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Homem-Aranha: O Herói de Todos os Públicos

24 de mai. de 2025

Necronomicon, Flamingos Rosa e G-Man

Há quanto tempo! Praticamente um mês sem mexer nesse blog, que eu uso geralmente como um tipo de diário pra anotações minhas, porque de histórias ficcionais eu tô com foco total em Projeto Dream, e o episódio mais recente vou deixar um link: Clique aqui <

Falando em Projeto Dream, a saga mais recente tem algumas inspirações em HP Lovecraft, com um pouco de DC Comics (especificamente DC vs Vampires, que lembra um pouco Zumbis Marvel, porém em vez de personagens da Marvel num apocalipse zumbi, são personagens da DC num apocalipse de vampiros), Half-Life e Portal (que aliás, eu tive esse hiperfoco bem recentemente, porque tavam falando o suficiente de Half Life 3 pra eu voltar a ver sobre a franquia), e um pouco de Alien vs Predador (não coincidentemente a ver com as artes de HR Giger).

Daatobek é o livro maligno do Projeto Dream e um MacGuffin mais atual, em que o Zaraad al Metri consegue esse livro e o usa como fonte de seu poder e dos monstros, alguns ligados à Poora (uma deusa maligna e do sangue, inspirada no Yaldabaoth de SCP Foundation, numa época que os deuses dessas webhistórias eram algo underground), outros à Umbra da Depressão (que, por enquanto, só está sendo citada e é uma fonte de alguns dos seres e também algo sob acesso desse livro). O nome é uma mistura de Duat (reino dos mortos), Maat (deusa da justiça e cuja pena é usada pra medir o peso da alma dos mortos) e Sobek (deus da água, do Nilo e dos crocodilos), tudo da mitologia egípcia, e tive ideias de premissas iniciais em que esse livro seria uma mistura do Necronomicon com uma metáfora a vício em pornografia.
Zaraad é um bruxo árabe, e a Arábia é um lugar extremamente autoritário e com regras rígidas demais, desde reprimir a estética e atividade das mulheres a decapitar homens só por serem gays ou acusados de serem gays, o que se completa com um livro de conhecimento proibido no Oriente Médio. A pirocinese representa a raiva, a hidrocinese representa a masturbação, e as invocações de diferentes tipos podem representar fetiches, assim como as raças mais associadas a esse livro são vampiros, um tipo de criatura, ainda que selvagem, ainda ligada ao sangue que pode representar tanto a violência quanto os desejos dependentes do corpo.
Isso também se completa com o que eu digo sobre o simbolismo da sexualização e encorpamento das minhas personagens, que tem a ver com a liberdade de vestimenta delas e a valorização do corpo e beleza natural, seja interna ou externa, assim como elas têm poderes naturalmente saindo delas, seja evolutivamente, modificadas ou com magia de Ego. O Marshall tem outro simbolismo que não daria pra associar como o mesmo, no máximo relacionado a ambos, sendo ele um personagem feito comicamente pra ser feio e esquecível, mas conforme desenvolvi e encerrei a vida de Summer (irmã dele), teve as horas dele brilhar, e mostrar que ele era mais que só um mutante feio e terrível, e que ele e a Bonnie se completam como almas gêmeas justamente por ambos terem jornadas difíceis por serem "bonitos só por dentro" (palavra bonita pra serem feios), assim como o Cara de Rato e a Teta de Vaca são um contraponto deles: Humanos extremamente feios por dentro E por fora).

Falando nesses vilões, o Língua de Cobra, Sovaco de Bode, Cara de Rato e Teta de Vaca foram feitos baseados em classes de RPG e arquétipos de vilões de filmes antigos:
  • Língua de Cobra é baseado em vilões serial killers, traidores manipuladores, e até mesmo no Gríma Língua de Cobra de Senhor dos Anéis, além de eu tentar colocar muito provisoriamente ele sendo uma metáfora a como o Império Japonês tratava a China, por ele ser um assassino japonês temido na China.
  • Sovaco de Bode é baseado em vilões fortes e burros, extremamente bruto, ignorante, e como ele não parecia "feio o suficiente", eu adicionei como detalhes ele feder e ser muito ofensivo (e por ele ser um personagem brasileiro isso se completa com como brasileiros são extremamente preconceituosos mesmo sendo uma minoria também menosprezada), um pouco baseado em horrorcows (um "nível" dos lolcows - um tipo de gente esquisita e esculachada na internet - que chega a um ponto que as pessoas querem ver preso).
  • Cara de Rato é baseado em vilões feiticeiros, ou aquele arquétipo de servos deformados de um vilão maior (como o servo do Dr. Frankenstein, Igor, atuado por Marty Feldman), ou uma versão maligna de um mordomo de um personagem rico, assim como os crimes desse personagem têm a ver com manipulação, invasão de propriedade e indução de suicídio, sendo assim o seu maior poder não uma magia poderosa mas sim a sua maldade, seja em seus crimes ou com aqueles que ele se envolveu.
  • Teta de Vaca é baseada em Karens (um estereótipo norte-americano de mulheres velhas insuportáveis e caga-regras), femme-fatales (embora essa seja feia demais pra ideia), e assim como cada um do grupo era um tipo de "classe de RPG" (Takeshi sendo o ladino, Pedro sendo o bárbaro e Maurits sendo o bruxo), Teta de Vaca (Karen) seria uma atiradora, também me baseei um pouco em Hagsploitation (um gênero de filmes de terror sobre atrizes velhas enlouquecendo com seu passado) e a Divine (aquela drag queen que fez Pink Flamingos - sim, aquele filme em que ela faz relação com um personagem filho dela e come sujeira que um cachorro largou durante a gravação do filme -, e é inspiração da Ursula de Pequena Sereia).
De bônus, o Zefrier foi baseado no Wyald de Berserk, sendo ele um personagem feito pra ser tão nojento e odiável quanto os outros quatro, e tanto o design quanto as atitudes, além do nome ser uma mistura de Zephyr/Zefir (um nome referente a entidades mágicas do vento, com base no deus grego Zéfiro) com Lucier (uma versão de Lúcifer do Eric/"Arco-Íris Idiota" que eu falei uma vez, por esse cara que antes era meu webamigo ter feito muitas histórias edgy e por um tempo, quando a gente era amigo, se gabar da história dele ser "melhor"/mais pesada que o Projeto Dream da época).
Me pergunto se o Projeto Dream será visto como um tipo de Divina Comédia, já que além disso que falei do Eric, também na sétima temporada eu fiz muitos vilões baseados em gente que eram webamigos meus mas depois me cancelaram injustamente (mas essa sétima temporada passou, assim como esse cancelamento, nem faz sentido contar isso com detalhes).

Como eu falei, o Projeto Dream tá tendo muitos personagens morrendo, sendo aposentados ou perdendo algo que antes importava pra eles, e sendo alterados pra sempre, isso por causa do Controle Populacional, que teve entre as temporadas 17 e 18 e tem uma segunda vez entre as temporadas 19 e 20 agora.
Esses Controles Populacionais têm a ver com o que dá pra chamar de Necessidade do Roteiro (que ao contrário de uma Conveniência do Roteiro, isso não é algo que ocorre por pressa ou preguiça, e sim por realmente uma atividade fluida narrativa e pra movimentar a história), porque o Projeto Dream é uma história extremamente cheia de personagens (e já passei berrenque porque alguns mal tinham espaço na história sem spin-offs e derivados) e por ter tido muitas ressurreições (apesar que acho babaquice porque uns reclamavam só dessa história ter ressurreição), assim como usei pra dar espaço pra mudar alguns personagens sobreviventes ou até ter esses novos personagens com menos problemas.
Outra Necessidade do Roteiro foi justamente o Muramasa e seu grupo interferirem na primeira base do Zaraad (esse episódio), em que isso pôde retornar até certo ponto a atividade do Muramasa e outros monstros, assim como cumprir a parte da aliança entre John Parker e os monstros.

Uma vez eu fiz um episódio de Projeto Dream em que as Luna visitam uma faculdade batattiana (esse aqui), baseado em uma experiência minha em que um maestro espanhol visitou a Fatec em que eu estudei, e falar isso de novo me lembra esse vídeo que eu tenho do Dailysingingcontent (não achei link do vídeo no Instagram, mas é uma versão menor do vídeo nesse link aqui <)

Vibraslap e Flexatone podem ser parecidos, mas o Vibraslap tem esse arame maior, e a batida é mais grave (em partes parece aqueles sons de cobras), também surgiu na América do Sul baseadas em instrumentos africanos de mandíbulas de animais, já o Flexatone é mais fino e fica ainda mais agudo conforme a tocada segue até terminar, é usado pra sons como aquele "tiririririm" da música icônica de GTA San Andreas, ou aqueles sons de "!!" de animes da Toei como One Piece e Dragon Ball, esse instrumento surgiu entre 1922 na Grã Bretânia e 1924 em que ficou comum nos Estados Unidos.
Esse instrumento de guizos que eu vi no vídeo pelo que vi parece em parte o bandeiro se ele fosse um bastão em vez de um disco, já que é um chocalho que pode tocar sendo mexido ou batido, pelo que vi esse chocalho de guizos tem tanto na África quanto no Oriente. Tem também o Guiro, ou Reco Reco, que tem a base e o bastão, em que é feito esse som de algo vibrando, tanto que, embora tenha surgido na África e tenha também na América do Sul, já vi vídeos de indianos usando para tirar minhocas do solo, pelas minhocas sentirem as vibrações (lá ele rs) como se fosse chuva. As claves são baquetas de tocar batendo entre elas, o nome vem do espanhol significando "chaves", e elas são um instrumento cubano comum na Salsa.
Stylophone é um instrumento eletrônico manuseado por uma caneta (tipo um Nintendo DS), foi inventado em 1967 por Brian Jarvis, com notas que lembram música de Megaman de NES, e parece com o Theremin, inventado em 1920 por Léon Theremin, e que por sua vez, o cabo vertical é manuseado mexendo as mãos perto, definindo o volume, e o cabo horizontal é manuseado mexendo as mãos também perto, definindo a frequência (quanto mais perto, mais grave). Mas algo que achei bonitinho é esse Omnichord da Suzuki, que as teclas controlam diferentes sons que simulam outros instrumentos, e essa parte que a mão esquerda da foto tá passando é como a tela do Stylophone, mas que ao passar, não só tocar, pode fazer um tipo de riff de guitarra ou gliss de piano/teclado, o som disso no Omnichord tem muita vibe de "level up".
Aproveitando que falei de level up e NES, olha essas fotos de como era o Link nos jogo de NES de Zelda 2 numa TV de tubo. Dizem que os jogos de SNES, N64 e PS1 ficavam mais "realistas" pelo granulado que os tubos de raios catódicos fazem mesmo que sem querer, emitindo pontos nas cores que precisa pra formar imagem, o que pelo visto vale desde a geração 8-bits.
Pra completar, tem esse instrumento chamado Mega Marvin, usado para trilhas sonoras de muitos filmes de terror antigos e novos, usando uma plataforma de metal, molas e fios, para criar diferentes sons enervantes e pesados, tem > esse vídeo aqui < pra caso queiram ter uma melhor noção.

Falando em terror, e completando com o que falei de eu ter um hiperfoco em Half-Life, tem algo que eu vi na franquia de Half-Life que, por não ter em Lost, o fez tão esquecido, como:
  • Em Lost, os mistérios dessa série não são explicados apropriadamente, como os números 4 8 15 16 23 42, os sussurros, a névoa e pessoas como Mark e Jacob, em que tudo é ignorado, mal explicado ou respondido como "porque sim" ou "está além da compreensão", o que tira a credibilidade do mistério e faz parecer que a história não quer se contar, matando o interesse.
    • Já vi compararem aquele gato alienígena de Rick n Morty com como Lost trata as coisas, num momento, ele vive falando "não pensa demais", "não faça perguntas", "gatos falantes são só pra se divertir", ou "vamos pra Flórida, lá eles não fazem perguntas", pra depois, quando o gato quer saber das coisas dos humanos, ninguém quer ele e até o expulsam do barco.
    • Também há referências nesse gato a múltiplas coisas: o que o Rick e o Jerry viram, que não é mostrado mas tem voz de bebê chorando, pode ser referência ao Florida Man que acusou o gato dele de baixar CP no computador dele, como se o gato tivesse visto aquilo, ou o Jerry citando que o gato ficava no mesmo lugar que as fotos dos pais dele, que pode se referência aos Gatos de Ulthar que mataram um casal de idosos numa vingança, assim como o Rick também acha sacanagem qualquer maltrato a idosos, ou o gato preso numa caixa de energia e dando uma resposta "codescedente" (conveniente demais) sendo um Gato de Schödinger, e há até uma teoria engraçada de que Rick e Jerry viram na mente do gato o final de Game of Thrones (pelo mesmo episódio ter uma trama principal sobre dragões, incesto e magia), apesar que teorias mais sérias comparam ao Inferno de Enigma do Horizonte (que é só comparação, porque em Rick n Morty tem Diabo e Inferno e eles são menos abstratos ou assustadores que aquilo) e a Sala 39 de 1984.
    • Autores já admitiram que o gato falante do episódio foi feito pra não ser tão pensado, só algo engraçado ou insano do episódio, o que completa com o que digo com os Diálogos de Lore (diálogos expositivos muito vagos) que são terríveis em muitas histórias, mas em Rick n Morty fica bom porque faz um worldbuilding que praticamente trolla os expectadores, os fazendo investigar coisas nada a ver.

  • Mas e Half-Life? Esse jogo tem uma história bem boa e detalhada, ela só não é algo que se taca na sua cara com os personagens falando letra por letra, com detalhes que são explicados pelos cenários, inimigos, companions reagindo e também pequenos relatos dos personagens, e o G-Man, o mais misterioso dos personagens, meio que se conecta com esses pontos e com o protagonista (Gordon Freeman), ainda assim muito em aberto, até mais que o Nihilanth, chefão final do Half-Life 1, que tinha frases que insinuavam mensagens dele ao jogador, como:
    • "The last, I am the last" (muitos interpretam que ele seria o último de sua espécie, mas pra mim, ele taria se dizendo a última esperança, já que muitos o conectam como um fugitivo dos Combine que usou Xen como um esconderijo, e os portais pra Terra pra tentar ir até lá antes dos Combine, assim como, além dos Vortigaunts se parecerem com o Nihilanth, ou vice-versa, e terem filhotes de Nihilanth como inimigos ligados a ele).
    • "Their slaves, we are their slaves" (que muita gente interpreta como diretamente escravos dos Combine, assim como os braceletes do Nihilanth, acreditados a serem algo de controle dele sobre os Vortigaunts alienígenas, mas pra alguns é porque ele também foi algemado por inimigos, e o design dele seria como uma versão da raça dele dos Stalkers, que em Half-Life 2 são um tipo de prisioneiros modificados e escravizados).
  • Tudo se completa, os mistérios são resolvíveis, os sem solução ainda têm chance pra interpretações e a espera de continuações (apesar que Half-Life 3 demorar tanto virou até meme).
Fora isso, o máximo que posso concluir é que o Projeto Dream vai ter, de certa forma, uns mistérios novos pra quem for ler também ter umas ideias próprias, não só saber o que estou anotando ou contando, assim como o que eu falei uma vez (dos mutantes de Deming terem DNA próximo do de diferentes seres no universo pelas mutações) tá deixando de ser algo a interpretações pra também ser algo canônico, porque terá algo que fará mais sentido usando essa afirmação como base, no entanto não irei dar spoilers, assim como não dei do desfecho de Zaraad ou sobre a Umbra da Escuridão.

Até mais!