[Essa história foi baseada em The Non-Raccoon do Lusterflix, só pra me desafiar se eu consigo extrair uma história boa, ou no mínimo uma versão melhorzinha, com base naquela bomba que ele fez uns meses atrás, os nomes estarão diferentes, não só a rota narrativa pode mudar pra melhor, porque se tudo der certo eu fico com essa versão só pra mim]
"Há umas décadas atrás, existia a gente, né? Os Guaxinins, só estamos aqui porque antes nossos antepassados foram exilados depois de uma guerra que complicou pro nosso lado, e no refúgio que eles estavam, houve uma explosão misteriosa que abriu um enorme vale. Desculpa por parecer que tô me gabando, mas eu sou neto de quem um dia foi rainha dessa cidade, e ainda mais atrás ela era uma líder das Bandeiras de Procina, mas... Certo tempo depois que minha mãe herdou tudo, houve uma corrida pra apagarem informações muito confidenciais da minha família, os Procina, e se você me acha estranho, com um chifre na cabeça, nariz amarelo e essa cauda fina, talvez tenha a ver, mas pelo seu bem, não posso contar com detalhes"
Jonas estava contando esse monólogo enquanto mostrava uma cópia impressa de uma foto da avó dele, uma memória que ele se orgulha por o fazer pertencer a seu reino, mas o envergonha porque dá muito estranhamento, pra uns é contraditório, como se Jonas fosse adotivo dessa família, e Pedro, um fiel amigo, embora Jonas tivesse interesses mais íntimos, achava aquela história interessante, e mesmo que ele continuasse estranhando que Jonas estivesse o contando aquilo pra se apresentar pra ele, e impressioná-lo, gostava daquilo, e depois eles conversam se o Jonas lembra ou no mínimo está se preparando para o 152º aniversário do reino Virgínia, e Jonas admite saber até mesmo que, considerando os 21 anos de expedições da sua avó Virgínia Procina, o total seriam 173 anos.
[O nome Virgínia eu adicionei em homenagem a uma bisavó minha chamada Virgínia, e Procina vem de Procionídeo que é o grupo animal dos guaxinins, se um engraçadinho vier falar que tem a ver com a Virgínia Fonseca eu vou tacar um tijolo]
Com isso em mente, o Jonas arruma sua fedora antes de ir visitar o fazendeiro Iolau Pikasan, avisando ele sobre o aniversário do reino, o Jonas estava feliz, mas o Iolau estava estressado porque alguns moleques ficaram roubando maçãs das árvores dele, e Jonas aceita ajudar ele em troca de um certo segredo da velha louca Fábia, a Púrpura, que Jonas só se garantiu em especificar o que ele precisava saber depois de conseguir achar onde os Guaxinins menores de algumas ruas da cidade da chamada Caixa Baixa, um grupo de infratores mirins que sua mãe e seus avós maternos tanto proibiram Jonas de interagir, seja por serem má influência ou por esses garotos rejeitarem ter ele por perto, só dele ter chegado no Distrito Cinzento a própria Caixa Baixa, que tinha comido algumas maçãs, tinha ido embora carregando 3 caixas, uma caixa pra cada parte do grupo que tentava fugir, logo antes de serem pegos, cada um por um cavaleiro que Jonas chamou pra o acompanharem pra essa emboscada.
Como recompensa, o Iolau adianta a entrega das geleias, sucos e tortas de maçãs, mangas, laranjas e abacaxis que serão servido no aniversário do reino Virgínia, assim como deixa o Jonas almoçar um prato de espaguete ao molho branco que era um prato principal da família Pikasan, e que Jonas até brinca que poderia ser um prato salgado pra poderem comer no festival, mas a própria Sra. Pikasan fala, não ironicamente mas rindo, que foi por uns anos até mesmo uma refeição premiada na cidade. Apesar de não ser um tempo tão de fato antigo, ao ponto de televisões e rádios já serem materiais conhecidos entre os civis, a arquitetura do reino Virgínia é rústica e amadeirada nas zonas rurais e em casas menos nobres, e góticas de tijolos de esteatito (pedra-sabão), mármore ou concreto dos estabelecimentos mais importantes, desde lojas, bares, aos castelos e à Igreja do Deus Vermelho, uma entidade vermelha baseada no folclore local e que acredita ter criado o vale onde esses Guaxinins vivem.
Mas de qualquer forma, Jonas conversa com os Pikasan sobre o porquê da velha Fábia implicar tanto com ele independente dele ser, em suma, diferente demais dos outros Guaxinins, a Sra. Pikasan e o Iolau tinham dúvida se explicavam aquilo, mas o próprio Iolau o conta que, quando Jonas era mais novo, uma vez ele acabou bagunçando os frascos alquímicos que a Fábia usava para fazer remédios e bebidas, e quem sabe o Jonas e a filha de Fábia, Isabel, a Marcada, tiveram memórias apagadas, que Jonas sente que ligavam pontos a algo que a rainha usou para apagar "certas memórias" confidenciais, mas Jonas se interrompeu pra não falar demais, e ia embora com uma caixa que lhe foi mandado levar pro castelo.
Jonas recebe uma carta, que a mãe dele o entregou e diz que veio de "quem diz ser amigo dele", e quando Jonas abre no quarto próprio dele, era o Pedro Canelloni, que diz que a Rosa e a Isabel estavam preparando uma surpresa pra ele durante o aniversário da cidade. Mas no banho, quando ele para pra pensar sobre o que ele quis saber do que aconteceu com a Fábia pra ela enlouquecer, ou a Isabel pra ela ter tido a face levemente deformada, ainda que um olho cegado, uma imagem canina que ele viu em seus pesadelos o estressa, seu corpo se via mais rochoso, e ele via um fogo azul saindo de seu rosto, quando ele olhava pra si mesmo no espelho, no meio do vapor da água do chuveiro e o fogo de seu corpo, ele gritava de medo. Jonas é acalmado e voltado ao normal ao tomar uns remédios que lhe tinha disponíveis, e quando volta do banho... tentava avisar a seus empregados que estava tudo bem, e vai melhorar quando ele se vestir e dormir, sonhando com um mundo que se formou na mente dele, assim como mentes sapientes desse mundo eram capazes.
Jonas se via numa floresta com humanoides similares aos Guaxinins, muitos sem rostos, alguns estavam no chão e uns levitando em pé, e conforme ele vai andando por aquela floresta, seus dentes caíam, mesmo intactos e limpos, e quando ele acha o que parecia ser um mero chapéu feminino, amarelo, de aba larga, que quando ele pegava, apareciam aranhas que começavam a andar em seu braço. Jonas fugia, assim como uma aranha enorme o perseguia, gritos ecoavam ao redor, e num penhasco que ele pisou, ele caía, mas não como se cai num barranco, ele caía reto, verticalmente, e quando parecia que ia cair num chão... Ele acorda.
Jonas estava assustado, mas vendo no relógio de sua parede que ele acordou duas horas mais cedo que o normal, e então, sabendo disso, ele tenta arrumar sua cama, pois ele viu que sua pelúcia e seu cobertor caíram dela durante o sono, e depois de escovar os dentes, ele dorme de novo, acordando no horário que costuma, e passando um certo tempo, com todos seguindo uma rotina normal, com a diferença dos trabalhadores juntando os recursos, mobília e tendas para o evento, em que os civis estavam curtindo as músicas dos bardos, as comidas e o vinho, e as crianças brincavam normalmente. Porém, enquanto a rainha da cidade hesitava sobre mais um ano de seu povo em segurança, e que eles ainda estavam, de certa forma, em paz, o Jonas tentava conversar com a Rosa que ele considerava uma amiga de infância ao ponto de, mesmo sendo uma plebeia da cidade, filha de padeiros, foi permitida de brincar nos palácios com o próprio Jonas, do contrário da Isabel, que o Jonas foi um dia amigo mas, depois daquele dia que fizeram uma bagunça no laboratório da Fábia, a Isabel passou a ser ensinada a odiar o Jonas e, indiretamente, outras famílias nobres, que por sinal, são descendentes de outros integrantes das Bandeiras de Procina, líderes antigos de Virgínia.
Fábia encarava estranho o Jonas e a Rosa brincando, até faz uma pequena piada pra sua filha Isabel que eles quem sabe namoravam, mas a Isabel era desrespeitada pelo por sua mãe Fábia, que a chamava de "Isabel, ou quem sabe, Isafeia", ou "Ainda é só um rascunho, se estivesse mais inteira você que estaria com esse pilantrinha", ou "Tão feia, quem sabe o cavaleiro que nunca mais vi quando te tive com ele era na verdade um Coiote", e Isabel, estressada demais por acumular essas ofensas, resolveu ir jogar bola com o Pedro e uns outros garotos na festinha, mas falando no Pedro, o mesmo se preocupa com o Jonas, e quando foi ver se ele tava com a Rosa, ou com a mãe, estava com nenhuma... Ele fugiu.
Com medo de estar sendo visto como um problema pras outras pessoas, ele foi andando furtivamente, sem chamar atenção, e quando longe o suficiente, ao som dos fogos de artifício em cores vermelha, branca e amarela, no céu preto levemente iluminado pela lua e algumas estrelas, como a estrela polar que parecia uma segunda lua de tão brilhosa, ele corria, ele podia parecer magro e leve, e por andar muito tinha músculo nas pernas, e sendo um pouco mais cheinho debaixo daquelas roupas sociais leves, ele tinha energia, ele se sentava numa pedra e, olhando ao redor, e chorando, ele acha um chapéu amarelo de aba larga, como no sonho, mas com detalhes melhores de se conferir, o tecido era notavelmente macio mesmo que desgastado, e com uma fita roxa o contornando, como a Isabel relatou sobre nunca ter visto a própria avó materna, assim como a avó Virgínia contou uma vez, quando viva, ao Jonas sobre uma jovem alquimista que, embora não fosse das Bandeiras de Procina, ajudou eles ao catalogar as ervas e frutas locais e estabelecer uma alquimia boticária para o que se tornou esse reino.
Jovem essa que, embora tenha tido filhos cedo demais com um colega inconsequente, mas que a protegia, não teve muito tempo de cuidar deles, a garota, chamada Júlia Gamogawa, desapareceu, pra muitos ela tinha sido devorada pelo Coiotes, uma espécie que ainda estava em guerra com os Guaxinins, e diferente de espécies Warg vizinhas, como as dos Cães, Falcões, Raposas, Ursos e Leões, os Coiotes, pior do que os Gatos, não tinham uma compaixão por Wargs que eram como os harbívoros ou intermediários humanoides, como os Guaxinins, onívoros mas caçadores intermediários, eram desrespeitados pelos Coiotes e Gatos, mas mesmo que a ditadura dos Coiotes no Leste, e dos Gatos no Oeste, tenha terminado, os Guaxinins de Virgínia nem sabiam o resto ao redor do mundo, além do que os chamados Errantes contavam pra esse povo.
Jonas viam em sua frente um ser que, embora se escondesse no escuro, se destacava pelos pelos e olhos vermelhos, e chifres e nariz amarelos, que se sentia feliz, de forma que parecia quebrar o clima, em ver o Jonas, o qual dizia que era o filho dele. Jonas sente um lapso de uma memória de infância, quando ele e sua mãe, Marília Procina, olhando a partir do balaustrado da varanda do castelo, conversavam sobre existir outras espécies além dos Guaxinins, e que a rainha Marília prometeu que ele pudesse ver outros Wargs depois de ser coroado, inclusive, o segundo rei masculino (assim como o avô materno de Jonas era um Guaxinim, e como o pai de Jonas era ausente, o reino dependeu de só uma rainha) daquele reino. O espírito da forma de um Coiote vermelho fala pro Jonas acordar, e diz que eles poderiam ter como reinado todo aquele planeta que os Guaxinins tinham se refugiado. Jonas questionava sobre não estarem na Terra, onde outros Wargs vivem, e o espírito, chamado Josefus, admite que ele mesmo estava surpreso da espécie da mãe dele terem chegado por lá, quem sabe, por uma fenda na realidade, assim como Marília herdou a magia que apagava as memórias confidenciais de sua dinastia.
Jonas ficava desesperado, ele era integrante de uma colônia, e quem sabe, tanto a espécie de Josefus seria um perigo para o reino, e o reino poderia ser um perigo para esses Wargs nativos, e conforme Josefus convencia Jonas a levar ele para aquele reino, os próprios Guaxinins, já preocupados, estavam assustados ao verem Jonas ao lado do que pra eles estava tendo o corpo e poder de uma entidade, cada vez maior e mais ameaçador. Marília se irrita de seu filho trazer uma "criatura" para lá, os cavaleiros evacuam os civis para longe, enquanto conseguem tanto afastar o Josefus quando levar o Jonas pro grupo de Marília. Fábia, misturando ácidos muito fortes nos fogos de artifício, lança vários foguetes que empurravam e até davam um dano significativo no Josefus.
Jonas estava preocupado, mas Marília colocava ele num tipo de sala por quarentena, o Pedro e a família Pikasan espalharam geleias de maçã e de abacaxi pelo chão, e Josefus, pisando naquelas geleias, escorregava e tremia o chão ao cair, os Guaxinins que não saíram de seus sobrados pegavam seus penicos velhos e jogavam urina por cima, o que fazia Josefus se levantar furioso, mas cego pelos olhos ardendo ainda que ele tivesse restaurado dos tiros na cabeça. Rosa, junto com seu pai, mãe e uns tios, derrubam uns três barris de farinha, um de cada vez, e por isso, quando um barril acertava um Xuburte (um tipo de criatura quadrúpede meio larva desse reino, usada como montaria), se assustava e fugia dos barris, o seu cavaleiro usa a chance para acertar um joelho do Josefus, ainda que ele conseguisse contra atacar e partir o cavaleiro com seu Xuburte num golpe.
Josefus pegava um dos barris e jogava no segundo, cujo Xuburte saía correndo e atrapalhava o terceiro, que correndo assustado tropeçava na pista suja de líquido amarelo e pó branco, e fazia o quarto cavaleiro bater a cabeça e morrer na hora ao ser jogado longe, mas o terceiro barril chega, e Pedro, com seu estilingue, acerta um poste pros cabos caírem no Josefus e, num choque elétrico que ficava mais forte encima pelos ácidos na sua cara, e fazia pegar fogo debaixo dele, parecia tar ganho.
O jovem Jonas estava ainda sendo contido, seja para tirar a influência do Josefus da mente dele usando um gás da memória ao lado da magia de três dos sacerdotes do reino acalmando ele, ou para impedir que Jonas se descontrolasse, mas considerando a situação que estavam, não estava dando certo, e quando os sacerdotes pareciam "amolecer", irritando Marília, os próprios precisavam que Marília contasse a verdade no mínimo para o Jonas, já que, se emoções estavam tornando Jonas num ser relacionado àquela ameaça, era necessário direcioná-las a favor deles, e Marília, triste com aquilo ficava mais perto de Jonas e o contava sobre como Josefus não foi um pai propositalmente pra ela, assim como não foi um amante consensual para Marília, e como para os Guaxinins todo nascimento era sagrado, foi feito aquele esforço para esconder aquela entidade, que era atraída por quem o conhecesse, mas sabendo que Jonas se manteve bom mesmo com essa ameaça em seu sangue, ela se sentia confortável de admitir, e com um "eu te amo", o Jonas se transforma, porém, estável.
Jonas saía do castelo, e dá um soco martelo que joga Josefus pra longe, e com um chute, o jogava pro alto, e na estratosfera, os dois trocavam socos e chutes, eram ouvido como trovões, e vistos no céu como um brilho amarelo e um brilho vermelho voando linearmente pelo céu, ao ponto de fazerem o ar ondular, e a imagem no espaço ficar estranha, uma linha era vista no céu, como se fosse um corte violeta, mas então, cessou-se.
Todos estavam assustados, muitos só conseguiram dormir porque não aguentavam ficar muito tempo acordados, e quando acordaram, aquela mesma linha no céu parecia menor, embora visível como um corte escuro no céu azul, Marília mandava procurarem seu filho, mas quando foi descoberto, uma semana depois, os nativos, semelhantes a humanos de cabelos de cor azul e vermelha, viajavam numa caminhonete ao lado dos cavaleiros em seus Xuburtes, e da caminhonete os humanoides tiravam o que eles tinham encontrado, o que sobrou do corpo de Jonas. Pelo que parecia, o Josefus era um demônio que dominava florestas da região, e era essa a fonte dos perigos para os Guaxinins durante seus tempos sombrios, e aqueles humanoides prometem guardar o que aconteceu em segredo, em troca de pedir uma ajuda deles para uma cidade deles a alguns acres de distância.
Fim?