Blog do dia

Filhos do Sol em outras realidades

12 de dez. de 2021

Dotspaces: A vinda dos Yokais à Terra

[Essa história está conectada a Dotspaces, uma história que minha prima está escrevendo, e por isso, vocês precisarão conferir também esse link, que consequentemente se conecta com vários outros]
[Muitas coisas, embora ainda de autoria minha, são canonizadas por ela também]

 Os monstros já se encontraram com os humanos faz muito tempo, antes mesmo de chegarem os homo sapiens e neanderthalensis, porém, antes de toda a relação saudável que viria a existir com os humanos, os monstros eram muito agressivos, selvagens, pareciam não serem alma, mas por volta da idade dos metais, os humanos acabaram se impressionando com a simpatia daquelas criaturas semelhantes a animais humanoides. Da onde será que aquelas coisas vieram?
 Os monstros, filhos dos deuses sem nome dos planos de existência mais obscuros de cada universo, foram uma forma desses deuses poderem sentir o mundo material, e eles aproveitaram disso para poder enfrentar humanos que os atrapalhassem, chamar a atenção de interessados para caminhos sem volta ou simplesmente testarem as reações dos humanos com tamanhas aberrações, mas, com o passar do tempo, os monstros criaram personalidade própria, e começaram a ignorar os comandos desses deuses, só os enviando chamados quando tinham vontade.
 Sem esses comandos, os experimentos dos deuses malignos acabaram, enquanto os monstros visitaram incontáveis lugares, desde terras distantes até planos existenciais novos, como o elemental, ideal ou até astral, mas nenhum chegou ao plano espiritual ou divino como o esperado. Mas enquanto isso, na sociedade humana, eles começaram a anotar suas memórias sobre essas criaturas estranhas, mas assim como um belo telefone-sem-fio visual e cultural, eles desenvolveram lendas distorcidas de criaturas mágicas, ainda mais sobrenaturais que já tinha, e os deuses sem nome, irritados com a ação dos monstros e a ignorância dos humanos, lançou duas maldições.

  • As lendas dos humanos se tornaram reais, assustando todos aqueles próximos
  • Os monstros agora pareciam mais assustadores que realmente eram pros humanos, como se alguma aura os rodeasse, e a exposição a longo prazo iria enlouquecer os humanos
 Porém, os humanos de mentalidade mais forte acabaram diferenciando os monstros dessas lendas estranhas, e com isso, houve uma forte exclusão com os chamados agora de yokais, criaturas feitas de lendas e que, por maldições, se tornaram seres vivos, orgânicos e materiais, enquanto os monstros eram só criaturas além da compreensão humana que não tem como eles enfrentarem, e assim, iniciou um forte conflito entre os monstros e os yokais, que exterminou várias facções de monstros animais, yokais, homo exotis terrestres e humanos.
 Depois da chegada do Egito e Grécia Antigos, muito do senso de justiça em relação aos monstros se alterou, reconhecendo boa parte dessas criaturas como apenas mágicas, sendo sobrenaturais num sentido de "natural superior" ou "mágico", ao invés de "erros da natureza", sendo mais vistos da mesma forma que outras civilizações humanas eram vistas, e assim, o que os humanos chamavam de sobrenaturalidade havia sido muito reduzido, sendo detectável apenas para humanos inexperientes, como é o que mais acontece com muitos seres humanos em boa parte da América Central, Peru, África Oriental, Sudeste Asiático e no Alasca, algo que pode ser evitado com até mesmo a mera experiência com criaturas não-naturais, como personagens cartunescos, contos de fadas e obras de ficção científica, que já mostraram muita coisa pior que as criaturas sobrenaturais que realmente existem.

 Apesar dos yokais serem tão parecidos com os monstros, eles ainda eram considerados uma ameaça, como demônios mentirosos que só apareciam para se passarem como bondosos ou divinos, e que aquelas características como tendo poderes especiais mas nenhuma presença estranha como era o caso dos monstros, os fazia serem altamente estranhados. E que enquanto os monstros eram respeitados em maioria pelo grande medo de não conseguirem vencer eles em um combate direto ou indireto, os yokais pareciam muito mais passíveis em um combate, e um movimento de caça sobrenatural abriu fogo contra os yokais na única reserva que ainda os tinha: a Ásia, onde os yokais eram bem vizinhos, mas devido a fortes propagandas políticas, também nas Grandes Guerras do século XX, as mesmas guerras que quebraram a moral das Naomis no Japão e levou Iturup a se separar do mesmo, e com isso, muitos yokais se espalharam para outros lugares onde podiam sofrer menos repressão, como nos Estados Unidos, onde eles até têm cotas para serem tratados como os humanos eram, e no Brasil, onde há casos de híbridos de yokais e companhas que se misturaram com o movimento feminista, o Diretas-Já! e o combate ao racismo.
 Os yokais possuíam, sim, poderes baseados nas lendas com as quais foram criados, como as kyubi-no-kitsunes que podem conjurar fogo e mudar de forma, as yuki-onnas que têm alto poder sobre nevascas, podendo gerar chuvas de gelo mesmo em áreas tropicais ou equatoriais, e os rokurokubis, que podem esticar seus pescoços e beberem sangue ou óleo, mas os yokais têm um poder geral muito eficiente, que é o de prever o futuro, assim desviando de eventos a curto prazo mesmo que pareçam inevitáveis, e seguindo a nona lei da magia, "o antigo atrai poderes temporais", os yokais usam uma regra parecida, mas em que yokais, por terem acesso ao futuro ao invés do passado, eles tinham poderes temporais ainda mais complexos, e outro poder não tão percebido pelos humanos, mas também muito importante, é a imortalidade, em que eles não morrem por causas naturais, podem viver por eras, se regeneram de feridas mortais, com exceção de decapitações, estrangulamento e danos cardíacos, que darão uma morte definitiva, embora que, devido à existência de magias de ressurreição, não tão permanentes. E esses yokais podem transmitir a visão yokai por picadas, marcadas por dentes caninos que variam com a boca dos yokais, podendo se parecer com dentes humanos, caninos, felinos ou reptilianos(os mais dolorosos), e a ferida, mesmo cicatrizada ou regenerada, ficará aparecendo no corpo da pessoa para sempre, a menos que, por rituais tão específicos quanto oferendas antigas, a pessoa exorcize essa marca.