Mas uns assuntos que eu pensei era:
- Falar sobre machismo, racismo e homofobia, e como aos poucos isso foi reduzido na minha vida e no que eu escrevi (meio estranho, mas explico melhor abaixo).
- Falar sobre criação de personagens, e como eu iria conectar pra criar personagens negros, femininas ou LGBT+ sem os estereótipos ou sem criar uma péssima imagem pra própria obra.
Começando pela primeira ideia de assunto que eu falei que faz parte desse blog, eu lembro de ter falado em um blog pouco falado em Projeto Dream sobre umas curiosidades dessa história, e que incluiu um tipo de mini Iceberg do Projeto Dream, e que tô aceitando que, se tiver uma comunidade maior, claramente o Iceberg possa ficar maior, mas pra quem não quiser clicar no link do nome colorido, tenho esse print do que eu quero dizer, e como eu admito que muitos dos comentários mais absurdos de Projeto Dream, ainda mais os da versão 2019-2021 que eram muito edgy, eu não me orgulho obviamente.Falando em edgies, e por sua vez as piadas sensíveis como as citadas no print, eu divido em duas categorias (que pra quem não entender os títulos abaixo, tem uma referência a tipos de colesterol):
- Edgy HDL: Aquele tipo de edgy que é diverdido por ser ou soar absurdo mas ser leve ou no mínimo fácil de entender que a ideia é ser edgy. Resumindo, exemplos incluem Devil May Cry, Brutal Legends e até mesmo personagens como o Deadpool, o Batman e algumas versões do Shadow.
- Edgy LDL: Aquele tipo de edgy que é vergonhoso, justamente porque quem pratica essa variação edgy são aqueles que acham que tão arrasando com algum estilo mais "marginal" (assim como edgy significa por estar na borda ou margem da sociedade) mas acaba saindo muito ruim, como o jogo Hatred (um jogo polonês em que o protagonista é um assassino cruel e sua meta é matar todo mundo, e esse jogo é bem pesado e até mesmo sem propósito), Jack (uma HQ furry sobre morte, anjos e demônios que trata muitos assuntos violentos de forma muito bizarra, esse vídeo pode resumir melhor), o Monark do Flow Podcast e Monark Talk, redpills e o Yanderedev.
Como vocês podem ver, tem mais exemplos LDL do que HDL de gente e conteúdo edgy, ainda mais atualmente, e o Yanderedev dá pra considerar ele edgy por causa justamente do fetiche dele por Yanderes (que hoje em dia eu odeio, não só por ser uma desculpa pra ter violência/gore e alguma waifu psicopata, mas por se conectar com o Yanderedev que coincidentemente também gosta de mulheres muito submissas e odeia mulheres com maior liberdade sexual ou meramente com independências) e de umas apologias nojentas que não irei falar por ter menos a ver com o assunto.
Mas voltando ao assunto, com o tempo deixei de adicionar ofensas raciais, de gênero e de sexualidade (mesmo que antes só existissem entre discussões dos personagens) nas minhas histórias, seja porque eticamente como leitor eu tenho que ser responsável com o contexto desse tipo de palavreado, ou porque obviamente é necessário uma variedade melhor de como os personagens podem chamar ou ofender uns aos outros, seja pra motivos de humor ou de tensão nessas cenas, além disso, um respeito pelos diferentes tipos de grupos dos meus personagens é necessário considerando como minha história é extremamente inclusiva e diversificada.Tanto que atualmente, o que era pra ser apenas um MacGuffin inesperado pra aventuras novas em Projeto Dream, o Clube do Livro Larapink, se tornou um dos grupo mais participativos das temporadas atuais, assim como aos poucos teve uma participação de personagens negros, asiáticos e até inumanos e semihumanos na minha história, como os mutantes de Deming, que inicialmente era pra reutilizar umas ideias de humanos com poderes (diferentes dos elfos e eugenéticos) num contexto de uma sociedade desse tipo de super-humanos, e que com base numas coincidências eu criei essas referências ao autismo.[Nem parece que esse desenho tem personagens com cabelo ou roupa diferente pra ficar mais colorido, magina]
Fora isso, como eu expliquei acima, eu busquei tratar os personagens da forma que precisassem, seja pela dignidade que merecem ou com um bom roteiro, antes eu citava "tratar como pessoas normais" (porque seja pra eu e vocês, ou entre os personagens, eles são mesmo normais), mas evitei falar desse jeito porque soava como se eles não fossem "normais" (mesmo os personagens de grupos reais), por isso eu comecei a mudar os termos e só falar sobre "tratar bem os personagens" (e os grupos que integram), e talvez eu ter me ocupado em aventuras mais "tradicionais" (em comparação com outras aventuras de Projeto Dream, que eram mais diversificadas entre os episódios e com mais personagens novos) justamente por ter feito muitos personagens e o que restava era desenvolver o que eu criei, mesmo que alguns tivessem que terminar (tanto que dá pra dizer que, entre as temporadas 17 e 18, dá pra chamar de Controle Populacional, por ter muitos dos personagens que eu criei antes morrendo, a maioria na saga do Pahapayar e do Ivan ou na Guerra da D.R.V.G., e mesmo tendo materiais como magias de ressurreição e Programa Fênix, como já tinha personagens de mais, era necessário que alguns não voltassem).
Personagens negros, femininas e LGBT+
Com o tempo teve realmente mais personagens negros com destaque (inclusive os meus favoritos disso foram os Irmãos Boltagon, a Meluisa e o Gohan Carlton), um número exageradamente maior de personagens femininas, e uma variedade de personagens gays, lésbicas, bissexuais e de algumas variações trans.
Sobre personagens negros é bem óbvio: Pela identidade visual e por traços culturais que adicionassem à personalidade de alguns personagens (muitos deles eu me baseei no Hip Hop, na comédia e nos esportes como o Basquete, que embora não sejam só das pessoas negras também tem os mais famosos sendo a maioria dessa etnia, tanto que Michael Boltagon é baseado em Michael Jordan e Michael Jackson, e Oprah Boltagon é baseada em Oprah Winfrey, e o sobrenome baseado em Usain Bolt) e também pelo carisma de alguns famosos (atores como Terry Crews, Marlon Wayans e Samuel L Jackson, cantores como Michael Jackson, 2Pac, Notorious B.I.G. e MC Sapão, ou esportistas como Michael Jordan, Mike Tyson e Usain Bolt) e personagens (como Afro Samurai, Muhammad Avdol, Killer Bee, Pantera Negra, Super Choque, Lanterna Verde John Steuard, o pai do Chris, Michael Kyle, etc.).Já sobre as personagens femininas tem umas justificativas que eu tive que elaborar, inclusive com o tempo, mas atualmente já tão bem completas: A maioria delas é muito diversificada justamente pela diferença de gênero ser muito mínima perante a outros detalhes como fisionomia, moda e personalidade, e a sexualização eu comecei a adicionar nas minhas personagens adultas apenas por gostar dessa estética e por meu interesse por mulheres ser mais sexual e romântico, o que me leva a focar mais no corpo e na sexualidade dessas personagens, e como isso não é uma regra, até quando elas vestem roupas normais têm sua identidade (como a Isabella Dermurer), e considerando a beleza, força, coragem e inteligência das personagens, somado com as mulheres usarem roupas mais curtas com o tempo, essa sexualização serve como símbolo de empoderamento.Mas falando na sexualização feminina, obviamente quando feito num bom contexto, ou numa obra com o público alvo associado ou se a mídia não depende só dela, ela pode ser até mesmo um forte adicional estético pras personagens, como em Stellar Blade, com a personagem Eve que, por mais que insistam que a personagem é "sem carisma" (só porque ela é menos expressiva e os gráficos são realistas, sendo que justamente pelo traço ser realista ela não vai ter rostos exagerados e o carisma não se limita a apenas expressividade facial, mas também a beleza, a forma que os personagens falam - apesar que não pareça ser algo de destaque dela dela - e beleza) ou "vazia" (só porque o jogo é muito pornográfico e a história não soe destacar muito, mas muito jogo que tende a focar muito em "história" acaba sendo esquecível por ter pouca identidade ou até mesmo pouca gameplay e jogabilidade), sendo que, além de outros jogos que tentaram ter uma "história" como a militância tanto fala falharem miseravelmente (como a franquia Far Cry, que praticamente tá morrendo por repetir demais o estilo de história "revolucionário" que existe desde o Far Cry 3), o John Carmack (um dos desenvolvedores de Doom) uma vez recusou uma bíblia que contaria toda a história de Doom (sendo mais específico, alguns jogos tinha "bíblias", que incluíam além do manual algumas histórias que o jogo tem/teria, e a tal bíblia do jogo tava enorme) e dessa história ficou tão conhecida a frase:
"História num videogame é como história num filme pornô: É esperado que tenha mas não é tão importante"Já que o foco era justamente criar um jogo, mesmo que compacto, ainda com uma jogabilidade rápida e dinâmica e com gráficos muito avançados pra época em som e imagem (por isso o Doom rota em tudo), e criar um livro inteiro pra contar uma história tão complexa iria atrapalhar a concentração no jogo em si (e talvez por isso jogos com mistério ou com história muito implícita são tão bons, porque os detalhes maiores das histórias deles só são revelados quando se analisa com atenção ou quando liga os pontos disponíveis ao jogar).Por isso (calma que o que eu vou falar nesse e no próximo parágrafo se conectam) os jogos "woke" (falando assim pelo modo de dizer da palavra) acabam praticamente morrendo muito rápido, porque o foco deles em tanto criar alguma história complicada quanto em criar personagens tão diversificados, esses jogos (e até filmes e séries) falham e até entram em falência por se perderem nas suas pregações e, em vez de serem convincentes ou terem esse lado de entreterem o máximo de gente possível, e por isso se tornam ruins por serem irritantes.Usando de exemplo o Concord, que já é unânime que é uma merda, sendo tão ruim que faliu em 11 dias com um pico abaixo de 700 jogadores e a empresa autora (Firewalk) fechou após a falência do jogo, o mesmo até tentou apelar pra ser "disruptivo ou subversivo", mas os defeitos fatais são:
- Os designs são horríveis (nessa foto acima, tem uma concept art muito bem-desenhada recusada do lado esquerdo e o design final da Emari no lado direito parecendo o boneco da Mechelin)
- A ideia deles era contraditória (o jogo era pra ser um Hero Shooter realista, sendo que Hero Shooter é feito pra, como o nome disse, parecer que é composto por heróis, seja pela ação e classes mais caricadas como Team Fortress 2 ou um jogo que mistura armas, habilidades e ficção científica como Overwatch e Paladins, além da ideia de ser "realista" deixou o jogo muito morto)
- Como eu disse, o foco excessivo em tentar militar pelos grupos minoritários e falhar em ser sequer um jogo (o jogo era tão desbalanceado e sem desafio que jogadores platinarem o jogo quando ele tava no ar, e a falta de beleza e identidade do jogo já não atraiu ninguém), sendo que as pessoas interessadas na militância nem ao menos gostam de videogames (o que pra quem tá a mais tempo falando de jogos, como eu, já nem é de hoje até ouvir gente falando que a Nintendo era "machista" só pelo clichê da Princesa Peach em apuros na franquia do Mario, ignorando os momentos de empoderamento dela, ou o empoderamento total de personagens como Samus e Zelda).
LGBT's e minha sexualidade
Curiosamente eu demorei muito pra desenvolver personagens de grupos LGBT+, em parte por ter sido criado numa família conservadora (lembro até hoje de uma vez que quando eu contei pro meu pai sobre o casal de Isabella e Julie, o meu pai falou algo como "você não quer fazer um casal de homem e mulher pra manter a tradição?", o que obviamente recusei a ideia porque não fazia sentido e não tinha a menor ligação um casal lésbico de personagens e algo como "destruir a tradição", parece aquelas conspirações que o pessoal mais velho falava que a Disney planejava destruir as famílias tradicionais só porque algumas famílias de personagens não tinham mãe ou/nem pai), mas naturalmente eu tive ideias de casais "LG" como a Isabella e Julie, justamente por terem mais química que Isabella e Naej (que era pra ser uma ideia inicial, mas eu já tava desistindo dessa ideia quando a garota que usei de inspiração pra Isabella tava começando a me odiar, então mudar os casais já era o suficiente pra desassociar a Isabella daquela garota).Falando nas personagens LGBT, e como eu também falei antes sobre o Clube do Livro Larapink, eu já estive planejando criar a Jane Scarlet Albakar como uma personagem lésbica, e às vezes eu criava pequenas histórias dela tendo alguma namorada diferente, as outras não tiveram muita participação porque eu não planejei grande coisa pra elas, e meio que ficou como se esses namoros da Jane fossem mesmo namoros curtos de adolescente, com exceção da Aline Suna, que eu criei com um melhor planejamento, inclusive pra se conectar ou conectar Jane às Larapink, e embora eu tenha muitos planos pra essa Aline, não vou dar spoiler porque eu ainda tô começando a melhorar a habilidade de cumprir minhas palavras.
Como eu desenvolvo meus personagens (num geral)
Só pra concluir mesmo, vou falar sobre uns padrões que uso, principalmente no tempo atual, pra criar os personagens de Projeto Dream.
- Inspiração: Eu misturo inspirações (em momentos em que estou quando vou desenhar ou escrever o personagem) e referências (elementos de imagem, história e personalidade de diferentes bases antes de criar o personagem final) de diferentes lugares.
- Design: O design é variado, o padrão geralmente em baseio no conceito do personagem junto do que as minhas histórias já têm a oferecer.
- Poderes e Personalidade: Embora eu não limite os poderes a personalidade dos personagens, eu crio poderes pra serem uma identidade pros personagens tanto quanto a personalidade (identidade mental e rotineira) dos mesmos.
- Camadas por Antítese: Eu crio os personagens com as primeiras camadas de personalidade e história que serão os estereótipos (no bom sentido, apenas a parte que será mais marcante) com as próximas subvertendo as anteriores (com momentos dos personagens tendo personalidade oposta ou inclinada longe da base original), com isso eu evito criar uma personalidade tão misturada ou vaga que soa que o personagem não tem uma, ao mesmo tempo que tão unilateral que se torne unidimensional/flanderizada.
- Punchline: Meus personagens em sua maioria têm algumas características usadas como base pra punchline das piadas mais a ver com eles.
- Expandir e Estender: Eu uso como ideia, não só pra novos personagens, mas pra história toda, a ideia de Expandir (criar ideias novas e diversificar o que posso oferecer na minha narração) e Estender (continuar, completar, implementar ou atualizar o que as ideias já colocadas também podem fazer ou ter).
Até mais!