Dotspaces: Bruxas e Magos

[Falando em magias e Dotspaces, não se esqueçam de conferir também esse link]

 Com a chegada dos magos na Europa, com habilidades envolvendo conjurar magias apenas de sua própria mente, muitas sociedades dividiram a ideia de magias conjuradas por rituais e aquelas feitas por palavras e gestos, porém, a maioria dos rituais desapareceram, descontinuadas ou demonizadas principalmente pelo Império Romano, e teve-se um conflito muito pesado inicialmente com os nórdicos e, na Idade Média, com os wiccanos, que tinham magias baseadas em rituais e muito mais complexas que os outros rituais, mas as magias dos nórdicos podiam conjurar fortes raios e arco-íris que pareciam ter um poder realmente absurdo, que mesmo linhas de múltiplas cores em luz conseguiram cortar uma ponte de concreto que interligada a Península Itálica à Ilha da Sicília, ou então transformar humanos em verdadeiras abominações, como os berserkers, que precisava de 10 vezes mais equipamentos para eliminá-los normalmente ou com magias de fogo, que na época eram muito difíceis de ensinar, enquanto os wiccas possuíam magias muito mais variadas, mas devido à complexidade de seus poderes, muitas delas eram de lançar ataques a alguém ou um lugar, curar pessoas ou, as mais conhecidas, invocar demônios.
 Porém, com a vitória dos Romanos e Bizantinos sobre o povo do norte, os únicos que sobraram mesmo eram os wicca, que só vagavam de vez em quando nas terras europeias, agora abominados, não devido a magias "ultrapassadas", e sim por causa dos demônios que as bruxas invocavam, que eram em maioria entidades infernais, mas mesmo esses demônios não sendo usados de forma puramente má, e sim algo mais pessoal, os bizantinos não os escutaram, e começaram a os caçar e até criaram formas de identificar o que é uma bruxa, um mago ou um médico.

• Magos podem provocar seus efeitos por meras palavras, gestos ou selos simples, e os poucos rituais que eles usam tem de estarem anotados entre os registros permitidos pela Igreja, como as orações e exorcismos.
• Médicos comuns nem têm feitos mágicos, e sim técnicas medicinais que se mostravam úteis e práticas, sem nenhum efeito místico, e por isso eles são mais difíceis de analisar que os magos, pois é necessário conferir como as ervas funcionam e se não há algum efeito memético e não-natural.
• Bruxos dessa época só podem executar suas magias com selos muito grandes, sacrifícios de animais ou humanos e também ervas que não funcionam normalmente, e que têm efeito por rituais. Ou também eram vistos pedindo poder de entidades de outro mundo.

 Apesar disso tudo, muitos magos e médicos apanharam muito e alguns foram executados por engano, e os bruxos, mesmo não fugindo do castigo, já se esconderam de forma que não fossem pegos por séculos, e enquanto isso, além da magia evoluir, a alquimia nasceu, assim trazendo muito mais maravilhas tecnológicas, que por suas propriedades materiais foram aceitas pelos reinos europeus.
 Outro detalhe que separava muito as bruxas dos magos é que, enquanto os magos, devido ao seu espírito poderoso o suficiente para tocar na realidade, também eram fortes demais, as bruxas, por dependerem de forças exteriores, eram fracas e incapazes de soltar magia sozinhas, por isso, podendo ser executadas sem poderem fazer nada em sua defesa, ou até mesmo podendo morrer como humanos comuns ou pior, e devido às suas dependências dos demônios e dos elementais, elas acabavam até ficando mais fracas.
 Na distante Arábia Saudita, os bruxos acabaram sendo, sim, mais aceitos, mas muito mais pelo medo que por aceitação dos próprios árabes, em que esses bruxos não tinham poder só sobre forças elementais ou profanas, mas também sobre deuses que estão além daquela realidade, coisas que só foram reconhecidas depois da redescoberta do livro Necronomicon, ou Al Aziv, somente na Idade Moderna, mas enquanto isso, muitas cruzadas eliminaram vários conjuradores de deuses inomináveis junto com o islamismo na Europa.

 1693, mais de 100 bruxas foram encontradas nos Estados Unidos, e após todos os julgamentos, somente 20 delas foram condenadas, consideradas as líderes e envolvidas diretas do caso, enquanto as outras 80 foram inocentadas, consideradas apenas vítimas de um grande esquema mágico, e então, das condenadas, 10 foram decapitadas, 5 foram enforcadas, 2 foram esmagadas por pedras e 3 foram incendiadas até sobrar só pó e ossos, e essas foram chamadas de Bruxas de Salém, grandes invocações para bruxas de alto nível, descendentes das 80 bruxas que escaparam do julgamento, sendo as 10 decapitadas grandes espíritos de cura e ressurreição, as 5 enforcadas representantes dos 4 cantos e o centro do mundo, as 2 esmagadas elementais da terra e que podem representar tanto as rochas do céu como de baixo da terra, e as 3 queimadas agora grandes ceifadoras, invocadas somente por bruxas de elite.
 Nos anos 1910, muitos escritores leigos já descreveram a magia e a bruxaria como idênticas, o que irritou, não só os magos, que tanto lutaram contra a bruxaria no mundo, como também a Igreja, que financiou várias diferenças entre a magia e alquimia com a bruxaria, mas enquanto isso, um escritor norte-americano chamado Howard Phillips Lovecraft escreveu histórias envolvendo magia de que pareciam com bruxarias, mas ainda assim de uma forma única, que acabou passando direto pelo julgamento das escolas mágicas do mundo, diferente, por exemplo, de contos de fadas que criaram histórias de bruxas que usam a magia para o mal e os mágicos que usam a magia para o bem.
 A ciência moderna também está independente da magia atualmente, por isso não sendo mais considerada alquimia, e fora isso, os bruxos, mesmo agora aceitos, ainda são bem raros e já não são mais levados a sério como antigamente, ainda mais por causa de muitas pessoas, em sua maioria mulheres, que se dizem mágicas e donas de reais magias, mas sequer tendo visto magias, malwares ou criaturas mágicas na vida, enquanto muitos reais magos estão até hoje buscando melhorar seus conhecimentos sobrenaturais ou até melhorar o conceito de sobrenatural para a humanidade.