinta saindo pelo suor ou até mesmo passando sabão com água no rosto, era como se Jeffrey quisesse parecer com aquela sujeira, um palhaço triste, desesperado para que riam das suas piadas, e não da sua cara.

> Capítulo 3: Inútil.
 Jeff estava desistindo daquilo tudo, ele não estava indo bem nas notas, nenhum medicamento conseguia o acalmar, e ele nunca teve amigos, e mesmo seu irmão não tendo mais medo, isso não poderia consertar, Jeff estava quebrado. Jeff às vezes passava maquiagem da mãe pra retornar aquela maquiagem de palhaço, com rosto branco, boca vermelha e um azul ao redor de cada olho, podia ser idiotice replicar o que fizeram de ruim com a cara dele, mas ele associou aquele dano a uma espécie de renovação, porém, aquela descoberta do psicólogo não parecia ter ajudado os Weston a resolverem o problema do Jeff, mas sim ter dado um álibi a Jeff para ele não mudar, ele vivia no mesmo mundo branco e sem vida que ele tinha desde o Colorado.
 E então, o vermelho da sua boca naquela noite não era mais batom, era sangue.
 Jeff cortou as pontas da sua boca, e ele, então, com a mesma faca de cozinha afiada, abatia seu pai, e depois a sua mãe, ambos muito antes do pai acordar, ou da mãe reagir depois do susto, o seu irmão, Kyle Weston, ia ao quarto dos pais ouvir o que aconteceu, e Jeff só dizia...
"Vá dormir!"
 E Jeff, na sombra do quarto não iluminado, desaparecia, e Kyle só podia ver pegadas de tênis sujas de sangue, e o que parecia o braço do pai, sobre o lençol antes branco, e agora vermelho.

Fim?