Ninguém jamais conseguirá compreender sua verdadeira forma, nem eles compreendem os humanos, mas diferentes dos humanos os compreendendo, não é porque eles não conseguem, e sim porque eles não se importam, eles só passam anos e anos dando voltas ao mundo caminhando, evitando ao máximo interferirem de uma forma direta, pois agora os humanos não acreditam mais em mais de um deus, pelo menos não na maior parte do mundo, então a existência deles confirmada só irá destruir a raça humana tão rápido quanto um simples ataque deles.
O fim do universo não será o suficiente para detê-los, armas nucleares, menos ainda, e um simples estalar de dedos pode gerar furacões, alucinações em massa – o que representaria todas as criaturas mitológicas, alienígenas e criptídeos que os humanos teorizam – ou quem sabe a distorção do espaço e tempo – lançando pessoas entre épocas remotas, criando paradoxos ou até mesmo viajando entre dimensões no contínuo infinito.
A cada noite, as regiões onde eles passam têm o céu mais brilhante, seja por auroras, a vista do braço da Via Láctea, chuvas de meteoros, ou então uma maior presença de estrelas e da Lua Cheia. Estas duas entidades sempre estão se contendo, pois qualquer passo em vão, qualquer pico de raiva, irá reduzir a um simples vazio sem espaço ou tempo para se deslocar.
Tempo, espaço, matéria, luz, trevas, magia, nada disso importa para tamanhas entidades cósmicas, é loucura tentar procurá-los, e estupidez, tentar enfrentá-los.
