Blog do dia

Homem-Aranha: O Herói de Todos os Públicos

29 de dez. de 2024

Como eu ensinei alguém a desenhar

Uma vez eu inventei de colocar uns ensinamentos de um dos meus blogs do mês em uma prática mais inusitada: em que em vez de só eu usar aqueles conselhos de melhoria de vida e cotidiano pra mim mesmo, eu também mudar a vida de alguém, em que com isso eu ensinei um webamigo (que no caso chamarei só de Gabriel, por ser o nome real mas a única parte do nome que precisarei mostrar), eu percebi alguns problemas de procrastinação que ele sofreu, que incluíam:
  • Sono desregulado e excesso de faltas nas aulas (o que eu também ensinei ele a resolver, mas não será o foco)
  • Medo da morte e uma aparente culpa pelas faltas e pelas procrastinações (que também não será o foco desse blog, mas eu também ajudei ele a resolver e no blog do link acima tem até uma versão estendida do que eu ensinei pra ele superar)
Mas de qualquer forma, sobre o motivo de ensinar ele a desenhar, teve além do motivo experimental, esses seguintes outros motivos:
Ele não sabia desenhar enquanto eu mostrava vários desenhos pra ele.
Eu tava lembrando de outro webamigo (que dessa vez não vou citar nomes) que ficava se lamentando muito por não saber desenhar, e quando tentei ensinar esse a desenhar acabamos brigando e eu perdi ele, então quis evitar o mesmo erro.
Isso provaria o ponto de que desenhar não é um dom que se nasce pra conseguir fazer, e sim uma prática por disciplina.

Desenhos antes do treinamento: Antes de tudo, vamos ver como ele desenhava antes (Segundo ele, desses desenhos, o mais antigo era de Setembro desse ano, então mesmo com meses de diferença é algo muito recente).
Eu não teria moral pra julgar se não fosse experiente com desenhos e nem fosse um mentor dele, mas bem, explicando com mais precisão os defeitos foram:
  • Ele desenhava sem rascunho (o que é bem ruim pra desenhos grandes como esses, ainda mais digitais) e não acabava os desenhos.
  • Rabisco cabeludo (sabe quando você desenha fazendo várias rabiscadas pequenas e parece que o desenho é peludo? lembra bastante isso, e é algo bem amador).
  • Pelo que parece são todos personagens originais, porém, seja com ou sem os problemas anteriores, tem também o detalhe de que o Gabriel não tinha uma base exata pros seus desenhos, como alguma referência).
  • Também ele nunca tentou desenhar outras coisas (o oposto de como foi na sequência que vocês verão abaixo)
Com base nisso, eu resolvi preparar um desafio pra ele que era de desenhar uma coisa por dia, em 7 dias (ou eram pra ser 7 dias porque eu tive que alongar até ele corrigir falhas de alguns desenhos).

Dia 1 (uma maçã, uma laranja e uma pêra): Não quero enrolar muito porque o foco são só os desenhos.
Esse desenho ficou muito bom (nem considerei essa maçã sem cor encima da maior e pintada, porque pra mim foi mais um meme, apesar que ele citou que tava inseguro de como ele desenhou as maçãs)
A laranja eu achei engraçado (seja por eu gostar de Laranja Irritante e achar irônico logo a laranja levar uma facada).
Por algum motivo a laranja e a pêra tiveram rostos, o que pra mim foi até melhor por ele tar usando não só uma base real (eu mandei ele desenhar tudo à mão pra deixar o celular livre pra pesquisar as referências e tirar as fotos) mas também o que ele pensava.

Dia 2 (peixe): Esse, assim como o dia anterior, foi difícil porque o Gabriel ainda procrastinava muito (demorei um pouco pra descobrir com mais detalhes a motivação dessa procrastinação).
O chapéu e o cachimbo são obviamente baseados no Sherlock Holmes (não sei se foi pelo formato do peixe não encaixar ou por ele não ter sido bom em replicar, mas ele acabou fazendo um chapéu genérico, infelizmente). Mas ele não só tentou mas terminou o desenho desse dia, problema seria se ele não começasse.

Dia 3 (queijo): Esse dia foi mais simples, e pra motivar ele a desenhar, eu desenhei vários queijos.
Eu fiz vários tipos de queijo (como um queijo amarelo, brie, queijo rosa, gorgonzola, e até a muçarela italiana que é bem diferente da muçarela de supermercado).
Mas o queijo de desenho infantil que ele fez foi suficiente.

Dia 4 (corvo de óculos): Diria que nesse dia ele falhou miseravelmente, seja pelo personagem ter sido muito humanoide, ou não parecer um corvo, ou por ele tentar desenhar pena por pena, o que é um erro porque a gente só desenha de fato o detalhe das penas se for na cauda e nas asas.
Como dito antes, ele teve problemas em procrastinar, segundo ele porque:
[Junto dos motivos dele, estarão citados meus contra-argumentos]
  • Ele se sentia precisar "se preparar mentalmente" antes de começar: O que é estranho dizer, mas "se preparar mentalmente" é óbviamente uma desculpa de quem vive despreparado pra tudo, e precisa conscientemente se preparar pra atividades tão fáceis, como desenhar (nem é julgando, considerando como ele se saiu, e como é só um desenho por dia, é fácil até demais).
  • Ele se sentia que os desafios tavam "muito fáceis" e ele supostamente poderia fazer depois: Obviamente deixar as coisas pra depois sendo que ele tem certos problemas de memória e foco significava desistir de fazer essas atividades (ele só não esquecia porque eu ficava lembrando, motivando e ensinando como fazer), além disso de que:
    • Não fazer as coisas independente de ser fácil ou difícil é meramente uma atitude preguiçosa, mas não fazer especificamente por ser fácil é arrogância ou vaidade, por que a pessoa se coloca como "superior" demais pra fazer algo que, sendo fácil, a prioridade pra fazer é maior e é menos estressante.

Dia 5 (segunda tentativa): Fiz ele tentar de novo em vez de seguirmos pro que era pra ser o desafio do quinto dia.

No dia 6 ele não desenhou, e como punição ,ele teve que desenhar os desenhos de dois dias em um (se ele não fizesse naquele dia, no seguinte seriam 4 e assim a diante).

Dia 7 (cápsulas de remédio): Entreguei pra ele uma foto de uns potes de vitamina C que eu tomava pra evitar gripe.
As torres gêmeas.
O que eu mais gostei foi ele ter desenhado até mesmo uma mesinha pros recipientes de remédio/vitaminas.

Dia 7 (traço contínuo): Na ideia inicial era pra ele desenhar um olho, uma pena e uma salsicha, o que eu inventei de falar pro Gabriel tentar em traço contínuo, mas não sei o que dizer porque ele até tentou fazer em traço contínuo (quando desenha algo em uma única linha), e que eu recomendei como exceção o olho que obviamente seria impossível pra um iniciante que nem ele.
Mas obviamente ele entendeu errado, com rabisco cabeludo de novo, ele desenhando conectado em uma linha (sendo que eu não disse isso, era bem óbvio que cada um era pra ter seu traço contínuo), e suspeitamente a pena e a salsicha tinham detalhes que não dá pra fazer com traço contínuo (e lembro que ele gravou o vídeo e ele desenhou a pena fora de tela).

Dia 8 (segunda tentativa): Eu fui ajudar o Gabriel a tentar de novo, e até mostrei pra ele umas ideias de como desenhar essas ideias juntas, separadas, normais ou em traço contínuo.
Porém, o desenho que ele fez no dia foi pior que a tentativa anterior.
A pena parece uma assinatura, o olho parece aquela Primeira Palavra do Projeto Dream, e a salsicha tá bem genérica, mas diria que o ponto positivo foi ele fazer mais a ver com o traço contínuo, e ainda acidentalmente fazer meio que uma arte abstrata.

Dia 8 (polvo com coroa): Sinceramente o meu favorito do desafio todo.
Achei fofo esse polvo nesse traço, e gostei como ele fez basicamente uma pose pra ele e seus tentáculos, ou a espada e capacete (que ele admitiu que foi baseado numas mídias de Rei Arthur que ele viu sobre) e um trono com tapete vermelho.

Não teve nada no dia 9 mas no dia 10 eu só pedi um desenho adicional como um tipo de iniciação e pra ver como ele se saía dessa vez desenhando um personagem humanoide.

Dia 10 (Goku): Ele tava inseguro da qualidade desse desenho (não perguntei na hora se tinha algo sobre anatomia ou outra coisa, mas eu mesmo lembrei ele de como ele desenhava antes e convenci que ele realmente tava melhor que antes).

Com esse desafio que propus pra ensinar ele a desenhar, que conclusão eu tive junto com o Gabriel?
  • Eu pude comprovar o meu ponto de que desenhar não é uma habilidade de nascença e sim algo que se aprende a fazer.
  • Desenhar personagens é difícil e era necessário treinar desenhando outras coisas, seja por serem mais fáceis e acostumar a desenhar melhor ou porque um bom artista não pode desenhar só a mesma coisa.
  • Também pude ajudar o Gabriel a expressar melhor a criatividade e, mesmo com um hobby que eu tava ensinando pra ele, com essa proposta de aprender a desenhar praticando ele melhorou (mesmo que a um nível mínimo) a produtividade e o ensinei melhor sobre prazos.
Porém, eu mesmo avisei que pra ele melhorar a partir daí ele tinha que praticar, seja pra ir em diante sem minha ajuda ou pra não decair esses dias de treino e desenho.

Até mais!

24 de dez. de 2024

Deuses, Símbolos e Mitologia

Esse blog eu planejei também misturando coisas que eu já pesquisei sobre, porém, em vez de alguma dica de vida, são só algo misturando o que eu sei sobre simbolismos e mitologia com experiências próprias criando algo pra minha história.

Deuses e como criar um panteão
De forma parecida com o jeito que eu falei sobre o Necronomicon, mas agora sobre deuses de mitologias comuns e fora de algo do terror, os deuses são sempre representações de algo superior, geralmente em alguma aparência familiar (alguns se parecem humanos, outros com animais ou híbridos, e os de mitologias mais modernas podem ser mais abstratos e terem seu design baseado no simbolismo deles), poder baseado em um domínio (que podem envolver a natureza, como Céu, Submundo/Morte, Colheita, Oceano, Amor/Fertilidade, etc., ou a civilização, como Fogo, Comércio, Mensagens, Justiça, Guerra, etc.) que deve ser importante tanto para o mundo em que a mitologia se passa quanto pra civilização que o habita, o que é óbvio.
Esses deuses devem ser retratados no panteão com um certo respeito, principalmente dos mortais, e o seu poder deve ter uma influência necessária pro universo, seja direta (principalmente os deuses maiores e mais importantes, com domínios mais necessários e mais cultos sobre eles) ou indireta (seja pra deuses menores, ou variações de algum deus, como avatares, ou algum tipo de deus proibido que não pode ser cultuado por motivos como o perigo do deus, ou por ser um deus falso ou maligno, ou por alguma lei na sociedade desse mundo). Há uma infinidade de formas, porque o que basta é representar eles como algo realmente divino (por esse traço superior ou transcendente, ao ponto de sua influência ser mais interpretada do que vista em totalidade).
Com isso, o Panteão (do grego, significando Todos os Deuses) é tanto uma união e organização dos deuses catalogados quanto a explicação deles e também dos semideuses (que têm poder divino em escala menor e força sobrenatural num corpo humano, sendo filho de um deus com uma humana ou alguma raça intermediária de deuses e humanos), que embora façam parte dos mitos e lendas mais mundanos, esses também podem participar tanto tendo intervenção como os deuses, ou existindo como personagens de destaque.

Símbolos na divindade ou na cultura
Não adianta a mitologia da história ter seus deuses e a adoração deles, se não há símbolos que representem sua presença, seja em amuletos protetores (como o Olho de Hórus, que é tanto um amuleto que protege de azar e inveja quanto uma referência à luta de Hórus e Seth em que Hórus perdeu um dos olhos), em identificação dos cultos, lendas e filosofias (como o Yin-Yang do Taoísmo e aquela roda de Samsara do Budismo), muitas das vezes tendo a ilustração de algo abstrato (abstrato pode significar tanto algo interpretativo quanto algo que é meramente desenhado) que representa algo maior.
Olho de Hórus, talvez muito comum em algumas artes (seja desenhos animados, ilustrações ou vídeos) que tinham alguma representação do misticismo egípcio, era pra ser um símbolo sagrado, seja por ser um olho poderoso de Hórus/Rá, ou por algo como o chamado Nazar (um amuleto em forma de olho azul com a crença de que protege do azar e da inveja).
Esse olho pode ser a inspiração do triângulo com olho que era comum em notas de dólar (e que inspiraram rumores de Illuminati que tinham um certo hype nos anos 2000 e 2010 mas só geraram uma onda de preconceito com qualquer símbolo que tivesse olhos ou triângulos), e que falando nesse triângulo, ou pirâmide, uma pirâmide pode também representar arquitetura, pois tanto pirâmides egípcias quanto maias foram os maiores feitos de arquitetura de suas civilizações, seja pelo grande planejamento, grandes quantidades de recursos usados ou até mesmo a ligação com a astronomia (pois são alinhadas com estrelas).
Embora o Yin Yang seja conhecido pela religião Taoísta, achei também essa arte com escudos romanos com artes que incluem algo similar ao Yin Yang. Taoísmo é
 uma religião e mitologia que dita que o bem e mal são subjetivos, e que a dualidade maior está ligada à natureza, como o Yin que é o mundano e a escuridão e o Yang que é o espiritual e a luz, e embora esse tenha sido um resumo base pra explicar o contexto, essa cultura é bem mais rica que isso, como o Wu Xing (5 Formas, ou 5 elementos: fogo, água, terra, madeira e metal, que são elementos importantes pra essa cosmologia), o Chi (conhecido como Qi na China, ou Ki no Japão) que é uma energia mística associada tanto à medicina quanto a poderes místicos, etc.
O Budismo, que também compõe a mitologia e tradição chinesas, tem herança de elementos hinduístas como o Samsara (um ciclo de renascimentos, cujos tipos de reencarnações que a pessoa pode assumir tem relação ao Karma que é como o budismo e hinduísmo interpretam sobre como nossas ações têm consequências que se voltam contra nós), apesar que essa rota significa também o caminho óctuplo (algo como um guia budista pra assumir o melhor caminho e atingir a iluminação).
Falando no Budismo, bora tirar o elefante austríaco da sala. As suásticas já existiram em civilizações em quase todo o mundo, e pararam de usar principalmente no ocidente por culpa do bigode austríaco (tanto que, em Projeto Dream que eu tô escrevendo, como não teve esse bigode austríaco interferindo na Segunda Guerra Mundial, eu até planejei adicionar referências ao Manji, e fiz de formas muito indiretas porque ainda sei que vai ter gente ignorante falando mal como se o símbolo fosse exclusivo do bigodudo monobola, assim como eu mostro num blog sobre a sociedade La Chapellin e no começo desse outro blog), e óbvio, a suástica maligna não é só girando pro lado esquerdo como o pessoal fala, ela também é inclinada, inclusive pelo que parece há uma certa combinação de símbolos (misturando o Manji japonês, que é retinho, com a suástica nórdica que é inclinada e gira pra esquerda), porém, em ilustrações antigas como os primeiros quadrinhos do Capitão América e da Marvel num geral, a "suástica maligna" nunca era do jeito que era usado na Alemanha.
Só de curiosidade, o nome chinês do Manji (suástica budista) é Wanzi, e mesmo a "suástica boa" pode ter variações, como a Omote (girando pra direita) que é o clássico símbolo da paz (e falando nisso, pelo que eu saiba Tokyo Revengers tentou adotar essa simbologia pra tentar "revitalizar" o significado bom, mas obviamente saiu pela culatra, afinal, nem fudendo que um anime sobre um bando de loiro com roupas pretas e vermelhas falando sobre violência tariam usando um treco desse pra paz), e é o formato de um dos tempos do Zelda 1 de NES, enquanto o Ura (girando pra esquerda, mas também retinho) representa força, intelecto e até poder. Mas assim como eu falei, é melhor evitar ficar usando esse símbolo pra todo lado e, quando for representar nesse sentido budista, também deixar bem contextualizado, porque até hoje é algo desconhecido.
Agora falando de algo mais fofo: O Claddagh é o nome de um anel especial celta, cujo topo tem como símbolo duas mãos segurando um coração com uma coroa (as mãos representam união, o coração o amor, e a coroa a lealdade e o valor), e temos algo equivalente como os anéis de casamento.

Poderes e Magia
Como já falei um monte de vezes nesse blogspot sobre monstros e criaturas, eu vou (antes de falar de novo sobre eles) falar sobre como organizar um sistema de poderes, magia e misticismo, pois isso pode ter diferentes significados e contextos, e agora irei dividir em tópicos alguns exemplos pra ficar mais organizado e até mais compacto (pra compensar o quão longo ficou o segundo assunto ali acima):
  • Alta Magia e Baixa Magia: Explicando algo citado por Eliphas Lévi, a Alta Magia se trata de magias adquiridas de cerimônias de maior esforço mas de maior recompensa, como algum grande culto aos deuses ou espíritos necessários, enquanto a Baixa Magia são as magias praticadas por superstições (aquelas lendas menores, geralmente sobre o que se fazer a pessoa será recompensada ou punida, a maioria sobre sorte) e relíquias comuns (seja algo que dá pra carregar no corpo, como amuletos já citados, ou varinhas Wicca mágicas que conduziriam energia da natureza, ou colocar na casa, como estatueta Hindu de elefante virada de costas pra porta pra trazer sorte, ou o Maneki Neko japonês que traz fortuna).
  • Seidr e Chi: São dois sistemas de poderes místicos usados (em respectivo) nas mitologias nórdica e CHInesa, e ambos podem ser usados tanto de forma "maior" (como pra rituais, como a medicina chinesa e a acupuntura, ou pra extrair algum poder divino, assim como no panteão nórdico o poder de alguns deuses como Odin e os Vanir possuem o Seidr, que é ilustrado como uma magia rúnida especial) quanto "menor" (em que atos cotidianos, como uma arte marcial ou alguma habilidade caseira, quanto bem feita pode ter essa energia em maiores quantidades). Numa fantasia mágica é mais do que válido adicionar propriedades mais específicas, como os elementos e melhorias que cada feitiço que use o Qi ou as Runas pode fazer (assim como RPG's tradicionais incluem em magias a interpretação ou a escritura de runas).
  • Alquimia e Astrologia: Eu citei antes sobre Astronomia (a ciência sobre as estrelas), e como disclaimer, temos como algo separado a Astrologia (o misticismo em que as estrelas, os planetas, a Lua e o Sol teriam algum poder divino, seja por representar esses deuses ou por terem nelas algo escrito sobre o destino ou a espiritualidade), o que tem elementos combinados com a Alquimia (que embora tenha muitos estudos científicos, seja pela química ou por alguns inventos, alguns simbolismo e filosofias serviam tanto pra explicar o que eles estudavam quanto pra ocultar o que eles não queriam espalhar, tanto que a Crisopeia, que é a transmutação dos metais "ruins" em ouro, surgiu como uma metáfora pra iluminação e pra sabedoria, algo que era gravemente censurado na Igreja, e entre os produtos criados com a justificativa mística temos os boticários, que eram originalmente gente que mexia com perfumes e medicinas pra fazer os cosméticos, algo anterior aos remédios de hoje em dia).
Sistemas de poderes esses feitos pra algumas mitologias e filosofias pra poder fazer algo além de só um sistema com poderes de força e energia que acabaria muito genérico.

Feras, monstros e reinos
Geralmente, numa história em que os deuses têm um grande foco e interferência, é válido colocar que esses deuses criaram totalmente os seres de seu mundo ou faziam com que os seres se tornem em outros (que numa mitologia tradicional geralmente envolve a corrupção e purificação dos seres em outros, mas considerando o que temos hoje, dá pra misturar com evolucionismo), com isso há também a justificativa pra origem de diferentes tipos de criaturas possíveis pra esse mundo.
Outra opção de criaturas/seres pra adicionar inclui espíritos (qualquer ser que, embora vivo e energético, não possui tanta ou nenhuma materialidade), demônios (não inclui só seres malignos ou que usem seu poder pro mal, mas também seres intermediários entre deuses e mortais, com poder mágico avançado e esperteza, embora possa haver variações boas como os anjos e elfos, ou selvagens como os gênios/djinn/ifrits) e elementais (seres compostos por elementos da natureza em sua forma mais pura), e dependendo da mitologia, os dragões podem ser tanto o topo da hierarquia dos monstros quanto algum tipo de seres semidivinos porém selvagens (seja algo natural, como os dragões chineses, ou caóticos como os dragões europeus).
Mas agora explicando algo menos falado aqui, mais a ver com algo de Projeto Dream por falar de multiverso e dimensões, e também que pode ser uma recomendação pra elevar a cosmologia e misticismo do mundo das mitologias que vocês criarem, algumas mitologias incluem conceitos de mundos que estejam, não só conectados ao mundo humano, mas têm sua função cósmica, como:
  • Yggdrasil: Na mitologia nórdica temos o Midgard (que pode ser interpretado como a Terra ou todo o mundo material), Asgard (reino dos Aesir, um grupo de deuses de domínios humanos), Vanaheim (reino dos Vanir, um grupo de deuses de domínios da natureza), Alfheim (da onde vêm os elfos, que na mitologia nórdica são os responsáveis pela luz do universo e também grandes portadores da magia), Muspelheim e Nilfheim (o reino de fogo que traz calor e modela e equilibra o gelo do reino de gelo paralelo, e dependendo da interpretação, esses reinos podem ter seus tipos de gigantes - que na mitologia nórdica são poderosos ao ponto de rivalizar com deuses, e grandes ao ponto de Ymir ter sido remodelado em Midgard após a morte -, não só em Jotunheim), Svartalfheim (sendo Svartalf, ou elfos escuros, um tipo de elfos sem a escuridão de Alfheim, e que incluíam os anões, que dependendo da história de fantasia os anões podem ser uma raça vizinha/rival ou uma variação dos elfos) e Helheim (reino dos mortos).
  • Cosmologia chinesa: Digo assim e não "cosmologia hinduísta/budista" ou "taoísta" porque a cosmologia chinesa mistura vários conceitos em um mundo mais completo, além do Reino do Desejo (que tem os 6 reinos das reencarnações, que são os reinos humano, animal, Naraka/Inferno - que no Samsara os mortos desse reino são punidos por tempo suficiente até serem purificados e reencarnarem de novo -, Preta - algo similar a vampiros, por serem espíritos com uma fome eterna -, Asuras - que são tanto demônios quanto semideuses corruptos ou algo similar aos Jotun/gigantes nórdicos - e Devas - deuses comuns, e inspiração da terminologia dos Deva a deuses menores em Projeto Dream), o Tian/Reino do Céu (onde habitam deuses acima hierarquicamente do Reino do Desejo), Mundo das Formas (algo que mistura tanto algo similar ao mundo abstrato das filosofias de Platão e Aristóteles, da onde viria toda a imagem e forma da realidade) e o Mundo Sem Forma (como se aquilo que habita essa camada da existência está transcendendo tudo que existe), além das Marcas da Existência, como Anatta (em que nada é independente, e tudo está ligado as coisas com as outras), Anicca (nada é permanente, tudo muda) e Dharma (a ordem natural da natureza, na mitologia chinesa o Tao/"Caminho" é tanto o nome taoísta do Dharma quanto a aplicação do mesmo pra todos os mundos dessa mitologia).
  • Makai e Oblivion: Agora me baseando em duas obras populares, tem algo interessante que dá pra extrair de ambos o Makai e de Dragon Ball e o Oblivion da série The Elder Scrolls, que é o fato de ambos serem reinos que abrigam entidades místicas de diferentes níveis e também ser um reino muito rico em magia. Atualmente em Dragon Ball Daima tá sendo explorado esse reino, incluindo novas explicações da origem dos Namekuseijins, Shinjins (Kaiôs e Kaioshins) e até Saibamen ligados a demônios como a raça do Majin Buu e até mesmo [Spoiler] um deus chamado Rymus, que é a contraparte Kaioshin de Zenô, mas bem, ultimamente estive jogando Skyrim e uma magia que eu amo usar são as de Conjuração, e dos principais que dá pra conjurar temos os Astronach de fogo, gelo e eletricidade, e os Dremoras, e de seres "selvagens" que temos vindos do Oblivion (reino da onde vêm os Daedra conjuráveis), temos também uma lenda sobre a origem dos vampiros (descendentes de uma humana com um Príncipe Daedra).
[Parando pra pensar, Skyrim fez uma versão waifu do Chama bem antes do Chaquetrix]
Esses foram vários conceitos que eu pude juntar pra conectar a ideia de várias raças (seja de monstros, tipos de deuses, ou entidades menores como demônios e elementais) pra poder assim fechar essa parte com chave de ouro, assim como dá pra conectar pontos como o poder das relíquias ligados a deuses, à natureza ou ao poder dos símbolos e superstições, ou a construção de um folclore pra conectar o que é real e o que é mal interpretado num reino mágico, e também essa ideia de um "multiverso" (entre aspas porque meio que o sentido é bem diferente do tradicional) pra origem de deuses, poderes e criaturas.

Até mais!

16 de dez. de 2024

Como Desfoder a Porra da Sua Vida

Olá, pessoal, eu sou o Jean Galdino e isso pode soar anticlimático publicar logo uma publicação motivacional com título agressivo no mês do Natal (uma data feita pra ser fofa, alegre ou até cristã, com o Cristianismo pregar e prometer a paz), mas tanto ultimamente tá sendo um ano tenso pra mim e pra webamigos meus, quanto a chegada do Natal tá me lembrando aquele tal Caso Choquei, quando a jovem Jéssica Canedo "automorreu" ano passado, e também eu posso compilar muita coisa que eu aprendi, seja com experiências próprias ou com diferentes vídeos que eu assisti e com os quais aprendi.
[Aviso: Esse texto será GIGANTE, então só lê se tiver vontade ou tempo pra ler]

Introdução e Justificativa

Como dito antes, esse ano foi bem chato pra mim (blog, faculdade, emprego, redes sociais e família), seja por uns momentos ruins ou por transformações bem difíceis no meu cotidiano, e ano passado, embora mais tranquilo pra mim, teve umas notícias ruins como a tragédia da Jéssica Canedo e do Daniel Penin (que embora seja alguém contra a Choquei, se aproveitou da morte dela tanto quanto essa rede, e perdeu o hype depois que foi pego na mentira), assim como alguns webamigos meus terminaram ou tão terminando o Ensino Médio (sou mais velho que alguns deles e só simpatizei por eles entenderem alguns assuntos mais juvenis que eu tinha).

Desafios do Ensino Médio

Óbvio que a educação no Brasil é bem ruim e as escolas tentam ensinar matérias aleatórias de má vontade, mas esse não é o foco, mas sim alguns problemas socioemocionais que muita gente tá enfrentando, não só quem eu conheci na internet, mas indo por partes, temos:
  1. Sono: Um webamigo com o qual mais conversei esse ano esteve enfrentando problemas sérios de sono, ao ponto de perder dias inteiros de aula por não dormir direito e acordar muito tarde. O que eu recomendo pra resolver e evitar isso é: Sempre anotar o que vai precisar fazer no dia seguinte ou em outros dias (pra não ter que carregar na cabeça); Ter um bom despertador (de preferência com um som bem irritante e alto, pra te acordar e você não se arrepender da música ficar irritante); e Dormir cedo, mas num horário condizente (equilibrar os horários pra que possa dormir em média 8 horas por noite).
  2. Interação social e fala: Eu já vi até mesmo em faculdade gente inexpressiva ao conversar (isso é, uma aluna irritante que narrou de forma tão estática um TCC que afetou a nota dela), por isso, é necessário conversar de forma bem solta (sem formar parecer estável ou calmo, porque senão vai parecer que você vai tar falando pra dentro ou com muita vergonha) e ter uma variedade de assuntos (seja de mídia popular ou do cotidiano entre você e a outra pessoa, pra que ambos se entendam). Também é necessário ter coragem pra conversar com pelo menos as pessoas certas (aquelas que você terá a melhor relação ou mais vai precisar ter moral e associação), porque por exemplo eu precisei conhecer uma quantidade razoável das pessoas no emprego e na faculdade pra que possam confiar em mim e até me ajudarem.
  3. Arte e Metas: Outro problema que eu vi em webamigos específicos (que também não irei citar por não ser o foco falar sobre eles), em que já vi alguns me invejarem ou invejarem outros amigos meus (mistificando que a gente tinha algum "dom" pra desenhar, mas óbvio que desenhar não é um "dom" que se nasce e sim uma disciplina), ou outros que simplesmente não desenvolvem habilidade alguma, e por isso não têm algum hobby criativo, nem algum preparativo pra um novo emprego e nem algo pra preencher o tempo livre.

Estresse

O estresse é qualquer reação a perigos, seja essa reação física ou emocional, mas ultimamente muita gente anda sofrendo estresses emocionais, principalmente por ansiedade e antecipação, incluindo um forte medo do futuro e dificuldades extremas de dormir.
  1. Teleofobia: Há muita gente com forte medo do futuro, e nem tô falando de, por exemplo, medo de morrer ou de perder alguém (isso eu explico no outro tópico), mas sim até mesmo o medo das consequências que pode ter no dia seguinte por exemplo. Um colega de trabalho meu admite que já se sentiu na necessidade de ajudar todos que conhece e ele já teve alguns problemas com as pessoas não conseguirem o ajudar, como depressão. É necessário lembrar que vocês não vão precisar ajudar todas as pessoas, apenas as pessoas que você precisa ou pode ajudar, como por exemplo eu ter tido uma amizade e proximidade logo com esse colega desde meus primeiros dias de trabalho. Se preocupar com o futuro sem fazer nada no presente só vai te deixar no passado.
  2. Memória: Estresse pode dificultar a formação de novas memórias e a atenção, e por isso é necessário ter alguma forma de manter a calma (como superar esse medo do futuro) ou anotar (por exemplo, escrever o que você passou no dia, ou precisará fazer em outro, e até os seus sonhos e ideias, em um diário) pra, além de conectar as suas memórias a um objeto e lugar (e ligar pontos melhora a memorização), também pode traduzir o que você está pensando em letras e imagens (habilidades artísticas como desenho e boa letra melhoram muito nas anotações), ficando mais tranquilo de relembrar.
  3. Pensamentos Ruins: Estresse também causa depressão, uma tristeza tão forte que afeta o corpo (lembro de uma vez que eu caminhava no bairro e me sentia fisicamente mais pesado que o normal e até mais fraco), mas também é consequência de uma vida difícil (eu tive por causa da pandemia, problemas de nota no Ensino Médio e também tava meio de mal com minha mãe), e como é um estresse ao ponto da mente criar ideias de como resolver isso com a morte, ou pensando se a morte não seria tão ruim, era uma das poucas coisas que foi mais difícil resolver, ao ponto de durar até o tempo que eu tinha emprego, enfim eu só pude destruir isso da minha mente ao ser sincero comigo mesmo: Admitindo que aquele tipo de pensamento (seja os pensamentos suicidas ou os pessimismos gerais) só tava me fazendo mal e que eu não podia aceitar, e que eu tinha que encarar a minha atual como ela realmente tava: ela tava boa, no mínimo muito melhor que quando a minha depressão começou.
  4. Necrofobia: O mesmo webamigo meu que admitiu ter tido problemas de sono e de habilidades artísticas já admitiu tendo medo da morte por acreditar no risco de acabar encontrando um "Inferno eterno" ou uma "Inexistência eterna" depois de morrer (sendo que ele tem 17 anos e ainda nem terminou o Ensino Médio, é bizarro ele ter esse tipo de pensamento mesmo sem ter depressão), o que eu rebati com pensamentos como:
    • Quem tem medo da morte é quem não tá vivendo direito: O que realmente era o caso dele, ele não conseguia estudar direito, virava muito a noite, só tem amizades na internet e até jogava LoL, e durante as explicações eu completei que qualquer vida pode no mínimo parecer mais longa que realmente foi se a pessoa tá desfrutando ela direito, seja fazendo tarefas corretamente ou se divertindo com entretenimento e lazer;
    • O que deixa tão diferente a eternidade depois da morte e a antes de nascer?: Tanto que, em pensamentos depressivos, há também pensamentos sobre nunca ter querido nascer, sendo que nascer é o oposto de morrer assim como a existência só começa com o nascimento, por isso a gente não devia ter medo da morte assim como não temos medo de quando nascemos, porque são duas pontas do caminho da vida;
    •  A vida não é o oposto da morte: Como dito antes, a morte é o oposto do nascimento e até mesmo são uma simetria (o começo e o fim), assim como a vida não é algo que depende de uma "não-morte" pra fazer sentido ou acontecer, pelo contrário, a morte só ocorre porque algo tem vida (algo que não morre por nunca ter vida, obviamente, inclui tudo que é chamado inanimado) assim como a vida só faz sentido porque a morte uma hora chega (e que a gente tem que aproveitar essa vida antes dela acabar);
    • Sofrer ou fazer sofrer: Isso eu me baseei no budismo em vez de alguma filosofia grega ou alguma palestra, em que a gente busca viver e evitar sofrer (e mesmo que soframos, o que é inevitável, não nos apegarmos ao que nos fez sofrer), assim como evitar fazer os outros sofrerem (o que até Buda diz que é algo difícil porque muita gente só não sofre porque fez os outros sofrerem), e por isso, qualquer coisa boa ou ruim que recebemos é consequência das que fizemos.

Depois da Escola

Agora com algo mais suave, e como eu disse, uns webamigos tão terminando o Ensino Médio, bem como eu disse, é necessário ter disciplina (principalmente manter hábitos e a consistência de seu cotidiano) e prática (melhorar qualquer habilidade útil) pra poder se amparar, seja dentro ou fora de uma carreira. Afinal, depois dos 18 a corrida contra o tempo começa pra ter alguma forma de se sustentar, e por isso minhas dicas são:
  1. Arte e Hobby: Como eu disse antes, ter alguma habilidade artística como desenho e escrita é ótimo até fora de um trabalho, mas se quiser que isso dê certo, é bom construir seu portfólio no Instagram ou Artstation a longo prazo, se alguém estiver fazendo sua arte antes dos 18 é melhor ainda porque dá pra atrair algum contrato igualmente cedo. Ter um canal pro Youtube e começar a carreira com vídeos também é benéfico porque, dependendo do seu sucesso ou de como você sustenta o seu canal, dá pra viver só disso.
    • Sobre arte, pra quem ainda não começou a aprender a desenhar as dicas que eu tenho são: Sempre procurar referenciais pro que você precisa desenhar (deleta da sua cabeça essa ideia de que usar referência não é bom pra artista ou que artista de verdade não "copia"; referências guiam muito pra visualizar a imagem que precisa criar; até recomendo que tenha um Pinterest pra pesquisar novas referências); e Faça rascunhos (mesmo eu desenhando diretamente pra forma final, não recomendo porque é arriscado e eu só faço isso porque meu traço é muito simples e eu sei o que tô fazendo; você precisa primeiro desenhar as formas que irão mapear o desenho antes de transformar na forma final).
  2. Faculdade: Faculdade é recomendável pra caso tiver tempo e oportunidade (afinal, não adianta fazer qualquer faculdade por pressão social ou familiar e acabar escolhendo alguma que não lhe agrada ou não é tão boa pra abrir vaga, como filosofia, ou fazer faculdade num lugar que não é sustentável fazer uma, como em São Paulo capital), mas caso fizer, estude ela até o fim porque é necessário e vale a pena (seja pelos benefícios da faculdade por distribuir conhecimentos – embora seja ainda melhor por cursos que dá pra complementar com a faculdade ou que são distribuídos nas faculdades, como o curso de 6 Sigma que eu fiz ano passado – e te dará acesso a cargos melhores ou no mínimo mais tranquilos), ainda mais que no Brasil há faculdades gratuitas disponíveis.
  3. Estágio: Dá pra fazer antes de uma faculdade, ou pra ter qualificação pra concluí-la ou até continuar depois da faculdade, porque a importância do estágio é que ele dá experiência pra alguns empregos (inclusive faculdade necessita de um estágio por causa da experiência prática pra assim quem se formar da faculdade já ter certa qualificação e também pôr em prática o que estudou), e isso é um preparatório suficiente pra quem ainda tá começando a carreira, embora depois de um certo tempo (como depois de terminar a faculdade) é necessário já ir atrás de um emprego.
  4. Concurso Público: Concurso público à primeira vista tem cara de coisa de NPC, por ter que trabalhar pra algo da prefeitura e ser algo que praticamente 70% da população escolhe, mas é uma boa escolha caso não tiver muita opção de emprego onde você mora (ou pelo menos pra quem mora no interioR que nem eu), e nos concursos públicos há uma forte variedade de cargos pra trabalhar e basta escolher com base na sua formação acadêmica.
    • Português: Nas atividades de português basta o que vocês aprenderam ou puderam estudar no Ensino Médio, que tem o Professor Noslen que é ótimo em ensinar isso.
    • Matemática: Geralmente envolve tanto a matemática básica quanto algumas matérias de Ensino Médio (equação de primeiro e de segundo grau, e áreas como a do círculo), e algumas provas pedem falar sobre Juros Simples (que em suma, os juros são o produto do dinheiro fixo pela taxa de juros e pelo tempo (C x i x t), e o Montante que é o total é o dinheiro fixo somado com os juros (C + J), o que eu soube com mais facilidade pela faculdade usar isso em contabilidade)
    • Informática: Geralmente falam sobre software (parte digital da tecnologia, como sistema operacional, programas e internet), hardware (parte física, como mouses, teclados, etc.), hackers (malwares – qualquer arquivo infeccioso –, phishing – um meio de hackear após enganar a pessoa pra convencê-la a passar informações pessoais – e brute force – hackear ao chutar várias senhas) e e-mail (há informações úteis como os e-mails em si terem surgido em 1971 por Ray Tomlinson, mas os primeiros sites que usaram isso popularmente começaram com o Hotmail em 1996).
    • Conhecimentos Gerais e Atualidades: Enquanto conhecimentos gerais envolve ciências humanas e naturais de diferentes tipos, embora do nível do Ensino Fundamental, as atualidades se trata de notícias que tenham impactado bastante, que pode ser desde uns poucos meses antes do concurso ser anunciado a muito poucos anos (lembro de um concurso que fiz em 2022 com uma questão sobre a morte do George Floyd que foi em 2020, e num que fiz em 2023 citou a morte da Rita Lee que era tão recente que eu não tava esperando que tivesse algo sobre suas músicas na questão sobre ela).
 

Filosofia

Depois do que eu disse sobre conselhos de como desenvolver uma carreira ou até melhoria de saúde mental, é bom alguns ensinamentos filosóficos que podem melhorar o entendimento da vida. Filosofia vem de philia (que significa amizade e é a origem da definição do Amor Aristotélico, que é a satisfação pelo que tem) e sophia (sabedoria), algo como "amigo da sabedoria", "amor pelo saber" ou "satisfação ao aprender", começando a ter sua solidez graças a Sócrates, e continuou com Platão e depois Aristóteles.
  1. Maiêutica: Busca pelo aprendizado com o diálogo, conversando e aprendendo a partir do conhecimento dos próximos, seu nome significa "parto", algo como "parir a verdade", e que é a base pra Dialética de Platão, que envolve ligar informações opostas até descobrir a conclusão.
  2. Ironia Socrática: Essa envolve questionar para certificar do conhecimento da pessoa, afinal, uma descoberta é feita quando a informação/hipótese resiste às dúvidas e se mantém verdadeira, com isso Sócrates fazia muitos de seus alunos aprenderem justamente por descobrirem como responder questionamentos que antes elas não sabiam que sequer existiriam.
  3. Mundo das Ideias e Alegorias: Platão fez diferentes alegorias pra explicar muita coisa, algumas delas usadas pra política, como o Mito da Caverna (que se trata da metáfora ao conhecimento, de como as pessoas presas na caverna são iludidas a verem só as formas – como Platão chamava os conceitos ou logos, mas na alegoria sendo sombras vistas na frente de uma fogueira, essas formas são como a gente ilustra e compreende o que era pra ser o real – mas quem sai da caverna pode ver o mundo real e iluminado, mas não pode retornar – assim como o conhecimento é um caminho sem volta, e isso também é uma crítica a como, depois do movimento Sofista e da morte de Sócrates, era raro os plebeus aceitarem os aprendizados socráticos e platônicos porque os políticos que aprenderam com filósofos sofistas só tinham a habilidade de argumentar mas manipulavam muito a própria plebe, o que coincide com a situação atual do Brasil) e a República (que cita sobre um cenário de uma sociedade perfeita em que todos tinham ensinamento eficiente e um grande poder de voto, e há uma história sobre o Anel de Giges, que se trata de um anel mágico que pode tornar a pessoa invisível e irrastreável, podendo fugir das consciências de qualquer crime que cometia, como uma metáfora ao anonimato, em que a corrupção se torna a consequência justamente da pessoa não poder ser achada e encarar as consequências).
  4. Aristóteles: Segundo Aristóteles, os conceitos na verdade surgem do mundo humano e ascendem ao mundo das ideias, diferente do que Platão dizia, de que os conceitos surgiriam do mundo das ideias primeiro, mas Aristóteles foi o primeiro biólogo (catalogando animais e plantas em categorias) e autor de alguns estudos físicos (embora alguns conceitos ainda usavam misticismo, pois Aristóteles acreditava que a matéria era composta por elementos, enquanto Platão acreditava que a matéria era composta por átomos, algo que só retornou com John Dalton em 1808, o mesmo ano que D. Pedro I transferiu sua cidadania e realeza para o Brasil, mas Aristóteles teve alguns estudos sobre a gravidade que inspiraram Newton e Galileu) e é conhecido como Pai da Lógica (por seus estudos sobre filosofia, silogismo – em suma um "jogo de ligar pontos conceitual", de conectar conceitos que se concordam em uma conclusão dedutiva correta – e linguística) e o mentor de Alexandre o Grande.
  5. Tetrafármaco: Um "remédio filosófico" de Epicuro (filósofo grego que construiu sua filosofia na mesma época), que se trata de: 1) Não ter medo de Deus ou dos deuses (baseado justamente na hipocrisia na mitologia grega ao colocar deuses como seres impulsivos, temperamentais, promíscuos e arrogantes, o que não condizia com uma raça celestial tão responsável); 2) Não ter medo da Morte (como dito tópicos acima); 3) O que é bom é alcançável (Epicuro cita em sua filosofia que pra buscar a felicidade é necessário obter o que faz bem, seja pra saúde, pras relações ao redor ou pros desejos pessoais, e evitar que o excesso desse prazer se torne doloroso); 4) O que dói é suportável (como dito antes também, sofrer é inevitável, e não devemos nos render a esse sofrimento).
  6. Quatro Verdades: Buda (o autor do Budismo na Índia) citava 4 verdades nobres: 1) O sofrimento é inevitável e o prazer é curto (Dukkha); 2) Todo sofrimento tem sua causa; 3) É necessário eliminar a causa do sofrimento (que cada um tem seus próprios sofrimentos com as próprias causas); 4) Caminho Óctuplo (são 8 passos que Buda descreveu que, resumindo, são formas de ser uma boa pessoa e ter uma vida melhor). 
  7. Amor Fati: Nietzche (um filósofo alemão contemporâneo) criou o Niilismo como justamente uma filosofia que explicava a falta de propósito e esperança na sociedade de sua época, como nascemos sem um propósito e não há um motivo metafísico pra existirmos, e o Amor Fati se trata de aceitarmos que o futuro não é algo pronto desde o início, e que devemos aproveitar a vida da forma que ela é em sua materialidade.
Outra filosofia importante é o estoicismo (do grego "stoá", que significa pórtico, um tipo de lugar com teto e pilares muito comumente associado às escolas de filosofia), que é uma filosofia sobre encarar a vida como ela é, boa parte disso em algumas formas diferentes, com filósofos de castas e tempos diferentes mas que se conectam perfeitamente.
  1. Crates de Tebas: Aluno de Diógenes (um dos homens que Platão mais odiava, mas que foi relativamente importante pra filosofia grega também) que deixou a vida de nobreza e riqueza pra conviver junto com seu mestre. Esse era conhecido como alguém bem amável. Sendo mestre de Zenão de Cítio (que fundou essa filosofia), Crates dizia justamente sobre honestidade e humildade, afinal, Crates vivia praticamente que nem um mendigo, mas seja quando ele vivia em palácios como nobre ou nas ruas junto com o Diógenes, o que ele usava como base pra sua moral e reputação não tava nos bens que ele tinha ou não, e sim no comportamento dele e nas suas relações terem sido legitimamente boas.
  2. Sêneca: Meu irmão ficava falando que "estoicismo era algo que não se pode levar a sério", sendo que ele lia A Sutil Arte de Ligar o Foda-se, cuja ideia é praticamente uma versão Geração TikTok de alguns dos princípios estoicos, como o caso do Sêneca, que começou bem mais essa parte da irreverência às adversidades, tanto que uma frase dele que me fez conhecer o estoicismo "Sofremos mais na imaginação que na realidade" (que se trata justamente sobre como alguns problemas acontecem e são mais tranquilos de resolver do que a gente é ensinado a pensar). Curiosamente, Sêneca e São Paulo (sim, o santo que escreveu Coríntios 1 e 2 da Bíblia) também se conheciam e conversaram entre si, influenciando então na filosofia cristã (o que parando pra pensar refuta também o meu irmão que se dizia "ser cristão" como desculpa pra ser contra o estoicismo, porque isso mostra a hipocrisia dele, ainda mais que Coríntios são os livros favoritos dele).
  3. Marco Aurélio: Um dos maiores imperadores de Roma ainda assim era conhecido como um dos imperadores mais justos desse império, e seu diário que tinha frases pra ele controlar suas escolhas, motivações e ideias (o que coincide com o que eu disse sobre ter um diário ou controlar seus pensamentos) se tornou o livro Meditações, que resumindo, é outro pilar estoico e se trata principalmente sobre iniciativa (há algumas frases bem importantes que dá pra explicar aqui, como "Não perca tempo discutindo como deve ser um bom homem, seja um" – que mostra que desde essa época não era certo reclamar das próprias falhas e não tentar se melhorar – e "A melhor vingança é ser diferente de seu inimigo" – afinal, se a gente quer punir alguém, a gente não pode fazer com esse alguém o que a gente condenava quando ele fazia, senão isso só prova que o que a pessoa fez era o certo e a vingança foi à toa).
  4. Epicteto: Epicteto foi um escravo que pelo que dá pra entender não tinha seu nome original registrado, tendo esse nome por significar "comprado", e ele teve uma vida bem trágica justamente por ser bem debilitado, aleijado por seu próprio mestre e também vivia doente, mas algumas das frases que ele falava eram justamente sobre o segredo da felicidade, e ele sustenta mais o pilar da resiliência. Achei frases dele como: "Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a encontrará", "É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe" e "Qualquer pessoa capaz de te irritar se torna teu mestre; ela consegue te irritar somente quando você se permite ser perturbado por ela" (inclusive duas dessas frases praticamente se conectam aos outros pilares dos outros filósofos ditos).
E só pra completar, também vale mencionar os filósofos iluministas, que também são úteis pra melhorar a disciplina e o potencial pra novos aprendizados.
  1. John Locke: O pai do Liberalismo foi conhecido por explicar o empirismo e também como a sociedade (não falando só de algo como governos, mas grandes grupos das pessoas) pode influenciar na vida das pessoas, e junto com o empirismo (uma forma de aprendizado com base em práticas e costumes), é base para a analogia de Locke da mente humana como "uma folha em branco".
  2. Jean-Jacques Rousseau: Embora Rousseau tenha se baseado em muito pouca coisa (como por exemplo a situação que áreas urbanas do tempo medieval passavam) pra justificar o "Estado de Natureza", em que o humano poderia viver melhor na natureza, ainda tem essa questão de questionar os detalhes ruins da sociedade, que inclusive influenciaram a Revolução Francesa que eliminou muito das opressões anteriores que a França passava, e também Rousseau concordava que muito que a gente aprende sobre ética e moral é deturbado pela sociedade.
  3. Immanuel Kant: Kant é mais ou menos o contrário do Rousseau, mas mais especificamente sobre como a sociedade precisa necessariamente trazer ordem às pessoas, e como os humanos são selvagens fora de uma sociedade organizada, e uma frase de Kant que é bem conhecida ("Liberdade é quando você faz o que você não quer", quando colocada no contexto certo, se trata de como não adianta Querer fazer algo mesmo sendo algo ruim, ou Não Querer fazer algo mesmo sendo algo bom, e completando com uma frase que eu conheci em um desenho – "Não força a barra, assim vai ficar pior", que ouvi em Asterix e os Vikings (2006) –, não adianta de jeito nenhum "se forçar" a escolhas que dá pra considerar melhores ou mais necessárias porque algo só começa a ser obrigatório quando a pessoa naturalmente não vai querer).
Essas citações de diferentes filosofias são justamente por explicarem o que eu precisei ensinar praticamente na primeira metade desse blog, como se fosse a bibliografia disso tudo mas também uma parte normal de toda a explicação, assim como, se você conseguiu ler até aqui, você teve foco pra querer saber o que eu apresento aqui e também interesse em mudar de vida mesmo que não use tudo o que eu ensinei aqui, o que eu entendo, até na faculdade eu aprendi que não dá pra ser 100% produtivo ou dar abertura a 100% das chegadas, porque assim como uma fila com 100% de atendimento sofre sérios gargalos, uma vida 100% produtiva é muito estressante.
Assim como eu disse que, pra desenhar, é necessário desenhar o rascunho (aquela parte mais fraca, abstrata e dividida que dá forma antes do desenho final) e ter referências pra desenhar (afinal, ninguém é onisciente pra saber tudo que precisa visualizar e também desenhar não é que nem escrever ou fazer exercício que precisa memorizar o que fazer, desenhar não é talento de memória muscular), na vida os nossos problemas sempre têm aquela parte menor (ou menos preocupante), mais compreensível (porque o que é abstrato é, embora mais simples e básico, também mais explicável, porque vem de "abstractus", algo como o particípio de "abstrahere"/"separar", como separar aquela camada mais básica da forma completa) e nunca é só uma causa, e sim várias, e também no cotidiano, seja viajando pra outro lugar ou indo achar alguma peça, sempre temos referências, como algo próximo ou a localização que o estabelecimento ou a peça fica.
Autoconhecimento é a habilidade de conhecer suas opiniões, pensamentos e limitações, e eu tive meu autoconhecimento durante o meu trabalho, descobrindo que eu tenho um transtorno comportamental associado ao autismo e que adiou por um tempo de eu ter meu primeiro emprego, o que me fez entender a fonte de muitos dos meus problemas, e que não fazia mais sentido fingir que eu era absolutamente neurotípico, já que a criação aqui em casa que me pressionava a acreditar que fosse neurotípico (e mesmo antes do diagnóstico eu já acreditava ter outros transtornos por me sentir meio sem respostas pra tantas dificuldades terem sido "naturais demais" e coincidirem com eles, até eu descobrir um transtorno que eu realmente tinha) e ironicamente isso só me causou problemas (seja eles de controle emocional, de socialização ou até de trabalhar e estudar, por não saberem como, por assim dizer, me gerenciarem nas áreas que todo esse cuidado é pouco).
Por isso eu mesmo desenvolvi esse blog: Pra desenvolver melhor o autoconhecimento de qualquer um que tenha a oportunidade de ler esse post nesse blog, que inclusive eu não sabia como eu voltaria a escrever aqui depois de um mês sem nada novo.

Até mais!