Blog do dia

Filhos do Sol em outras realidades

25 de jun. de 2022

Hard Life, T1E10

> Brasil, 13/03/2005, o cronomante de São Paulo
[Como faz um tempo que não posto mais episódios de Hard Life, não vou mostrar link do episódio anterior, e sim da tag da série, pra que vc fecha os episódios todos mais de boa]
 Enquanto as pessoas do Hemisfério Norte menos percebem, o terceiro mundo está em um conflito bem difícil, porém não algo verbal ou econômico, mas sim um confronto entre os magos e os novos inquisidores, que estão destruindo os magos porque eles estão de fato ameaçando a estrutura do país, inclusive bruxos adeptos estão causando um enorme dano na natureza.
 Porém, uma luz desceu do céu, que era um jovem brasileiro, que não temeu o estudo da magia, e estará a usar seu conhecimento para proteger sua nação dos bruxos que estão caçando os humanos e atormentando a América do Sul. Este estudou muito sobre as palavras azuis e verdes, além da magia do tempo, o tornando popular apenas como Cronomante de São Paulo.
 Se ele tem um nome? Claro, ele tem, mas poucos o conheceram pessoalmente. Seu nome original é Emílio Celso Ferreira, ele chegou a reconstruir a capital de São Paulo com seu poder, onde ele foi chamado por seu apelido, e ele também chegou a tornar bruxos inimigos incapazes de sequer contra atacarem o que o tal mago era capaz de mencionar, não por ele falar coisas sem sentido, mas sim porque sua lábia era tão poderosa que chegava a imobilizar as pessoas, as convencendo a desistirem.
 Nesse dia mesmo, Emílio está viajando pelas rotas da amazônia, derrubando aqueles que estavam desmatando o local, não só incluindo bruxos, como também pessoas que estão explorando as árvores com más intenções, e entre esses exploradores, há um tal bruxo que carrega uma pequena criatura similar a um esquilo de coloração vermelha bem forte, era um Esquilo Caçador do Sul, uma criatura muito rara, quase em extinção, que os magos estão procurando para usar em suas poções dimensionais.
Emílio: Por que vocês estão caçando animais e derrubando árvores no único lugar que vai de fato te sustentar?
O mago: Pouco importa. Nós, magos superiores, iremos fugir para uma outra dimensão, e abandonar esse planeta condenado.
Emílio: Beleza! Mas... como vocês sabem que irão fugir e por que o planeta está condenado?
 O mago para para pensar sobre a pergunta, porque responder palavras azuis com palavras sem cor não irá convencer a pessoa tão facilmente, e então, enquanto o mago inimigo debatia com E. Celso, o esquilo fugia, e o caçador decide golpear o mago mortalmente, algo que não adianta porque o mesmo parecia agir muito rápido, e ainda contra ataca a machadada do caçador com uma colisão telecinética que o joga a milhas de distância.
Emílio: Já que você não poderá responder, acho que irei abrir sua mente.
 Sr. Ferreira para o tempo, e com um golpe, ele esmaga e corta a cabeça do mago inimigo, o matando na hora, com tanta força que arrebentou mais o machado que a cabeça do mago. Quebrar algo de carne imobilizado ao nível molecular seria como bater numa pedra.
 Enquanto isso, na Europa distante, Akio e Takeshi estão visitando a França para conversar com Andrômeda, além de também pesquisarem coisas mágicas descobertas por ela, porém nada de novo, enquanto isso também, Sasha está viajando agora para Portugal, para conseguir um ponto para a América, a fim de investigar mais.
 Parecia uma aventura sem sentido, mas Sasha nunca perdia o espírito de continuar o que ela acredita que irá se concretizar, vivos ou mortos, normais ou transfigurados, ela ainda promete encontrar seus pais. E ela acaba indo para o Continente Americano para buscar mais respostas, e então, ela se depara com notícias de um tal mago que está viajando pelo seu país à caça de outros magos, então, interessada nessa conversa, ela vai atrás desse mago para poder aprender magia com ele.
 Depois de umas 9 horas, Sasha chega ao Brasil, e ela começa a investigar mais no Brasil, buscando entender mais sobre esse mago, se ele é bom e será útil para sua jornada, ou ruim e que ela estará enrascada. Uma noite de acampamento e descanso depois, ela descobre que esse mago das notícias "possui ambições pouco conhecidas, pois ele mal aparece entre as pessoas e age como se fosse apenas uma lenda".
Sasha: Ué? Mas ele... existe ou não existe?
 As pessoas não conseguem responder, e então, Sasha, sem opção, caminha mais e mais para encontrar esse feiticeiro, e assim, o encontrando espontaneamente. Aquele homem não tinha nada de seu corpo visível além de suas mãos escuras e machucadas, e o seu restante está em um grande manto prateado, ele mostra várias imagens de si próprio, não como cópias, ou miragens, mas sim versões dele de tempos diferentes. Sasha se irrita, e golpeia dois daquelas réplicas, uma passada e uma futura, e isso machuca o cronomante de formas muito diferentes do esperado, e a realidade parecia começar a se deformar. Sasha, preocupada, corre o mais rápido possível, 3 cronomantes do futuro tentam impedí-la, mas uma força gravitacional os puxa violentamente para aquela mesma área com gravidade deformada, e então, uma explosão de luz surge de um jeito que empurra Sasha. Ela ia embora, mas então, um choro de um bebê surge, e Sasha foi logo atrás daquele choro, e vê que era o cronomante transformado num bebê. Não se sabe o que aconteceu, e Sasha resolve levar embora, e deixar num orfanato, dizendo pra tomar cuidado com aquela criança.
 E então, ela vai pra outro canto do mapa, em busca de mais missões.

> Japão, 14/03/2005
 Enquanto isso, no Japão, Akio é visitado por um espírito, que parecia bem bonitinho para o que os filmes e desenhos costumam apresentar, embora que ele pareça um Teru Teru Bozu amarelo translúcido. Ele vai seguindo o fantasminha, enquanto conversa com ele.
Akio: É a primeira vez que eu fecho um fantasma... O que você precisa que eu faça? Espero que não seja matar um assassino, não quero matar ninguém depois do tanto que eu passei...
Fantasma: Não se preocupe... na verdade... eu estou aqui na Terra, porque não me enterraram num lugar devido.
Akio: Hã?
Fantasma: Seres sapientes que morrem, mas não são enterrados, ficam presos no mundo humano, porque não têm um túmulo para que os ossos descansem em paz...
Akio: Então... o túmulo é tipo uma cama pra vocês?
Fantasma: Melhor... é uma cama de casal com molas perfeitamente ensacadas, bem gordinha e macia, com um cobertor felpudo nos cobrindo. Na verdade, qualquer enterro, desde que respeite o corpo, é bom para nós...
Akio: Bem... como eu tô te vendo?
Fantasma: Magos, bósons e dragões podem ver espíritos, porque a magia manipula o mundo espiritual. Pessoas que perderam a sanidade, podem ver fantasmas corrompidos, que adormentam eles frequentemente...
Akio: Isso parece filme de terror.
Fantasma: A vida é um filme de terror, ação, trama, comédia... experimental.
 Eles chegam na região em que o esqueleto daquele fantasma já esteve - na frente de uma grande árvore -, cheio de insetos o roendo.
Fantasma: Por favor... me enterre.
Akio: É... ok, mas... como?
Fantasma: Sabe, eu era uma boa garota, mas é claro, a vida é cheia de idiotas, e eles... eles...
Akio: Já posso te enterrar?
Fantasma: Eu quero contar isso daqui, porque claramente vão te perguntar quem eu já fui, e não vou te deixar ser taxado como um louco só porque não pergunta nada! Bem... eu sofri bullying a vida toda, mas em uma briga que eu reagi, me mataram aqui mesmo, e só esconderam o corpo.
Akio: Ok, como o seu corpo parou aqui?
Fantasma: Aí sei menos que você. É como... sabe quando você dorme no sofá e acorda na cama? Então, eu morri na escola, e desencarnei aqui, e fiquei voando aqui, por 2 anos, matando um por um, os fazendo cair da escada, de prédios, tropeçando, e atropelados, e... e...
 Os olhos daquele fantasma ficavam mais pretos e medonhos enquanto ela falava, mas quando ela estava continuando, Akio enterrou o corpo daquele ser, e o fantasma sumia, como um personagem de filme virando poeira. Akio reza para o enterro, e benze a terra onde estava. E quando ele sai daquele canto, uma flor começava a crescer.

> 15/03/2005.
 Akio parecia apático naquele dia, e seus colegas percebem, e Takeshi tenta perguntar pra ele.
Takeshi: Kio... O que aconteceu?
Akio: Longa história. Te conto no intervalo.

Continua>>>

12 de jun. de 2022

Coletânea de Contos 1

Tinha uma pequena época que eu simplesmente anotava pequenos texto sobre criaturas que eu tive a ideia de apresentar, mas nenhuma de estendê-las ou uni-las em uma única história, msm que da tag "histórias únicas", que se tratam de histórias curtas de página única.

Cabelo-de-Ouro na cidade dos anões
- Era uma vez uma bela menina, de cabelos dourados como uma igreja barroca, pura como água destilada, e de olhos azuis que pareciam dar uma sensação de perda de sede ao serem vistos, porém, por inveja de suas irmãs, ela foi perseguida pelas mesmas, e então, ela fugiu para as florestas, caindo em uma caverna que só por fora parecia assustador, mas dentro, era algo digno de mitologia.
- Uma cidade dominada por homens e mulheres bem pequenos, com chapéus pontudos, orelhas e narizes redondos e sempre carregando ferramentas, em prédios de pedras iluminados pela magia daqueles seres. Ela, encantada pela beleza daquele reino, decidiu ficar, mas aquele povo não parecia gostar dela por ela ser muito alta e, pela aparência, muito vaidosa. Sete dias e sete noites se passaram, e ela começou a conviver na humildade, ela ajudava os anões e se sentia igual a eles, mas sentia que precisava voltar.
- 10 homens e 2 mulheres se voluntariaram para ajudá-la, e essas 13 pessoas indo para o reino em uma carruagem de toupeiras draconianas, alcançam o castelo, em que a bela Cabelo-de-Ouro se apresenta e conta o por que de seu desaparecimento.
- Suas irmãs, que eram 7, foram desertadas, e ela foi marcada para um casamento com um burguês da cidade, que o rei estava planejando para a irmã mais velha de sua principal filha, e a Cabelo-de-Ouro viveu muito feliz e orgulhosa de sua recuperação, mas ainda sentirá saudade dos anões, que não poderão viver perto dos homens.

Cavalheiro Sem Cabeça
- Olá, nobres cabeçudos, eu sou Crane Walken II, conhecido como o Cavalheiro Sem Cabeça dos calabouços, eu estou morto, mas também vivo, eu não como, mas não sinto fome, eu não respiro, mas sinto meu corpo sem nenhum funcionamento, e eu não posso falar, só escrever, e nenhuma cabeça se encaixa em mim, mesmo eu tendo um pescoço humano que possa funcionar com tais unidades.
- Estou preso em um calabouço de um castelo pelo horror que eu causo às pessoas por ser um zumbi sem cabeça, que tenta conversar, mas não sai nada agradável do que sobrou de minhas cordas vocais. Mas eu posso escrever cartas para a família real que me guarda, ou para os circos interessados em mim.
- Cabeças? Bem, nunca matei alguém, muito pelo contrário, eu fui morto, executado por um crime que nunca fiz, e com medo de que ninguém poderá mais acabar com minha vida, me deixaram aqui, trazendo água para me refrescarem, papel para eu escrever, e cabeças de pessoas já mortas, para verem se me completem. Mas, entretanto, concluo que eu vou viver para sempre assim, uma aberração em forma de um homem sem cabeça.

Aquele que vive no escuro
- Akevinsq, aquele que aguarda atrás do armário, Akevinsq, aquele que é sustentado de contradições e ignorância, aquele que vive no terror. Ele não tem forma, não é divino, não é profano, não é humanitário. Ele não é vivo, não é morto, não é amortal, sua existência não se sabe. Rimas o irritam, então, evitem-nas.
- Essa, é a canção de ninar que conta a história de uma entidade desconhecida, do folclore norte-americano, que se extende do interior do México, até mesmo cantos populares do Canadá, Alasca e Texas, que conta sobre uma criatura como o Bicho Papão ou Bye-Bye Man, usada para assustar colegas no acampamento, mas sempre que essa canção era proferida, uma das pessoas que ouviram morre no dia seguinte.
- Aparentemente, se a pessoa apenas contar como um texto, e não como uma música, o efeito não acontece, apenas assusta as pessoas. A descrição da criatura desenhada varia muito, sendo a versão mais popular uma da forma de um rolo de papel higiênico rodeado de vapor, originada no 4Chan com a intenção de ridicularizar essa criatura, mas caindo na boca do povo.

O Bar de Cristal
- O melhor bar, restaurante, barbearia e locadora do universo, localizado em uma outra dimensão, que pode ser acessada por literalmente qualquer lugar no universo, seja por portais mágicos, cavernas abissalmente profundas ou até mesmo sonhos, embora nesse último caso não seja possível interagir com esse bar dimensional.
- Esse estabelecimento tem 10 andares, cada um com mais de 100 metros quadrados, embora nunca com o mesmo formato nos andares e suas salas, como se esse lugar fosse subterrâneo, embora não tenha como saber onde esse lugar fica exatamente. As paredes são indestrutíveis, portas que não vão pra outras salas têm portais que levam a pessoa para suas casas instantaneamente.
- As bebidas têm um brilho púrpura, azul-turquesa, escarlate, vinho, verde-limão ou multicolorido, com aspecto de neon, e sempre com sabores maravilhosos. Qualquer moeda é válida, qualquer corte de cabelo é possível, incluindo o Cabelo Indestrutível 3000. E os empregados daquele bar são criaturas semelhantes a chamas com olhos e asas.

Irmandade
- Uma sociedade secreta que vivia nos subterrâneos de todos os países pareciam serem capazes de controlar tudo o que havia acima deles, eles não eram animais diferentes, nem criaturas novas, e não são robôs rebeldes, eles se parecem com humanos, com roupas datadas do século X d.C., olhos vermelhos brilhantes, e nenhuma linguagem é usada por eles, nem em palavras/letras, nem em imagens, nem em sons, e mesmo todos distantes uns dos outros, eles são capazes de se comunicarem e se encontrarem.
- Quando um desses "irmãos" sobem à superfície, um grande caos acontece. Pessoas boas e influentes morrem, guerras ocorrem, pessoas más sobem ao poder, e populações são manipuladas para idolatrarem ideias idiotas e temerem inimigos invisíveis. Não há esperança, eles podem ser invisíveis para pessoas sem imaginação fértil, mas eles não podem ser mortos pelo que a humanidade é capaz de usar.

T'ngalr
- Um livro misterioso encontrado em uma Igreja do Vaticano em 1978, empoeirada, irreconhecível, e com letras estranhas, o que as pessoas temiam que fosse mais um manuscrito de língua desconhecida e desenhos absurdos, mas por incrível que pareça, estava escrito em italiano, em uma letra típica do século III, e seus desenhos eram como os de iluminuras medievais genéricas, mas com bem menos variedade de cores, e as poucas cores usadas eram sempre sólidas e com sujeiras feitas com a mistura das tintas.
- Com mais de 1010 páginas, 201 delas contam sobre etimologias católicas, incluindo contos sobre anjos, demônios, dragões e Adão e Eva, outras 333 delas contam sobre hermetismo e alquimia (como deu exatamente 333 páginas? ninguém sabe), 7 delas descrevendo a fabricação de uma Pedra Filosofal, 22 contando a história do Rei Arthur e a localização de Excalibur e Avalon, 79 narrando descrevendo a aparição de OVNI's em Gênova e as suas consequências, 103 páginas sendo reescrituras de filosofias gregas clássicas, 10 páginas mostrando monstros únicos demais para as mitologias convencionais ou a cultura popular atual, como o Monstro de Cracóvia, a Tartaruga-Terra e os Gull, 4 delas formando uma ilustração inteira da Via Láctea no traço das iluminuras, e 192 delas descrevendo uma civilização perdida localizada entre a Península Ibérica e o Oceano Atlântico, dito como tendo um poder além da compreensão humana.
- Os Gull, mencionados na página 741, em forma de uma massa de carne com a frente na forma de um corpo de homem, e que são eternamente vorazes e caçam qualquer coisa que seja orgânica, e depois de 10 anos de chegada, eles desaparecem, encontrados somente nas grandes ruas de Brandemburgo, na Prússia. E essa civilização perdida no Atlântico não se chama Atlântida, e sim Oblivio, e descrito como uma cidade sempre escura, com prédios azuis que brilhavam de forma anormal e habitantes semelhantes a homens com cabeça de peixe.
- As 66 páginas restantes ainda estão sob estudo, porém, uma palavra foi descoberta na página 991 possui um texto inteiro em uma língua única e de origem sânscrita, com palavras impronunciáveis e algumas que podem resultar na morte do leitor só de serem pronunciadas verbalmente.